Quando a distância é grande de mais escrita por CCris


Capítulo 2
O termino


Notas iniciais do capítulo

Doug veio para confundir sua cabeça ou para resolver seus problemas? É isso que Sara se pergunta.



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Passadas inúmeras tentativas vãs de ligar alguém as ferramentas usadas para forçar a porta, Sara resolve analisar as filmagens de segurança feitas pelo aeroporto. De repente Doug surge na porta.

— As filmagens chegaram?

— Sim! Estou tentando ver algo fora do comum, mas até agora a historia do cara da manutenção bate, ele não aparece próximo ao avião no dia do acidente. – Doug estende para ela um copo de café.

— Com açúcar e sem creme certo?

— Sim! Obrigada! - Doug senta a seu lado a encarando enquanto ela tenta disfarçar que percebeu.

— Então, estava pensando em pagar a você e seu marido um jantar mais tarde, o que acha?

Com um sorriso amarelo Sara responde –  Gil não está na cidade.

— Tudo bem, só eu e você então!

— Não faça isso!

— O que?

 - Não! - Sorri sem graça, não queria parecer grosseira.

— Ok! Tudo bem, vamos as filmagens então!

...

Algum tempo depois eles conseguiram resolver o caso e Doug estava indo embora.

— Então Sara, foi muito bom rever você, pude relembrar muitos momentos bons!

— Eu também Doug! – Diz com um sorriso sincero e o abraça, após alguns minutos se afastam e ele se vira para ir embora. Sara ainda estava no mesmo canto quando ele se volta novamente pra ela e diz:

— Sara? Não gostaria de perder contato novamente com você, esse é meu numero. Não sei se sabe, mas vou passar o próximo mês de férias e de repente poderíamos nos ver novamente, conhecer seu marido!

— Claro! – Responde educadamente e pega o cartão da mão dele.

Algumas horas depois da ida de Doug a equipe é liberada e Sara vai pra casa, essa manhã Sara chega em casa com pensamentos muito confusos e mais ainda ficam quando ela percebe aquela casa imensa vazia. Nunca pensaria em trair seu marido, mas se sentiu bem em receber a atenção carinhosa de Doug, será que era tão errado assim?

Sua consciência não teve tempo de responder já que recebeu uma ligação de seu marido.

— Até que em fim! – Atendeu chateada.

— Me perdoe querida, estou sem muito tempo para me comunicar.

— Eu sei!

— Estou precisando muito conversar com você, tem algumas coisas que precisamos resolver.

— Não gosto do rumo dessa conversa.

— Nem eu querida, porém ela é necessária.

— Não agora Gil, passei muitos dias para conseguir finalmente ouvir sua voz para termos uma D.R.

— Amanhã falaremos então, minha excursão esta se movendo, o lugar onde acamparemos a partir de amanhã possui uma localização melhor.

— Tudo bem, amanhã então.

Me conte de seu dia?

— Tivemos uma suspeita de atentado terrorista, mas na verdade foi somente a suspeita, descobrimos que foi um assassinato planejado.

Interessante!

— Revi um amigo de muitos anos nesse caso.

Era suspeito?

— Não, ele é um agente especial que trabalhou comigo em San Francisco, éramos grandes amigos na época, foi bom revê-lo.

— Eu sei.

— E quanto ao seu dia?

— Chato como sempre, não conseguimos achar nada de real importância, só algumas carcaças de animais e pedras.

— Que pena! Oooooo – Bocejou Sara.

— Querida você está cansada, vá descansar que amanhã teremos nossa conversa, eu prometo.

— Tem razão, eu preciso descansar. Bom dia amor!

Bom dia!— Desligou em seguida.

Sara sabia que aquela conversa poderia findar de uma forma que ela temia a dias...

Durante uma semana inteira Grissom a ligava insistentemente, porém Sara tinha tanto medo daquela conversa que não tinha coragem de atender. Estava na sala de evidencias com alguns itens sendo analisados quando Fin entra com a bolsa a tira colo e a cumprimenta.

— Hei Fin! – Nesse instante seu celular começa novamente a tocar, ela apenas bloqueia a tela.

— Você sabe que eu posso sair ok?

— Não! Eu retornarei mais tarde. – Desde o dia em que Doug esteve ali que Fin notou o quanto Sara estava cabisbaixa e resolveu arriscar.

— Isso é por conta do cara do avião?

— Nada aconteceu com o cara do avião.

— E porque não atende a ligação dele? - Disse apontando pro celular que começava a vibrar com uma nova ligação de Gil.

— Por que tenho sentido que quando desligar vou estar me sentindo muito triste.

— Por que?

— Porque ele quer conversar. – Elas ficam em silencio por um instante.

— Precisa de ajuda para processar essas coisa?

— É muito gentil de sua parte Fin, mas não. Vá pra casa, descanse, se divirta.

— Isso é diversão pra mim. – Sara lhe dirige um sorriso fraco e diz:

— Tudo bem, vamos lá!

...

No dia seguinte Sara já não aguenta mais tantas ligações de Grissom, estava na sala de Russel comentando o desfecho de um caso quando novamente ele liga. Russel põe a mão no ombro dela e sai da sala a deixando sozinha.

— Ei e ai? – Diz Sara finalmente atendendo a ligação.

Você é difícil de encontrar em?

— Me desculpe! Andei muito ocupada.

Agora é uma boa hora para conversarmos?

— Não terá outra hora não é verdade?

Querida, você sabe bem que não tenho correspondido a nosso casamento de forma adequada, venho deixando você muito sozinha e não acho justo te impor uma prisão a mim dessa forma.

— Eu quem decido se é uma prisão ou não Gil.

— Sara você mesma me cobra a presença e me dói demais ver você triste por minha causa.

— É, tenho o pressentimento que vou estar muito mais triste quando essa conversa acabar.

— Mas será passageiro, logo você encontrará alguém jovem como você e que possa te proporcionar uma vida mais agradável e feliz.

— Eu não quero outro alguém Gil! Acha que passei por tudo isso para me deixar derrotar pela distância física que temos nesse momento?

— E é por isso que eu estou decidindo por nós dois, porque sei que mesmo com tamanho sofrimento você não iria me pedir o termino como estou lhe pedindo agora.

— Então é isso? Vai terminar nosso casamento por telefone?

— É para o melhor! Pessoalmente seria bem mais difícil.

— Pra você ou pra mim?

— Para ambos Sara. Quero que saiba porém que eu te amo e é por isso que estou te deixando. Até um dia querida!— Gil desligou em seguida sem dar oportunidade de Sara lutar contra.

Sara olha para o celular completamente cansada, derrotada com tudo aquilo. Se entrega então a um choro suave e que extravasava tudo o que estava sentindo. Vai embora atordoada com tudo aquilo, chegando em casa vai ao banheiro tomar um banho, após o banho toma um comprimido para ajudar a dormir e cai em um sono profundo, acordando somente no fim da tarde.

Levantou com uma imensa dor de cabeça, viu que tinha um SMS de Doug.

Ei linda! Como está? Semana que vem irei para Vegas novamente, vou passar uma semana ai de Férias. Queria saber se ainda aceita minha proposta de um passeio a três. O que acha?

Sara leu a mensagem e por um instante esqueceu do que lhe abalava e sorriu com o carinho de seu velho amigo.

Não sei Doug, não estou muito bem!

Alguns minutos depois seu celular toca, era Doug.

— Oi?

O que aconteceu Sara? Esta doente ou algo assim?

— Não Doug! Não se preocupe, meus problemas são outros...

Gil?

— Sim!


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Notas finais do capítulo

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