Paris Doll escrita por Nárriman


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus beijinhos de coco.



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Pov’s Ally
Terminei de fechar a minha mala e a coloquei no chão ao lado da porta. Pus meus óculos escuros e sai do quarto indo em direção ao elevador. Disquei o número de Stella e esperei pacientemente que ela atendesse. Não consigo entender o que ela tanto faz da vida pra sempre atender apenas no terceiro toque.
—Preciso de um jatinho aqui em Paris em meia hora. -Fui curta e grossa.
—Mas senhorita não posso lhe arrumar um jatinho em meia hora, talvez duas...
—Compre,alugue,roube ou faça o que for, mas eu quero um jatinho na pista particular do Austin me esperando em meia hora. Já esta na hora de eu ter um e caso contrário pode ir preparando o seu currículo e esquecer que algum dia já trabalhou para mim. -Desliguei.
Tenho total consciência de que as pessoas têm mais medo de mim quando falo calma e serena. Às vezes até eu tenho medo de mim.
Arrastei minha mala até o saguão e quando estava prestes a sair do hotel o recepcionista me parou.
—Esta indo embora?-Me perguntou da maneira mais educada possível. Quase tive pena.
—Não estou voltando para Miami apenas pra beber água, não se preocupe, até o final do dia estou de volta. -Tentei passar e ele me impediu novamente.
Parei lentamente e cruzei os braços.
—Precisa assinar seu nome neste formulário antes de ir embora. -Puxou um papel até a ponta do balcão onde eu estava. Tirou uma caneta do seu bolso do paletó e a me entregou.
—Seu marido também irá viajar senhora Moon?Preciso que ele assine também se for o caso.
Quase o fiz engolir a caneta.
—Senhorita Dawson pra você.
—Como quiser senhori...
—E a respeito do Austin pergunte a ele mesmo o que irá fazer de sua vida.
Li o primeiro parágrafo já quase bocejando.
—Esta com algum problema na relação senhorita Dawson?Sem querer me intrometer, mas podemos arrumar outro quarto de hotel se for preciso.
Gargalhei.
—Olhe para mim. Pareço estar prestes a desmoronar?-Tirei meus óculos e o fiz encarar meus olhos.
—De jeito nenhum. -Respondeu nervoso.
—Então acho que não estou com problema nenhum.
Pulei as inúmeras estrofes que ainda faltavam e assinei aquela merda de uma vez.
—Passar bem. -O empurrei e fui até a calçada do hotel.
O motorista do taxi que estava me esperando tratou logo de se encarregar da minha mala e quando eu estava prestes a entrar no carro ouvi um grito vindo do hotel.
—A senhorita ao menos gostou da cidade?-O recepcionista me perguntou do portão do edifício.
Vi Austin se aproximando do hotel. Seu olhar se alternava entre o funcionário educado, o táxi e eu.
Abri meu melhor sorriso e olhei para o recepcionista.
—Ela me cansou. -Entrei no carro e o motorista deu partida.
***
Faltam poucos minutos para meu jatinho pousar o que me permite ligar para Bryan.
—Adivinha quem agora tem um jatinho particular?-Olhei pela janela. As luzes da cidade pareciam estar em festa com a minha volta.
—O que?Não me diga que a primeira classe já estava cafona demais e por isso comprou um jatinho Ally. -Eu não precisava estar com ele para saber que esta sorrindo.
—Na verdade comprei porque agora posso ter um piloto gato só pra mim. -Olhei para a cabine do piloto a alguns metros de mim. Seus olhos azuis realmente me encantaram.
—Esta brincando comigo?Ally em qual aeroporto você esta?Posso ir correndo pra ai agora e podemos conhecer todos aqueles países que você sempre me falou. -Sua voz se alegrou.
—Não seria uma má idéia, mas temos que ajudar Cassidy com os preparativos do casamento. Quem sabe antes de voltarmos para New York não é mesmo?-O piloto me ajudou a descer e só então pude perceber como aquela roupa lhe caia bem.
—Obrigada. -Lhe dei um sorriso descarado e fui até o meu carro que me esperava no aeroporto.
—Parece que voltar para lá te fez muito bem. Você esta mais animada. Parece até que esta começando a aceitar o fato de perder o desfile por conta do casamento de Cassy.
Liguei o carro.
—Claro que estou. Não posso desapontá-la logo agora. Será um dos dias mais felizes de sua vida. Preciso estar lá com ela. -Liguei o rádio e baixei os vidros do carro.
—E quanto a você?Não acha que esta na hora de pensar no seu próprio casamento?
Terminei de retocar o meu batom pelo retrovisor.
—Sou boa em desenhar vestidos de noiva, não em vesti-los. -Desliguei e pisei fundo no acelerador.
***
Estacionei o carro na garagem e levei minha mala para dentro de casa. As sem nome estavam no sofá, mas pela primeira vez não me importei. Estou cansada demais para gritar com mais alguém hoje.
—Tudo bem, não precisam pular do sofá e irem para os seus quartos. -Joguei minha mala de qualquer jeito no canto da sala.
—Eu ainda não sei o nome de vocês, mas temos muito tempo para rever isso, não é mesmo?-Abri um sorriso de orelha a orelha.
—Eu sei que o nome de uma de vocês é Grace. -Me sentei no chão diante delas no sofá.
As três ficaram boquiabertas e uma loira levantou o braço. Seus olhos são verdes e ela não aparenta ter mais que vinte anos.
—E vocês duas?-Apontei para uma morena e uma ruiva.
Eu realmente havia escolhido empregadas bem distintas.
—Eu sou Miranda e essa é a Clary. -A ruiva apontou para a morena ao seu lado.
—Bem, é um prazer saber o nome de vocês e eu também quero me desculpar por quase ter demitido uma de vocês e por ser tão chata também. -Fui sincera.
—Tudo bem, nós te entendemos. Deve ser muito difícil agüentar um sorriso o dia inteiro com a vida que a senhorita leva. -Clary disse ainda um pouco receosa. Creio que ela é a mais tímida das três.
—Não falem a ninguém, mas eu sou uma boa pessoa no fundo. Não quero que tenham medo de mim e ficarei muito contente se um dia pudermos nos tornar grandes amigas. -Abri um sorriso.
Elas o retribuíram.
—Mas hoje eu vou precisar que me façam um favor. -Meu sorriso malicioso voltou a aparecer em meus lábios. O primeiro do dia.
Elas rapidamente se levaram. Dispostas a fazer qualquer coisa para me agradar.
—O que precisar senhorita. -Miranda disse ajeitando seu uniforme.
—Quero que se divirtam. -Tirei sua touca liberando seus cachos ruivos. Fiz o mesmo com a loira e com a morena.
—Vocês são lindas, jovens e tem muito a oferecer. Quero que tirem a noite para saírem um pouco. Irem para festas, fazer uma pequena viaje ou o que preferirem. -Tirei minha carteira do bolso e lhes entreguei um dos meus cartões de crédito.
—Podem pegar roupas minhas no meu quarto. Fiquem prontas em quinze minutos e como hoje é sexta só me apareçam aqui no domingo. -Abri um sorriso largo, dei um abraço em cada uma delas e sai da sala.
Sei que vou me arrepender disso amanhã quando eu ver a casa um total desastre, mas por hoje preciso que elas fiquem fora.
Joguei meus sapatos em qualquer canto do corredor e fui até o quintal. Era a primeira vez que eu entrava ali depois de anos. Ali ainda tinha a mesma árvore com o mesmo pneu pendurado.
Deixei meus pés tocarem a grama e me sentei sobre o balanço improvisado. O vento batia forte contra o meu rosto e isso me arrancou um sorriso.
—Festa do pijama aqui em casa em meia hora. Avise a Kira, Trish e Piper. –Desliguei antes que ela pudesse questionar algo.
Aproveitei mais alguns minutos apenas deixando meus cabelos esvoaçarem com o balanço do pneu. Sem ironia, sarcasmo, magoa, sorrisos forçados ou grosseria. Apena as Ally que eu fui há muitos anos atrás. Uma Ally que por mais que o mundo estivesse desabando em seus ombros ainda assim sempre sorria e lutava para ter o que queria.
Às vezes sinto falta dela por tudo o que acreditava e a forma como via o mundo, mas por outro é triste admitir que em parte a odeio por ter tido uma cabeça fraca e ter se tornado alguém tão ruim até para o seu próprio coração suportar.
***

—Espera ai. O que você esta querendo dizer é que perdeu a virgindade com o Dallas?-Perguntei chocada.
As meninas me acompanharam só restando Piper mais vermelha que um pimentão.
—Sim. Eu queria esperar o cara certo Ally. -Deu de ombros como se aquilo fosse à coisa mais normal do mundo.
—Ao menos valeu à pena?-Perguntei bebendo mais um gole de vinho.
Cassidy me deu um tapa no braço e eu lhe mandei o dedo do meio.As outras riram.
—Não me arrependo de nada. -A loira disse com um sorriso travesso nos lábios.
—E você Ally?-Trish perguntou fazendo todas olharem pra mim.
—Eu o que?-Terminei de beber o último gole da taça e me deitei sobre Kira e Cassidy. Estávamos todas jogadas no meio da minha sala.
—Com quem foi que você perdeu a virgindade?-Cassidy me fez cócegas na barriga.
—Foi na faculdade. -Tentei desviar de suas mãos o que só me fez rir mais ainda.
—Qual o nome dele?-Piper perguntou também me fazendo cócegas.
Eu já estava ficando sem ar de tanto rir.
—Eu nem lembro. -Fiz pouco caso me esperneando no chão.
—Você esta mentindo. –Kira disse séria o que fez as loiras pararem de fazer cócegas em mim.
Meu coração parou de bater no mesmo instante e um sorriso desapareceu do meu rosto. Kira não sabe de nada sobre o que aconteceu entre eu e o Austin. Ninguém sabe, não tem como saber.
—Sobre o que eu estou mentindo?-Tentei perguntar da forma mais descontraída possível.
—Sobre o nome dele. Vocês namoraram por três anos Ally. -Kira arqueou a sobrancelha.
—Verdade. Três anos Ally. Como ele não te pediu em casamento?-Piper me olhou perplexa.
Ver todas elas me encarando estava sendo tão incomodante que o meu refugio foi rir pra afastar o nervosismo.
—Por favor, vocês nem sabem o nome dele e agora querem por a tona o que tivemos?-Neguei com a cabeça.
—Você passou anos na faculdade e nunca veio nos visitar. Apenas nos falávamos por telefone e você nunca falava muito sobre ele. -Cassidy disse com a cabeça em outro lugar. Provavelmente para anos atrás quando mal nos víamos.
—Foi apenas passageiro. -Mesmo agora eu ainda não quero falar com elas sobre o que aconteceu na época da faculdade.
—Qual é Ally?Três anos. -Trish fez expressões com as mãos.
—Tudo bem. -Revirei os olhos. —O que vocês querem saber sobre ele?-Me sentei no chão e apoiei a cabeça no sofá. Elas não vão me deixar em paz até que eu diga algo sobre ele. O mínimo que seja.
—Nome?-Piper tentou mesmo sabendo que eu não vou dizer.
—Não importa. -A fuzilei com o olhar.
—Ele era bom de cama?-Cassidy perguntou na lata.
—Ele era fantástico, você não faz idéia. -Minha voz saiu um pouco animada demais por estar falando isso olhando nos olhos de Cassidy.
Eu não podia negar que estava sendo divertido.
—Em que local foi o primeiro beijo de vocês?-Trish questionou.
—Foi na enfermaria. -Tive que sorri ao lembrar aquele dia.
—Na enfermaria?-Elas perguntaram em uníssono.
—Ele estava lá porque havia tentado pular o muro do Campus e terminou quebrando o braço e eu por que bebi tinta no meio da aula apenas pra desmaiar e não ter que assisti-la. -Dei de ombros.
—Uau. -Kira disse boquiaberta.
—Onde ele te pediu em namoro?-Cassidy suspirava apaixonada.
—Em um trem fantasma.
Todas elas me olharam assustadas.
—O que foi?-Perguntei rindo.
—Não é um lugar muito romântico para pedidos de namoro. -Cassidy parecia agora estar aterrorizada. Aposto que Austin a pediu em namoro em um jardim.
—Perto do Campus tinha um parque de diversão. Era dia de halloween e fugimos da faculdade para ir ao trem fantasma. Se você não acha fofo um zumbi frear o seu carrinho no meio do escuro e te entregar um buque de rosas brancas quando você esta chorando apavorada por ter um cara aparentemente morto e estrangulado no teto então você não sabe o que é um pedido de namoro de verdade. -Pisquei pra ela.
Cassidy apenas arregalou os olhos como se eu fosse uma louca.
—Onde foi a sua primeira vez com ele?-Piper voltou com o interrogatório querendo saber cada vez mais.
Isso já esta me cansando.
—Em cima de uma mesa de sinuca. –Senti todo o meu corpo estremecer ao lembrar esse dia.
—O que?-Elas todas gritaram em uníssono.
—Nós dois tínhamos fetiche por transar em lugares inusitados ué. -Tentei me defender.
—Ao menos o lugar estava vazio?-Cassidy perguntou de queixo caído.
—Nesse dia estava. -Cocei a nuca.
—O que?-Voltaram a perguntar.
—Isso já esta me irritando. -Falei rindo, mas com um pouco de verdade na voz.
—Vocês pareciam se entender muito bem. -Cassidy admitiu surpresa.
—Era esse o erro que nossos pais e amigos cometiam. Para eles nós dois éramos um casal perfeito, sem brigas e incertezas. O nosso relacionamento foi basicamente composto apenas de nós dois. Nossos pais moravam em outras cidades e nem ele nem eu tínhamos nossos amigos de verdade lá. Então a maior parte do que aconteceu foi apenas entre nós dois. -Eu não tinha me dado conta de que meus olhos estavam fixos na televisão desligada a minha frente.
—Você tinha que agüentar tudo sozinha. -Piper disse em um tom de voz baixo e triste. Todas elas estavam se culpando por não estarem comigo lá e por mais que eu não quisesse estava feliz com aquilo.
—Lembro de um dia que estávamos muito bêbados e discutimos no pátio do Campus à uma hora da manhã. Não chorei na frente dele, mas quando eu estava voltando para o quarto meu mundo desmoronou e a única coisa que eu queria era largar a faculdade e voltar para Miami. -Falei tentando disfarçar a minha amargura em relação há aquele dia.
—Porque nunca nos contou o porquê de terem terminado?Já faz anos que você voltou e nunca disse para nenhuma de nós o motivo. -Cassidy disse me dando um sorriso triste.
Para ela se conseguir reparar os erros de não ter sido uma amiga presente no passado talvez se sinta menos culpada.
Mas isso era verdade. Eu nunca contei a ninguém o motivo de termos terminado e creio que Austin também não. Nem mesmo o Max sabe.
Quando eu estava prestes a abrir a boca o som da campainha fez meu corpo todo entrar em alerta e só então me dei conta de que estava prestes a abrir meu coração com as pessoas que sempre falei mal pelas costas. Não posso fraquejar agora.
—Eu atendo. -Falei já correndo para abrir a porta.
O cara da pizza me olhou de cima a baixo e tentou prender um sorriso. Olhei para o meu corpo tentando entender o motivo daquilo e percebi que eu estava apenas com uma lingerie dourada cobrindo meu corpo.
—Acho que você não é pago pra admirar o corpo das mulheres. -Falei em um tom frio.
—Mulheres como a senhorita eu preciso correr o risco. -Disse dando um sorriso ainda mais descarado.
—Se eu precisasse que algum homem viesse fazer serviços sexuais na minha casa eu ligaria para algum prostituto e não para uma pizzaria. Agora me da logo a merda da pizza e se manda. -Tomei a pizza de suas mãos e fechei a porta na sua cara. Ele que se vire para contar ao dono o porquê de não ter recebido o dinheiro.
Coloquei a pizza sobre o centro da sala e Kira me ajudou com os copos de vinho. Notei que Cassidy estava na cozinha conversando animadamente com quem quer que seja.
Todas nós nos servimos da pizza com exceção de Cassidy que ainda tagarelava e quando ela voltou até nós tive medo do seu sorriso exagerado.
—Não me diga que o seu noivo esta voltando pra Miami. -Falei de boca cheia.
É uma sensação boa poder fingir que ainda sou uma adolescente por apenas uma noite mesmo que seja com pessoas de que não gosto. Ainda assim é reconfortante.
—Sim. -Ela disse animada e eu revirei os olhos. —Ele acabou de me ligar para dizer que volta amanhã pra Miami porque seus pais ligaram para ele dizendo que iriam passar alguns dias aqui.
Engasguei-me com a pizza no exato momento em que ela pronunciou a palavra pais. Bebi vinho pra tentar fazer a tosse passar enquanto Piper alisava as minhas costas.
—Não engula pedaços grandes demais Ally. -Cassidy disse preocupada enquanto segurava os meus cabelos.
Senti o ar fechar em minha garganta.
—Pode deixar. -Minha voz saiu fina e abafada quando consegui finalmente recuperar o ar em meus pulmões.
—Seus pais devem chegar pela manhã amanhã e iram ficar na casa do Austin que provavelmente vai chegar à madrugada de hoje. Eu quero que todas vocês conheçam eles amanhã e por isso eu decidi que faremos um almoço na minha casa amanhã.
Engasguei-me novamente, agora com o vinho. Respirei fundo e limpei algumas lágrimas que escorriam pelos cantos dos meus olhos por conta da tosse.
—Eles provavelmente vão pegar o vôo pela manhã e como Chicago não é tão perto assim de Miami acho bem capaz de só estarem aqui à noite. -Falei colocando minha taça vazia no chão ao meu lado.
Eu ainda precisava estabilizar minha respiração.
Quando levantei os olhos percebi que todas elas estavam me encarando perplexas.
—O que foi?-Perguntei tentando pensar em algo de tão grave que eu tenha feito dessa vez.
—Como sabe?-Cassidy perguntou confusa.
—Como sei o que?-Estreitei os olhos.
—Onde os pais do Austin moram. Como sabe que são de Chicago?


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Notas finais do capítulo

Quero comentários, favoritos e tudo o que eu tenho direito.Amo vocês e até o próximo.



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