Voando Alto escrita por Elros Narmolanya


Capítulo 17
Uma descoberta pertubadora




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Duas semanas depois do inicio das aulas tudo estava nos conformes, eu e a Lily ainda estávamos juntos, mas escondidos. O Alvo estava mais sorridente e tentava de alguma maneira retomar o contato com a Megan, mas não estava indo muito bem. A Rose e o Scorpius estavam muito bem, obrigado, alias eles formam o casal mais difícil do nosso grupo, segundo a Lily me disse eles quase se separam nas ferias por causa do senhor Weasley que surtou ao descobrir o relacionamento. Mas o senhor Potter que conseguiu convencer o pai da Rose que o senhor Malfoy tinha mudado e que o Scorpius não era do mesmo jeito que o pai foi na escola.

Devido a monitoria eu tinha algumas regalias, como andar pelo castelo em locais muitas vezes proibidos. Em uma noite quando eu fazia ronda no 7º andar eu ouvi passos, naquele momento eu tinha combinado com a Evie para cada um ir para um lado para terminar mais rápido, com isso eu estava sozinho ali, virei um corredor e voltei ao corredor principal do andar, foi quando me deparei com dois alunos da Sonserina parados de costas para a parede, os dois se olharam ao me ver e tentaram escapar:

— Parados! - gritei apontando minha varinha - Vocês não deveriam estar aqui a essa hora!

— Não se meta nisso Boot! E abaixa essa varinha agora, antes que alguém se machuque -  falou um deles que eu percebi ser George Rosier, um aluno do 5º ano.

— Deixa eu acabar com ele e ninguém vai ficar sabendo - falou o garoto que estava com ele, era Derick Flint que estava no seu quarto ano de Hogwarts.

— Não! Você sabe que esse não é o nosso serviço.

— Arthur! O que está acontecendo…? - Evie apareceu correndo atrás de mim e quando percebeu sacou a varinha apontando para os dois.

— Rosier e Flint, vocês dois foram pegos fora dos seus dormitórios em horário improprio para um passeio. O que fazem tão longe das Masmorras?

— Não é da sua conta, traidor de sangue! - falou Flint.

— O que foi que você disse? - perguntei me segurando para não ataca-lo.

— Nada - falou Rosier rapidamente. - Ele não sabe o que fala está nervoso.

— Não estou nervoso coisa nenhuma, eles são mesmo traidores de sangue! A mãe dele nem deveria estar viva!

— Estupefaça! — um raio vermelho saiu da minha varinha que atingiu Flint bem no peito, ele foi lançado pra trás e bateu na parede desmaiando.

— O que você está fazendo!? - perguntou Evie e foi quando Rosier tentou correr.

— Impedimenta. — falei e ele ficou imóvel. - Vá chamar o professor Ottoni, ele precisa cuidar melhor dos seus alunos - falei para Evie e ela me olhou bastante assustada. Minha raiva deveria estar estampada no meu rosto, ela tentou falar alguma coisa mas eu interrompi. - Rápido Evie, o feitiço não vai segurar ele por mais tempo.

Ela guardou a varinha e saiu correndo sem falar mais nada. Eu caminhei e fiquei bem em frente de Rosier que estava voltando a se mover, levantei minha varinha e falei:

— Legilimens.— estava então na mente dele, e foi quando eu vi o que eles estavam fazendo aqui. Eles dois tinham entrado em uma sala aqui que continha vários objetos, muitos deles estavam completamente destruídos, queimados provavelmente por algum feitiço, mas não foi possível ver exatamente o que eles estavam fazendo ali, pareciam estar utilizando algum objeto para comunicação. Sai da mente dele bem a tempo, consegui lançar o feitiço Obliviate para que ele não lembrasse que eu tinha acessado suas memórias.

Logo em seguida o professor Ottoni veio andando bem rápido com Evie do seu lado e o Scorpius, que era o Monitor-chefe, logo atrás.

— O que significa isso senhor Boot?

— Professor eu encontrei esses dois alunos da Sonserina fora do dormitório em horário não permitido.

— Acho que você entendeu muito bem o que eu quis dizer. Por que os dois estão assim? - perguntou ele aumentando o tom de voz Rosier estava recuperando os movimentos e estava com o corpo curvado, enquanto Flint estava ainda desmaiado no chão encostado na parede.

— Eles tentaram reagir, eu pedi para que os dois parassem e esperassem por um professor, mas o Flint tentou me atacar e apenas me defendi, quanto ao Rosier, ele foi apenas imobilizado - respondi.

— Está tudo bem professor - falou George Rosier. - Sei que vamos pegar uma detenção, e o Boot estava fazendo apenas o que foi designado a fazer.

Quando ele disse isso eu, a Evie e até o Scorpius nos assustamos, o professor olhou para ele e disse:

— Scorpius fique aqui com o senhor Flint até ele recuperar a consciência, depois leve-o até a enfermaria. Senhorita Belby vá até a enfermaria e diga a Madame Pomfrey que um aluno precisa dos cuidados dela, e que ele está a caminho.

— Certo professor, estou indo - respondeu ela olhando dele para mim, e saindo em direção as escadas.

— Quanto aos dois… venham comigo - falou o professor diretor da casa da Sonserina. - Quero entender melhor o que aconteceu aqui.

Fomos até a sala do professor e lá tivemos que nos explicar. Claro que eu contei a minha versão dos fatos sem dizer que acessei as memórias do Rosier. Ele já contou a sua historia sem falar sobre a tal sala que estava com Flint, ele só disse que os dois estavam conversando e perderam a noção do tempo, e que aquele lugar era mais tranquilo para conversar.

Depois disso eu fui dispensado e o professor me disse para voltar para o dormitório. Ao chegar a Evie estava sentada num sofá no salão comunal e o Lorcan estava quase dormindo na poltrona perto da lareira.

— E ai? O que aconteceu? - perguntou ela.

— Nada eu só contei o que você já sabe - respondi, estava achando melhor não comentar nada com eles agora, isso poderia preocupa-los.

— Sem essa Artie! - falou Evie ficando irritada - Você tem que nos contar o que foi que aconteceu enquanto eu fui atrás do professor Ottoni. E como é que o Rosier ficou tão bonzinho?

— Verdade Lux. Precisa explicar isso direito - falou Lorcan bocejando.

— Você está praticamente dormindo cara, se eu começar a falar você apaga - falei tentando desviar o assunto, mas nenhum dos dois riram.

— Anda Artie, conta logo!

Eu não tinha como esconder a verdade dos meus amigos, então comecei a falar. Enquanto eu contava as expressões deles mudavam, principalmente a Evie que ficou vermelha de raiva quando eu disse que tinha usado Legilimens no Rosier e mudado a memória dele para que nunca se lembrasse disso. Tanto que quando eu terminei de falar ela disse:

— Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso!? Artie, quantas vezes eu já te falei que esse seu poder é perigoso?

— Evie, não vamos começar com isso, ok? - falei - Estou bastante cansado e amanhã é sábado e dia de visitar Hogsmeade, então agora eu só quero tomar banho e dormir.

— Exato, dormir. - falou Lorcan e a Evie jogou uma almofada azul bebê, que fica no sofá, em cima dele e reclamou alguma coisa levantando e indo em direção ao dormitório.

— Não pense que essa conversa acabou, senhor Arthur Boot - falou ela se virando antes de passar pela estatua da fundadora da nossa Casa e passar pela porta que dava acesso aos dormitórios.

Eu ajudei o Lorcan a se levantar e ir até o nosso dormitório. Deixei ele na cama e fui tomar uma ducha rápida. Depois voltei e me deitei na cama, foi quando eu percebi que só tinha visto a Lily uma vez hoje. Peguei um pedaço de pergaminho e uma pena e tinteiro e escrevi um bilhete para ela. Disse que estava com saudade e que precisava falar com ela amanhã assim que possível. Dobrei o pergaminho ao meio e lancei um feitiço que o Alvo me ensinou pra transformar pequenos objetos, o pergaminho então virou um pássaro que saiu voando em direção ao salão comunal na torre da Grifinória.


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Notas finais do capítulo

Foi mais curtinho esse, mas espero que gostem.
Eu deveria ter postado mais cedo (no caso, ontem, sexta), mas deu uma pequena atrasadinha =)



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