Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oieee... e lá vamos nós para os últimos capítulos.
Estou postando agora e nas próximas horas posto o 24.
Juro que tentei postar ontem e hoje (15/11) mais cedo e não consegui, mas vamos lá.



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POV ~ Oliver

Estacionei a moto na garagem do buker e mal tive tempo de descer quando senti os braços do William envolvendo minha cintura. Ele chorava tanto que precisei me abaixar para abraça-lo para que começasse a se acalmar.

— Está tudo bem, filho.
— A mamãe.

O choro aumentou e eu só pude pensar no pior. Olhei para frente e vi minha mulher sentada na cadeira de rodas nos encarando e por um breve momento pude respirar aliviado por vê-la tão perto de mim, mas não era suficiente.

— Filho, você está bem? Não te machucaram, né?
— Não, a tia também está bem. – me soltando e olhando para trás.
— Willian, porque você não vai lá com o Curtis enquanto eu falo com seu pai?
— Tá bom. – me abraçando de novo e saindo correndo.

Não esperei mais um segundo para ir até onde ela estava e a levantar da cadeira, apertando meus braços em volta de sua cintura.

— Nunca mais sai de perto de mim. – beijei seus lábios. – Achei que enlouqueceria.
— Tive tanto medo. – apertando mais o agarre no meu pescoço. – Nunca vi o Malcolm tão agressivo, achei que ele não cumpriria o acordo.
— De certo modo não cumpriu, já que a Samanta foi agredida.
— Ela está muito mal, Oliver.
— Onde está o Barry?
— Aqui. – se aproximando.
— Muito obrigado. – o abraçando pela primeira vez na vida, mas ele merecia.
— Para que esse abraço aconteça é porque a gratidão é gigante mesmo. – rindo.
— Você não faz ideia de quanto. – beijei os cabelos da Felicity.
— Preciso sentar.
— Já tomou seus remédios? – a ajudando.
— Não, mas do jeito que está doendo acho que somente eles não vão me ajudar.
— Então vamos para o hospital e no caminho ligamos para o Jonas, assim ele pode analisar a situação e ver o que pode ser feito.
— E dizemos a ele que sofri um sequestro?
— Sim, é o jeito.
— Vão precisar de mim ainda?
— Acho que não. – voltei minha atenção a ele.
— Então eu vou indo e se precisar é só chamar.
— Obrigado de novo, Barry.
— Flash??

Tinha esquecido que meu filho ainda não conhecia seu ídolo. Olhamos para a ilha, atrás de nós, e encontramos ele de olhos arregalados.

— Ah, oi.
— Você é amigo do meu pai? – se aproximando, para minha alegria, com os olhos brilhando.
— Sim, sou.
— Eu sou seu fã, tenho um boneco e uma mochila sua.

Esqueci que era a primeira vez que o Willian estava no buker, e agora ele sabia sobre o Flash e sabendo que eu era o Arqueiro, mesmo sem ter falado desde que me viu vestido como tal.

— Meu pai me deu um boneco do arqueiro, mas eu continuo gostando muito de você.

A cara do Barry era de pura satisfação, mas quando viu que eu estava sério seu sorriso foi sumindo.

— Bom, foi um prazer. – piscando para ele e indo embora.
— Pai, que legal conhecer o Flash.
— É, muito legal. – sentindo Felicity segurar minha mão, sorrindo.
— Só que você é muito melhor, pai. Você salvou a gente de verdade sendo o Arqueiro. – correndo e me abraçando.

Nunca pensei que sentiria tanta satisfação em ouvir meu filho falando daquela maneira, no fim das contas era o que eu sempre quis ouvir.

— Obrigado, filho. – beijei a cabeça dele, que me soltou em seguida. – Preciso me trocar para irmos para o hospital.

Ele se colocou ao lado de Felicity enquanto eu corria para me trocar, não tinha ideia de como a Samanta estava só que um pressentimento ruim apertava meu peito quanto a isso. Antes de voltar para perto deles liguei para Diggle que tinha me mandado mensagem avisando que estava no hospital com ela.

— Como ela está?
— Entrou em cirurgia e até agora não deram noticia.
— Acha melhor levar o Willian?
— Sim, não sabemos se ela vai sobreviver e acho que ele precisa estar por perto aconteça o que acontecer.
— Estamos indo.

Desliguei e fui para onde eles estavam. Não esperava ver meu filho abraçado a Felicity, pelo menos não daquela maneira tão frágil que ele estava.

— Estão prontos?
— Não sei. – olhando para mim preocupada.
— O que foi? – abaixei na frente dele.
— E se a mamãe morrer? – já com os olhos cheios de lágrimas.
— Ela está sendo operada e tenho certeza que estão fazendo o melhor.
— Não quero perder minha mãe. – chorando.
— Filho, não posso te prometer que ela ficará bem. Só que estaremos do lado dela para o que ela precisar.

Secando o rosto ele segurou minha mão para seguirmos para os hospital. Aquela realidade era totalmente contra tudo o que eu queria em relação a ter meu filho no bunker, mas em partes era bom ter ele incluído em mais esse pedaço da minha vida.

—--

Deixamos o William com o Diggle para que Felicity pudesse ser atendida na emergência. Jonas chegou pouco depois que a gente chegou ao corredor onde um ortopedista de plantão iria atende-la, e quase desmaiou de alivio quando a viu bem. Parte disso por eu ter mandado uma mensagem a ele dizendo que a Felicity tinha sigo resgatada de um sequestro e estava indo para o hospital.

— Pelo amor de Deus, como você me mandam uma mensagem daquela e querem que eu sobreviva?
— Eu disse a ele que deveria ter sido mais sutil.
— Vamos esperar o médico te examinar e fazer todos os exames para que eu possa analisar tudo. Não posso atravessar o trabalho deles, mas ficarei de olho e a par de tudo.
— Obrigado, Jonas. E desculpa a falta de tato pela mensagem.
— Sem problemas. Pelo menos tenho certeza que meu coração está saudável para fortes emoções. Vou ver quem está de plantão e já volto.

Sentei na cadeira ao lado dela e segurei sua mão sentindo o quanto estava gelada.

— Logo tudo via estar bem.
— Será? – já com os olhos cheios de lágrimas. – A Samanta correndo risco, a Thea longe da gente.
— Não quero pensar agora nisso, vamos lidar com uma coisa de cada vez.
— Oliver.
— Não consigo, amor. Se eu começar a pensar no quão errado as coisas estão vou surtar e não posso fazer isso agora.

Ela me abraçou e isso a única coisa que ainda restava de bom na minha vida, além do meu filho. Sabia que alguma coisa dentro de mim tinha se partido com a situação da Thea, mas como disse a ela, não estava pronto para descobrir o que era.

— Vamos? – disse Jonas voltando para perto.
— Posso ir junto?
— Agor anão, expliquei a situação da Felicity e o médico vai dar uma olhada rápida nela para começar a fazer os exames.
— Então vou ficar aqui te esperando. – dando um selinho nela.
— Vai ficar com o William, assim que terminarmos o Jonas me leva lá.
— Tem certeza?
— Tenho.

Levantei e segurei seu rosto entre minhas mãos, ficar era o que eu queria, mas eu sabia que ela estava preocupada com William.

— Te amo.
— Te amo.

Ela se afastou com Jonas a conduzindo e só me virei para ir embora quando ela olhou para mim antes de entrar na sala do médico. Eu quase a perdi por duas vezes e estava disposto a lutar o quanto fosse preciso para não ter que passar por isso novamente.

Willian estava sentado na cadeira olhando fixamente para a parede, enquanto Diggle estava no telefone com Layla e eu sabia disso porque ele estava fazendo voz de bebê falando com a filha.

— Ei, tudo bem por aqui? – sentei ao lado dele, que desviou o olhar da parede.
— Acho que sim. – abaixando o olhar.
— Logo a cirurgia da sua mãe vai acabar e teremos noticias.
— Tenho medo que ela não fique bem. – voltando a olhar para mim.
— Isso infelizmente não está em nossas mãos, mas os médicos estão fazendo o melhor possível para que ela se recupere.
— E a tia, vai ficar bem? Ela não me disse nada, mas eu sei que ela estava com muita dor enquanto estava comigo na cela.
— Ele deixou vocês em uma cela?
— Sim, uma estava eu e a tia. Na outra a mamãe.
— Ela ficará bem. – respirando fundo para não perguntar mais, não era hora de faze-lo reviver aquele inferno.
— Gosto muito dela.
— E ela gosta muito de você.
— Pronto, já usei minha cota de fofura por hoje com a pequena.
— Só você acha que essa voz é adequada para uma criança, porque todo resto te acha bizarro.
— O Willian é grande, mas quando você tiver outro filho quero ver não fazer o mesmo. – sentando do lado dele.
— Vocês vão ter mais filhos? – se virou para mim mais ansioso do que eu esperava.
— Acho que sim.
— Pode ser um menino? Assim posso jogar beisebol com ele.
— Se ele for nerd como a Felicity duvido muito querer jogar. – disse Diggle.
— Vou providenciar dois irmãos para você, assim temos mais chances de um dos dois puxar para nós e não para a mãe.
— Ta bom para mim.

Gostei daquela conversa, mas não tivemos tempo de continuar porque um médico apareceu e a cada dele não era das melhores.

— Vocês são os familiares de Samanta Clayton?
— Sim, sou ex-namorado dela e esse é nosso filho. – levantei, seguido pelos dois.
— Muito prazer, Oliver Queen. Sou Dr. Preston. – apertando minha mão.
— Como ela está?
— A cirurgia ainda está ocorrendo com um especialista, eu a atendi na emergência e o quadro dela é bem delicado. A bala está alojada muito perto do coração e levará tempo para que consigam remove-la de maneira segura.
— Minha mãe vai morrer? – William perguntou aflito.
— Estamos cuidando para que isso não aconteça. – falando muito tranquilamente com ele. – Qualquer novidade eu mesmo venho avisa-los.
— Obrigado, Dr.
— Sempre as ordens. – voltando por onde tinha vindo.

William sentou novamente parecendo mais calmo.

— Diggle, posso falar com você?
— Claro.
— Filho, fique aqui, ok? – dei meu celular para ele se distrair.
— Tá bom.

Fomos para o fim do corredor e Diggle parou de costas para William, assim eu tinha como ficar de olho nele.

— Então, como ela estava quando você chegou aqui?
— Muito mal, Oliver. Eles já tinham atendido ela no pronto socorro e quando cheguei ela estava a caminho da cirurgia. Me entregou isso. – me dando uma correntinha que eu conhecia bem.
— Eu dei isso para ela quando disse que não podíamos mais nos ver. – olhando para a palma da mão, onde um coração de ouro branco cravejado de esmeraldas brilhava. – Perdi as contas de quantos desses dei para as mulheres que fiquei na época da Laurel.
— Acho que a intenção dela não era te esfregar na cara o babaca que você foi.
— Também acho, provavelmente é para entregar ao William caso algo aconteça.
— E a Felicity?
— Está fazendo exames, o Jonas está com ela. Provavelmente vão aumentar as doses dos remédios, mas aparentemente ela não parece estar com nada grave além da falta dos remédios.
— O que você acha que o Merlyn quer com a Thea? Não acredito que tenha feito tudo isso para somente ter a filha por perto.
— Eu não quero pensar nisso agora. – repetindo o que tinha dito a Felicity. – A situação da Thea não está no nosso alcance e eu fiz uma promessa para ela de não ir atrás. Se eu parar para pensar sobre isso vou perder o controle e tem gente demais precisando de mim.
— Você está certo.

Voltamos para perto de Willian, nos sentando ao seu lado. As horas seriam longas tanto para Samanta quanto para Felicity. Meu passado e meu presente precisavam de mim, só não sabia até que ponto eu seria capaz de dar a todo mundo o que eles precisavam enquanto dentro do peito eu sentia aquele aperto constante e que eu tinha certeza que não passaria de maneira alguma.


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