O amor é um conceito tão simples!

Hoje em dia basta apenas que você se encante por outra pessoa e então... É isso! Estamos amando! Mas com o tempo você acaba por descobrir que o maior desafio não é ter um amor, mas conseguir mantê-lo.

Principalmente se você é metade peixe.

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Prólogo

La Push, quatro da tarde.

—Você não quer casar com o Edward, é isso? –Perguntei.

Estávamos as duas na praia de La push, Bella havia, finalmente, aceitado dar um mergulho de mar comigo, talvez fosse por que esse era um dos raros dias de sol e eu prometi que nenhum dos lobos da matilha estaria por perto para vê-la de biquíni, principalmente Jacob já que ela ainda estava irritada por ele ter contado a Charlie sobre as aventuras de moto que eles tiveram meses atrás. Eu estava transformada em sereia, nós duas sentamos numa pedra nos recifes enquanto ela fazia uma trança no meu cabelo e contava sobre Edward.

—Não é que eu não queira casar com o Edward... –Bella falou enquanto trançava meu cabelo.

—Você só... Não quer casar com o Edward. –Falei num tom óbvio.

Bella bufou irritada e puxou a alça do meu biquíni soltando e seguida, fazendo o elástico bater com força nas minhas costas.

—Ai, Bella! Isso dói! –Reclamei.

—O problema não é o Edward! –Ela disse voltando a trançar meu cabelo.

—Então qual o problema? –Perguntei passando a mão na pele lesionada.

—O problema é o casamento. –Explicou.

—Ah Bella, fala sério! É só casamento.

—É uma instituição antiquada e desnecessária! –Ela argumentou.

—Bellita, meu amor. –Virei para olhar seu rosto ela parou de mexer nos meus cabelos. –Edward é um vampiro com mais de cem anos. Já parou para pensar que na época que ele viveu ser antiquado e se casar era tendência? Já imaginou se o pai dele descobrisse que ele anda beijando você sem ter casado ainda? Seria um escândalo!

Bella soltou uma gargalhada espontânea, jogando a cabeça para trás e fazendo algumas gotas do seu cabelo molhado baterem em minhas costas.

—Mas vivemos no século XXI agora! –Ela respondeu segurando o riso.

—Agora que parei para pensar nisso, teria sido uma história de cinema. Já imaginou se você tivesse nascido naquela época e conhecesse o Edward? E ele iria te cortejar, te pedir em casamento, ele seria um soldado ou um banqueiro, e você seria a esposa fiel de dedicada que o esperaria em casa com dois filhinhos. –Tremi com a perspectiva. –Deus do céu! Que bom que estamos no século XXI!

Bella riu mais um pouco.

—Você é ridícula, Erika! –Ela falou ainda soltando umas risadinhas.

Balancei a cauda batendo na água, fazendo algumas gotas baterem em Bella, ela soltou um gritinho.

—Erika! –Reclamou.

Ela amarrou a trança que já estava batendo no final das costas e sentou ao meu lado com os pés na água, ficamos olhando a faixa de areia da praia, estávamos um pouco longe da costa.

—Como ele está? –Ela perguntou.

Eu não precisava que ela me dissesse quem era Ele, eu sabia que era de Jacob que ela falava.

—Está melhor, bem melhor do que naquele dia em que vocês brigaram perto da sua casa por causa da moto. –Expliquei.

A coisa é que Bella ainda estava de castigo por causa do lance da moto, o pai dela estava começando a aliviar para o lado dela então eu o convenci a deixa-la sair comigo durante algumas horas. Sem Edward, foi o que eu combinei com o Charlie, e devíamos estar de volta as quatro e meia. Bella não estava muito animada para sair de casa, mas eu consegui arrastá-la.

—Entendo. –Ela respondeu balançando os pés na água. –Charlie decidiu me dar um condicional ontem, com a ressalva que eu não ficasse tão grudada ao Edward e visse mais os meus outros amigos.

—Ah, então por isso ele permitiu essa saída? –Perguntei apontando de mim para ela e voltando.

—Basicamente. –Ela disse.

—Que bom então.

—Ele quer que eu volte a falar com o Jacob também. –Explicou.

—Hum... –Olhei para ela seriamente. –Bom, isso é complicado.

—É... –Ela suspirou.

—Vamos, não fique assim melancólica. –Falei batendo meu ombro no dela. –Tudo vai se resolver.

Bella soltou uma risada anasalada.

Levantei os olhos para o sol e sorri também, estava um dia incrível! Uma pena que tínhamos que voltar para casa.

—Já está ficando tarde. –Avisei. –Temos que respeitar o horário do seu pai.

—As coisas estão melhorando pouco a pouco. –Ela disse sorrindo.

—Claro, logo você vai estar liberada do castigo. –Falei.

Me joguei na água mergulhando um pouco e em seguida subi novamente, Bella estava em pé nas pedras.

—Vamos? –Chamei.

Ela pulou na água, pegou minha mão e eu a levei até a praia.

Na areia nós duas caminhamos em direção a caminhonete de Bella, ela me levou até em casa e depois seguiu para a sua. Eu me despedi dela e só entrei em casa depois que sua caminhonete ia virando a rua.

—Voltei! –Falei entrando em casa e batendo a porta.

—Olá filha. –Meu pai falou saindo da cozinha com uma caneca provavelmente cheia de café.

Estanquei a sua frente e ficamos nos encarando.

—Alguma notícia? –Perguntei.

—Não. –Ele respondeu. –Mas estou trabalhando nisso o mais rápido que posso, meus informantes me disseram que estão cada vez mais próximos.

—Informantes. –Cuspi sarcástica. –Falando desse jeito você parece um chefe do crime organizado.

Ele sorriu, mas eu não o retribui.

Passei por ele indo em direção a escada, eu só queria não olhar na cara dele.

—Vamos lá Erika, já faz uma semana que está assim. –Ele reclamou. –Não pode ficar irritada comigo o resto da vida.

Virei para ele, raiva tingindo meus olhos de azul.

—Eu posso ficar irritada o tempo que eu quiser! –Gritei.

Senti minha pele ficando prateada e meus dentes alongarem. Fechei os olhos respirando fundo e apertando as mãos em punho para me controlar.

—Você está cada dia mais parecida com a sua mãe. –Ele falou.

—Seu...! –Dei um passo à frente para ataca-lo, mas senti a mão de alguém me segurar e olhei por sob o ombro, era Carter.

—Vem. –Ele chamou me puxando para subir a escada.

Ouvi o suspiro do meu pai antes de virar.

Era maldade que ele falasse aquelas coisas.... Principalmente depois de tudo o que me contou.

Era realmente bem maldoso.