Remember me escrita por Chubbs


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Como estão? Pretendia voltar mais cedo, porém minha internet tem uma relação de amor e ódio comigo. E esses dias, com certeza, ela estava me odiando mais que tudo.

Bem, sem enrolações...



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Alguns dias se passaram, Regina já havia consultado o neurologista, que após uma série de exames, constatou que a saúde da morena estava perfeitamente bem, porém recomendou que a paciente retomasse o acompanhamento psicológico e iniciasse alguma atividade laboral.

Dessa forma, Emma ofereceu à esposa a oportunidade de reaver seu antigo cargo na empresa, o que foi aceito de bom grado embora a designer desconfie que a proposta esteja recheada de segundas intenções da parte de sua loira, já que seus escritórios dividiriam o mesmo andar.

Após visitar a empresa e conversar com os colegas, Regina decidiu por fazer um curso de atualização profissional, uma vez que, o seu trabalho seguia tendências e estava em constante mudança.

Em vista do retorno da morena ao emprego, o casal decidiu que seria melhor para a filha que a matriculassem na mesma escola que Henry, pelo menos no período da manhã, horário em que Regina estaria trabalhando. Portanto, dali a alguns dias, quando iniciasse o ano letivo, a menina frequentaria o Maternal.

O relógio indicava seis e meia da manhã. No quarto principal, Emma tinha um braço protetoramente envolto na cintura da esposa. Ambas dormiam tranquilas, embaladas em um sono pesado, sequer ouviram os passinhos apressados pelo corredor e nem quando certa garotinha adentrou o cômodo. Apenas despertaram quando sentiram a cama chacoalhar e o ambiente se encher de risadas.

― Acorda, mamães! ― gritou a menina animada. ― Acorda! Hoje tem escolinha.

― Humm...meu Deus. ― Regina murmurou ainda sonolenta. ― O que foi?

― Olha, já estou plonta pa escolinha, mamãe. ― Lucy falava toda orgulhosa para a mãe morena que tentava manter os olhos abertos.

― Está linda, querida. ― falou enquanto esfregava o rosto e observava o vestido de festa, as meias listradas, as botas de cowboy e a boina que a criança usava. ― Mas tem um pequeno detalhe.

― Qual? ― Lucille inclinou a cabeça em um gesto de curiosidade.

― Uma certa princesinha azeda aqui. ― a menina riu quando a mãe cheirou seu pescocinho ― Acorda sua mãe para ela te dar banho, vai.

― Mãe... mãeeee, levanta! Vai, mãeeee! ― disse sentando nas costas da mãe que dormia de bruços. ― Deixa de ser dorminhoca! ― a morena sorriu com o entusiasmo da menina.

― Anjo, acorda. ― disse acariciando a face da esposa, que apenas resmungou.

― Levanta ou vai ser meu pocotó.

Lucille segurou os cabelos longos da loira como se fossem rédeas, se sacudia para um lado e para o outro. Regina apenas assistia, se divertindo com a presepada da menina.

Emma abriu os olhos e piscou para a esposa, dando a entender que aprontaria. Continuou fazendo seu papel de adormecida até que se virou na cama, de modo que Lucille caiu deitada entre elas. Logo a garotinha se viu cercada pelas mães que a enchiam de cosquinhas, gargalhava e pedia para elas pararem, em vão. Lucille se sentia a criança mais feliz do universo.

Swan se ergueu na cama e puxou a loirinha para o seu colo, enchendo a filha de beijos. Regina observava suas duas lindezas com um imenso sorriso na face.

― Dormiu bem, vida? ― perguntou se aproximando e selando os lábios da esposa com um beijinho.

― Melhor impossível. ― Regina respondeu mordendo o lábio inferior.

― Por que vocês estão peladas? ― franziu o cenho ― Vocês não têm pijaminha?

Emma arregalou os olhos. Olhou para Regina que estava enrolada no lençol e depois para si, percebendo-se desnuda exceto pelo lençol que a cobria da cintura para baixo.

― Err..é..que.. ― a loira balbuciava.

Regina riu do jeito da esposa. Sua mulher era inacreditável, havia lhe arrancado a camisola no meio da noite, tinham feito um sexo totalmente selvagem e agora corava feito uma adolescente pega no flagra pelos pais.

― É que nós estávamos com muito calor, querida. ― Regina disse naturalmente. Olhou para o relógio e percebeu que já daria sete horas. ― Amor, você pode dar banho nela enquanto chamo Henry?

― Claro, minha linda. ― pegou a menina que pulava sem parar na cama das mães ― Vamos, garota.

Acordar Henry foi uma verdadeira luta. Assim, como a mãe loira, o menino estava cheio de preguiça naquela manhã contrastando com a bolinha de energia que era Lucille.

Na cozinha, Granny terminava de fazer o café com a ajuda de Killian e Tinker, quando a família desceu animada, distribuindo cumprimentos.

― Uau onde vão assim tão lindos? ― Tinker perguntou colocando um prato de waffles na mesa.

― Eu vou para a escola, tia! ― Henry disse orgulhoso.

― E eu também, tia Tink. Olha, minha mochila! ― Lucy comentou empolgada mostrando a pequena bolsa com a estampa de Frozen.

― Muito bonita, princesa, acho que vou querer uma igualzinha. ― piscou.

― Foi a minha mãe que compou. ― sorriu de um jeito fofo ― Vou pedir pa ela te dar uma também. Sabe, lá na loja tem um montão de mochilinhas e... ― a menina tagarelava sem parar assim como Henry.

― Mamãe, faz meu chocolate, por favor? ― pediu Henry.

― Já vai, querido. ― Regina preparava o chocolate com canela para o menino. Serviu também uma xicara à esposa, que depois de dois anos voltara a saborear a bebida quente. ― Vocês também querem?

― Não, obrigada. ― Tinker respondeu ― Com um calor desses, prefiro o meu suco gelado.

― Tia Tink, você e o tio Killi dormem pelados? ― indagou inocentemente.

Além do barulho que Granny fez ao deixar a louça cair dentro da pia, devido ao susto, nada mais se ouviu. Emma encarava a filha totalmente espantada assim como Killian e Tinker, exceto por Regina que sorria da reação dos outros.

― Por que você quer saber, princesa? ― Tinker falou, sem graça.

― Porque minhas mães dormem peladas quando está quente.

― Ah, suas mães...entendi. ― ergueu uma sobrancelha para as culpadas ― Vocês duas já pensaram em trancar a porta do quarto?

― Mas assim, eu não vou poder entlar, tia. ― fez um bico.

― Ei, mocinha, só ouço a senhorita falar e a comida vai ficando no prato. ― repreendeu Emma.

― Aiiii meu dente! ― o garoto reclamou tocando de leve no dentinho. Todos se aproximaram para ver o que estava acontecendo.

― O dente dele está mole ― constatou Killian, após examinar ― Mais uns puxões e ele cai.

― Vou ficar sem meu dentinho? ― Henry tampou a boca com as duas mãozinhas. ― Não quero usar dentadura igual o vô Gold.

― Filho, você só vai trocar os dentes e... ― se interrompeu ao ver que a esposa não parava de rir ― Regina!

― O que? Vai dizer que não foi engraçado? ― deu de ombros ainda rindo ao se lembrar do sogro. A loira disfarçou um sorriso e se virou para o menino.

― Quando esse dente cair, outro vai nascer no lugar dele. ― voltou a explicar. ― Você quer que a mamãe tire?

― Mas vai doer, mãe. ― falou dengoso ― Não quero.

― Bebê, você pode ficar mexendo nele com a língua. ― Regina orientou o menino ― Quando menos esperar, seu dentinho vai cair.

― E então receberá a visita da Fada do dente. ― Tinker completou alegre.

Terminaram o café da manhã em meio a risos e histórias sobre a tal Fada do dente. Henry mal podia esperar para que seu primeiro dente caísse. Já imaginava a quantidade de doces que compraria com a fortuna que a fada lhe deixaria debaixo do travesseiro.

...

No caminho até a escola, as crianças foram cantando as músicas de alguns filmes da Disney, uma vez ou outra, as mães se arriscavam a acompanhar já que acabaram por aprender algumas canções de tanto assistiram aos desenhos.

Quando estacionaram em frente à escola, Lucille se remexia inquieta na cadeirinha, querendo sair do carro, mas para a impaciência da menina, antes teriam que deixar Henry no prédio do Primário.

― Lucille, não precisa correr. ― Emma chamou a atenção da filha, pois a esposa ainda ajudava Henry a descer do carro enquanto a garota pinoteava pelo gramado. ― Devagar, garota, a escola não vai sumir.

Logo deixaram Henry em sua sala. O menino se despediu rapidamente das mães e foi ao encontro dos coleguinhas, entusiasmado para contar as novidades, principalmente sobre o seu dentinho mole.

Então chegou a vez da pequena Lucille. A menina andava de mãos dadas com as mães e caminhava toda faceira com a mochila nas costas. Assim que chegaram ao prédio onde ficava o Maternal, que acolhe as crianças na faixa etária de dois a quatro anos, encontraram a professora na porta da sala de aula, recepcionando os alunos.

― Querida, preste atenção no que a mamãe vai falar... Quero que se comporte muito bem e nada de birras. ― recomendou Regina ao abraçar a filha, sentindo o coração apertar.

― Eu semple me comporto, mamãe. ― sorriu marota.

― Certo, mas se comporte mais ainda, Lucille. ― advertiu Emma, também abraçando a menina ― Obedeça a sua professora.

― Ahammm. ― falou mexendo o corpinho de um lado para o outro.

― Sua mãe e eu viremos te buscar no final da aula, está bem? ― a morena falou com a voz já embargada.

― Eu sei, mamãe. ― assentiu confiante. ― Depois vamos buscar meu maninho.

― Então, aproveite sua aula, querida. ― Swan beijou a testinha da menina. ― Até mais tarde.

― Tchau, mamães! ― enviou um beijo no ar para ambas.

― Até logo, meu anjo. ― a morena devolveu o gesto ― Nós te amamos.

Regina limpou algumas lagrimas, assistindo sua garotinha correr animada para dentro da sala. Emma também emocionada, abraçou a esposa, fazendo-a deitar a cabeça em seu ombro.

― Não se preocupe, vida. ― disse enxugando carinhosamente as lagrimas da esposa. ― Nossa molequinha vai ficar bem.

― Sim, ela vai. É só que... ― sua voz embargou novamente.

― Eu sei, meu amor, eu sei.

Era uma daquelas situações agridoces da vida, onde se tem uma sensação boa e ao mesmo tempo ruim. Boa porque é incrível ver seus pequenos crescendo, tendo novas experiências, e ruim, pois fica aquela pontinha de insegurança.

Olharam ao redor, observando mães e pais passando pelo mesmo que elas. Haviam mães angustiadas porque os filhos mal se despediram delas e correram sala adentro. E por outro lado, também tinham pais com lágrimas nos olhos porque sua criança chorava na hora de ir com a professora.

― Como foi com Henry? ― Regina perguntou ainda rouca pelo recente choro.

― Bem, digamos que se assemelhou aquele caso ali.

Emma indicou com a cabeça a cena de um garoto enroscado nas pernas da mãe, dando um verdadeiro escândalo para não ter que entrar na sala.

A loira contou mais alguns detalhes e brincou com a situação fazendo a esposa sorrir. Em outro momento, Regina teria ficado deprimida por ter perdido aquela fase da vida do filho, mas a terapia estava lhe ajudando aos poucos a lidar com suas questões e seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Me deixem saber o que acharam, ok?
Tentarei atualizar o mais rápido possível, pois não gosto de fazê-los esperar.
Beijos!!