Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas aqui está.
Espero que gostem.



Agora tenho um grupo no facebook com novidades das fanfics, spoilers.
Quem quiser entrar é só procurar lá ''Fanfics Buhh Smoak".


Boa leitura a todos. =***



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~ Felicity Smoak ~

Sempre fico impressionada com a facilidade com que as crianças lidam com os problemas. Depois de saber que Oliver era seu pai, parecia que Willian nunca tinha duvidado daquilo e conversava com ele sobre o que gostaria de fazer enquanto estivesse em Starling.

— A tia loira vai com a gente, né? – sorrindo para mim.
— Para onde? – eu estava distraída e não tenho ideia para onde ele queria ir.
— No estádio, vai ter jogo essa semana e meu pai vai me levar. – sorrindo para Oliver.
— Não sei se posso ir, Will. – apontei para as muletas, que eu odiava, mas não ficaria de cadeira de rodas na frente da Samanta de novo.
— E quando você melhorar?
— Pode demorar um pouco mais, ai você vem de novo para Starling e a gente vai.
— Combinado. – se jogando no sofá.
— Temos que ir. – Oliver olhou para mim e depois para a porta do meu quarto. – Amanhã meu motorista vai trazer comida para encher a dispensa. – com o olhar atrás de mim.
— Obrigada.

A voz da Samanta era contida, mas eu sabia que ela não estava feliz. Provavelmente pensou que ficaria na mesma casa que Oliver por causa do filho.

— Suas coisas estão prontas? – agora me encarando.
— Sim, a mala que eu trouxe para cá ainda está feita.
— Está no quarto? – assenti e ele logo levantou para ir buscá-la.
— Amanhã posso ir te ver tia? – quis saber Willian.
— Não fique incomodando a Felicity, Willian.
— Desculpa, mãe. Eu só queria saber.
— Olha, eu tenho um dia cheio amanhã. Se você puderem venham almoçar comigo e com o Oliver. – olhei para trás e ela somente assentiu.
— Claro. – sorrindo sem graça.
— Pronto. – Oliver segurava minha mala com uma mão e com a outra minha bolsa e um casaco. – Está frio. – o entregando para mim.
— Obrigada. – coloquei ele sobre os ombros antes de levantar.

Thea estava com minhas muletas e passou o tempo todo em silêncio. Sabia que ela não gostava da Samanta, mas o silêncio dela queria dizer mais que isso. Peguei as muletas e me ajeitei.

— Espero que fiquem confortáveis em minha casa. – me virei e vi Samanta abraçada ao filho.
— Obrigada por nos receber, tenho certeza que ficaremos bem.
— Qualquer coisa me ligue. – disse Oliver, que abaixou para ficar na altura do filho. – Eu volto para te buscar, vamos passear o quanto você quiser. – bagunçando os cabelos dele.
— De todos os pais que eu queria você é o melhor. – o abraçando pelo pescoço. – Obrigado. – dando um beijo em seu rosto e o soltando.

Oliver demorou alguns segundos para reagir com a atitude do filho, mas logo levantou e seguimos para fora da casa. Eu estava com o coração acelerado por voltar para casa, e não vou mentir que parte de mim dizia que não deveria fazer isso. Só que eu não aguentava mais ficar longe dele e sabia que quanto mais tempo eu mantivesse essa distância pior seria para perdoa-lo.

Por mais esforço que eu fizesse, andar até o carro ainda era cansativo. Parei no meio do caminho enquanto Oliver e Thea já colocavam tudo no carro. Respirei fundo e voltei a andar, parando dois passos depois por conta de uma câimbra.

— Por mais linda que você esteja com esse vestido eu sei que já fez esforço demais por hoje. – Oliver parou do meu lado me segurando pela cintura. – Thea, pegue as muletas.

Sem olhar para o irmão ela veio pegar as muletas e voltou para o carro. Algo estava a incomodando e assim que chegássemos em casa ela teria que me contar.

— Pronta para ir? – me pegando no colo.
— Pronta. – me agarrando em seu pescoço.

O cheiro do perfume dele fez com que eu encostasse a cabeça em seu ombro para aproveitar aquele momento. Não tinha ideia de como seria estar com ele de novo, mas tinha certeza que não resistiria por muito mais tempo.

— Cuidado com a cabeça. – me acomodando no banco traseiro. – Tenho que passar na caverna para pegar algumas coisas, tudo bem?
— Claro.

Antes de fechar à porta ele me deu um selinho sem que eu esperasse. Fechei a porta quando ele se afastou e esperei que se acomodasse no banco do motorista.

— Você vai ficar com a gente como antes? – perguntei a Thea.
— Com toda certeza. Não vou te deixar sozinha com esse ai. – olhando para o irmão quando ele entrou.
— Esse ai ainda te ama viu. – colocando o cinto.
— É bom amar mesmo. E não pense que eu acredito na Samanta, porque essa cobra ai pensa que me engana só que eu sei bem o tipinho dela. – olhando para a casa.

Antes que o Oliver pudesse sair com o carro eu olhei para minha casa e me deparei com alguém olhando pela janela. Pela distância eu não tinha como ver a expressão do rosto da Samanta, mas sabia que ela não estava nos observando por curiosidade, tinha algo a mais nessa atitude.

Por todo caminho até a sede de campanha do Oliver eu fiquei repassando em minha mente as últimas semanas e me dei conta de que estava prestes a retomar com Oliver de onde paramos antes de nossa vida desmoronar. Não sabia como lidar com aquela ansiedade, assim como não sabia o que aconteceria quando finalmente estivéssemos sob o mesmo teto.

— Já volto. – parando o carro na frente da sede.
— O Diggle está ai? – perguntei.
— Acho que não, ele disse que ficaria só na madrugada e que Laurel ia assumir o turno do dia.
— Laurel, outra que anda me irritando. – resmungou Thea.
— Ela anda deprimida e você ainda implica com ela.
— E eu já disse que ela tem que reagir antes que ela se machuque em campo, ficar deprimida enquanto tem que correr atrás de bandidos só a coloca em risco.
— Deprimida? – não tinha ideia do que estava acontecendo.
— Sim, ela anda sonhando com o Tommy e não sabe lidar com isso. – olhando para mim.
— Faz tempo que não falo com ela. – me sentindo culpada.
— Não se preocupe, ela sabe que você está se recuperando. – sorrindo. – Bom, já volto.

Vi quando Oliver entrou na sede e senti saudade de fazer esse mesmo caminho. Soltei o cinto e estiquei as pernas sobre o banco.

— Vai me falar o que está acontecendo? – perguntei a Thea, mas ela pareceu não me ouvir. – Thea?
— Oi. – se virando.
— Desde que a Samanta chegou você está estranha, o que acontece?
— Não gosto daquela mulher e não acho que ela está aqui somente pelo filho.
— Eu a vi nos espiando pela janela.
— Viu, essa mulher está armando alguma coisa. – voltando a olhar para frente.
— Não quero pensar nisso.
— Você pode não querer, mas eu estou de olho nela. Por mais que eu esteja admirada com a postura do Oliver em não mantê-la por perto, eu não confio nessa ai.

Antes que eu pudesse dizer algo vi Oliver saindo da sede com uma pasta nas mãos e voltando para o carro.

— Agora podemos ir. – entrando e colocando o cinto.
— O que é isso? – sentei direito enquanto ele me entregava a pasta.
— São algumas fichas criminais que o Lance entregou para o Diggle ontem.

O carro já estava em movimento e eu tentava não pensar que em pouco tempo estaria de volta ao lugar que eu tinha como lar. E foi quando me lembrei de nosso quarto que meu coração deu um salto.

— Me deixa perto da cafeteria que vou comprar comida, porque tenho certeza que não deve ter nada naquela casa.
— Não mesmo, dormi na caverna quase todos os dias.

A conversa entre eles seguiu com provocações como sempre, mas eu não conseguia acompanhar a conversa. Olhei para fora e vi que estávamos perto do lugar onde Thea ficaria. Eu conhecia aquele lugar como a palma de minha mão. Nas poucas vezes que tínhamos tempo, eu e Oliver íamos caminhando pelo bairro aproveitando a companhia um do outro. Uma das coisas que eu mais sentia falta desde meu acidente.

Desviei meu olhar da rua e me concentrei em minhas mãos repousadas sobre o colo. Lembrar de tudo o que fazia falta com as limitações que eu tinha era complicado demais. Senti meus olhos arderem pela vontade de chorar, mas respirei fundo afastando qualquer coisa que pudesse me deixar mais vulnerável.

— Chegamos.

Olhei para ele e o vi entrando na garagem. A escuridão temporária fez meu coração acelerar ainda mais. As luzes da garagem iluminaram tudo novamente e logo ele estava estacionando em uma de nossas vagas.

— Vou colocar as malas no elevador e já volto para te ajudar. – olhando para mim e sorrindo.

Oliver parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um presente que desejava muito. Eu conhecia aquele olhar. Foi o mesmo que vi na nossa primeira noite juntos. Aos poucos eu estava conseguindo me livrar da raiva e da mágoa com o que aconteceu. Até mesmo a presença da mãe de seu filho estava me ajudando, porque ele fazia questão de mostrar que somente Willian era relevante para sua vida e que Samanta nunca teria espaço.

O observei indo com minhas coisas, depois voltando para buscar as coisas de Thea. Meu coração estava acelerado, mas eu também tinha que lidar com uma pontinha de desconfiança que ainda me fazia lembrar de que apesar de tudo a mentira tinha sido contada. Esse conflito só servia para me deixar ainda mais nervosa.

— Agora sou todo seu. – abrindo a porta e estendendo a mão para me ajudar.

Encarei sua mão estendia e demorei alguns segundos para decidir o que fazer, mas o formigamento das minhas pernas não me deixavam muitas opções.

— Obrigada. – segurando sua mão e saindo do carro.

Apoiei o corpo na lateria do carro esperando que ele fechasse a porta, mas eu mal tinha sentido a lataria em minhas costas quando ele encostou o corpo contra o meu. Esqueci que aquele movimento era quase involuntário, uma vez que todas as vezes que chegávamos em casa era assim que acabávamos, ou começávamos nosso momento juntos depois de lidar com os problemas da cidade.

— Desculpa. – ele disse a centímetros da minha boca.
— Não precisa se desculpa. – me esforçando para não descer o olhar para sua boca.
— Sinto muito a sua falta. – eu sentia seu hálito nos meus lábios.
— Eu também.
— Mas não quero forçar nada, por mais que eu queira desesperadamente te beijar vou respeitar seu espaço.

Ele respirou fundo antes de dar um passo para trás, livrando meu corpo do seu, mas eu não consegui lidar com aquilo e segurei seu braço o trazendo de volta.

— Isso não apaga tudo o que aconteceu entre a gente e nem muda nossa situação, mas eu preciso. – olhei para sua boca, sentindo meu coração acelerar ainda mais. – Eu preciso sentir que ainda somos nós.

Sabia que em pouco tempo a Thea estaria de volta e que não iriamos até onde eu queria, mas tinha que deixar claro o que eu desejava para dar a ele a liberdade de seguir pelo mesmo caminho.

— Essa noite. – segurando meu rosto com uma mão enquanto a outra agarrava minha cintura. – Na nossa cama. – beijando o canto da minha boca. – A noite toda.

Muitas coisas passavam por minha cabeça quando ele terminou de falar, mas não fui capaz de dizer nada. Separei meus lábios e em seguida senti sua língua vindo de encontro a minha.

Se antes seu corpo estava encostado em mim, agora ele me prensava contra o carro deixando claro o quanto estava excitado e pronto para quando fosse a hora. Minhas pernas estavam doloridas e como se estivesse lendo meus pensamentos, ele desceu a mão pela lateral do meu corpo e com um leve impulso me trouxe para seus braços.

Ouvi o alarme do carro ser acionado, mas nada no mundo me faria interromper daquele beijo. Eu tinha passado muito tempo sem estar entregue em seus braços e a promessa do que viria a noite me fez ter ainda mais sede do beijo dele.

As portas do elevador se abriram e eu nem mesmo percebi quando chegamos em nosso andar e ele abriu a porta para que entrássemos. Senti meu corpo ser acomodado em um lugar plano e quando dei por mim estava sentada na mesa de jantar com ele entre minhas pernas.

— Eu amo você. – descendo os beijos por meu pescoço e trilhando caminho até o início do decote. – E se tem uma coisa que eu jamais vou me acostumar é ficar longe da sua pele. – deslizando a língua no sentido contrário, chegando em meu pescoço. – Seu cheiro. – esfregando o nariz da curva até meu ouvido. – E do seu gosto. – sugando o lóbulo da minha orelha, para somente então voltar a me beijar.

Meu silencio permaneceu enquanto ele voltava a me beijar, nada do que eu dissesse faria diferença naquela hora quando eu só queria continuar sentindo sua língua deslizando contra a minha. Sentia meus lábios inchados e meu vestido já estava além de minhas coxas quando ouvimos o barulho do elevador chegando ao nosso andar de novo.

— Thea. – sussurrei contra sua boca.

Não era a primeira vez que ela chegava quando estávamos prestes a fazer amor, porque mesmo dizendo que isso só aconteceria a noite, era por esse caminho que seguiríamos se não fossemos interrompidos.

— Ela é mestre em nos interromper. – me ajudando a descer da mesa e ir até o sofá.
— Nem mesmo preciso me preocupar em disfarçar, ela sempre sabe o que estávamos fazendo.

Quando a porta se abriu eu já estava sentada no sofá com as pernas esticadas enquanto Oliver estava na cozinha pegando um copo de água para mim.

— Enrolei um pouco porque sabia que vocês estariam se pegando, mas não tive tanto saco assim. – fechando a porta. – As malas estão passeando entre os andares.
— Comprou tudo que tinha na cafeteria? – Oliver me entregou o copo de água, indo ajuda-la com as muitas sacolas que ela carregava.
— Claro, preciso de comida para estocar no meu quarto para não me deparar com nenhuma sem vergonhisse na madrugada. – sorrindo para mim.

Ela ainda estava brava com a chegada da Samanta, mas sabia que quando eu e Oliver estávamos sobre o mesmo teto era impossível não acabar enroscados um no outro, um dos motivos que me levou sair de casa.

— Vou resgatar as malas de vocês e leva-las para os quartos, depois podemos comer.

Se aproximando de mim, mesmo com cautela, ele me deu um selinho e antes de se afastar sussurrou para que somente eu ouvisse.

— Esse noite. – me beijando de novo, para só então se afastar.

Senti meu rosto ficar vermelho, não por vergonha e sim por sentir a temperatura do meu corpo triplicar, olhei para Thea e ela comia um donuts, me encarando.

— Juro que estou pensando em fazer plantão na caverna. – sentando no espaço vago do sofá.
— Ótima ideia. – estiquei minha mão e roubei o doce dela.
— Sabia que mesmo com os problemas vocês dois voltariam à fase do cio.
— Nossa Thea, como você é delicada. – comi parte o doce e devolvi o resto para ela.
— Fico feliz por vocês, mas ainda estou de olho naquela lá.

Encostei-me às almofadas e a observei comendo com o olhar perdido pela sala. Aquele era o lugar onde eu me sentia completa e lembrar que o Oliver não permitiu que a Samanta ficasse em nossa casa só me fazia sentir melhor com meu retorno.

Sabia que as coisas não seriam fáceis e que eu teria muito que lidar até estar curada de toda magoa, mas eu o amava e não abriria mão disso. A chegada da Samanta só me fez criar coragem de assumir meu lugar, de retomar minha vida com Oliver e deixar claro a quem quer que fosse que mesmo sem o anel que selava nossa futura união ele ainda era o homem da minha vida e essa era uma realidade que jamais iria mudar.


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