Don't call me number two escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 9
Por favor... Alguém me ajude...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677464/chapter/9

Narrativa: Hikari 

Após o horário de almoço, durante as aulas do período da tarde houve a prova semanal como o costume, caindo todo o conteúdo que aprendíamos naquele curto tempo. Fui a primeira a anunciar o término da prova, entregando-a ao professor e sem sua permissão, retirei-me da sala e fui diretamente ao ginásio treinar meus arremesso. 

—Droga... – Murmurava a mim mesma, lembrando-me das palavras que Akashi havia dito-me, deixando-me impaciente de apenas imaginar seu rosto debochando-me. Mas toda minha impaciência transformava-se em vergonha ao lembrar que aquele sujeito havia visto-me nos piores momentos, podendo qualquer um a me ver chorar, com a exceção dele – Que Droga... – Sentia meu rosto esquentar e corar bruscamente envergonhada, querendo esquecer daquela cena que ocorrera há algumas horas atrás. 

Ao dar um arremesso, antes mesmo que a bola escapasse de minha mão, sinto uma forte dor de cabeça, latejando. "Agora não... Aqui não..." Pensava, com as mãos em minha cabeça. Eu estava tonta, tendo uma dor latejante em minha cabeça, senti minhas pernas amolecerem e logo, minha visão escureceu. 

Não recordando-me quanto tempo permaneci inconsciente, tentei abrir meus olhos, mas a forte iluminação que havia no local incomodava-me. Escutava vozes, não entendia o que diziam, porém, uma das vozes era-me familiar... 

Narrativa: Akashi 

Fiz minha prova sem pressa, admitindo que estava fácil o suficiente para tirar a nota máxima. Ao termina-la, entreguei ao professor e mantive-me em minha carteira, até o sinal ressoar pelo colégio dando indícios que acabara as aulas. Não esperei os veteranos para dirigirmos ao ginásio para começar nosso treinamento diário, sendo o primeiro a aproximar-se da quadra, escuto apenas a bola parar de pingar no chão de madeira. 

—Tsc... – Murmuro ao pisar no local, sabendo de quem pertencia esta presença forte. Abrindo a porta, logo entrando, reviro meu olhar impaciente a garota que deveria estar treinando novamente seus arremessos, sem derramar um pingo de suor, que após perceber minha presença, me fitaria friamente e soltar um sorriso debochado e dizer: "Hoje vencerei você". Mas nada – ... – Sem ter uma palavra dita, admitirei que senti meu corpo estremecer por um tempo, ao vê-la cair inconsciente a minha frente. Corri para ver seu estado, ajoelhando-me ao seu lado e deitando-a em meu colo – Está soando muito... – Percebia que a perda de líquido e sua respiração ofegante não era o comum da garota, coloco minha mão em seu rosto e sua testa – Está queimando em febre...! 

—Cheguei Sei-chan – A voz afeminado era-me familiar, que fora rapidamente ignorado, enquanto pegava o celular em meu bolso e ligava à ambulância. 

A ambulância chegou após alguns minutos para levá-la, não permitindo que nenhum dos jogadores que ali presente estavam ir como acompanhante da mesma, tendo Reo o mais preocupado entre nós. Perguntando-se entre eles o que havia acontecido com a garota por ela não ter apresentado nenhuma fraqueza durante todo o dia, fazendo-me pegar novamente meu celular e ligar ao meu motorista particular. 

—Treinem como o de costume, irei visitá-la – Digo ao time que recusavam-se deixar-me ir sozinho para vê-la, mudando apenas de opiniões ao receberem um olhar congelante e amedrontador de minha parte, fazendo-os obedecerem sem reclamar – Ótimo – Solto um sorriso vitorioso nos lábios e aconchego-me na limousine preta que viera buscar-me para levar-me ao hospital. 

Chegando no local, direcionaram-me ao quarto dela que adormecia na cama. O médico viera conversar comigo, onde apresentei-me como seu responsável naquele momento, assim, recebendo as informações: Hikari apresentava imunidade baixa, fazendo-a tratar-se com vários medicamentos contra isto, causando a gripe que a uma pessoa comum apenas tomaria remédios e alguns dias de repouso, porém, a ela torna-se algo a mais, precisando de cuidados profissionais e retornos regulares; fora diagnosticada com exaustão, estimando-se que não dormia mais de quatro horas por dia há mais de três semanas. 

—Obrigado doutor – Agradeço-o e mantendo-me um pouco mais ao lado da garota, aguardando-a despertar para explicar-lhe sua situação. 

Narrativa: Autora 

—Finalmente desperta? – Hikari escuta uma voz familiar, abrindo os olhos com dificuldade por causa da iluminação da sala totalmente branca. Sentando-se na cama, passa a mão em seus olhos e logo revira seu olhar ao rapaz ao seu lado e surpreende-se: 

—A.Akashi... 

—Já passaram-se das 19h – Ele permanecia impaciente, com extrema vontade de deixa-la naquele quarto e retornar a sua residência. Mas assumiu a responsabilidade por tê-la encontrado daquela forma e por ser o Representante de sua sala e o Presidente do Grêmio para explicar-lhe a situação – Você... 

—Minha imunidade caiu novamente e peguei um resfriado, eu sei – Ela interrompe-o, deixando-o mais impaciente que o costume, por odiar ser interrompido – Deve ser pelas noites mal dormidas nestes últimos dias – Complementa, logo desculpando-se pelo escândalo e pelo trabalho. Porém, seu orgulho diz mais alto, não aceitando que novamente teve o sujeito ao seu lado nos piores momentos – Causei-lhe problemas, mas eu poderia ter cuidado da situação. 

—Tudo bem – Akashi provoca-a aceitando suas palavras, respirando fundo e levantando da cadeira para retirar-se do local – Mas caso eu lhe veja desta forma novamente, você terá de aceitar que nunca me vencerá e jogará este seu orgulho no lixo – Esperava ser suas últimas palavras antes de poder finalmente ir embora, mas fora impedido pela garota que pede: 

—Espere! Ligaram ao Midorima ou a minha tia...? – Ela pergunta tentando manter pose, sua voz trêmula e nada confiante entregava-a. Recebendo apenas um "Não" da parte do ruivo que retirava-se do quarto, ela murmura furiosa, não aceitando a forma de como ele dirigia-se a ela. Não podendo mover-se livremente por causa da agulha do soro em seu braço, respirava fundo várias vezes para recuperar a calma, mas sem sucessos, pega o travesseiro com a seu braço livre e coloca-a em seu rosto – Que droga! 

Hikari permaneceu em observação por algumas semanas, tendo Reo visitando-a frequentemente, mesmo que na maior parte do tempo, ela permanecia adormecida. Após sua recuperação, voltou a sua rotina pouco diferenciada: acostumada a ir ao colégio e voltar ao seu apartamento andando, mas por sua saúde ainda estar frágil, pediu a um conhecido para mandar-lhe um motorista particular por algumas semanas. 

—Boa noite senhorita – O motorista dizia ao deixa-la a frente do prédio onde morava, que logo fora embora ao receber o agradecimento da mesma. Caminhando até as escadas, pelo prédio ter apenas três andares não havia elevadores, sobe até o primeiro andar, faltando dois andares para chegar ao seu apartamento. 

Parando para olhar para a rua escura, sente calafrios e medo ao ver uma sombra sorrindo a ela que começava a correr em direção as escadas. O desespero havia consumido o corpo da protagonista, fazendo-a correr sem olhar para trás as escadas acima, tropeçava em alguns degraus, mas não ameaçava parar. Já rendendo-se as lágrimas, chega a frente de seu apartamento: 

—Vamos... Por favor... – A fechadura da porta havia travado, não querendo abrir. Enquanto o homem que seguia-a já havia chegado no último andar e caminhava ofegante em direção a garota e dizia: "Por que está com este olhar? Sorria". Olhares frios e sanguinários com lágrimas junto a feição séria encarava-o, até finalmente conseguir abrir a porta. Adentrando no apartamento escuro, tranca-a sem hesitar e senta a frente ali da porta – Por favor... Para... – Ela pedia com um tom de voz chorosa e baixa, colocando suas mãos em seus ouvidos, não sabendo mais o que fazer para impedir de ser perseguida – Vai ao inferno! – Não media esforços para dizer estas palavras com ódio, sabendo que ele era o culpado a sua visita no hospital e as suas humilhações. 

Tendo um mês de noites mal dormidas, desde sua mudança a Kyoto, por um perseguidor que sempre seguia-a durante a noite, logo, mandando-lhe mensagem toda a madrugada. As horas perdidas de seu sono fizeram-na adoecer novamente e deixando-a mais sentimental, não conseguindo esconder seu estado emocional, assim, passara vergonha em frente ao sujeito que tanto odeia. Já estava exausta, fizera queixa a polícia. 

Flash Back On 

Senhor, há um indivíduo seguindo-me todas as noites! Não para-me de mandar mensagens durante a madrugada! Hikari dizia em um tom de autoridade, para que tomassem providências rapidamente. 

Se ele lhe manda mensagem, por que não bloqueou o número? O policial que estava em sua frente perguntava. 

São números anônimos e mesmo que bloqueie-as, outros números com as mesmas mensagens chegam em meu celular! Dizia já impaciente. 

Pode ser alguma brincadeira de mau gosto Continua-a ignorando suas informações. 

Por favor, não faça-me rir senhor. O homem já tentou-me agarrar, isso é considerado abuso! 

Acalme-se senhorita Pede, fazendo-a fita-lo com olhares ameaçadores Há quanto tempo está nesta situação? 

Um mês. 

Se esteve há tanto tempo nesta situação, é por que você aceitou... 

Senhor, o perseguidor é o meu... 

Flash Back off 

Ninguém acreditava em suas palavras, nem mesmo suas vizinhas. 

—Por favor...Alguém me ajude...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Don't call me number two" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.