Descendentes escrita por beccadesings11, Naty Valdez


Capítulo 3
Lunch


Notas iniciais do capítulo

Hello guys
Sorry por demorar tanto, eu não tive tempo nenhum e teve um monte de vezes que eu perdi os meus capítulos.
Enfim, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677878/chapter/3

Acho que todos temos momentos que pensamos o que nos leva a fazer o que fazemos, qual a nossa vontade de fazer uma atitude que nos arrependemos logo depois? O que se pode dizer disso? Qual a desculpa que temos por agir tão involuntariamente? Essas perguntas ecoaram na minha cabeça a noite toda depois do que aconteceu na escola.

Ah é, vocês ainda não chegaram nessa parte, foi mal.

Bom, após entrarmos na escola e eu consegui tirar a atenção do Alan da amiga dele, Becca se não me engano (amiga?).

— Alan você pode responder as minhas perguntas? - falei, meio irritada por ele não ter me ouvido nas ultimas setecentas vezes.

— O que você quer Penelope? - ele falou como se eu fosse um pequeno inseto que estava incomodando, eu odiava isso!

— Eu queria saber como você conheceu esse pessoal e por que você falou pra eles sobre mim! - sibilei, puxando a orelha dele, é um habito isso, e por incrível que pareça ele nunca reclamou, mas pensando bem nenhum de nós reclama, todas as vezes que a gente se via, nos falávamos mal um do outro ou fazia algo para culpar o outro, mas nunca reclamamos, é como se estivemos acostumados a não precisar falar as pessoas o que acontece entre nosso relacionamento de irmãos.

— Mas que perguntas sagazes, deixa eu pensar...

— Acho que uma pergunta dessas não é motivo de atrapalhar uma conversa assim - falou Melissa, empurrando Alan para o lado da Becca, depois sorriu e se virou pra mim - desculpa, mas com assuntos do coração, não se pode dizer não.

— Q-que quer dizer? - eu me engasgei com as palavras, por algum motivo andar perto da Melissa me dava uma sensação familiar.

— Você não sabe prima? O Alan é a paixonite da nossa querida Rebecca, e na minha opinião, eu estou um passo a frente deles. - ela falou, dando uma piscareta.

— V-você me chamou de prima?

— Bom, tecnicamente nos somos sim,sua mãe é prima do meu pai, então... sim somos primas.

Ok, eu estava em uma escola estranha com pessoas que eu não conhecia mais elas me conheciam, eu tinha um parentesco com uma delas e estou agindo estranho perto de uma pessoa que eu mal dirigi a palavra. Até que era legal achar que isso era esquisitice.

— Acreditam que ha pessoas que leem esses cartazes? - Tina falou para ninguém em especial.

— Se tem pessoas que fazem esses comentários que nem você, acredito em qualquer coisa - falou Perry.

Cometi o erro de olhar pra ele, vi seu sorriso e corei na hora, desviando o olhar, o que que era isso meu Deus?

Finalmente chegamos as arquibancadas, parecia que tínhamos andado uma eternidade, talvez fosse pelo fato de eu ter tido um turbilhão de pensamentos no caminho. 

E outra, eu estava com um pressentimento ruim.

Muito ruim.

Quando sentei senti olhos nas minhas costas, me virei discretamente e vi que tinha vários caras enormes que estavam olhando diretamente pra mim, com um olhar que diz: "Você tem a ousadia de voltar aqui?".

Não entendi o recado, aliais, eu quase nunca entendia, coisas de emoção não são meu forte, e acho que nunca serão graças a minha falta de convivência.
Os professores começaram falando sobre atividades e clubes, mas aquelas pessoas ainda estavam olhando pra mim.então não consegui prestar atenção.

Não aguentava mais aquela sensação, sai dali indo em direção aos corredores.pelo menos terei um tempo sozinha antes que todos façam o tour pela escola.

Quando estava saindo esbarrei o ombro em Tina, que me olhou com curiosidade, mas não fez nem falou nada.

Quando cheguei no corredor inspirei fundo, aproveitando o ar que não compartilhava com ninguém... Ou era o que eu pensava.

— Olha só - falou uma voz atrás de mim- parece que alguém tem talento para achar encrenca.

Me virei, era um daqueles caras da fileira de trás, ele era bem maior de perto.

— E você seria a pessoa que dá esse talento? - respondi me virando, só para dar de cara com mais um daqueles caras.

— Tadinha da criança, achando que é adulta - falou o que estava na minha frente.

Rangi os dentes, odiava quando me tratavam assim.

— Eu não sou criança nenhuma - falei, quase quebrando os meus dentes.
— Claro que você não é - outro deles apareceu pela direita e botou a mão na minha cabeça, bagunçando meus cabelos.

— Ei! - ouvi uma voz de garota.tanto eu quanto aqueles grandalhões nos surpreendemos.A garota que tinha cabelos cor de caramelo e olhos castanhos chegou perto do que estava com a mão na minha cabeça, cutucando-o no peito para afasta-lo - acho que vocês deviam aprontar com quem apronta com vocês, não com uma pessoa que acabou de chegar.

Eu sinceramente estava impressionada com a ousadia da garota, apesar do fato dos caras serem duas vezes o tamanho dela, ou ela era muito corajosa ou muito idiota.

— Quem você pensa que é?- um dos caras se aproximou dela.

— Eu sou a Wendy - ela falou.como se isso explicasse tudo.

Aqueles marmanjos estavam começando a se enfurecer. Mas naquela hora uma legião de estudantes apareceu no corredor.

Eu fiquei nas bordas, tentando não ser atropelada. Quando sentir alguém me puxar para junto da multidão.

— Você é uma garota muito azarada, sabia? - falou Tina.

Era verdade. Eu sempre me metia em encrenca pelo simples fato de estar em um lugar errado na hora errada. Apesar de eu alegar que tinha herdado so coisas boas. isso foi uma pequena habilidade que o meu pai passou para mim.
Após aquele tour um pouco chato pela escola estava na hora do almoço. Isso era bem interessante a gente passou uma hora na escola e mesmo assim nos tínhamos almoço. Talvez seja para nós termos uma ideia do que era servido.
Enfim. Acho que isso é uma perda de tempo.

— Dá carie só de olhar pra isso - a Tina falou do meu lado.

Ela estava com uma bandeja com bolo e doces e não parecia gostar disso.

— Porque você pegou isso mesmo - perguntou a Franci - ah é, a troca.

— Troca? - perguntei, era só eu que estava incomodada sentando naquela mesa?

— Sim troca - disse Becca, chegando com uma bandeja com uma torta salgada e salada.

Ela sentou na frente da irmã e elas trocaram as bandejas. Isso era normal.

— Qual foi a necessidade disso? - falei e todos olharam para mim.

— Meus pais não me deixam comer muito doce - falou a Becca com a boca cheia - então eles falam para a escola para não me servirem açúcar.

— Mas eles servem para mim - completou Tina - e quando cada uma pega o que a outra quer, trocamos.

— Agora pergunta como isso começou. - falou a Wendy.

Becca riu, quase cuspindo o bolinho.

— É uma historia até engraçada - ela engoliu o doce - a gente... - ela olhou por cima dos nossos ombros, e seus olhos se arregalaram. - Abaixem!

Todos se abaixaram sem questionar, só eu tive que ser puxada.

Uma tigela cheia de ervilhas passou voando pelas nossas cabeças e acertou um garoto com tamanha força que ele foi de cara no purê de batata.

— Que isso? Um ritual de boas vindas? - disse Lisa.

— Ah, eu duvido muito! - gritou Carlos.

— Cala a boca, Carlos - gritou Fran de volta.

Eu me virei, e não fiquei muito surpresa ao ver que quem tinha jogado a tigela foram aqueles brutamontes.

É, eu tenho mesmo muita falta de sorte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Amaram ou odiaram
Dexem as opiniões nos comentários



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Descendentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.