Paris Doll escrita por Nárriman


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEI VADIAS!! Sei que muitos de vcs pensam que eu morri ou que abandonei a fic, mas eu estou aqui. Não pude postar durante todo esse tempo pq em uma noite de domingo enquanto eu escrevia a fic o pc literalmente explodiu e ainda está no conserto. Nesse meio tempo eu não queria, mas mesmo assim escrevi o cap pelo celular e quando estava prestes a posta-lo ele foi excluído, pensei em desistir e quase exclui a fic, foi por pouco. O cap está aqui e eu espero que vcs ainda estejam tbm.



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Pov's Ally

O quarto de Austin era basicamente apenas azul e eu não lembrava que essa era das sua cores favoritas.

As paredes em um tom mais escuro observavam meus mínimos detalhes e isso fez com que eu me encolhesse em sua cama.

Austin estava ajoelhado a minha frente. Os cotovelos apoiados em meus joelhos e uma expressão de confuso em seu rosto.

Não é todo dia que sua ex namorada aparece em sua casa usando um vestido de gala, cabelos desgrenhados e chorando.
Ele já sabia sobre a minha briga com Cassidy. Ela ligou para ele e terminou o noivado antes que eu tivesse tempo de chegar aqui e ele estava reagindo melhor do que eu esperava. Não estava com raiva ou até mesmo triste, na verdade ele nem parecia se importar com o fato de que não iria mais construir uma família com sua doce e amada Cassidy porque seus olhos estavam ocupados com minhas lágrimas.
—Você quer dormir aqui? -Perguntou enquanto acariciava minha coxa com seu polegar.

Sei que Austin não tinha segundas intenções com aquilo, mas mesmo assim precisei fechar os olhos e apertar meus lábios até sentir o gosto de sangue em minha língua. Eu precisava me controlar.
—Eu quero ir pra casa. -Funguei ainda com a cabeça baixa e me odiei internamente por isso.

Em apenas uma noite eu consegui perder a cabeça com Cassidy e agora estava prestes a fazer o mesmo com Austin. A fragilidade nunca combinou comigo, mas era a única coisa que eu experimentava naquele momento.

Ouvi um longo suspiro de Austin e levantei a cabeça para encará-lo.

—Tudo bem. Eu te levo. -Um quase sorriso brotou em seus lábios.

Eu sabia que não era aquilo que ele esperava ouvir.
—Não Austin. Eu quero voltar pra minha verdadeira casa. Eu quero voltar pra New York. -Minha voz trêmula não era capaz de disfarçar meu choro de quinze minutos atrás.
—Porque você faria isso? -Uma expressão sombria tomou conta de seu rosto, mas foi quase imperceptível.
—O único motivo pelo qual eu voltei para Miami foi para o casamento de Cassidy e agora que ela não quer me ver nem mesmo pintada de ouro eu não tenho motivos para continuar aqui. -Dei de ombros.
—Sua vida não gira em torno de Cassidy. -Ele me olhou no fundo dos olhos. —Seus amigos estão aqui, seus pais estão aqui e eu estou aqui. -Suas mãos pousaram em meu rosto e estremeci.
—E são todos esses motivos que me fazem querer ir embora. -Admiti um pouco hesitante.
—Estou falando dos seus pais Ally. -A voz de Austin se tornou fria e cortante apenas segundos depois de eu ter aberto a boca.
—Eu não vejo meus pais há mais de dois anos. -Sussurrei quase que não querendo ouvir minhas próprias palavras.

Suas mãos rapidamente voaram para longe da minha pele e precisei de muito controle para não atacar seus lábios em uma forma de nos unirmos novamente.

Austin passou as mãos por seu rosto parecendo finalmente ligar os pontos.         —O que seus pais fizeram quando vocês voltaram para Miami, Ally? -Eu podia sentir o medo carregado em sua voz.

Depois que terminamos nunca mais tivemos contato um com o outro. Eu soube que Austin tentou me ligar algumas vezes, mas eu já tinha outro número.
—Eles não fizeram nada, esse foi o problema. -Não consegui evitar um sorriso amargo em sua direção.

A expressão de confusão em seu rosto logo se transformou em algo assustador. Ele cerrou seu maxilar e se levantou.
—Venha comigo.-E sem mais uma palavra ele entrelaçou nossas mãos e saímos do quarto em direção ao corredor. Pensei que iríamos para o térreo quando Austin subiu mais um vão de escadas e então estávamos no imenso terraço. Uma piscina ocupava quase todo o local enquanto a outra parte era preenchida por pequenos sofás, espreguiçadeiras e uma jacuzzi no lado esquerdo.

Austin me levou até a borda da piscina e começou a tirar seu paletó, o ato fez com que eu arqueasse as sobrancelhas em sua direção.
—O que pensa que está fazendo?- Perguntei arregalando os olhos.
—Eu não sei você, mas Miami não é um lugar para princesas. -Um sorriso selvagem apareceu em seus lábios me fazendo quase engolir em seco.

Eu não sabia que as coisas essa noite iriam acabar desse jeito, mas ao invés de protestar apenas abri meu melhor sorriso e me desfiz do longo e belo vestido dourado que caiu sob o meu corpo de forma tão suave que me fez estremecer com o ar frio que agora tomava conta da minha pele. Austin se aproximou vestindo apenas uma cueca boxers e se ajoelhou diante de mim.

Seu movimento repentino fez os pelos da minha nuca arrepiar e um desejo súbito de beijá-lo me atingiu novamente. Suas mãos deslizaram por minhas pernas e pararam em meus tornozelos que ele acariciou com os polegares. Seus dedos ágeis tiraram meus saltos em um piscar de olhos e ele ficou de pé não sem antes dar um beijo em minha coxa direita.
—Muito melhor. -Ele pôs uma mecha do meu cabelo entre seus dedos e o soltou tão rápido quanto pegou.
—O que você está fazendo? -Sussurrei ainda paralisada. Meu corpo era uma pedra de gelo.
—Apenas relaxando o seu corpo.
—Acho que você não está fazendo do jeito certo. -Ajeitei meu cabelo que ainda estava uma bagunça. Eu podia estar uma merda, mas a vaidade sempre iria falar mais alto.

Quando terminei de enxugar minhas bochechas que tinham um pouco de rímel o flagrei me observando silenciosamente.

Ele viu que eu percebi seus olhos em mim e ao invés de tirar os olhos do meu corpo ele apenas mordeu o lábio inferior para esconder um sorriso. Que bom que um de nós vê graça em estar seminu na frente de alguém que é o motivo dos seus problemas. Quase comecei a rir de sua cara quando notei a presença de dois homens no terraço.

Dois seguranças próximos a jacuzzi estavam olhando em nossa direção. Foi então que um choque de realidade me atingiu. Eles eram os primeiros a saber que Austin não é tão fiel assim a Cassidy. Eles sabiam que eu era sua amante pela forma como a mão de Austin segurava a minha e pelos trajes que vestíamos.

Engoli em seco, mas não perdi a pose. Ergui o queixo e fiz questão de jogar o cabelo para trás como forma de desprezo e de que eles não eram dignos do meu olhar. Eu não preciso da aprovação de ninguém. Sou uma mulher solteira e posso me relacionar com quem eu quiser.
—Te encontro lá embaixo. -Antes que ele pudesse responder eu já tinha me jogado na piscina e por um momento esqueci tudo.

A medida que eu ia mais fundo podia sentir minha mente se esvaziando o que me fazia querer continuar. Eu sabia que não aguentaria muito mais que dois minutos submersa, mas mesmo assim não recuei e quando a água adquiriu um tom mais escuro percebi que tinha chegado longe demais e antes que eu pudesse me desesperar senti braços fortes em minha cintura. Quando me virei para encará-lo tive um vislumbre de seus cabelos movendo-se junto as águas e de seu sorriso indecifrável.

Ele aproximou seus lábios dos meus e não me afastei. Deixei que o contato entre nossos corpos me aquecessem em meio a noite fria de outubro.

Beijá-lo debaixo d’água não foi a coisa mais confortável que eu já havia experimentado com ele, mas ainda assim eu não trocaria aquele momento por qualquer outro. Subimos juntos e recuperei o fôlego enquanto ele me apertava ainda mais contra o seu corpo. Eu podia me acostumar com isso.
—Como você está? -Ele perguntou pondo um fim no silêncio que nos engolia.

Austin nunca foi de perguntar sobre mim desse jeito. Quando namorávamos ele era muito carinhoso e atencioso, mas nunca precisou perguntar nada tipo isso. Ele sabia quando eu precisava ser consolada.
—Emocionalmente ou fisicamente? -Pus minhas mãos ao redor do seu pescoço e relaxei. Éramos amantes, mas nem tudo precisava se resumir ao sexo.
—Psicologicamente. -Disse com a voz rouca.
—Estou uma merda. -Respirei fundo.
—Tudo está uma confusão em minha cabeça e eu quero ir embora.- Repeti as mesmas palavras de minutos atrás.
—Me diga um bom motivo para voltar para New York. -Seus polegares faziam movimentos circulares em minha pele.
—Tenho um desfile de moda me esperando.
—E quando pretendia me contar que o New York Fashion Week começava no dia do meu casamento? -Questionou me deixando sem palavras.

Quando percebeu que eu não tinha o que dizer ele me levou até a borda da piscina onde descansei minha cabeça no azulejo escuro.
—Bryan disse que eu não podia deixar de ir ao casamento da minha melhor amiga para comparecer a um desfile de moda sendo que tem vários ao longo do ano. -Revirei os olhos.
—Mas eu acredito que esse era importante, não é mesmo? Um dia desses enquanto eu estava em uma reunião você foi mencionada por alguns dos meus funcionários Ally. -Ele imitou meus movimentos e quando voltei a realidade já estávamos admirando o céu negro sob nossas cabeças.
—Porque a Adidas teria algum interesse em uma designer da Gucci? -Franzi a testa.
—Não estou falando da adidas. -O loiro deu de ombros ainda perdido em seu próprio mundo.
—Mas você é o presidente da Adidas. -Falei como se fosse o óbvio.
—Eu sou o presidente de muitas industrias, não apenas da Adidas. -Ele me olhou como se eu fosse louca.

Meu queixo caiu.
—Que porra você está falando? – Me mexi inquieta e sentei em seu colo ainda sem acreditar em suas palavras.

Ele apenas levantou os cantos de seus lábios revelando um sorriso.
—Você está envolvido com alguma coisa ilegal, Austin? -sussurrei mesmo sabendo que ninguém podia nos escutar.

Seu sorriso morreu e eu engoli em seco, eu estava prestes a sair da piscina quando ele explodiu em gargalhadas me fazendo estremecer com o susto.

Esperei pacientemente ele se acalmar enquanto eu ainda estava sentada sobre ele.
—Acabou? -Perguntei entediada.
—Acabei. -Ele enxugou uma lágrima que escorria por seu olho esquerdo.

Pisquei duas vezes e cruzei os braços.
—Não é porque eu tenho muito dinheiro que estou envolvido com roubo Ally. -Austin revirou os olhos e pôs suas mãos em meus quadris.
—Você tem apenas 23 anos. -O lembrei.
—Você também tem 23 anos e é uma das designer mais relevantes da indústria da moda e nem por isso eu perguntei a você se tinha feito o book rosa. -Ele deu um beijo em minha testa.
—Apenas modelos fazem o book rosa. -O fuzilei com os olhos.
—O que eu quero dizer é que tenho uma parceria com a Victoria Secret’s e no meio de u a reunião mencionaram o New York Fashion Week e em como estavam ansiosos pela coleção de roupas de Ally Dawson.

Ele dizer que tinha uma parceria com a Victoria Secret’s me fez lembrar do dia em Paris que Max me falou sobre Austin romper o contrato com a Gucci.
—Espero que tenham falado bem de mim. -Dei um meio sorriso.
—Não só falaram como também queriam você como uma das designers do próximo desfile de moda do Victoria. -Ele disse tudo aquilo sem alterar seu tom de voz.
Por um momento fiquei sem ar.
—Mas o desfile é em duas semanas. -Quase gritei.

Seria impossível desenhar no mínimo 12 peças de roupa em tão pouco tempo.
—Eu sei que você pode dar conta disso Ally, eu sei que tem facilidade com os desenhos.
—Não desde que cheguei em Miami. -Ri tentando esconder meu nervosismo. —Eu não consegui desenhar nenhuma peça de roupa desde que voltei Austin. -Respirei fundo enquanto ajeitava meu cabelo. Eu estava voltando a ficar irritada.
—Ei isso foi apenas um convite. -Suas mãos pousaram em meu rosto e fechei os olhos para aproveitar o momento.
—E se por um acaso eu conseguisse terminar a coleção? Eu ainda teria que preencher várias papeladas sobre o contrato sem contar o fato de que eu precisaria viajar para... -Antes que eu pudesse terminar de falar Austin me beijou e não foi tão doce quanto o de minutos atrás, esse era carregado de desejo e uma necessidade que não podíamos explicar.

Suas desceram até a área da minha bunda e me afastei rapidamente.

—Eu aceito o convite. -Respondi ainda sem folego.
—Legal, mas onde estávamos... -Ele inclinou a cabeça em minha direção outra vez e eu recuei. Por mais que tudo estivesse bem entre nós ainda assim eu não queria que fizéssemos sexo assim tão rápido.

Notei um balde de gelo perto da piscina e eu só precisava nadar pouco mais de um metro para alcança-lo. Tinha algumas latinhas de refrigerante e uma garrafa de vinho em meio ao gelo e quando levantei o braço para pegá-la fui impedida por sua mão.
—Não. - Sua voz fez que cada centímetro do meu corpo estremecer.

Dei um meio sorriso por cima do meu ombro tentando inutilmente esconder meu nervosismo.
—Preocupações não se afogam em álcool, elas sabem nadar. -Seu polegar roçou meus dedos ainda agarrados a garrafa de champanhe quando afrouxei minha mão e aos poucos desprendi-me do vidro gelado que segurava como se fosse a minha vida.

Austin fez o favor de colocá-la de volta ao balde e pegou duas latinhas de refrigerante.
—Desde que nos reencontramos vivemos enchendo a cara para falar um com o outro. -Ele fez um sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse até a borda da piscina.
—Você quer uma conversa sóbria? Isso vai ser divertido. -Mordi meu lábio inferior quando dei meu primeiro gole na Coca-Cola gelada a minha frente.

Austin deu um sorriso preguiçoso e apoiou seus cotovelos na borda.
—Não precisa me contar tudo. Só não minta para mim. -Por um longo momento nossos olhos se cruzaram e precisei de muito auto controle para não atacar seus lábios ali mesmo.
—Tudo bem. -Dei de ombros. Eu não tinha muito o que esconder mesmo.
—Meus pais basicamente me expulsaram de casa quando voltei para Miami e por isso passei dois meses hospedada em um hotel da cidade. Para pagar as contas eu trabalhava na cozinha do hotel e foi em um daqueles dias que conheci Bryan. -Um sorriso triste brotou em meus lábios enquanto eu encarava o fundo da piscina.
—Eu sabia que ele era um dos donos da Gucci porque lembro de alguém comentar sobre ele na faculdade. -Beberiquei mais um gole do refrigerante.
—Eu estava na pior, mas mesmo assim não iria desperdiçar uma chance daquelas e então derrubei vinho em sua roupa o que deixou ele estressado pra caralho. -Prendi um riso quando imagens daquele dia me atingiram em cheio.
—Depois de muito tentar convenci ele de que eu sabia como tirar a mancha de vinho e o levei para o meu quarto de hotel. Ele estava bêbado, mas ao ver meus desenhos por toda a parede não tinha dúvidas de que eu era talentosa e acredite ou não, mas no dia seguinte ele me levou para Nova Iorque com ele. -Pisquei para impedir as lágrimas de rolarem por meu rosto.
—Ele me ajudou quando ninguém mais o fez e é por causa dele que eu tenho um emprego.

Dei mais uma bebericada no líquido escuro a minha frente e o encarei sem hesitar.

O loiro mantinha seus olhos em meu rosto e de relance pude ver ele amassar sua latinha com a mão que a segurava, mas nada além disso.
—Você passou por dificuldades e não me procurou? -Seu tom de voz estava incrivelmente compassada o que me assustou um pouco. Essa era a pior versão de Austin Moon.

Revirei os olhos e fiz pouco caso. —O que eu deveria dizer? Estávamos em cidades diferentes e tínhamos terminado. Eu não podia simplesmente te pedir um quartinho para morar Austin. -Revirei os olhos.
—Você podia. -Ele sussurrou olhando para suas mãos. —Você podia qualquer coisa Ally.

Não consegui evitar rir disso.
—E isso seria antes ou depois de você praticamente me humilhar em uma cama de hospital? -Cuspi as palavras quase nem acreditando quando elas finalmente vieram a tona, mas ainda assim meu tom de voz era sereno.

Eu não queria que a nossa noite acabasse desse jeito, no entanto o dia tinha sido uma merda e eu fui idiota por pensar que poderia acabar ele de uma forma agradável.
—Eu sei... -O interrompi com um dedo.
—Acredita que eu me lembro de cada uma daquelas palavras? -Ri quase achando graça de toda aquela situação, Austin porém parecia prestes a socar alguém. Seu rosto adquiriu um tom empalidecido e assumiu um olhar de espanto.
—Deixe eu refrescar um pouco a sua memória. -Sorri e pigarreei logo em seguida. —Você nunca me fará ficar então apenas tire suas mãos de mim. -Imitei seu tom de voz.

Austin balançou a cabeça e fechou os olhos, mas não disse nada. Ele sabia quando ficar calado.
—Me desculpe, mas eu esqueci algum detalhe? Eu estava tentando não chorar naquele instante então me perdoe por qualquer vírgula mal colocada. -Um sorriso despontou dos cantos dos meus lábios.
—Não me faça parecer o vilão da história quando sabe que as coisas não aconteceram dessa forma. -Ele finalmente teve coragem de me olhar nos olhos. Eu via a amargura que ali se mantinha e por um momento cogitei estar encarando o meu reflexo.
—O vilão da história? -Gargalhei o mais alto que eu pude. Eu não estava bêbada o que foi melhor ainda, tudo o que eu dissesse naquele instante era por pura e espontânea vontade. Cheguei a chorar de tanto rir e isso o irritou pra caralho.
—Olhe para mim. Eu estou tendo um caso com o noivo da minha melhor amiga, acha que sou uma santa ou que me orgulho disso? -Perguntei reprimindo outro sorriso.
—Pra falar a verdade acho que sim, você sente orgulho em magoar Cassidy e não importa quem precise usar ou comprar no meio do caminho. -Ele me olhou de cima abaixo, parecia não estar me reconhecendo.
—Seis anos atrás eu conheci uma garota elegante, bela e dona de um sorriso perfeito. -Ele começou sem desviar seus olhos dos meus.
—Eu não tinha nada no momento que nos vimos pela primeira vez porque ainda era apenas um garoto problemático que tinha sido mandado para a faculdade no outro lado do mundo para aprender algumas lições, mas mesmo assim ela aceitou um maço de cigarro roubado e bebida barata.

Senti meus olhos queimarem com as lembranças do dia em que nos conhecemos, no entanto não dei nenhum indício de que estava prestes a chorar.
—Com o passar do tempo começamos a namorar e verdade seja dita: éramos o casal mais foda daquela prisão. Discutíamos as vezes, mas esse nunca foi um problema porque éramos maduros o suficiente para lidar com toda a situação e posso dizer que foi a melhor época da minha vida, mas ela precisou chegar ao fim. -Ele cerrou o maxilar.
—Até hoje eu amei apenas uma única mulher em toda a minha vida, mas ela não está mais aqui. -Ele deu um sorriso frio o que me fez engolir em seco.
—Ally Dawson morreu em um acidente de carro dois anos atrás quando estava prestes a fugir comigo. -Sua voz estava embargada, mas ele logo tratou de pigarrear.
—Lembro de vê-la pela última vez quando a tomaram dos meus braços e a levaram em uma ambulância enquanto eu fui obrigado a entrar em um carro da polícia por dirigir bêbado e em alta velocidade.

Eu mordi meu lábio inferior com uma força que nem eu mesma imaginava ter e a prova viva disso era o leve gosto de sangue em minha boca.
—Dois meses depois do ocorrido eu fui solto com a condição de que terminaríamos o nosso namoro porque para os pais dela eu era um monstro que a tinha levado para o mau caminho e eles estavam certos. Eles pagaram a minha fiança em troca do nosso término.

Tentei dizer algo, falar que ele estava errado e que fui eu que pedi para fugirmos, mas nada saia dos meus lábios além de sangue.
—Então eu fui ao hospital em que ela estava internada, tinha acabado de acordar de um coma quando apareci na porta do seu quarto, mas para mim aquela não era mais Ally. O cabelo era o mesmo, os olhos eram os mesmos, o corpo era o mesmo, mas o sorriso não. -Sua palavras se tornaram afiadas e ele baixou um pouco mais o tom de voz.
—Sua boca mudava as formas o tempo todo, às vezes um sorriso falso, outras um sorriso sarcástico e até mesmo um sorriso gentil, mas nenhum deles eram o sorriso intenso de Ally Dawson. Tentei explicar que não era eu que tinha decidido nada daquilo, porém o tapa na cara que ela me deu fez com que eu engolisse as palavras e antes que eu pudesse dizer que a amava pela última vez, seguranças me levaram para fora do hospital e nunca mais tive contato com ela.

Ainda não havíamos gritado um com o outro, estávamos pondo tudo pra fora sem um único tom alterado e eu não sabia se aquilo nos levaria a uma trégua ou uma nova batalha.
—Diga o que esta preso na sua garganta há mais de um mês. -Pressionei ainda com os olhos cravados nele. Eu não estava chorando e nem estava prendendo as lágrimas, o vazio simplesmente não me deixava sentir nada.
—Você é uma boneca de porcelana moldada aos sete pecados capitais. -O deboche em seu rosto fez meu queixo cair.

Desejei reunir todas as forças que eu juntei ao longo dos últimos anos naquele momento, desejei poder apenas sorrir ironicamente e dar de ombros ou até mesmo rir, mas o peso de suas palavras não deixou espaço nem para que eu respirasse.

Diante da minha reação ele balançou a cabeça e sorriu para mim com descrença.
—A sua gula por bebidas alcóolicas, a inveja por Cassidy, avareza com seus bens materiais, ira em relação a basicamente tudo. -Despejou tudo de uma única vez o que me fez encolher os ombros.

Ele passou as mãos por seu cabelo e continuou.
—O fato de que a luxúria se tornou algo comum em sua vida, a preguiça por não querer ajudar seus amigos e por último a soberba. -Austin teve a coragem de sorrir ao dizer essa última palavra.
—Você é orgulhosa, arrogante e gananciosa e eu me culpo todos os dias por ser o responsável por isso. -Ele nunca desviou seus olhos dos meus.
—Você sempre me chamava de boneca -O nojo era visível em minha voz. —Agora percebo que o significado ia muito além. -Mais um gole de refrigerante atravessou a minha garganta, mas eu apenas senti o gosto do veneno de suas palavras.
—No fundo eu era apenas isso pra você, não é mesmo? Uma bonequinha? -Tentei soar o mais indiferente possível.
—Não distorça as minhas palavras, você sabe o que eu quis dizer. -Ele terminou seu refrigerante e o deixou de lado concentrando toda a sua atenção em mim.
—Ninguém se cura machucando o outro. -O olhei com repulsa e enxuguei outra rodada de lágrimas.
—Então acho que nós dois já estamos feridos demais para continuar. -Ele recompôs a sua postura ao meu lado.

Eu queria sair dali, ir para qualquer lugar que eu pudesse deitar e ter paz por algumas horas. Sem brigas e choro, apenas descansar.
—Quando eu percebi que estava sozinha no mundo pensei em cometer suicídio. -Senti meus lábios tremerem. —Eu continuei com esse pensamento por uma semana até me dar conta de que eu tinha a mim mesma, que eu era a única amiga de quem eu precisava, mas até hoje eu ainda me sinto incompleta e por isso sou desse jeito, eu gosto de machucar as pessoas porque quero que elas sintam a dor que eu senti e foda-se o que todo mundo vai pensar, mas eu não estou pedindo mais do que eu mereço. -Voltei a me desmanchar em lágrimas.

Cobri meu rosto com as mãos e pus tudo para fora. Eu precisava daquilo. Era bom chorar sem ter que me preocupar com quem pudesse me ver, na verdade era libertador.

Depois de um ou dois minutos braços apareceram ao redor do meu corpo e não o impedi quando ele me envolveu junto a seu corpo. Eu estava cansada demais para discutir com ele e apenas descansei minha cabeça em seu peito e continuei assim até que meus soluços cessaram.
—Você não precisa continuar agindo desse jeito se não quiser Ally, você não precisa ser má apenas para provar algo as pessoas. Sua alma se tornou algo frio, mas eu tenho certeza de que o seu coração ainda tem as melhores intenções do mundo. -Ele afagava os meus cabelos cuidadosamente.
—Eu quero ser boa. -Sussurrei para mim mesma.
—Se quiser contar a verdade para todos hoje mesmo eu irei te apoiar e assumir minhas responsabilidades, se quiser fugir comigo para outro país eu posso lhe garantir que estaremos em meu jatinho em dez minutos, mas eu preciso que você escolha algo. -Sua voz estava tão baixa quanto a minha.
—Eu só quero ficar com você essa noite. -Me encostei ainda mais em seu peito e ele deu um beijo em minha bochecha.
—Como achar melhor. -Suas mãos faziam carinhos em meus braços e passamos os próximos dez minutos apenas em silêncio quando decidi falar.
—Posso te fazer uma pergunta? -Funguei um pouco antes de me afastar dele para encarar seus olhos.

Austin tinha lágrimas nos olhos e me perguntei porque elas estavam ali. Poderia ser a culpa por seus erros do passado ou talvez pelos meus próprios erros, mas eu nunca saberia a verdade porque não iria perguntar sobre elas.

Ele deu um breve aceno com a cabeça e beijou a minha testa. Era tudo o que eu precisava pra criar coragem.
—Porque você quebrou um contrato com a Gucci dois anos atrás? Não estávamos mais juntos e você não teria porque desistir dela então porque fez isso? -Minha voz não ia muito além de um sussurro, no entanto Austin parecia ter escutado cada palavra.

Ele afastou suas mãos do meu corpo e se recostou na borda da piscina novamente.
—Como você sabe sobre o contrato? -Perguntou sem fazer contato visual comigo.
—Apenas me responda isso Austin. Se quiser eu até mesmo vou embora, mas antes quero a verdade. -Enxuguei uma lágrima solitária que corria por minha bochecha e levantei a cabeça para encarar o ambiente ao nosso redor. Estávamos completamente sozinhos.

Austin hesitou antes de me olhar novamente. Parecia estar travando uma batalha consigo mesmo em sua cabeça e eu sabia que ele tinha dúvidas quanto a me responder.
—Eu nunca quebrei o contrato Ally. Ele nunca foi meu pra eu poder rompê-lo. -Seus olhos estavam vazios quando Austin voltou a me encarar.
Franzi a testa em confusão.
—Isso é impossível. -Respondi ainda sem entender aonde ele queria chegar.
—Não, não é. -Foi tudo o que disse.
—Austin. – O adverti.

Ele voltou a me encarar ainda inseguro sobre o que responder e por fim deu um sorriso malicioso como se não se importasse com o dano que poderia causar em segundos.
—Você é uma das donas da Gucci Ally. O contrato está em seu nome a mais de quatro anos.
Minha boca formou um perfeito O.
—Isso é mentira. -Neguei com a cabeça sem hesitar por nenhum momento. —Eu sou apenas uma designer, trabalho pra Gucci e é apenas isso. -Respondi ainda sem acreditar no que eu acabara de ouvir. —E quatro anos atrás ainda estávamos juntos. Ainda estávamos na faculdade. -Gritei a última parte.

Que porra estava acontecendo com aquele dia?
—Eu comprei algumas ações quando namorávamos Ally. Pensei que seria bom para quando estivéssemos casados. -Tentou se explicar. — Quando terminamos percebi que a coisa toda apenas tinha se expandido e não tinha como voltar atrás então continuei com tudo em seu nome.
Ele não podia estar falando sério.
—Bryan sabe disso? -Perguntei ainda sem acreditar em suas palavras.
Austin negou em resposta e bufei com isso.
—O que aconteceu com todo o dinheiro? -Não consegui evitar perguntar isso.
Não era interesse ou qualquer coisa do tipo, eu apenas queria saber o que aconteceu com ele.
—Esta tudo na minha antiga conta no banco. Eu não toquei em nenhum centavo.

Seu olhar não vacilou por nenhum momento.
—Eu sou uma das donas da Gucci. -Eu disse para mim mesma.
—Sim, você é. -Ele repetiu sorrindo para mim.
—Eu sou uma das donas da Gucci. -Gritei a plenos pulmões e dei alguns pulinhos fazendo a água se mexer ao nosso redor.

Austin riu e sem esperar o puxei para um abraço. Ele não reagiu por um momento com a surpresa, mas logo tratou de envolver seus braços ao meu redor.
—Te ver feliz é a coisa mais maravilhosa que eu vejo em anos. -Sussurrou em meu ouvido em meio aos meus cabelos.

Me afastei dele para encará-lo e um sorriso, agora malicioso estava formado em meus lábios.

Austin estava olhando para os meus seios, em seguida, meus quadris, pernas e subindo novamente. Eu me forcei a não cobrir o peito ou o meu estômago, porque o olhar em seu rosto naquele momento fez com que eu me sentisse absolutamente linda.

Eu levantei minhas mãos, cercando seu pescoço e segurei firme quando eu fiz contato visual com ele. Deixei escapar um suspiro relaxado e sorri.
—Estar sóbria perto de você é o ponto alto do meu dia. -Admiti com um tom de divertimento em minha voz.
—Confesso que também é uma experiência nova para mim, sempre fazíamos sexo quando estávamos chapados. -Ele riu a medida que seus olhos se escureceram e todo o ar de diversão que tínhamos construído caiu como um véu.
—Estamos sóbrios. -Ele beijou o local abaixo da minha orelha. — Mas hoje eu quero fazer você se contorcer de prazer. Confie em mim.

Eu queria, mas confiança era uma coisa perigosa em nosso mundo. Parte de mim queria se agarrar no lampejo de ódio que eu sentia desde quando ele me abandonou anos atrás. Mas outra parte maior queria fingir que ainda estávamos na faculdade, queria fingir que podíamos nos amar.

A língua de Austin se arrastou sobre a minha garganta. Ele parou em cima do lugar onde meu batimento cardíaco palpitava e chupou a pele. Eu tremi com a sensação. Seu corpo estava quente e duro contra o meu e eu amei estar sentada em seu colo; embora não fosse exatamente confortável. Não havia muita suavidade no corpo de Austin, ele era todo de músculos firmes. Ele mudou de posição, pressionando sua ereção contra minha bunda enquanto seus lábios reivindicavam minha boca. O beijo enviou pequenos relâmpagos através do meu corpo.

Austin tirou a mão da minha bunda e, lentamente, arrastou-a por cima do meu quadril, chegando até a coxa. Ele deslizou pela lateral da calcinha, esfregando o dedo pelas minhas dobras. Eu devia tê-lo empurrado, mas em vez disso abri minhas pernas um pouco mais. Austin acariciou meu pescoço, depois recuou. Ele enganchou os dedos da outra mão por debaixo do sutiã e puxou para baixo. Meu peito saltou livre, um arrepio cobriu minha pele e meu mamilo ficou duro a partir do contato com a brisa fria. Austin fez um som baixo em sua garganta ao olhar para o meu peito.

Em seguida, ele se curvou e chupou o mamilo e, ao mesmo tempo, esfregou o polegar sobre meu clitóris. Gritei com a sensação. Ele rosnou contra a minha pele e soltou meu mamilo com um estalar audível. Seu olhar se ergueu para mim enquanto sua língua passava pelo bico duro. Eu tentei desviar o olhar, mas ele rosnou.
— Não. Olhe para mim.

E eu fiz. Eu vi meu mamilo desaparecer em sua boca mais uma vez, observando ele brincar com a língua, seus olhos famintos em mim. Ele mordeu suavemente e meus quadris empurraram contra a sua mão ainda brincando com minhas dobras.

A liberação estremeceu pelo meu corpo. Austin se afastou muito rápido, agarrou meus quadris e me colocou na borda da piscina.
—Austin, o que... -Austin arrancou minha calcinha, quase a rasgando ao meio. Ele se posicionou entre minhas pernas e, empurrou-as tão distantes quanto possível e baixou a cabeça. Austin passou a língua por todo o caminho da minha abertura até o clitóris.
— Porra, sim. — Ele rosnou.

Meus olhos dispararam ao nosso redor. E se as pessoas vissem? Apenas uma parte da piscina era protegida por uma tela, mas então Austin me chupou e eu não me importei com mais nada.
— Olhe para mim. — Ele ordenou contra as minhas pernas e a sensação de sua respiração contra a minha carne aquecida me fez tremer. Olhei para baixo, minha pele queimando com a excitação quando reconheci o seu olhar.

Com seus olhos presos nos meus, ele deslizou lentamente a língua entre minhas dobras. Eu gemi.

Seus polegares me abriram ainda mais, revelando a minha pequena protuberância rosa. Ele soltou um suspiro baixo, um sorriso curvando seus lábios. Eu queria que ele me tocasse ali, não queria nada mais. Ele se inclinou para frente, os olhos nos meus, e circulou a língua ao redor do botão duro. Eu choraminguei, estendi a mão e agarrei o cabelo de Austin. Gozei violentamente, estremecendo e gritando, me contorcendo contra os seus lábios. Ele não parou. Ele foi implacável.

Joguei minha cabeça para trás, olhando para a noite no céu. Austin não me disse para olhar para ele neste momento, mas eu podia ouvir tudo o que ele estava fazendo. A forma como ele me chupou e lambeu, como ele cantarolava em aprovação, como ele soprou contra a minha carne aquecida e depois lambeu novamente. Meu corpo inteiro estava em chamas, tremendo. Eu não podia aguentar mais, mas então Austin empurrou sua língua dentro de mim e eu gozei novamente, meus músculos se apertando ao redor dele.

Fechei os olhos, minhas costas se arquearam para fora do mármore frio. Eu estava tão molhada. Como era possível alguém ficar tão molhada? Os sons de Austin me lambendo eram errados, mas eles me despertaram como nada jamais tinha feito. Austin puxou a língua para fora quando os últimos picos de meu orgasmo me fizeram quebrar. Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, senti o dedo contra a minha abertura e ele deslizou quase todo o caminho. A intrusão foi totalmente inesperada.
— Ally, eu...
— Faça amor comigo . —Eu respirei.

Ele arregalou os olhos e realmente olhou para mim antes de dizer :— Você tem certeza que quer isso?                                  Eu balancei a cabeça e sorri.                         —Eu não vou falar duas vezes.

Ele olhou para mim por um segundo a mais, antes dele mover sua boca para cima e me beijar antes do loiro se levantar da borda da piscina com minhas pernas envolta da sua cintura. Ele nos levou em direção a um dos sofás e com cuidado me deitou sobre ele. Gotas d’água caiam do cabelo de Austin em direção ao meu rosto o que me fez sorrir entre seus lábios.

Fiz um movimento para abaixar sua cueca boxer e em segundos ela estava no chão junto as outras peças de roupa.
— Você está duro. —Eu disse, minha voz um pouco ofegante.

Austin abaixou a cabeça, esfregou seu rosto no meu pescoço e disse:
—Eu estou sempre duro quando eu estou com você, quando eu te vejo e quando eu penso em você.

Meu coração começou a bater mais rápido.

Austin a todo tempo mantinha os olhos em contato comigo. Ele deslizou suas mãos por minhas coxas e eu mal registrei que Austin estava se movendo em cima de mim, mas eu senti quando ele empurrou dentro de mim, porque a pressão através do meu orgasmo era notável.

Mordi meu lábio inferior e empurrei meus quadris para baixo para encontrá-lo, porque eu ainda estava vivendo meu orgasmo quando ele empurrou dentro de mim.

Austin beijou todo o meu rosto. Depois que ele empurrou para dentro de mim e estava enterrado até a base , ele ficou onde estava e não se mexeu. A única parte dele que moveu foi a sua boca enquanto beijava os meus lábios. Eu envolvi meus braços em torno de sua cintura e apertei minhas unhas em seus ombros fazendo-o rosnar. Ele empurrou de volta para dentro . Eu gemi e joguei a cabeça para trás tentando decifrar o que o meu corpo estava sentindo. Senti-me suave e relaxada. Era a melhor coisa que eu já tinha experimentado.

Eu estava a segundos do meu terceiro orgasmo. Sem aviso, ele se afastou e em um movimento fluido, me jogou de costas no sofá e se ajoelhou entre minhas pernas, com sua ereção pressionando a minha entrada. Ele abaixou a cabeça para chupar meu mamilo e esfregou a ponta de sua ereção sobre o meu clitóris. Eu arfei, impotente com a sensação. Eu tinha estado tão perto de gozar antes e podia sentir que estava chegando lá novamente.

Em seguida, ele empurrou apenas a ponta em minha abertura e deslizou a ponta sobre o meu clitóris outra vez. Ele fez isso repetidas vezes, até que eu estava ofegante e tão molhada que ele largou meu mamilo e trouxe seu rosto até o meu. Sua ponta escorregou na minha abertura, mas desta vez ele não recuou. Lentamente, ele deslizou para dentro de mim todo o caminho, sem tirar os olhos dos meus. Mordi o lábio para abafar o som. Austin segurou a parte de trás da minha cabeça e começou a se mover. Minha respiração ficou presa apesar do ritmo lento, mas Austin não parou.

Ele deslizou para dentro e para fora em um ritmo dolorosamente lento e suave até a respiração parar na minha garganta.

Ele acelerou e eu arranhei seus braços, e então ele desacelerou novamente. Ele abaixou a boca no meu ouvido, e falou na sua voz baixa e rouca. — Eu amo saber que apesar do tempo você ainda é toda minha. - Austin manteve suas estocadas firmes enquanto sussurrava em meu ouvido. Nada era mais sexy do que Austin falando coisas sujas para mim com sua voz de barítono. Ele continuou falando e eu pude sentir o orgasmo se construindo.

Austin, furtivamente, passou a mão entre nós e encontrou o meu clitóris, esfregando freneticamente enquanto empurrava dentro de mim. Ele acelerou um pouco, e eu gemi de prazer. Austin não diminuiu o ritmo. Ele estava ofegante, sua pele escorregadia com o suor. Gemi quando ele deslizou mais profundo em mim do que antes. O prazer irradiou através do meu corpo.
— Goze pra mim, Ally. — ele murmurou, aumentando a pressão sobre o meu clitóris. Outro pico de prazer bateu através de mim e eu desmoronei, ofegando e gemendo enquanto meu orgasmo balançava meu corpo. Austin rosnou e empurrou mais forte. Agarrei-me a ele, meus dedos cavando em seus ombros enquanto ele se aproximava do seu próprio orgasmo. Com um gemido gutural, Austin ficou tenso em cima de mim e eu o senti gozando. Austin continuou empurrando até que o senti amolecer.

Ele saiu de dentro de mim, mas ficou pairando sobre o meu corpo, seu peso apoiado nos antebraços.

Ele beijou o canto da minha boca, depois o meu lábio inferior, até que mergulhou sua língua para um delicioso beijo. Nós nos beijamos por um longo tempo, nossos corpos escorregadios pressionados um contra o outro. Eu não tenho certeza de quanto tempo ficamos assim, nos beijando, mas, eventualmente, vi que ele estava duro outra vez. Meus olhos se arregalaram de surpresa.
— Assim, tão rápido? Eu pensei que os homens precisavam de tempo para descansar. -Austin riu, um som sexy e profundo.
— Não com o seu corpo nu debaixo de mim. — Ele apertou a minha bunda.
Austin rolou de costas, levando-me com ele. Eu montei seu abdômen. Ele balançou os quadris, esfregando o comprimento sobre minhas nádegas. — Eu quero você no controle. —Eu admiti. Os olhos de Austin escureceram.

Então ele agarrou meus quadris e me posicionou acima da sua ereção. Desse ponto de vista, ele parecia ainda maior. Ele esfregou a ponta do pau, fazendo pequenos círculos sobre o meu clitóris, enquanto arrastou a outra mão até o meu peito e o segurou. Ele alinhou-se com a minha abertura antes de segurar meus quadris e, lentamente, me guiou para baixo. Eu coloquei as minhas mãos espalmadas sobre seu peito me acostumando com a nova posição. Ele parecia maior dentro de mim, e meus músculos se apertaram firmemente em torno de sua ereção. Austin rangeu os dentes. Ele deslizou as mãos até meu torso e segurou meus seios novamente, girando os mamilos entre os dedos.

Eu gemi e balancei levemente os quadris. Austin pressionou o polegar contra o meu clitóris e brincou, e então, quando eu gemi, ele empurrou toda sua ereção. Gritei de surpresa, expirando lentamente para superar a sensação de plenitude absoluta.
Eu peguei outro fôlego, depois mexi meus quadris.
—Me ajuda? -Eu sussurrei, olhando para ele através dos meus cílios. Ele apertou minha cintura e seus dedos se fixaram abertos sobre a minha bunda, e ele me guiou em um ritmo rápido de balanço e rotação. Foi emocionante sentir a força de seu corpo sob minhas mãos, sentir os músculos do seu peito flexionando sob meus dedos, mas o melhor de tudo foi a forma como ele me olhava.

Fome e admiração misturadas com outra emoção que não me atrevi a adivinhar. Me apoiei no peito de Austin e ele soltou a respiração quando começou a empurrar para cima, se enterrando em mim mais e mais rápido. Ao mesmo tempo, seu polegar brincou com o meu clitóris. Eu gritei. Austin agarrou meus quadris em um aperto e empurrou mais rápido. Eu joguei minha cabeça para trás, rebolando através do meu orgasmo quando senti Austin tencionar embaixo de mim e gozar com um gemido baixo.

Eu tremia impotente em cima dele quando desci dos céus. Eu caí pra frente sobre o peito de Austin e pressionei meus lábios nos dele. Seu coração batia contra os meus seios. Ele atirou os braços em volta de mim e me apertou contra ele com força. Ficamos assim até nossas respirações voltarem ao normal.
—Meu noivado com Cassidy acabou e eu não tenho amigos aqui. -Austin começou.
Virei a cabeça para encarar seus olhos e pude ver que ele me encarava com curiosidade.
—Você é a única coisa que me mantem aqui em Miami Ally então se você for embora eu também vou, talvez não para o mesmo lugar, mas não irei continuar em uma cidade tão vazia e fria como Miami. -Ele acariciou minha bochecha com o polegar e ali eu soube que ele esperava uma decisão minha.

Não tínhamos mais 19 anos, não podíamos simplesmente largar tudo e ir embora como fizemos da última vez porque as consequências poderiam ser piores, mas eu não podia negar que também me sentia sufocada em Miami.
—Amanhã decidimos para onde vamos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado pq sem sombra de dúvida foi o que mais deu trabalho até hj dessa fic e comentem, qualquer erro tbm podem me avisar para que eu edite mais tarde. Amo vcs e eu já estava com sdds.



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