Gemini escrita por Gabriel Yared, Anabell Dulac


Capítulo 4
Lucas - O Evento


Notas iniciais do capítulo

Geeente, isso tá grande porque eu quis assim. Espero que vocês gostem, e se vocês quiserem ouvir Scar Tissue, tá aqui o link https://www.youtube.com/watch?v=mzJj5-lubeM
Então, boa leitura!



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Acordo, mas não quero levantar. Não quero ver meu rosto, não quero ver ninguém. Ouço meu celular tocar, o pego e olho; é o Luiz. Deixo meu celular de lado e o deixo tocar. Ele me liga de novo e de novo, então atendo o celular na quarta ligação.

— Oi, Luiz — falo com uma voz cansada.

— Mano o que aconteceu? Por que você foi embora da roda de violão ontem sem se despedir? A gente ia agora de manhã encontrar com o pessoal pra decidir o que nós vamos fazer hoje à noite, lembra?

— Ah, eu esqueci! Foi mal. O que vai ter hoje à noite mesmo?

— Como assim vocêse esqueceu do evento? Você estava super-animado com o evento, e aí você me diz que esqueceu! Diz logo o que acontecendo, você tá muito estranho.

Lembro que ia rolar um evento de quatro dias seguidos em que várias bandas de rap que eu e Luiz gostamos vão tocar, mas já nem estou tão animado agora. Então explico o que houve com a Rayra e de como eu estava me sentindo diante daquilo. Ele me entende e me conforta. Animo-me mais um pouco e me sinto aliviado por ter falado com alguém o que eu estava sentindo. Decido que vou para o evento e digo ao Luiz que a gente se vê na casa dele às 17h, desligo o telefone e coloco Red Hot Chili Peppers para tocar e vou tomar um banho. Em seguida me arrumo e vou para baixo comer algo.

 Não tinha visto que eram 11h45 e minha mãe já está preparando o almoço. Sento-me numa cadeira e fico olhando-a cozinhar, mas ela não percebe minha presença e quando me vê, se assusta e eu rio um pouco.

— Que susto, Lucas! Não tinha visto aí, acordou só agora, foi?

— Sim. O que vamos ter hoje para o almoço?

— Frango com quiabo e arroz — diz ela sorrindo.

— Nossa, faz muito tempo que a senhora não faz frango com quiabo, mãe. Mal espero para comer — levanto-me e dou um beijo no rosto dela e a abraço. Arrumo a mesa para comermos.

Bom, hoje é domingo e meu pai desceria para comer assim que a mamãe o chamasse. O Guga... nem sei se está em casa. Se ele estiver, é bem provável que não desça. Mamãe chama o papai e o Guga para comer. Papai logo aparece, mas o Guga demora, então não esperamos por ele e comemos logo. A comida está uma delícia. Sinto-me um pouco mais feliz. Termino de comer, levo meu prato para a pia e subo para o meu quarto. Jogo-me na cama, coloco Scar Tissue para tocar e fecho meus olhos escutando a música com muita atenção e cantando junto. Essa música me deixa realmente calmo.

Pego meu celular e vejo que já vai dar uma da tarde, olho as mensagens. Vejo que me colocaram no grupo do evento e fico zoando com o pessoal no grupo, mesmo não conhecendo a todos. Então eles começam a tirar sarro da minha cara por causa do acontecido entre Rayra e mim. Não fico com raiva:até zoo junto com eles e zoamos com outras pessoas também, tudo muito tranquilo e favorável.

Troco de álbum e fico cantando junto com o Anthony Kiedis e batucando na minha coxa ao ritmo da música. Após algum tempo, percebo que estou gritando e não apenas cantando num volume no qual alguém normal canta e começo rir de mim mesmo. Volto para o meu celular e falo com o Cabeça.

Eu:         Hey mano, você vai pro evento?

Cabeça:             Claro bicho, tu vai né?

Eu:         Acho que vou, ainda não pedi pra minha mãe.

Cabeça: Ah sim, claro. Cara vai ser muito legal lá no evento, vou ficar muito louco kkkk

Eu:         Kkkk eita mano calma, não vai pegar pesado nas dorgas.

Cabeça: É mano, mas agora vou me ocupar com umas coisas, tchau.

Eu:         Tchau brother.

Volto para o grupo, olho algumas mensagens e depois de ver que não tem nada de útil a fazer por lá, fecho a conversa e procuro alguém mais pra perturbar. Mas não encontro ninguém online. O jeito é ficar sem fazer nada ou dormir. Fico olhando para o teto por um tempo; fico me revirando na cama morrendo de tédio. Olho pro meu celular e ainda são16h30. Vou tomar meu banho e me arrumo. Vou ao quarto dos meus pais, bato na porta e eles falam pra eu entrar, abro a porta devagar e entro em silêncio, e a fecho do mesmo jeito. Meus pais estão deitados na cama, meu pai lendo um livro e a minha mãe usando o celular. Eles olham pra mim, me esperando falar algo.

— Então, eu posso ir a um evento com o Luiz? — pergunto meio nervoso.

— Que horas começa? — pergunta meu pai com um olhar desconfiado.

— Começa às 19h e termina às 22h30 — na verdade terminaria às 1h da manhã.

— Não, Lucas. Sinto muito, mas você tem aula amanhã — diz minha mãe.

— Mas mãe...é só um dia! Por favor! É só uma vez que esse evento vai acontecer aqui! — revido me sentindo injustiçado.

— Lucas, não discuta com a sua mãe. Concordo com ela, e além do mais essa festa acaba muito tarde — fala meu pai com uma voz autoritária.

— Ah, pai!Por favor,me deixa ir — suplico.

— Não, Lucas. E o assunto está encerrado!

Minha vontade é de gritar com eles, mas sei que isso só vai piorar minha situação,então respiro fundo e falo:

— Tudo bem, pai. Sei que o senhor faz isso pro meu bem.

— Gosto de saber que você me compreende, filho.

— Mas eu posso pelo menos ir pra casa do Luiz? — ele me olha desconfiado — Já que não tenho nada pra fazer... — faço um draminha pra convencê-lo.

— Tudo bem, filho. Mas volte cedo, viu?

— Tá bom, obrigado. Tchau, pai. Tchau, mãe.

Eles me dão tchau e desço as escadas correndo. Estou meio puto por não poder ir ao evento, mas fazer o que né, pai é pai. Pego meu skate e vou para casa do Luiz, quando chego, toco a campainha e ele me atende. Nós nos cumprimentamos e entro na casa dele e me jogo no sofá.

— Cara, eu tô muito puto! — falo bufando.

— Por que, bicho?

— Meus pais não me deixaram ir pro evento.

— Caralho mano, eu não acredito! E agora?

— E agora que eu não vou, né, caceta.

Ficamos em silêncio, sentados no sofá. Eu não estou conseguindo aceitar que eu não vou para o evento que eu esperei tanto, eu quero quebrar tudo, tudo mesmo!

— Quer saber,brother? Se você não vai, eu não vou também — diz o Luiz num tom de voz confortante.

— Não cara, não precisa perder o evento por minha causa.

— Não, eu não vou. Vou ficar aqui com você, pelo menos hoje, né — diz ele rindo.

Sorrio e bato no ombro dele, e ele faz o mesmo. Ligamos a TV e ficamos assistindo coisas que não me interessam. Fico como um zumbi olhando para o Faustão.De repente, Luiz se vira para mim e pergunta:

— Vamo pro meu quarto jogar videogame?

— Porra, mano! Já é.

Levantamo-nos e seguimos para seu quarto, que costuma ser sempre um pouco bagunçado. Mas parece que dessa vez havia passado um furacão por ali. Não falo nada sobre a bagunça, apenas abro espaço para entrar e me sentar. Ficamos jogando por um tempo. Quando resolvo olhar para as horas, elas me surpreendem mostrando já ser sete da noite. Realmente não estou conseguindo lidar com o fato de que não vou para o evento, então ligo pra minha mãe. Ela demora pra atender, então desligo pra pensar direito no que vou fazer. Ligo novamente e ela me atende dessa vez.

— Alô? Filho?

— Oi, mãe... Então...eu queria saber se eu posso dormir aqui na casa do Luiz — ele me olha confuso — Hein, mãe?

— Ah, não sei filho. Você tem aula amanhã.

— Mas eu pego um uniforme do Luiz, não tem problema. Pego um pouco do material dele, também.

— Não tem problema mesmo?

— Não mãe, não se preocupa.

— Tá bom filho, manda um beijo pro Luiz, tchau.

— Tchau mãe.

Desligo a ligação e olho pro Luiz, ele está me olhando com uma cara de que não está entendo nada, então eu falo:

— Mamãe te mandou um beijo. Já posso te chamar de papai? — digo debochando, com um sorriso de orelha à orelha. Então nós dois rimos —Você já está pronto para o evento?

— Você mentiu pra sua mãe?

— Não, eu realmente vou dormir aqui e fazer tudo o que eu falei. Espero que você tenha um uniforme extra, papai.

Ele começa a rir e me abraça, rio junto com ele. Ao sair, apagamos as luzes do quarto e da casa e Luiz a tranca. Encontramos alguns amigos na parada e pegamos junto com eles o ônibus e ficamos bagunçando lá na traseira. Chegamos ao evento e eu estou bem ansioso. Nós pagamos nossos ingressos e entramos. Olho ao meu redor e vejo que tem muitas pessoas presentes eo Luiz está bem agitado e alegre. Andamos até achar um lugar bom para ficar. Vejo todos os meus amigos e outras pessoas conhecidas da escola, vejo umas rampas. Peço emprestado o skate do Paulo – já que deixei o meu na casa do Luiz – e me dirijo a elas. Converso com um pessoal que também está por lá. Tem um cara que é muito foda no skate e é bem legal também. Fico conversando com ele e acho o seu jeito de falar engraçado.

Então um grupo de rap sobe ao palco e vou até meu grupo de amigos, ficamos olhando eles se prepararem, tiramos fotos nossas e do pessoal no palco. Eles logo começam a cantar e toda a plateia canta com eles. Realmente estou muito feliz por estar aqui. Depois de mais dois grupos passarem pelo palco, fico com fome. Chamo o Luiz e então procuramos alguma coisa pra comer. Achamos, depois de muito zanzar por aí, uma lanchonete onde comemos salgado com refrigerante.

Eu e Luiz ficamos de bobeira lá no evento, só conversando. Daí o Cabeça aparece e junta-se a nós.

— E aí, caras! — ele chega pulando em cima de nós dois e ficamos rindo.

— E aí — eu e Luiz falamos.

— Engraçado com “e aí” significa muito tudo e pouco nada ao mesmo tempo... — diz o Cabeça e nós rimos muito. — Tão curtindo?

— Ah, se eu tô. Tá muito legal aqui, onde cê tava? — pergunto e percebo que ele tá meio chapado.

— Ahhh, cara, eu tava ali num... com uns amigos meus. Vem, quero apresentar eles pra vocês.

Eu e Luiz nos entreolhamos meio nervosos e o seguimos. Os amigos do Cabeça estão num lugar meio escondido e estão bebendo e fumando. Eu paro de andar no instante em que percebo isso, mas o Luiz me puxa com uma cara de “seja educado”. Chegamos lá e o Cabeça nos apresenta seus amigos.

— Oi, como se chamam?  — pergunta um cara que parece ser gente boa.

— Lucas — fala o Luiz apontando pra mim — e eu sou o Luiz.

— Prazer, eu me chamo Álefe — diz ele de um jeito amigável.

Cabeça nos apresenta mais alguns de seusque são todos bem legais e nos recebem amigavelmente, assim como Álefe. Percebo que Cabeça não está mais perto da gente, e sim num canto meio afastado, fumando.

— Como vocês conseguiram entrar com as bebidas e os cigarros? — pergunto para um amigo do Cabeça.

— Ah, é segredo — ele começa a rir como um louco.

Olho para o Luiz pra ver o que ele tava achando disso. Bem, ele está dando em cima de uma garota e parece que está gostando pra porra. Fico olhando o pessoal por ali. Eu quero muito sair daqui do meio deles, mas não quero acabar com a onda do Luiz. O Álefe chega comigo e me oferece um cigarro. Não aceito e me afasto um pouco. Olho pro Luiz de novo, e ele viu o que aconteceu. Ele se vira para a garota e pede o número dela e vamos embora dali.

Procuramos o nosso grupo de amigos, mas tem muito mais pessoas do que antes e as estas já estão bem agitadas com as músicas. Procuro por meus amigos e vejo quem eu menos espero ver: a Rayra.

Minha barriga se revira ao vê-la. Fico em dúvida se vou ou não falar com ela, então o Luiz me cutuca e aponta para os nossos amigos e seguimos até eles. Chegamos pulando em cima deles e começamos a bagunçar e cantar juntos. Passamos um bom tempo assim e resolvo voltar para as rampas, só que com o Luiz e revezamos o skate como sempre fazemos até que ficamos cansados e com sede. Vamos atrás de água e no caminho vejo Rayra novamente, só que beijando um cara. Sinto toda a minha alegria se esvaindo e Luiz não entende o porquê de eu ter parado de andar abruptamente. Quando ele percebe o que aconteceu, me empurra até um canto vazio.

— Cara, você tá bem?

— Acho que quero ir embora — respondo baixo, olhando pro nada.

— Não cara, não deixa isso desanimar você. Vamos aproveitar essa noite, talvez essa seja a única vez que você venha.

— Porra, cara! Como é que eu vou ficar aqui se tem um filho da puta beijando a garota que eu gosto?

— Não liga pra ela! Deixa ela se acabar com o cara! Aproveita o evento, ela não é a única coisa que importa.

— Eu vou tentar. Se eu não aguentar eu vou embora sozinho, se você quiser ficar.

— É isso aí, agora vamo beber água — responde ele num tom animado.

Bebemos água e ainda continuo desanimado, não consigo parar de pensar na Rayra com aquele cara. Então, penso nos amigos do Cabeça. Não consigo acreditar em mim mesmo: estou pensando em beber! Então paro de pensar nas consequências dos meus atos precipitados e vou em direção ao lugar escondido no qual eles se encontram e Luiz me segue. Chego lá e procuro o Álefe ou o Cabeça, mas só vejo o Álefe mesmo. Vou até ele.

— Oi, Álefe. Você tem qual tipo de bebida aí? — pergunto bem rápido.

— Ah, oi, Lucas. Eu tenho vodca, cachaça, rum, cerveja... Acho que só — responde ele sorrindo.

— Que porra é essa, Lucas? — pergunta o Luiz enquanto me dá m empurrão.

— Eu só vou conseguir aguentar ficar aqui desse jeito — respondo.

— E você Luiz? Vai querer algo? — pergunta Álefe.

— Não cara, valeu — responde ele mal-humorado — Lucas, você tem certeza do que cê tá fazendo?

— Tenho sim, não se preocupa, eu estou bem ciente.

Vou até o Álefe e pego uma cerveja da mão dele e bebo. Sinceramente, acho meio ruim e fraca, mas continuo bebendo até acabar a cerveja da garrafa. Peço pro Álefe me dar algo mais forte, ele me dá rum num copo. Bebo e é forte pra caralho. Pego mais rum cada vez que acabo de beber mais um copo. Logo, já estou meio chapado e vejo que Luiz também está bebendo, afinal, mas é só cerveja. Fico um pouco tonto e me sento no chão. Luiz senta do meu lado com uma garrafa de cerveja.

— Acho que estou bêbado — falo meio enrolado.

— Claro que você tá bêbado: você não sabe beber — ele dá um gole na cerveja. — Espera aí, vou pegar algo pra passar — ele se levanta e me deixa ali sozinho no chão.

Fico olhando todos ali ao meu redor; Álefe e seus amigos estão me olhando e rindo; A garota a qual o Luiz estava dando em cima está fumando; o Cabeça tá vomitando; e acho que também vou vomitar. Me sinto enjoado e muito tonto. O Luiz chega e me dá água, bebo um pouco e saio correndo pra um canto vazio e ponho cem litros de líquido nojento e fedido. Luiz bate na minha costa enquanto vomito. Quando acabo de vomitar, sinto vontade de ficar deitado no chão, mas não faço isso. Limpo minha boca com o braço, limpo minha boca por dentro e cuspo e bebo o resto da água. Luiz fala que vai lá com a garota a qual ele estava dando em cima. Sento-me no chão de novo e fico sozinho por um tempo ouvindo a música e fitando o chão. Uma garota senta ao meu lado.

— Oi — diz ela num tom animado. Ela é branca e tem cabelos ruivos e enrolados. Tem sardas pelo rosto e maçãs carnudas, ela usa uma saia azul meio curta e uma camisa branca. Usa também vários acessórios nos braços e pescoço e um sapato All Star preto com estrelas vermelhas e uma meia grande que chega perto de seus joelhos.

— Olá — respondo confuso.

— Como se chama?

— Lucas, e você?

— Eu me chamo Fênix, prazer Lucas — ela estende sua mão para eu apertar.

— Seu nome não é Fênix — digo, apertando sua mão.

— Ah, é que costumam me chamar de Fênix. Meu nome é Ametista.

— Os dois nomes são bem legais

— Então, teve seu primeiro porre? —pergunta ela, apontando pro meu vômito.

— Acho que sim — começo a rir. Ela também ri um pouco — então... Você gosta de rap?

— Ah, não. Só vim por causa da bebida e das drogas.

— Ah, tá. Você só chegou agora, né? Não tinha te visto mais cedo.

— Sim, eu estava em outra festa. Ela ainda tá rolando, mas ficou meio chato e o Álefe me ligou e eu vim pra cá.

— Conhece o Álefe há muito tempo? — pergunto curioso.

— Sim, faz uns seis anos, acho eu. E você?

— O conheci hoje. Ele parece um cara legal

— Sim. Ele é como um irmão pra mim — ela olha pra ele.

O Luiz chega perto de mim, olha desconfiado e senta à minha frente. Fênix olha pra ele e lhe lança um sorriso e depois olha pra mim.

— Luiz esse é a Fênix, Fênix esse é o Luiz — eles se cumprimentam.

— Cara, já é meia-noite e meia, já temos que ir.

— Ah, verdade. Fênix, tenho que ir, amanhã tenho aula.

— Tudo bem, Lucas. Quer me dar seu número?

— Ah, sim, claro. Anota aí — dou meu número pra ela e me despeço.

Eu e Luiz pegamos um táxi, já que os ônibus pararam de passar. Entramos na casa dele e vamos arrumar o quarto dele pra dormirmos. Deitamo-nos e desejamos boa noite um ao outro e eu adormeço rapidamente, pensando em tudo que tinha acontecido naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem! Divulguem a fic da forma que puderem!



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