Our Destinies escrita por Luxrayss


Capítulo 10
Capítulo II - Parte V




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Ao observar que estava frente a frente com si mesma, Raven começou a se perguntar o que estava acontecendo:

 

 

—Então... Eu morri? É isso? O Afterlife é apenas uma imensidão branca? E enquanto a isso? É um reflexo meu ou é outra pessoa? –Perguntou Raven.

—Na verdade eu sou você, estou aqui pra lhe mostrar algumas coisas antes de você cair no Oblívio. –Disse o ser.

—Mostrar o que? –Perguntou Raven.

—O que você fez, e o que você teria feito se continuasse viva. –Respondeu o ser.

—Como assim, “O que eu teria feito”? –Perguntou Raven.

—Obviamente você não sabe, não viveu até lá para saber. –Respondeu o ser. –Sua morte foi um favor aos outros, você teria causado tanta destruição quanto sua mãe... Parabéns, Raven Queen, pelo menos uma coisa você fez certo. –Respondeu o ser.

—Então... Eu realmente estou morta. –Disse Raven. –Mas por que está me contando isso?

—Porque é meu trabalho, agora vamos. –Respondeu o ser.

—Pra onde? –Perguntou Raven.

—Como assim, “Pra onde”. Nós já chegamos. –Respondeu o ser.

Ao olhar em volta, Raven observou que havia um corredor com vários quadros, cada um dele continha uma memória dela, ao se aprofundar mais no corredor ela observou que já não haviam memórias, agora ela só via quadros vazios em um corredor escuro.

 

 

—O que são esses quadros vazios? –Perguntou Raven.

—Como assim vazios? –Perguntou o ser.

—Esses aqu... –Raven disse, mas foi interrompida ao observar que agora os quadros continham imagens de caos e destruição.

—Ah... esses, eles não estão vazios, estão cheios de lembranças que você nunca teve, é isso que teria acontecido se você tivesse continuado viva, você se tornaria a maior ameaça que esse mundo já viu. Depois que matou Apple, você teria fugido e depois teria procurado por poder e mais poder, até que chegou ao ponto de libertar sua mãe, apenas para matá-la e tomar seus poderes, sua mente ficou tomada pela sede de poder e destruía tudo e todos que entravam em seu caminho. –Respondeu o ser.

—... –Raven, ainda em choque pelas palavras de seu reflexo e pelas inúmeras imagens de sofrimento que viu, apenas ficou em silêncio.

—Mas não tem que se preocupar mais com isso, em breve você terá sua existência apagada. –Disse o ser.

—Por que sua aparência é semelhante a minha? –Perguntou Raven.

—Boa pergunta, mas infelizmente eu também não sei responder, apenas fui criada a partir do momento em que você começou a existir, isso foi há alguns segundos atrás. –Respondeu o ser.

—Segundos? Como pode? Eu nasci há 15 anos. –Disse Raven.

—Sim, você nasceu, mas o tempo aqui não é o mesmo da sua terra, entende? –Perguntou o ser.

—Sim. –Respondeu Raven.

—Certo... Tem mais alguma pergunta? –Perguntou o ser.

—Onde meus amigos estão? –Perguntou Raven.

—Cada um deles está em um lugar diferente, como eu fui criada apenas para esse afterlife não posso lhe dizer onde estão por simplesmente não saber, talvez possam estar em um mesmo local que esse, ou talvez não. –Respondeu o ser.

—Entendo. –Disse Raven, decepcionada.

—Mais alguma pergunta? –Perguntou o ser.

—Não, isso é tudo. –Respondeu Raven.

—Certo, é hora de partir então. –Disse o ser.

—O que acontecerá com você quando eu parar de existir? –Perguntou Raven.

—Deixarei de existir, assim como você. –Respondeu o ser. –Agora, se não tem nenhuma outra pergunta, vamos indo.

—Okay. –Concordou Raven.

—Atravesse o portal, não irá doer, a Oblívio chegará antes que perceba. –Disse o ser.

—“Então é isso, meu fim finalmente chegou e agora irei cair no total esquecimento...”. –Pensou Raven. –“A menos...”.

—Algo de errado? –Perguntou o ser.

—Sim... Há algo... –Respondeu Raven.

—E o que é? –Perguntou o ser.

—Simplesmente tudo, eu não estou morta de verdade, não é? –Perguntou Raven.

—O que está dizendo? –Perguntou o ser.

—O que estou dizendo que tudo isso não passa de uma armadilha, esse era o teste, enfrentar meu maior medo, e meu maior medo sou eu mesma, meu medo é me tornar como minha mãe, e você é uma doppelganger, não é mesmo? –Disse Raven.

—Ahmm... Não, e sim você está morta, nada disso é falso, agora, por favor, pare de dificultar as coisas e entre no portal, não suporto minha existência.  –Disse o ser.

—Não... Eu sei a verdade, e não deixarei que você vença, não deixarei que me torne um corpo com uma mente vazia! –Disse Raven.

—Então quer do modo difícil... Tudo bem... –Disse a Doppelganger, suspendendo Raven no ar pelo pescoço. –Agora você vai entrar na porra daquele portal, okay?

—N-não.  –Disse Raven, tentando respirar.

—Você não tem escolhas, Raven Queen, está tudo acabado, você está morta. –Disse a Doppelganger, arremessando Raven no portal. –Que pena, durou tão pouco, queria que tivesse durado um pouco mais...

—...

—Hora de fechar o port... –Disse a Doppelganger, sendo puxada para o portal, de onde saiu Raven, envolvida por um manto de penas negras de corvos.

—É realmente uma pena mesmo que não tenha durado muito... –Disse Raven, fechando o portal, enquanto observava aquela imensidão se desvanecer.

Depois de derrotar seu doppelganger, Raven desperta na casa de Merlin:

 

 

—Raven, você voltou para nós. –Disse Dex, abraçando-a.

—E-eu... Acho que sim. –Disse Raven, sorrindo.

—Você está bem? –Perguntou Apple.

—Sim, estou bem. –Respondeu Raven.

—Que bom que está bem. –Disse a Rainha Má.

—M-Mãe? Como veio parar aqui? –Perguntou Raven assustada. –Eu já entendi, eu ainda não saí daquele lugar, esse é mais um teste não é?

—Não, você realmente está acordada. –Disse Merlin.

—Como vou saber que isso também não é mentira? –Perguntou Raven.

—Se você conseguiu derrotar seu maior medo, significa que está acordada e livre do controle de mente de Bahammut.

—Então... Eu... realmente consegui... –Sussurrou Raven.

—Sim, e eu estou aqui para ajudá-la. –Disse a Rainha Má.

Wow, wow, wow, calma ai, onde está Cerise? Ela deveria estar com a Rainha Má... Algo não me parece certo, vamos voltar um pouco a história e ver o que aconteceu.

Em um passado não muito distante, próximo à Floresta Encantada:

 

 

—Vamos acampar aqui, saímos amanhã ao amanhecer. –Disse a Rainha Má, pousando o dragão.

—Mas e Raven e os outros? Quanto mais tempo perdermos aqui, mas eles correm perigo. –Disse Cerise.

—Eles estão com Merlin, um dos maiores magos existentes, eles ficarão bem. –Disse a Rainha.

—Certo... –Disse Cerise.

—Pode ir pegar alguns gravetos para uma fogueira? –Perguntou a Rainha. –Eu vou ver se encontro algumas frutas.

—Eu não como frutas... –Disse Cerise.

—Eu vejo o que consigo... –Disse a Rainha. –Agora pode pegar os gravetos, por favor?

—Estou indo. –Disse Cerise.

—Obrigada. –Agradeceu a Rainha.

Alguns minutos depois...

 

 

—Trouxe os gravetos. –Disse Cerise, surgindo das sobras das árvores, segurando vários gravetos.

—Coloque-os no chão. –Disse a Rainha.

—Como vai acender? –Perguntou Cerise.

—Magia... –Respondeu a Rainha, acendendo a fogueira.

—Ah... é... esqueci desse detalhe. –Disse Cerise.

—Em relação à comida, encontrei alguns cervos e coelhos logo ali na frente, você pode tentar pegá-los.

—Estou sem fome. –Disse Cerise.

—Você quem sabe. –Disse a Rainha. –Bem, estou indo dormir, sugiro que faça o mesmo, pode ficar tranquila, não há nada nessa floresta para se preocupar.

—Eu sei... –Disse Cerise, encostando-se em uma árvore, esperando a rainha adormecer para poder fugir com o dragão e encontrar seus amigos.

Mais alguns minutos depois. A rainha finalmente havia caído no sono, ao menos era o que Cerise pensava. Ao tentar fugir com o dragão, Cerise foi arremessada no chão por alguma força estranha.

 

 

—Tentando fugir sem mim? –Perguntou a Rainha.

—Eu não confio em você. –Disse Cerise.

—Oh, e você está totalmente certa em fazer isso. –Disse a Rainha, enforcando Cerise. –Sabe, há uma dimensão onde Bahammut não pode ir, uma dimensão semelhante a essa, eu pretendo ir e levar minha filha para podermos dominá-la, sem que ninguém interfira.

—E como pretende fazer isso? –Perguntou Cerise.

—Simples, há um feitiço para abrir portais para outras dimensões, mas para isso eu preciso de algumas relíquias mágicas, porém apenas os escolhidos podem usar o poder dessas relíquias, e esses escolhidos são os seus amigos, então me aproximarei deles, até que eu finalmente possa abrir o portal. –Explicou a Rainha.

—Se pode fazer isso... por que não manda aquela criatura para outra dimensão? –Perguntou Cerise.

—Porque eu não me importo com os outros, e porque se eu os salvar, retornarei para a prisão de espelhos.

*Curiosidade rápida: Sabia que antes de Raven não assinar o Livro das Lendas, a Rainha Má estava presa em uma prisão com um repelente de magia muito forte? E graças ao ato de Raven, o repelente se enfraqueceu, permitindo que a Rainha observasse através do espelho os acontecimentos de Ever After e até interagir com o mundo lá fora, mas de uma maneira bem fraca, como mostrado no 3° filme “Way Too Wonderland”, onde ela empurra um livro”*

 

Você me dá nojo... –Disse Cerise.

—Eu sei. –Disse a Rainha, cravando uma estaca no peito de Cerise. –Já me acostumei com isso.

Oh minha fada madrinha, a mãe da Raven matou a Cerise, e agora? O que vai acontecer com ela e seus amigos?

 

 

 


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