Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Às vezes me surpreendo escrevendo as fanfics.
Escrevo e tenho que reler para acreditar em certas coisas, porque tem vezes que a história se escreve sozinha e viro leitora como vocês. =)))

Com a conclusão desse capítulo, acredito que teremos mais dois ou três capítulos além dos de hoje. Espero que gostem e a data de postagem eu vou confirmar ainda lá no grupo do face. (Fanfics Buhh Smoak)

Muito obrigada a todos que acompanham a fic fielmente.



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POV ~ Felicity

Horas intermináveis se passaram até que eu pudesse voltar para perto do Oliver. Aqueles horas em que passei longe me fizeram pensar em muitas coisas, principalmente que estava na hora de deixar o passado onde ele pertencia e começar a me preocupar com nosso futuro.

Uma enfermeira me levou até o corredor que dava para onde Oliver estava com o William, mas Jonas veio falar comigo, antes que eu pudesse seguir, sobre o que deveria ser feito de hoje em diante uma vez que os exames mostraram que pelo esforço excessivo sem o uso dos remédios eu teria que passar por algumas terapias a mais para reverter o quadro de inflamação em ambas as pernas.

— Temos que marcar as sessões na clinica o quanto antes, para que essa inflamação possa ser revertida. Já que você não vai poder tomar todos os remédios.
— Acho que amanhã já podemos voltar com as sessões.
— Tem certeza, não quer mais tempo?
— Não, tempo é algo que eu aprendi valorizar com o que aconteceu. Vamos fazer o que é preciso logo. Agora mais do que nunca preciso sair dessa cadeira de rodas.

O olhar dele quase brilhava com minhas palavras e tenho que admitir que não esperava ouvir tanta firmeza em minhas palavras.

— Você não sabe o alivio que eu sinto em ouvir isso, Felicity. Vamos trabalhar, na medida do possível, para que você se recupere de vez.
— Muito obrigada por tudo.
— Não tem o que agradecer. – me abraçando. – Vou te levar até seu marido porque ele já deve estar agoniado pela demora.
— As 30 mensagens que ele me mandou que digam.

Entramos em outro corredor onde eu já pude ver o Oliver sentado com William ao lado, fazendo meu coração disparar de ansiedade. Foi o pequeno que me viu antes de Oliver e já veio correndo a meu encontro.

— Tia, porque demorou tanto? – me abraçando.
— Tive que fazer muitos exames.
— Mas você está bem, não está? – aflito, olhando para o Jonas esperando por uma resposta.
— Ela está bem, mas precisa de alguns cuidados nas próximas semanas e acredito que por algum tempo além disso.
— Tenha certeza de que ela não vai se esforçar nem mesmo para respirar. – disse Oliver me dando um beijo e apertando a mão de Jonas. – Não tenho como te agradecer pela ajuda.
— É meu trabalho ver sua esposa andando o quanto antes. Preciso ir, vou marcar a terapia amanhã e te passo os horários. – me abraçando. – Qualquer coisa, em qualquer horário, me liga, ok? – olhando para Oliver também.
— Sem pensar duas vezes.

Oliver se encarregou de empurrar minha cadeira enquanto William caminhava do meu lado segurando minha mão.

— E o Diggle?
— Buker, apareceu uma emergência. Nada muito grave. – colocando minha cadeira contra a parede, ao lado das cadeiras do corredor.
— E a Samanta?
— Ainda em cirurgia e o médico veio pela segunda vez dizer que não tem previsão de quando irá terminar.
— Tenho certeza de que ela ficará bem.

Apertei a mão de William que me olhava de um jeito aflito, pedi que ele sentasse do meu lado, quanto Oliver estava de frente para mim.

— Não precisa ficar com medo, os médicos estão cuidando de sua mãe.
— Eu sei tia, meu pai já me explicou que eles estão fazendo o melhor.
— Então porque está com essa carinha?
— Porque pensei que você também estava mal, fiquei com medo de que alguma coisa acontecesse. – soltando minha mão e me abraçando.

Olhei para Oliver e ele também parecia aflito, os olhos de ambos eram muito parecidos, mesmo que a cor não fosse a mesma. Eles conseguiam expressar o que sentiam por eles, porque se dependesse do Oliver para dizer o que sentia, pelo menos antigamente, eu quase não saberia nada do que se passava em seu coração.

— Você e seu pai são duas das pessoas que eu mais amo nessa vida. Prometo que vou me esforçar para melhorar o quanto antes e você nunca mais vai se preocupar com isso.
— E os homens maus? Eles não vão voltar, vão?

Oliver olhou em volta e abaixou na frente dele, segurando sua mão.

— Minha vida é proteger cada um de você, e vou garantir que isso nunca mais aconteça.
— Obrigado pai. – o abraçando.

Aquela cena fez meus olhos encherem de lágrimas, mas eu não podia me deixar levar pela emoção, se começasse a chorar não pararia mais.

— Vamos comer alguma coisa? – disse Oliver ao soltar o filho.
— Vamos sim, estamos sem comer a muito tempo.
— Pode ser um hambúrguer? – disse William mais animado.
— Não acho que aqui no hospital tenha um desses, mas posso sair para comprar. Tem uma sala de espera aqui no andar com sofá e televisão, vocês podem me esperar lá.
— Seria ótimo porque preciso esticar as pernas.

Seguimos para a sala e logo Oliver me pegava no colo para colocar no sofá. William colocou algumas almofadas nas minhas costas e ligando a tv.

— Vou no banheiro, tia. Traz bastante batata frita pai. – correndo para a porta que ficava do outro lado da sala.
— Pode deixar. – se inclinando na minha direção. - Eu volto logo. – me dando um beijo.
— Por favor. – segurei sua mão e ele paralisou.

Olhando para baixo ele viu que tinha algo a mais na minha mão direita. Seus olhos se arregalaram ao ver o anel de noivado no lugar que ele pertencia.

— Eu estava lá fazendo os exames e pediram que eu tirasse o colar onde ele estava. Quando pude coloca-lo de novo não consegui, porque o lugar dele é na minha mão e não pendurado em meu pescoço.
— Felicity. – ajoelhando na minha frente, com os olhos cheios de lágrimas. – Você tem ideia de como é maravilhoso ver esse anel no seu dedo de novo? – segurando minha mão e beijando onde o anel estava.
— Tenho sim, porque eu sinto o mesmo que você. Demorei muito tempo para me livrar daquilo tudo que nos afastava e esse sequestro me fez enterrar de vez o passado.
— Então quer quiser que você aceita se casar comigo? – sorrindo.
— Eu sempre aceito. – o puxando para perto e o beijando.

Estar tão feliz era quase errado com a Samanta passando por uma cirurgia tão delicada, mas eu não queria esperar mais para falar tudo o que sentia para ele.

— Te amo demais. – segurando meu rosto e o beijando.
— Também te amo muito, Oliver.
— Já disse para o William que quero dois filhos com você, pelo menos.
— Porque dois? – sorrindo enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto.
— Porque algum deles tem que vir como a gente, porque ele quer um jogador de beisebol e é provável que um de nossos filhos seja extremamente inteligente como a mãe. – me beijando mais.
— Posso lidar com isso. – fazendo carinho em seu rosto. – Mas parte desse plano já está concretizado.
— Está? – me olhando com os olhos arregalados.
— Para fazer o raio-x tive que fazer um ultrassom para ter certeza de que não tinha nada que impedisse o exame e para minha surpresa alguém estava lá esperando para ser descoberto.

Tive que fazer um esforço sobrenatural para agir como se não soubesse de nada até contar para ele, mas valeu cada segundo ao ver os olhos dele encherem de lágrimas e no segundo seguinte ele estava com o rosto sobre minha barriga chorando.

— Pai?

A voz preocupada de William chegou até nós, mas eu mal conseguia enxerga-lo pelas lágrimas que inundavam meus olhos. Oliver levantou e foi até o filho o abraçando e o trazendo para perto de mim em seguida.

— Porque vocês estão chorando? Minha mãe...? – já ficando com a voz embargada.
— Não meu amor, ainda não sabemos nada sobre sua mãe. – pisquei algumas vezes para que as lágrimas escorressem e segurei em sua mão.
— Então o que está acontecendo?
— Lembra que conversamos sobre você ter irmãos? – começou Oliver.
— Lembro.
— Então, acho que já pode começar a torcer para o primeiro ser mais parecido comigo e menos com a Felicity. – sorrindo, ajoelhado ao lado do filho.
— Você está gravida?

Agora era Diggle que estava parado na porta da sala, acompanhado de Curtis e Paul, todos em choque com o que acabaram de ouvir.

— Estamos. – eu disse sorrindo a eles.

William me abraçou e assim como Oliver começou a chorar. Não esperava aquela reação dele, na verdade tudo aquilo era muito além do que eu esperava, ainda mais por ter passado pelo que passei a poucas horas. William me soltou quando Oliver levantou para receber os cumprimentos de todos, que em seguida se ajoelhavam para me dar os parabéns.

— Como isso aconteceu? – Curtis começou, mas se arrependeu em seguida do que tinha dito. – Como aconteceu eu sei, mas como descobriram? Ainda mais depois de tudo.
— Por causa do raio-x, como eu não lembrava sobre meu ciclo menstrual o Jonas achou melhor fazer um ultrassom. O exame de sangue é mais indicado, mas ele resolveu arriscar.
— Como esse mundo dá voltas não, Oliver?
— Como assim? – sem entender do que eles falavam.
— Eu falo com uma voz, que segundo o Oliver é assustadora, quando falo com a Sara. Eu disse a ele que duvidava que ele não faria o mesmo quando tivesse um filho e olha como a vida é. Já podemos esperar Oliver Queen seguir meus passos.
— Vou admitir que faço com todo o prazer. – se inclinando e beijando minha cabeça. – Curtis, posso te pedir um favor?
— Claro.
— Pode ir comprar alguma coisa para todos comer? Tem um Big Belly Burger aqui perto.
— Pode deixar que nos vamos, afinal, temos que alimentar a futura mamãe. – disse Paul saindo com Curtis.

Ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Ainda estava aflita com o que estava acontecendo com a Samanta e me angustiava não ter a Thea por perto para dar essa noticia, mas aquele filho era como um renascimento para todos nós depois de tantas coisas ruins que aconteceram.

— Um filho. – sentando na beirada do sofá. – Você tem ideia de como isso mudará nossas vidas?
— Sim, mas é o que precisamos Oliver. Pela primeira vez eu sinto que é como se ele fosse nossa ancora para suportar tudo que ainda está por vir. Ainda mais com a tia dele tão longe de nós e a Samanta passando por um momento tão delicado.

Ele não disse mais nada, ele puxou William para perto, que o abraçou pelo pescoço. Enlaçando sua mão na minha onde o anel estava pela primeira vez depois de todos aqueles dias eu tive esperança. Em outros tempos eu estaria em desespero, mas ver sua vida nas mãos de alguém sem escrúpulos faz com que nossa cabeça mude em relação a vida.

— Sr. Oliver? – o medico entrou na sala.
— Sim.
— A cirurgia terminou. – mais sério do que esperávamos. – Precisamos conversar.


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