Felizes Para Sempre escrita por sahendy


Capítulo 16
Talvez você não devesse voltar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todos os comentários e visualizações. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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Ele me dá as costas, eu respiro fundo segurando minhas lágrimas. Como deixamos tudo isso acontecer? Dou meia volta indo para o meu quarto e troco minha blusa. Então, eu volto para a cozinha para ajudar Raquel a terminar o almoço. Ninguém merecia aquilo.

— Demorou, achei que ia me abandonar. Eu sou desastre na cozinha. - Raquel me diz enquanto corre para as panelas. Eu dou risada e corro para ajuda-la. - Nossa, Paulina muito obrigada por estar aqui. Eu sou um desastre total. Com a rotina todo dia no hospital eu não cozinho mais faz 5 anos. Só arrisco ás vezes. - Ela me responde.

— Imagina! Eu amo cozinhar. É um hobbie eu acho. Quando estou triste, brava eu cozinho. - Eu também respondo logo em seguida terminando de mexer o molho. - Carlos Daniel quem cozinha, bom... Cozinha ás vezes. Normalmente ele pede comida. - Raquel replica.

— Hm. - Murmurei. Raquel foi arrumar a mesa do almoço enquanto eu finalizava o prato. Douglas me tratava bem, me amava e me traiu com Viviana. Carlos Daniel é apaixonado por mim e por Raquel? O que ele quer da vida? Eu estou aqui de corpo e alma para ele.

Me sentei a mesa e almoçamos em nenhum minuto olhei para Carlos Daniel que estava sentado a minha frente. Depois bateu um sono em todos, foi a hora em que eu arrumei minha bolsa e chamei um táxi. Passei pelo quintal e Carlos Daniel estava dormindo na rede. Deixei um bilhete em cima do balcão para que pudessem ler o porquê fui embora.

"Boa noite. Agradeço primeiramente pelo convite. E a você Adam que me hospedou em sua casa. Eu me diverti muito. Mas, recebi um telefonema de minha mãe dizendo que passou mal e senti que deveria ir embora para ficar com ela. Espero que entendam. "

 

 

 

Deixei em cima do balcão peguei minha bolsa e abri o portão o trancando por fora e jogando para dentro da casa de campo a chave e entro no táxi. Dei o endereço ao taxista e foi uma longa noite, percebo que meu celular não tem nenhum sinal, o deixo entre minhas pernas, olho para a janela e observo o céu estrelado. Quando eu era pequena meu pai costumava dizer que o tempo é uma das coisas mais preciosas desse mundo. Aqui vai algo verdadeiro sobre o tempo: Ele cura boa parte da sua cicatriz. Ele voa. E tudo o que o ser humano precisa é tempo, mais tempo. Tempo de crescer ou de ser alguém. Temos de esquecer e perdoar. Isso foi minha mãe quem me ensinou, apesar de ser um ótimo conselho, mas eu não o sigo porque falar é mais fácil do que pratica-lo. Carlos Daniel me machucou e tudo o que eu quero é machuca-lo de volta. Tudo o que eu desejo agora é ter a sorte de esquecer isso.

Carlos Daniel...

Acordei com o barulho do portão, pensei que era alguém tentando invadir, me levantei. Fui até o portão mas não vi nada e o barulho parecia ter sumido, dei mais uma olhada por entre os arbustos e notei ter machucado meu pé onde eu estava pisando. O ergui e vi que havia uma chave. A chave do portão, a peguei e levei para dentro colocando em cima da mesa, Raquel estava na cama e Adam estava na outra rede no quintal onde eu também havia adormecido. Eu só não tinha visto Paulina, a procurei em todos os cômodos e fui para a parte de trás da casa pensando que ela estivesse na piscina, mas nenhum sinal dela. Voltei para a cozinha e enchi um copo d'água. Enquanto bebia notei um bilhete em cima do balcão, e o peguei para ler. Não acredito que ela foi embora, não era novidade eu me sentir um idiota depois do que fiz a ela. Paulina não merecia aquilo. Liguei para a mãe de Paulina para saber como ela estava.

— Boa noite senhora Martins. - Eu digo a ela que me estranha pelo telefone.

— Senhora Martins. Corte a cortesia meu bem, pode me chamar de Paula. Sabe disso! Está tudo bem? - Ela me pergunta. E parece que está bem também.

— Sim, estou bem. Escuta, Paulina já chegou em sua casa? - Me apoio no balcão. - Não, por que? O que houve com Paulina? - Ela fica aflita ao telefone. - Ela foi embora da casa de campo. Discutimos, ela foi embora e disse num bilhete que a senhora está mal. - Respondo a ela começando a ficar preocupado.

— Paulina... Típico da Paulina! Toda vez que isso ocorre ela diz ou escreve que eu estou mal. Quando ela chegar eu mando mensagem. Obrigada por me avisar Carlos Daniel. - Paula me responde se sentindo aliviada e eu desligo o telefone.

Raquel apareceu na cozinha logo após eu desligar o telefone me perguntando por Paulina e eu digo que ela teve uma emergência na família e por medo de nos acordar e nos fazer dirigir foi mais cedo. E logo Adam aparece também. Todos preocupados com a mãe de Paulina, e quem deveríamos nos preocupar é com a própria Paulina. Arrumamos nossas coisas e saímos em direção a cidade de madrugada como combinamos, Adam não iria trabalhar então ele iria dirigir. Raquel tinha 6 horas para entrar no hospital e eu entraria a tarde o que me deixava numa posição melhor.

Paulina...

Quando cheguei ao meu apartamento olhei em meu celular e tinha cinco mensagens da minha mãe, Carlos Daniel ligou para ela. Mas que idiota! Expliquei a ela tudo o que aconteceu mas não contei da transa. E ela não disse muita coisa, ela adorava Carlos Daniel mas não aceitou muito bem ele ter me chamado de vadia, obviamente não aceitaria.

2 dias depois...

Nesses dois dias mandei mensagem para Raquel que estava preocupada comigo e ela marcou para sairmos hoje a tarde, depois que acabasse a aulas com os meus alunos eu teria um encontro com ela. Não acredito. Na minha última aula com meus alunos que seria história, fiz de um jeito totalmente diferente, para tentar ajudar Daniel.

 - Pessoal. Hoje, a aula será diferente, vamos fazer uma roda bem grande aqui na sala tudo bem? - Eu digo a eles que dão um passo a frente e retiram as carteiras do centro da sala se sentando a minha volta. - Hoje a história não é essa dos livros, mas é a história de um garoto da idade de vocês se não me engano. Esse menino que não me recordo o nome não sabia escrever direito e tinha muita dificuldade em ler. O menino adorava brincar e jogar bola rodeado de amigos ele tinha apenas uma inimiga: As letras. Pobre menino se confundia tanto ao tentar entender e colocar as palavras em ordem. Uma vez numa aula bem chata a professora pediu uma pesquisa e ele infelizmente foi mal nela tirando uma nota ruim. A professora então passou um outro trabalho para a sala de aula, com uma história um tanto semelhante com a desse menino, que também se dava mal por não conseguir ler e nem escrever. Esse trabalho era sobre um grande cientista que desvendou uma importante teoria para o universo. Mas, isso vocês verão mais para frente, porém podem tentar adivinhar qual cientista? - Eu pergunto a eles que estão concentrados na história e sei que não se dão conta de quem é. - Darei uma dica, ele tinha um bigode e era baixinho. Rapidamente Adriano grita o nome de um cientista.

— ALBERT EINSTEIN! - E todos se entusiasmam mais.

— Isso Adriano. Albert Einstein. A teoria da relatividade, o efeito fotoelétrico. Nossa tantas coisas e esse cientista importante para nós ganhou um prêmio nobel vocês sabiam? Ganhou um prêmio nobel em 1921. Enfim, alguém pode me dizer quem ou se já ouviram falar sobre Leonardo da Vinci? - Eu pergunto a sala e olho em volta, ninguém sabia, ou não queriam se manifestar. Alguém sabe quem foi o inventor do helicóptero? - Susanna levanta a mão toda entusiasmada.

— Um dia meu pai me disse que o inventor do helicóptero foi Igor... Igor... A professora eu não me lembro do sobrenome. - Ela afirma e entrelaça seus dedos.

— Muito bem Susanna. Foi Igor Sikorsky. Porém, havia uma pessoa que há 400 anos fez um esboço de um helicóptero antes de Igor o fazer levantar vôo. Sabem de quem eu falo? Bom, aqui irá uma dica: Ele pintou A Última Ceia, Mona Lisa. E novamente Susanna levanta a mão. - Leonardo da Vinci. - Sabia que vocês conheciam esse nome. Pois bem, foi ele quem fez o esboço do primeiro helicóptero. Porém, Leonardo também tinha dificuldade em ler ou escrever. Meus amores, alguém sabe ou já ouviu falar do pai da eletricidade? Foi Sophia quem levantou a mão dessa vez.

— Thomas Edison. - Muito bem meu amor! - Eu respondo a ela. - Thomas Alva Edison... Um outro homem genial que não entendia o alfabeto e tinha muita dificuldade. Até mesmo o pintor fora Leonardo da Vinci, Pablo Picasso não entendia o alfabeto e muito menos o número 7. Nada disso para todos eles foi um obstáculo. - Fui interrompida por Paulo que me cortou estendendo sua mão e falando "Mas, professora o que isso tem a ver com história?" Me sentei de frente para Daniel ao chão junto com eles todos. - Bom, no mundo há muitas dificuldades e vocês são pequenos ainda. Crianças! Mas, irão crescer e cada um de nós dentro dessa sala de aula temos um talento, na qual não podemos esconde-lo. Vocês são lindos diamantes. Há pessoas como eles que tem uma outra perspectiva de vida. Ou seja, um modo diferente de poder enxergar o mundo. Eu quero que saibam que como eles lá na frente vocês poderão mudar algo no mundo, deixa-lo mais lindo ou maravilhado. Pela forma de como o enxergam. Por isso, vou passar um trabalho a vocês. - Eu digo a eles que se aproximam de mim para ouvir o trabalho. - Criem algo diferente. Com qualquer coisa que vocês desejarem, criem. E então faremos uma exposição aqui na classe. Pois eu devo dizer a vocês que há uma pessoa nessa sala que conhece alguém que tem um problema com alfabetos. Meu pai, Miguel era um homem fantástico, mas odiava o alfabeto. E não criou muitas coisas para o mundo como todos esses homens famosos. Porém, a perspectiva que ele tinha ao observar o mundo e as pessoas era incrível. Então, para encerrar o dia, saiam e me tragam novidades. Porque eu desejo e anseio saber o brilho de cada um. - Eu digo olhando para Daniel que abaixa sua cabeça e logo toca o sinal, todos se levantam indo embora. Eu dou um tchau a eles e volto para arrumar minha bolsa. Quando me viro na porta está Daniel, eu me aproximo dele.

— Meus pais te contaram professora? - Ele me pergunta com a cabeça baixa, eu passo minha mão em seus cabelos e ele olha para mim esperando uma resposta.

— Não meu amor. Você é tão precioso que percebi isso de longe. - Eu respondo e Daniel dá um sorriso. "Obrigado" ele me responde e eu agacho para ele dando um abraço. E então, Daniel vai embora feliz pronto para criar algo. Fui até a sala dos professores para guardar meu material no material e me despedi deles. Adam me chama quando me viu e vem ao meu encontro.

— Está tudo bem com a sua mãe? - Ele me pergunta todo preocupado.

— Está sim, foi somente um susto. - Eu respondo.

— Paulina, você... Gostaria de sair comigo amanhã? - Adam me pergunta e uma moça olha para nós, eu o puxo para outro lado.

— Ah... Mas, você é meu chefe. - Eu respondo a ele e fico corada, olho para o chão e sinto sua mão em meu rosto.

— Por favor. - Ele me diz e eu dou risada.

— Tudo bem. Amanhã! - Eu respondo e Adam me dá um beijo em minha bochecha. Ao sair eu iria almoçar, mas dessa vez teria companhia... Seria Raquel. Entrei ao meu carro e estava com muita dor de cabeça e nenhuma vontade de encontra-la. 

Cheguei ao restaurante que ela havia marcado e fui até o balcão perguntar por ela. - Reserva para 13h no nome de Raquel Collins. - O moço observa a lista. "Por aqui" ele me diz e eu o acompanho até a mesa onde ela já estava sentada me esperando. Ela se levanta e me cumprimenta me pedindo para sentar. 

— Está tudo bem? Você parecia nervosa por telefone. - Eu digo a Raquel que se ajeita na cadeira. 

— Ai Paulina, estou passando por uma crise. - Ela me diz e coloca sua mão em seu rosto de nervoso.

— O que houve? - Eu me preocupo com ela e apoio minha mão na mesa. 

— Acho que Carlos Daniel está me traindo. - Ela me afirma, eu paraliso sem saber onde enfiar o rosto.

— Por que você acha isso? - Eu encosto na cadeira tentando disfarçar. 

— Ele me evita, não transamos faz tempo. Será que ele está transando com uma outra pessoa? - Ela me pergunta e eu tomo um copo d'água que está em cima da mesa na taça e logo o garçom chega trazendo o nosso prato. - Ah me desculpa, eu pedi por você. Espero que não se importe. - Ela me diz enquanto o garçom arruma a mesa, eu faço que não com a cabeça e me arrumo também. Quando o garçom sai ela volta a me pergunta se eu acho que Carlos Daniel a trai.

— Bom... É... - Eu gaguejo. - Acho que não. Ele é apaixonado por você! - Eu afirmo e enfio um garfo na minha boca. 

— Mas, por que não podemos passar a noite juntos? - Ela me pergunta inclinada para mim. - Me diga Paulina, você o conhece melhor. São melhores amigos. - Ela replica.

— Não sei o que está havendo com ele. Mas, sei que ele é apaixonado por você. Surpreenda-o. - Eu digo a ela e continuo comendo. 

Depois do restaurante caminhamos um pouco pelo centro e Raquel viu Sex Shop não exitou em querer entrar. - Ah meu Deus, será que podemos entar um pouco? - Ela me pergunta entusiasmada segurando em meu braço.

— Por que quer tanto entrar aí? - Eu pergunto para ela confusa.

— Aqui pode ter alguma coisa que me ajude na relação sexual com Carlos Daniel. - Ela afirma e me puxa para dentro da loja. Andou por todos os corredores, pegava objetos e falava sobre a relação dos dois. Eu só queria esquecer aquilo. Falou com a moça que veio até nós nos atender e pediu um conselho. E acabou comprando três lingeries. Não tinha como Carlos Daniel recusa-la. 

Fui para casa mais tarde e na minha porta do apartamento estava Douglas encostado, me aproximei dele estranhando o porquê ele aparecer ali depois de uma semana. 

— Algum problema? - Eu pergunto a ele abrindo o apartamento. 

— Preciso falar com você. - Ele descruza os braços e fica parado ali ao lado da porta na parte de dentro do meu apartamento, eu coloco minha bolsa no balcão como de costume e pego um copo d'água.

— Pode entrar então. - Eu respondo, e logo puxo a cadeira para me sentar e ele também se senta de frente para mim. 

— Paulina... Me responda com sinceridade. Você transou com Carlos Daniel enquanto estávamos juntos? - Ele me pergunta e cruza seus dedos se apoiando a mim, como eu vejo que isso iria demorar, me levanto pegando tequila para mim.

— Não transei com ele. - Eu respondo e coloco uma dose em meu copo deixando o outro copo que peguei para ele vazio. - Mas o beijei. - Eu replico. Douglas abaixa a cabeça e puxa o copo e a tequila para perto dele o enchendo. - E você e Viviana? 

— Nunca transamos. E eu nem olho para ela direito. Mas também a beijei depois que você foi embora naquele dia, me sentei na sala e ela se sentou ao meu lado. Não houve motivos para dispensa-la porque eu estava bêbado e ela começou a esfregar seu corpo em mim, mas eu não transei com ela. Ela me beijou. E então, a mandei embora.

— Douglas, você era mesmo feliz comigo? Quero dizer, o fato de eu sempre cobrar um emprego, qualquer coisa. Você era feliz? 

— Era muita pressão estar com você. Mas eu te adorava. - Ele me responde e eu dou um sorriso e tomo um gole. - Adorava. - Murmurei. - Sim, te adorava. 

— E quando conseguiu trabalhar com o seu pai? - Eu pergunto a ele novamente. 

— Eu preciso te confessar algo. E estou aqui para confissões porque eu quero voltar com você. - Ele me responde e se aproxima de mim. - Eu ainda não estou trabalhando com o meu pai. O emprego que eu arrumei é como DJ em festas. - Douglas me responde e eu fico ali paralisada ouvindo todas as suas confissões.  

— Por que mentiu? Para onde você viajou naqueles dias então? - Eu pergunto e tomo outra dose. 

— Menti porque não queria te magoar. Eu viajei com Luciano e uns amigos. 

— E não houve nada naquela viagem? 

— Houve. O nome dela é Sandra. Me perdoe por favor Paulina. Me perdoe! - Ele implora e eu dou risada erguendo o copo a ele com a tequila. 

— Quantas vezes eu fui traída? - Eu penso e meu pensamento é um pouco alto dessa vez.

— 3 vezes. Mas somente com Sandra eu transei. Eu adoro é você Paulina. - Ele me diz e novamente eu dou um sorriso.

— Não não. Sente-se mais para lá Douglas. Vamos fazer um brinde a você e a mim. - Eu digo a ele erguendo novamente a garrafa de tequila que estava na metade já. 

— Um brinde? - Ele me pergunta confuso. 

— Sim... Douglas, você está aqui me contando isso e eu não sei o porque, se eu voltasse para você mais para frente você iria acabar quebrando o meu coração novamente. Você não está pronto para um relacionamento, fica em cima do muro. Aposto que você achou que sua malandragem não iria ser descoberta, não é? Douglas, já parou para perceber que em um relacionamento eu sempre te amei mais, porque você nunca esteve aqui por nós. Agora, estou tão machucada que eu deveria chorar. Mas, não irei então só me escute. Tome o seu drink com bastante gelo ok? Foram 7 meses de mentiras, fui apaixonada por você sim. Se hoje está aqui é porque sente falta. E você só sente falta depois que perde.  Agora você está por aí sem mim e provavelmente logo irá encontrar alguém e partir o coração dela novamente. Ah meu amigo! Bom, eu tentei te avisar que o amor te mostraria e que você ia acabar se machucando no fim. 

— Mas, eu te adoro Paulina. - Douglas me diz.

— Eu não quero ser adorada Douglas. Eu quero ser amada! - Eu grito a ele. - Você não pode me atingir, não sobrou sentimento algum se você acha que eu vou voltar, não prenda o fôlego. O que você fez comigo, cara, eu não vou esquecer. Eu estava sob feitiço há tanto tempo que não conseguia me libertar,e foi preciso a Viviana para isso. Você brincou com meu coração me enganou com mentiras e jogos foi preciso toda a minha força mas eu me arrastei e fiquei de pé. Agora você vem aqui no meu apartamento e está tentando me atrair de volta, mas não, esses dias acabaram, amigo. Doglas, eu te amava tanto que eu achava que um dia você fosse mudar mas você só me trouxe um coração cheio de mágoas. Eu me preocupava com você mas, você nunca se importou comigo, você sempre tinha ciúmes de coisas bobas. Olha Douglas, siga em frente, não olhe para trás. Eu estou fazendo isso, acabei me vendo pular de um trem descarrilado, entende? Seus dias acabaram, encare a real... Um filme ruim acabou e a tela ficou preta. Se cuide! - Eu digo a ele que ouve tudo calado sem dizer nada, ele caminha até a porta e volta e me dá um beijo em minha testa. 

— Você escolheu Carlos Daniel? - Ele me pergunta e eu não respondo nada a ele. - Ele também irá te machucar. Você sabe disso! - Douglas me afirma. E então vai embora, e eu fecho a porta. Jogo o resto da tequila na pia e me deito com muita dor de cabeça ainda. Essa hora, Carlos Daniel e Raquel deveriam estar juntos aproveitando a noite.

No dia seguinte...

Adormeci com a mesma roupa de ontem e estava fedendo a tequila me levanto e vou direto para o banho. Ao sair me troco e preparo o meu café, mas minha campainha toca e corro para atender. Era Carlos Daniel...

— O que faz aqui? - Eu pergunto a ele que entra agitado. 

— Eu escolho você! - Carlos Daniel me diz e me dá um beijo...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor comentem. Obrigada!