Love Kitsune escrita por BlackCat69


Capítulo 22
Capítulo: Nova rotina


Notas iniciais do capítulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677284/chapter/22

Em cima da mesa baixa, Minato esticou o quimono azul claro de Naruto.

Sobre o tecido passava uma panela quente para secar mais rápido a roupa.

Depois estendeu o quimono em uma corda que atou dentro de casa, de uma parede a outra.

Em sua última viagem conseguiu uma hakama azul escuro em troca de arroz, sacrificou sua parte do jantar, trouxera comida apenas para seu filho.

Quando seu filho perguntou o que comeria, respondeu-o que se alimentara durante seu retorno, por que quando chegasse em casa economizaria tempo para realizar algumas atividades.

O hanyou inocente não desconfiou e durante a noite ficou pertinho de seu pai contando tudo o que aconteceu no kodomo no hi.

O atersão-camponês compartilhava da felicidade de seu pequeno. Seu coração forte palpitava ao saber que o mestre dos monges enfim falou publicamente sobre o que achava das kitsunes.

— Que bom que conseguiu se divertir em paz com Hinata. — Disse Minato, costurava barras alaranjadas no acabamento da hakama. — Tem certeza que ninguém lhe fez mal?

— Não otou-san.

O hanyou respondeu. Usava apenas sua peça íntima, tecido branco a cobrir abaixo do umbigo até o início das coxas.

Estava na hora de dormir, porém se encontrava agitado demais para deitar, continuaria fazendo companhia ao seu pai.

— Hum... mas teve um menino, Idate Morino, ele ficou com raiva por que descobriu que a Kuna é o Naruto. — O hanyou se recordou. — Mas Naruto vai fazer um presentão e pedir desculpas.

— Qual será o presente? — Minato sorriu, de azuis rotundos focados na costura.

— Naruto tá pensando.

As mãos do homem travaram, pensativo, lembrou-se:

— Morino é o sobrenome do seu futuro treinador.

— Naruto também prestou atenção no sobrenome. — O hanyou falou engatinhando pelo chão, indo na direção das pernas de seu pai, elas se dobravam na pose de meditar, passou por baixo de um braço do adulto, deitando-se no colo dele.

— Não filho, estou mexendo no agulhão. — Minato rejeitou o pequeno.

A agitação do meio yokai poderia causar algum acidente. 6*6

Fazendo bico, o loirinho se retirou das pernas do pai e rolou pelo chão, parando de peito pra cima.

— Vá para a cama. — O adulto ordenou.

— Não, Naruto quer ir com o otou-san.

— Então fique quietinho, já estou acabando.

A cauda felpuda passou por entre as pernas do hanyou se deitando na barriga dele.

O loiro se encolheu abraçando a própria cauda, e ficou se balançando para um lado e outro durante sua espera. 

Mais tarde, quando pai e filho jaziam em suas camas de palha, o artesão-camponês acariciou as costas do filho a deitar sobre seu peito.

O Namikaze falou-o, carinhosamente:

— Eu sinto muito Naruto, seu otou-san queria estar lá para vê-lo na cerimônia.

— Está tudo bem otou-san, gostaria de escutar a musica do kodomo no hi?

— Eu adoraria.

— Naruto aprendeu um pedaço. — O hanyou falou, preparando a garganta, mas antes suas orelhas tremularam. — Otou-san, por que passou a noite roncando?

— Você percebeu. — Minato sorriu sem graça.

O meio yokai falara tanto repleto de energia, que o som estranho não conseguiu prender a atenção dele, mas no silêncio da noite e estando coladinho no corpo de seu pai, escutava com maior clareza os roncos.

Minato pegou o rosto do pequeno pelos lados e pressionou um beijão nos cabelos loiros.

— Não se preocupe, filhão. É que seu pai às vezes é comilão de mais aí quando pensa em comida fica com fome rápido. Cante a música que aprendeu, cante.

O hanyou retornou a se empolgar e puxou na memória um trecho da música.

Mesmo com a desafinação que o hanyou apresentou, Minato considerou o canto mais belo que escutou.

~NH~

Oitavo dia do quinto mês do ano

Último dia da semana

~NH~

Com seu novo hakama e seu quimono azul claro, o meio yokai saiu de casa correndo, apressado.

Sem parar de correr, a fumaça envolveu todo o seu corpo, assumiu a forma humana antes de pisar no arrozal.

Mesmo que todos os aldeões soubessem do que Bansai Nakagi pensava sobre as kitsunes, agora o segredo temporariamente só devia se manter oculto dos guardas do damyo.

— Até de noite, otou-san! — o hanyou cumprimentou passando ao lado do pai.

— Bigode de leite!  —Minato avisou.

Cessando a correria, o meio yokai se volveu ao pai, fazendo sinal de silêncio o disse:

— Shiii, não espante os espíritos do campo, otou-san. — Retornou a correr, usando a costa da mão direita limpou o lábio superior, retirando a marca do leite quente tomado cedinho naquela manhã.

O Namikaze riu um pouco, e continuou seu trabalho.

Longe do arrozal, o loirinho retomou sua forma de hanyou e correu de quatro, indo até mais rápido do que se corresse apenas com as pernas.

Na escadaria, realizou grandes saltos e terminou todos os degraus em um minutinho.

Acenou aos dois monges que viu no dia anterior, dessa vez os adultos o corresponderam rapidamente, curvaram-se de maneira formal.

Na frente de sua sala, empurraria o fusuma, contudo lhe veio a hesitação.

Existia um burburinho vindo do outro lado do papel translúcido.

Tinha mais de uma pessoa no interior de sua sala.

Timidamente, empurrou a porta de correr, meteu apenas uma parte de sua cabeça dentro da sala.

Arregalou seus olhinhos ao notar crianças espalhadas pelo cômodo, eram no total de dez, metade das vagas preenchidas.

As crianças imediatamente pararam de conversar umas com as outras.

Uma de quatro aninhos caminhou ao hanyou e o estendeu uma maçã toda babada.

O U. Namikaze empinou as orelhas, empurrou mais a porta e pisou dentro da sala, aceitou a fruta vermelhinha, e notou que faltava um pedacinho.

Gentilmente, curvou-se:

— Pra mim, arigatou! 

A criança segurou a orelha direita do meio yokai, e a torceu.

Gritou o hanyou:

— Ai, dói!

Desesperado, um coleguinha se aproximou e desprendeu a mãozinha da criança da orelha peluda, afastou a pequena do meio yokai.

Outro menino, de modo sério, chegou perto e estendeu um cacho de amoras ao U. Namikaze.

O hanyou endireitou a coluna e massageou sua orelha direita.

Não a sentindo mais dolorosa, aceitou o presente do menino, e recuou dois passos, só então se curvou em agradecimento, pois temeu que o menino puxasse sua orelha também.

Refletiu sem dúvidas: 

— “Naruto prefere o carinho da Hinata.

Enquanto algumas crianças permaneceram sentadas, outras de mansinho chegavam perto do novo aluno.

No final, apenas três crianças se mantiveram em seus lugares, optaram por observar de longe.

A criança de quatro aninhos se esperneou nos braços do menino que a segurava, soltando-se saiu correndo até parar atrás do hanyou.

O meio yokai recebia uma pétala de violeta de uma menina, alheio à criança menorzinha.

— U. Namikaze, ainda bem que chegou, a aula começará agora. — Disse Ichigen Hini, adentrando na sala com as mãos carregando um conjunto de papel de arroz. Sentando-se no chão, de frente às plataformas dos alunos, depositou o material no piso. — Ranmaru por favor, não puxe a cauda dele. — Falou para a criança de quatro aninhos.

Ranmaru soltou a cauda e fechou a mão enfiando toda ela na boca.

— Nenhum de vocês toque nele. — O Hini soou enfático.

Não somente Ranmaru, outros coleguinhas tocavam no meio raposo.

Impressionavam-se com as unhas afiadas do meio yokai.

Cada braço do loirinho era segurado por um menino, quatro crianças formando um meio circulo na frente do hanyou observavam de perto as unhas afiadíssimas, os olhares surpresos delas se alternavam entre as mãos e as orelhas do meio yokai.

O U. Namikaze se conservou quieto, deixando que seus coleguinhas o analisassem de pertinho, não queria assustá-los. Só rezava para eles não puxarem suas orelhas. Cauteloso, mantinha seus dedos cingidos firmemente em torno dos presentes que ganhou.

— Eu disse para não tocarem nele, vamos, todos para seus lugares. — Ichigen Hini soou mais enfático, batendo palmas.

Dessa vez sua ordem foi atendida.

As crianças recuaram, cochichando entre elas se volveram aos seus lugares.

Ranmaru ainda lambuzava sua mão enquanto sua outra mão foi segurada pelo mesmo menino que o afastou do meio yokai.

Imóvel, o hanyou aguardava seu interior se amenizar.

Ocupara tanto a mente no dia anterior que não considerou a possibilidade de crianças irem para seu segundo dia de aula. 

Totalmente despreparado para recebe-las, precisava ser cauteloso sobre o que dizer e o que fazer, evitando assustá-las.

— Por que não me entrega as frutas que recebeu? — o Hini se aproximou, estendendo suas mãos. — Arranjarei uma cesta onde poderá guarda-las.

—Arigatôu. — O pequeno repassou-a ao professor. — Naruto vai ficar com a pétala. — Colocou nos seus cabelos, do ladinho da orelha direita.

A menina que o presenteou com a pétala, sorriu.

O hanyou animado procurou seu lugar escolhido nas duas vezes que veio à escola, mas percebeu que Ranmaru sentou nele.

Então mirou algum lugar vazio no fundo da sala.

— U. Namikaze, antes que sente, venha aqui se apresentar, fale um pouco sobre você. — Ichigen pediu, achando que ajudaria as crianças a se familiarizarem com o meio yokai.

Vermelhinho, o loirinho foi para frente da turma e apertou as mãos abaixo da barriga e tímido começou:

— O Naruto é Naruto Uzumaki Namikaze. Uzumaki é da okaa-san e o Namikaze é do otou-san. A okaa-san morreu depois que Naruto nasceu, ela fez muita força pra empurrar aí morreu cansada.

A cara do monge azulou, inesperado que o pequeno mencionasse um assunto trágico de primeira.

O menino das amoras estendeu a mão pro alto, e quando captou o olhar do hanyou, perguntou-o:

— Empurrar o quê?

— O Naruto quando era um bebê. Toda okaa-san tem que empurrar o bebê que tem dentro da barriga, oras.

— Ooohhh — emitiram quase todas as crianças, fascinadas com a descoberta.

— Sinto muito pela okaa-san do Naruto. — Disse a menina da pétala violeta.

— Arigatô! — o hanyou agradecido já se sentia mais à vontade. — O otou-san ama por dois, mas Naruto gostaria de conhecer a okaa-san, o abraço dela devia ser tão quentinho quanto o do otou-san.

— U. Namikaze poderia se sentar agora... — O professor pediu temendo que a conversa se desviasse demais.

— Tá legal. — Ansioso, o hanyou escolheu um lugar.

Horizontalmente ao professor, as vinte plataformas se distribuíam em fileiras de cinco lugares.

Naruto sentou no último lugar, analisando no sentido vertical, situava-se em uma das fileiras centrais, especificamente, no lado direito da sala.

~NH~

Um monge adentrou a sala, e caminhou até Ichigen Hini que organizava os desenhos que as crianças fizeram nos papeis de arroz.

Observando os pequenos rodearem a mesa do meio yokai, comentou ao professor:

— Ele está ganhando tanto presente.

Era hora da merenda, na terakoya era servido mingau.

O hanyou papou tudo e quanto as frutas que continuava recebendo dos coleguinhas, enfiava-as na cesta de palha que o Hini o entregou.

— Certamente, a pedido dos pais. Não me surpreenderei se começarem a levar oferenda à casa do U. Namikaze. — Falou Ichigen.

As famílias da aldeia buscariam se redimir com o meio yokai, seja por arrependimento genuíno ou por medo de serem amaldiçoadas por terem o excluído do convívio em Konoha durante toda a vida dele.

O monge avaliou:

— Bem, as crianças não estão assustadas.

O Hini parou de organizar os desenhos, permanecido sentado no piso em sua pose de meditação, analisou o cenário da turma.

Primeiro observou a criança de quatro aninhos e o menino de seis que permanecia vigiando para ela não puxar a cauda do hanyou.

Comentou:

— Ranmaru e Ashitaba não escutaram muito sobre o hanyou, as famílias deles são novas na aldeia. Por isso estão mais curiosos do que assustados com a presença do U. Namikaze.

Sua próxima análise foram as três meninas merendando longe do meio yokai. 

— Kaede, Fuki e Tenten escutaram constantemente o quanto se aproximar dos Namikazes era perigoso. Depois de o mestre dos monges mudar de ideia sobre as raposas, elas estão receosas em desagradarem o U. Namikaze e serem amaldiçoadas.

O monge prestou atenção em um menino de cabelo e olhos pretos. O pequeno cruzava os braços, parado atrás do meio yokai, sustentando sério olhar.

— E quanto ao Leo?

— Ah, ele confia na palavra do mestre dos monges, então não crer que ficar perto do U. Namikaze trará azar.

— Mas ele parece irritado.

— Ele só está sério. É o mais velho da turma, oito anos. Age como irmão mais velho. Ele só está reparando se o meio yokai sabe se comportar como uma criança normal. E como as outras crianças estão muito em cima do U. Namikaze, Leo está preparado para impedir algum acidente que envolva as unhas afiadas do hanyou. Leo quem entregou as amoras para U. Namikaze, sob ordem dos pais, acredito.

Após o término das palavras do Hini, o outro monge assentiu duas vezes e mencionou algo mais a reparar:

— Entendo. As unhas do U. Namikaze são preocupantes. O bom é que o U. Namikaze tem ciência disso, a todo instante tem cautela para não arranhá-las.

Ichigen assistiu o sorriso resplandecente do hanyou, algo o dizia que o meio yokai se tornaria o xodó da turma. 

~NH~

Mais tarde, depois da aula

~NH~

Naruto acompanhou sua turma quase todo o caminho.

Despediu-se delas quando elas deveriam ir à aldeia, e ele aos arrozais.

Enquanto se distanciavam, o loirinho acenava às crianças, e elas para ele.

Quando não podia mais vê-las, o U. Namikaze abaixou o braço.

Antes de estar na vista de algum guarda do damyo, assumiu sua forma humana.

Saltitante, avançou pelo arrozal e acenou aos vigias os quais se comportaram indiferentes. 

Lembrou-se que marcou de se encontrar com Hinata, e apressou-se em uma corrida.

Infelizmente, chegando em casa, a Hyuuga se ausentava.

— Oh não, será que Naruto se atrasou demais. — Lamentou, retirando seus calçados. Acompanhando seus coleguinhas, retornara ao lar no ritmo lento deles. — Mas Hinata disse que ia esperar o Naruto, mesmo se Naruto demorasse. — Falou tristinho.

Aspirou o cheiro de almoço pronto na mesa.

Iria à casa de sua amiga para ver se aconteceu algum problema, mas antes encheria mais a barriga.

— Peixinho cru e queimadinho por fora.

Ele lambeu os beiços, precisava se banhar, mas sua vontade de comer era maior.

Colocou a cesta na mesa baixa, ao lado de seu almoço. Não comeria nenhuma fruta. Guardaria elas para seu pai, caso ele pensasse muito em comida de novo, não queria vê-lo de estômago roncando.

Após dar suas três primeiras mordidas na refeição, escutou a chegada de alguém.

Animado, contornou a mesa, correndo de quatro até a porta.

— Yokoso! — o hanyou gritou ao empurrar o fusuma, e ao ver se tratar do seu futuro treinador, surpreendeu-se. — Senhor Morino! Yokoso! Gostaria de um pouco de água?

— Não, obrigado. — Ibiki usava as mesmas vestes negras de quando o conheceu. — Você chegará sempre nesse horário?

— Depende, se Naruto vier rapidão ele chegará um pouco mais cedo, e se vier andando com os coleguinhas ele chegará agora. — Contente, estendeu os braços pros lados, subindo e descendo as mãos abertas. — Naruto aprendeu a contar um montão de números, e usou tinta amarela e laranja! Fez um desenho bonitão do otou-san, mas só poderá pegar amanhã por que quando terminou a aula a tinta ainda estava secando.

Ibiki silencioso observava o cintilar nas íris azuladas, as pupilas negras se dilatavam.

O movimento da cauda e das orelhas, tudo no hanyou alastrava alta energia.

Perguntou-o:

— E quanto à leitura?

— Naruto aprendeu o kanji amor! Naruto vai aprender a escrever “Naruto ama Otou-san”, “Naruto ama Hinata”, “Naruto ama Kiba e Chouji”, “Naruto ama jii-san”. Naruto vai escrever em papel arroz e entregar para cada um. — Abraçou o próprio corpo, remexendo-se inteirinho com ar apaixonado.

Ainda era um conhecimento inútil para um treino avançado, considerou o Morino.

Todavia, não tinha grande importância.

O meio yokai morreria antes que alcançassem um nível maior de treino.

Virou as costas para o hanyou, dizendo-o: 

— Por enquanto, podemos começar com treinamento básico, apenas para testar sua força e resistência, vamos.

Espantado, o meio yokai questionou:

— O treino do Naruto começará agora?

— Suas orelhas são grandes, devem escutar mais que os humanos. Não me faça repetir as coisas, eu detesto isso.

— Yuuupiii! Um momentinho, treinador!

O loirinho voou pra dentro de casa e subiu no kamado, alcançou a prateleira mais alta, pegou um pote.

Descendo, foi até a mesa baixa, da cesta retirou as frutas e colocou-as no interior do pote.

E dentro da cesta colocou seu almoço, o levaria para o treino.

Quando retornasse tomaria seu banho.

Calçou suas sandálias amadeiradas e correu até parar na frente do Morino.

— Onde Naruto vai treinar?

— Praticaremos a maior parte do tempo na floresta, ou em espaços abertos, longe da aldeia. — Ibiki respondeu, continuando a andar até alcançar sua montaria. Após subir no cavalo, aguardou pelo meio yokai.

O U. Namikaze percebendo que o homem esperava que montasse, tentou imitá-lo.

Saltou, pendurou-se na traseira do cavalo, e sem querer suas unhas se cravaram no animal.

— Desculpa cavalinho... ai... — Sentia a montaria se agitar.

— Humpf. — O Morino se inclinou puxando o meio yokai pelas costas, agarrando no quimono. Colocou-o brutalmente montado atrás de si. — Segure-se firme e cuidado com as unhas.

— Sim senhor.

Uma fumaça envolveu o corpo do pequeno, ele nunca se esquecia de assumir a forma humana antes de passar pelo campo de arroz.

Detalhe não despercebido pelo adulto.

Longe dos arrozais, o loirinho retomou sua figura de hanyou, e se lembrou de algo:

— Naruto conhece um menino com o mesmo sobrenome do Senhor, ele é da aldeia.

— Idate, ele ainda está em Konoha. — O homem disse em um tom surpreso, embora sua cara não perdesse a severidade.

— O Senhor o conhece! — o loirinho se animou. — Poderia conversar com ele, Idate está com raiva de Nar...

— Conversaremos apenas sobre o treino. — Ibiki interrompeu, sério. — Não tenho nenhuma ligação a mais com aquele menino, e não pretendo me explicar a respeito.

— Tudo bem. — Não estava bem não, o U. Namikaze morria de curiosidade.

~NH~

No anoitecer, o hanyou regressou do treino sozinho.

Treinara em uma região cercada de montanhas.

Uma correnteza passava em curvas entre dois conjuntos montanhosos.

Jazia cansado e dolorido.

Ibiki o ensinou exercícios.

Meia hora de alongamento, uma hora de corrida, uma hora de flexões, uma hora de levantamento de peso, uma hora de agachamento e uma hora de natação.

Tudo isso sem pausa, até um guarda poderia desmaiar.

O hanyou engoliu sua vontade de chorar, lembrando-se a todo momento que precisava ser forte para se tornar o melhor guarda da aldeia.

Seu almoço se tornou jantar, durante o retorno para casa, comeu sua refeição fria.

Sua rotina seria daquela forma dali por diante.

Escola de manhã, treino a tarde e descanso ao lado de seu pai a noite.

Minato ao ver a carinha do filho, perguntou o que aconteceu e ao saber que o treinamento do pequeno se iniciou, abraçou-o forte, perguntando se ocorreu tudo sem problemas.

O hanyou garantiu que sim, e que estava somente cansado.

O Namikaze ajudou seu exausto filho a se banhar, enquanto isso o revelou que Neji passou ali para entregar o soroban de Hinata.

O Hyuuga informara que ela não pudera entregar pessoalmente por que Hanabi se engasgara com leite, e ela ficou preocupada, não quis sair de perto da irmã.

Naruto compreendeu e ficou feliz que mesmo em uma situação preocupante como aquela Hinata se lembrou dele.

No meado da noite, de tão cansado, o meio yokai dormiu.

O lar dos Namikazes recebeu a visita de quatro famílias que deixaram oferendas na porta da casa deles.

Minato compreendendo qual era a intenção delas, avisou-as que seu filho não lançaria nenhuma maldição sobre elas.

As famílias mostraram acreditar na palavra do artesão-camponês, mas não pegaram suas oferendas de volta, queriam garantir a salvação.

O Namikaze até quis insistir que pegassem de volta, todavia notando que as oferendas eram refeições, desistiu.

As oferendas o ajudariam a economizar, assim não passaria fome enquanto conseguisse mais material para seu filho.

~NH~

Dois meses se completaram.

~NH~

Naruto se encontrava entrosado com todos os seus professores e coleguinhas.

Apenas os alunos das outras duas turmas não tinham contato com ele, viam-no de longe.

Para o alivio do hanyou, no primeiro dia de semana não havia aula e nem treino, aproveitava para se encontrar com Hinata, Kiba e Chouji.

Os aldeões se habituaram a ver o meio yokai andando pelas ruas de Konoha. Não o repeliam, assim que o viam se curvavam a ele.

Hana saída do resguardo marcou a data para o jantar e quando Naruto soube deu pulos de alegria, por que estava ansioso demais em conhecer Hanabi, não a conhecera antes, haja vista que Hiashi proibira que a esposa recebesse visitas durante o resguardo.

Ibiki soubera que o mestre dos monges recebeu um novo convite do Damyo para tomar chá, a ocasião ocorreria um dia depois que Bansai jantasse no lar dos Hyuugas.

O Morino determinou que estivesse na hora de concretizar o que combinou com Danzou Shimura.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Kitsune" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.