Redenção escrita por AnneAngel


Capítulo 19
Uma Caneta Falsa No Escritório




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676950/chapter/19

 

Conflitos internos e externos são inerente do ser humano, eles vem para nos fortalecer e, as vezes, apenas para bagunçar ainda mais nossas vidas.

Sasuke P.O.V (Point Off View)

Caminhou a passos largos até a residência onde sua família estava alojada, era ruim. Ao se aproximar do lugar que não ficava longe de sua casa destruída, sua carranca ficara pior do que já aparentava. Não queria estar ali, mas seus passos eram largos e direcionados ao local.

Caramba, ele bem que queria muito poder ser um bom marido, pai e irmão. Porém, querer era uma coisa, colocar em prática era outra coisa totalmente distinta e ele não estava pronto para isso nem um pouquinho.

Ele torceu uma pequena careta com o que estava por vir e guardou a fotografia velha em suas vestes novamente. Tudo estava uma bagunça em sua vida, ele queria poder muitas coisas agora, pensar que sua relação fraternal com Itachi pudesse perdurar era apenas uma fantasia dentre todas as coisas que queria agora, como: Que sua vida pudesse se arrumar, que pudesse se sentir em paz por pelo menos trinta segundos, que seu irmão estivesse solto, que tudo pudesse se resolver da melhor forma possível. Mas tudo isso ainda parecia longe de acontecer, era quase infantilidade pensar que tudo acabaria bem no fim das contas (E como ele tava dando uma de infantil naquele momento).

Sabia perfeitamente o que seu irmão deveria estar enfrentando naquele instante. Afinal, ele mesmo já fora preso anos antes, e apesar de estar com raiva de seu aniki, agora estava com remorso: Queria ao menos ter olhado para seu irmão antes de sair daquela sala aos rompantes, mas sua raiva falou mais alto e agora provavelmente não veria Itachi assim tão cedo (Droga porque ele tinha que ser tão impulsivo? Agora seu irmão poderia estar pensando que ele não ligava, quando na verdade isso não era verdade).

Suspirou. Tinha que pensar no agora, tinha que colocar as coisas em ordem, fisicamente sentia que podia destruir o mundo inteiro, mas psicologicamente estava esgotado. Com sua cabeça estourando, seus estigmas bagunçados e sua capacidade de avaliação critica confusa ele fez o que sabia que teria que fazer: Descansar. Era disso que estava precisando.

Tinha que descansar para por as coisas em ordem em sua cabeça o mais breve possível. Sua mente tinha de estar clara quando fosse tomar suas decisões e decidir seus métodos de ação. E ele tinha que planejar muita coisa e tinha muito o que realizar...

Suspirou pesadamente, não havia muito o que fazer agora porque entrar na DIIA não parecia lhe oferecer muita vantagem para ajudar Itachi como Naruto ou Kakashi lhe insistiam em dizer, mas talvez sua falta de ideias se devesse e sua falta de repouso, o que fazia muito sentido. Por isso estava indo ao local onde pudesse fazer isso. Gostaria de ter mais opções de alojamento, mas sua cabeça pesava, seu corpo reclamava de cansaço e ele não queria ter de procurar um lugar para ficar, pelo menos não naquele dia. Assim, seguiu para o único lugar que sua mente lhe deu: A casa dos Haruno.

Sim, a casa de seu sogro e sogra. Ele não esperava encontra-los tão cedo e não desejava vê-los também, nem aquele dia e nem nos próximos, nem mesmo esperava residir no mesmo local que eles, mas sua convicção a respeito da represaria da vila contra os remanescentes Uchihas ainda era digna de cautela. Sua casa incendiada a poucos metros dali era a prova que ele precisava para lembrar-se de que não era tão bem-vindo assim naquele local. Ficar zanzando por Konoha procurando um lugar para dormir não era lá a melhor opção no momento.

Sua honra e orgulho diziam para ele enfrentar tudo e todos, passar por cima de qualquer um que tentasse lhe impedir de exercer seus direitos em sua vila de nascença, mas embora seu ego quisesse reagir de uma forma brusca, sua cabeça tinha que se manter racional. Ele até podia declarar para todos que iria desmantelar aquela vila inteira como havia tentado uma vez, podia deixar seu ódio fluir por suas veias e transformar tudo em um grande caos. No entanto, por mais forte que fosse esse seu desejo de fazer alguma merda gigantesca e mandar todos daquela vila para a casa do caralho agora, sabia que não podia agir dessa maneira...

O Sasuke de antes faria isso, o moleque que ele era antes. E agora bem que queria concretizar muito do que prometera quando mais jovem, pois na nevoa vermelha da fúria ele não conseguia pensar tão claramente, mas atualmente era adulto e tinha consciência que isso só traria ruina. Agir irracionalmente seria mais uma mancada que ele teria que acrescentar em sua lista d mancadas. Além do que, agir de forma impensada e descuidada deturparia ainda mais o que restara do nome Uchiha. Então, não! Ele tinha que pensar em alguma coisa coerente e concisa como o adulto que era.

O mínimo que esperavam dele era que fosse responsável. E com Itachi na cadeia ele era a única opção de salvação do irmão, ninguém tentaria tirar seu irmão daquele lugar mais do que ele, por isso tinha que manter a cabeça fria.

Era uma merda aquilo que estava passando, por um lado queria fugir de toda aquela confusão e ir para bem longe de tudo e todos, mas sentia-se cada vez mais atolado naquela trama do destino. Sua cabeça pulsava, as pessoas na rua andavam para cima e para baixo passando por ele: O povo de Konha lhe irritava apenas por exercer seu livre direito de ir e vir, enquanto seu irmão estava na prisão (E ele confuso com problemas emocionais sem fazer nada útil para tira-lo de lá).

‘’Ghrrrrr’’ Não conseguiu conter o pequeno rosnado de frustração.

O ir e vir dos civis lhe atordoavam de tamanha forma que seus passos se apressaram por entre a multidão, mesmo sabendo seu destino iminente. Havia um punhado de ninjas aqui e ali também, mas só de vê-los Sasuke se enojava. A geração ninja daqueles novos tempos era de dar vergonha a todos que deram suas vidas para manter aquele estado de Paz (Claro que nem todos concordavam com sua opinião, mas para o Uchiha não se faziam mais ninjas como os de antigamente. Era tudo muito fácil, muito sem esforço, muito sem garra ou sacrifícios... Resumindo: Era tudo MUITO diferente de antes).

Isso o deixava exasperado. Era para isso que todas aquelas pessoas se sacrificaram no passado? Era pra isso tanto treinamento, tanto suor, tanto afinco, tantas lutas?  Tantas mortes? Foi pra isso que seu irmão assassinou seu clã inteiro, sua família inteira?

Ao seu redor tudo parecia calmo e em paz, pelo menos na medida do possível, não havia mais guerras entre as vilas ou nações ninjas, os países estavam agindo em concordância uns com os outros, os Daimyōs colaboravam juntamente de forma dinâmica para o bem das nações, além da parceria e promessa de lealdade entre os Kages. Tudo caminhava muito bem para todos, com exceção a Sasuke: Não conseguia superar o que ocorreu antigamente. Ele parecia ser o único a ainda carregar as cicatrizes que um passado de lutas, obscuridades e desavenças o deixou (E se alguém estivesse passando pelo mesmo, embora ele duvidasse bastante, não havia encontrado ou se deparado com essa pessoa ainda).

Bufou quando notou a casa a poucos passos, queria poder sair correndo na direção contrária, mas isso era idiotice, ele já estava ali agora iria até o fim.  Pôs-se frente à porta com um pouco de desgosto, não apreciava depender da boa vontade dos outros, mas ali estava ele: Frente a frente à porta dos Haruno.

Suspirou tentando retomar seu olhar clinico e apático, não queria deixar transparecer nada. Mas o que? Ele deveria bater ou só entrar sem se anunciar? Ele era da família ou só uma visita? Ah, que confusão estava sua cabeça agora!

Ao menos, antes que pudesse pensar em como agir a porta abriu, como se soubessem que ele estava ali, mas isso era esperar de mais, claro! Tudo uma mera coincidência. Sua filha parecia quase mais do que surpresa ao vê-lo ali. No entanto, ele não estava com tanta paciência assim. Sua cabeça latejando com toda a situação que estava vivenciando...

‘’Papai?’’ Ela parecia confusa em vê-lo ali, e explicar todo o seu dilema para Sarada parecia bobeira agora, ela não poderia lhe auxiliar em nada de qualquer forma. ‘’Você esta em casa?!’’ Ela parecia estar tentando convencer a si mesma. De repente o semblante da menina encheu-se de felicidade. ‘’Mãe, mãe! O PAPAI ESTA EM CASA, Finalmente!’’

Sasuke torceu uma grande careta com a frase. Não, ele tinha certeza mais do que absoluta que aquela não era e nem seria sua casa. Estava ali por mera causalidade: Sua casa pegou fogo ele não tinha pra onde ir, e ponto. O mais breve possível sairia daquele lugar, descansaria e logo partiria, como sempre fizera desde que montou uma família.

Ele torceu o rosto mais uma vez. Não era como se ele não gostasse de ter uma família, mas era diferente para ele. Talvez Sakura sentisse-se confortável em sua casa de infância. Talvez Sarada sentisse-se a vontade com uma família ao seu redor. Mas ele com certeza não se encaixava nesse quadro! Tudo muito lindo tudo muito perfeito, no entanto ele não se adequava aquele tipo de convivência, não mesmo! Não novamente.

Sakura apareceu próximo à porta, fazendo com que ele entrasse de uma vez. Ela também parecia surpresa com sua presença ali, mas mantinha sua expressão de forma mais branda.

‘’Preciso descansar um pouco’’ Murmurou, como para explicar o motivo de sua vinda. Era subintendido que ele logo partiria, mas isso não abalou Sarada que ainda parecia reluzente com sua presença (Ele tinha conversado brevemente com ela sobre seu interrogatório ao tio e no final não a deixara de castigo porque entendia oque ela estava pasando, mas ainda sim foi severo e austero em sua bronca: Mas agora nada disso fazia mais sentido para ela, afinal a menina nem parecia sua reprimenda anterior. Estava apenas feliz por tê-lo por perto mais uma vez e isso transbordava em sua face).

O lugar parecia confortável e acolhedor, mas não se sentia muito a vontade ali, quando pegou-se pensando como escaparia de uma situação como aquela Mebuki apareceu, vindo da cozinha de onde vinha um cheiro maravilhoso também. Era tudo muito familiar e isso o deixava incomodado.

‘’Sasuke!’’ Exclamou sua sogra, ela parecia pasma em vê-lo. ‘’Quanto tempo não te vejo, com tudo o que esta acontecendo você deve estar muito atarefado.’’ Ela não citou sua briga publica com Naruto, ela não mencionou Itachi, ela nem tocou na sua intempestiva busca aos responsáveis pelo incêndio em sua casa, nem ao menos tocou no assunto DIIA e isso era ótimo e hospitaleiro, ela nem parecia com raiva dele por ser um mal marido e pai. ‘’É bom você estar por aqui, sabe, Sarada nem tocou na comida! Ela está inquieta com esse teste Jounin e outros problemas que nem nos dá ouvidos. Mas eu falei pra ela: Você tem que comer, se não[...]’’ Ela continuou dedurando a enfadonha falta de apetite de Sarada. ‘’Então você pode falar para ela que comer bem é importante para um ninja e que[...]’’

‘’Vó-SHANNARO!! Meu pai tem coisas mais importantes que isso pra resolver...’’

Sasuke mal podia acreditar, com tudo o que ele estava vivendo, não esperava recepção assim, qualquer um lhe trataria com alguma inimizade agora, mas as vezes ele não sabia se devia agradecer ou odiar o fato dos pais de Sakura serem tão diferentes do restante da Vila. Ele bufou, esperando que aquela conversa não perdurasse por mais tempo.

Quando achou que não podia ficar mais bizarro outra pessoa saiu da cozinha para falar com ele: ‘’Olá genrinho! Quanto tempo, acho que não te vejo desde que Sarada queimou o café da manhã, lembra daquele dia? Foi tudo tão[...] e depois você[...]’’ murmurou Kizashi Haruno, recebendo-o.

 Sasuke suspirou, aquilo estava só para começar. Continuou não dando ouvidos a seus sogros, procurando uma brecha para escapar daquela situação.

‘’Papai, precisamos conversa!’’ Disse-lhe Sarada seriamente, mas baixo, para ninguém além dele escuta-la. ‘’A sós de preferencia!’’ murmurou mais baixo olhando para seus avós.

Ele sabia perfeitamente que ela ainda devia estar cheia de duvidas sobre oque estava acontecendo e sobre seu irmão, já que ele não lhe explicou nada e nem pretendia: ‘’Talvez uma outra hora, Sarada’’ (Graças a Kami Sakura percebeu seu desconforto e tirou-o dali. Ele estava ali para descansar afinal, e não para lorotas).

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Era hora do almoço e Sasuke havia descansado desde manha bem cedo, agora perguntava-se apenas porque não tinha ido embora o quanto antes...

Sentou-se a mesa sentindo-se incomodado, havia descansado por tempo suficiente e estava prestes a ir embora desapercebido quando Sakura aconselhou-o a almoçar antes de partir. Não era como se nunca tivesse realmente almoçado com os Haruno antes, ou com Sakura e sua filha, porém com tudo o que estava acontecendo parecia surreal estar naquele ambiente familiar.

Quer dizer, sempre fora estranho estar em família novamente, mas agora parecia ainda mais anormal...

Os hashis soavam desacomodados em sua mão e ele quase podia agradecer por tudo aquilo já estar acabando. Logo aquele momento agoniante acabaria, só faltava poucos minutos até que seu prato estivesse vazio, assim como o de todos os outros.

Sakura e Mebuki falavam algo, mas não prestou muita atenção. Kizashi murmurava uma ou duas coisas aleatórias vez ou outra e Sarada ainda queria ter uma conversa a sós com ele, mas ignorava o lugar e a todos de forma quase grosseira. Sua cabeça não parava de girar em torno dos problemas que tinha, no seu cargo na DIIA e Itachi.

Caramba, ainda estava tão agoniado com seu irmão preso. Ele conhecia muito bem as celas de Konoha, principalmente as celas para prisioneiros de alta periculosidade, afinal anos e anos atrás ele havia estado em uma delas. Não! Tinha que parar de pensar nisso. Tinha que esquecer Itachi por pelo menos três minutos.

Mas como se ele era a fonte de seus atuais problemas? (Se não fosse por aquela cabana, aqueles bilhetes, aquele Otsutsuki, a DIIA e Itachi, sua vida estaria a mesmice de sempre: Em qualquer lugar do mundo, longe de Konoha e longe de qualquer lugar com vínculos de família que lhe lembrassem oque tinha antes do massacre, longe das arapucas de Konoha e dos dramas de seu Aniki).

Tentou desviar a atenção para outra coisa, a convivência repentina com sua família não parecia estar colaborando para sua mente agitada: Pois tudo aquilo lembrava-o da sua família. A família que tinha antes de montar a sua própria. Aquela que seu irmão fez questão de assassinar por causa da porra de Konoha. O mesmo irmão que ele tanto amava e continuava amando por algum motivo estupido! O mesmo irmão ao qual se martirizava agora por não ter impedido a prisão naquela madrugada, o mesmo irmão para o qual estava preocupado (Caramba, amar e odiar a mesma pessoa era uma coisa muito louca. E ele sabia perfeitamente disso porque era assim que se sentia com relação a seu irmão).

Era tudo uma grande loucura!

Comeu o mais rápido que pode, tentando abreviar aqueles momentos esquisitos. Sabia perfeitamente que momentos assim eram necessários, mas há muitos anos não sentia-se realmente feliz e aconchegado com ambientes familiares. Devia metade disso a Itachi e a outra metade a Konoha (Pensar em seu irmão mais velho estava agoniando-o mais que qualquer coisa agora, então tentou afastar o pensamento. Era tudo conflitante demais...)

Ao longe ouviu uma voz soar lhe agoniando mais: ‘’Sakuraaa, testuda! Com todas as tarefas do dia-a-dia não te vejo faz tempo! A loja de flores está uma correria só! Tantos pedidos[...]’’ Disse alguém da janela.

‘’Ino, porquinha! Como vai?’’ Disse Sakura se aproximando, ela e Mebuki já retiravam as coisas da mesa. ‘’Esse é o Inojin? Como cresceu! Essas crianças crescem tão rápido!’’

‘’Pois é, parece que foi ontem que eu[...]’’ Continuou a loira.

O Uchiha levantou-se da mesa já não muito satisfeito com toda aquela bizarrice de convivência. Seguiu a passos largos para o andar de cima.

‘’Eu não sabia que Sasuke estava aí! Como vocês vão? Fiquei preocupada quando soube de[...]’’ 

Ele não ouviu o resto, quando deu por si já estava no andar de cima, vasculhando seus papeis, pegando armas e escondendo avidamente em suas roupas. Agora que estava mais descansado já estava na hora de encontrar Kakashi e a maldita DIIA.

‘’Pai! Está com tempo? Queria falar contigo!’’

Ele passou a mão no rosto tentando conter sua frustração: Ele amava sua filha, mas não queria escutar sua voz agora. ‘’Tenho muito oque fazer Sarada, talvez mais tarde!’’ Ele já esticava os dedos para tocar a testa de sua filha quando lembrou que esse era um gesto de Itachi, ao qual estava na prisão agora e fazia parte de toda aquela loucura, assim não completou a ação, era SURREAL demais (Nossa, ele tinha que sair dessa maluquice o quanto antes! Iria enlouquecer nesse ritmo)...

‘’Mas eu preciso de você Otou-san! Eu quero entender o que esta acontecendo! Tudo esta uma bagunça e eu não-‘’

‘’Eu te entendo’’ E como ele entendia! ‘’As coisas estão confusas, mas quanto antes eu agir quanto antes às coisas voltaram à normalidade’’.

‘’Tá, mas eu quero que me explique essa história sobre o Itachi bem direitinho, que loucura é essa? Como foi acontecer? Por que? Não faz sentido, e como você pode trata-lo tão bem depois de tudo...’’

‘’Agora não vai dar! Uma outra hora Sarada!’’

‘’MAS PAPAI!’’

‘’Sarada, escute seu pai SHANNARO !’’ Disse Sakura incisiva, aparecendo sorrateira no cômodo. A garota não discutiu mais, pois quando sua esposa usava aquela voz não havia mais conversa. Apenas saiu a passos largos de uma vez, emburrada e se fazendo de incompreendida (Quando foi mesmo que sua mulher ganhou mais autoridade que ele? Ah, claro, naqueles tempos em que ele passou bem longe da família).

Suspirou e Sakura lhe lançou um olhar apreensiva; ‘’Estou preocupada com você. Oque tá havendo? Da pra ver que não está sabendo lidar com tudo isso. Deixe-me te ajudar!’’

Ele resolveu ignorar o cuidado por hora. ‘’Encontrou algo interessante com aqueles três indivíduos que voltaram como o Itachi?’’ Perguntou secamente, sempre fora ríspido.

A rosada cruzou os braços, sua expressão sisuda por ele ignorar seu zelo para com ele, ao menos ela não insistiu com aquilo: ‘’Não. Estamos fazendo o possível, mas a única coisa que parece fazer sentido é que não é Edo Tensei, nem algo parecido. Só que os mortos não podem simplesmente levantar de seus túmulos e sai por aí como se nada tivesse acontecido. É com se eles nunca tivessem realmente morrido! É muita loucura! É um tipo de jutsu ou ciência muito avançada!’’

‘’Esses Otsutsukis sabem mesmo como bagunçar o mundo!’’ Murmurou Sasuke, quebrando a tensão.

‘’Acha mesmo que eles são os responsáveis por isso?’’

‘’Você e sua equipe médica ainda tem alguma duvida, Sakura?’’

‘’Se esse é o plano deles, tudo bem. Mas qual o objetivo?’’

O Objetivo? Parecia bem claro na mente de Sasuke! E na melhor das hipóteses, seria deixa-lo louco! Ele ponderou. Além de deixa-lo louco, havia outra coisa que os Otsutsukis queriam dele ‘’Quando encontrei Itachi, Sarada, Boruto mais uma amiga deles, estavam sendo atacados por um remanescente do clã Otsutsuki’’ Murmurou para sua esposa.

‘’Sarada me contou!’’

‘’Ela lhe contou apenas o que sabe, apenas o que ela e os amigos tolos dela viram!’’

Sakura suspirou. ‘’Ela disse que vocês sumiram, por um bom tempo! Vocês estavam em outra dimensão, suponho!’’ Ela mordeu o lábio inferior, tentando não pressiona-lo muito. ‘’O que aconteceu lá?’’

Suspirou novamente, tentando reprimir as lembranças. Não gostava de lembrar daquilo, Sarada estava em perigo, ele não sabia o que estava acontecendo e Itachi estava inesperadamente vivo. Depois fora pego, dopado e sei lá mais o que! Podia ter morrido! Podia ter perdido Sarada ou seu irmão... Podia ter acontecido inúmeras coisas distintas! E nenhuma parecia coisa boa. Como havia ficado tão vulnerável? Isso fazia sua mente girar, afinal, ele era alguém considerado forte. Como fora pego com tanta facilidade?

Ele ponderou. Estava vivo porque aqueles Otsutsukis queriam apenas ‘conversar’, ou ludibria-lo...

Ainda sim, lembrando de todo o ocorrido, aquela conversa com aqueles seres brancos fora esquisita: Hiksimi e Hansen Otsutsuki, ele não esqueceria deles e nem daqueles bilhetes que lhe enviaram!

Os planos daquelas coisas continuava vil: Trouxeram seu aniki de volta apenas para que Sasuke ajudasse-os a refazer o fruto Shinju para eles obterem mais poder. Seu irmão era apenas um objeto de barganha para eles, estava ali apenas para que Sasuke fosse ludibriado e induzido a fazer o que eles queriam...

‘’Querem que eu passe para o lado deles em troca da vida de meu irmão!’’ Murmurou sombrio. Já pegando sua capa, tudo o que precisava já estava em mãos, estava pronto para sair.

Sakura parecia atônita com a informação, sua expressão mudando para uma aflita e surpresa em poucos segundos. ‘’Como é?’’ Disse espantada. ‘’Isso não é possível, eles deviam saber que você nunca-‘’

‘’Eles tem a tola intenção de me influenciar a seu favor.’’

‘’Mas isso é impossível, eles não tentari-‘’ Disse agitada.

‘’Tenho que ir agora!’’ Desdenhou da conversa, tentou passar pela esposa, mas Sakura parou-lhe, observando-o seriamente. Ela não o deixaria sair assim...

‘’Você já falou sobre isso com o-‘’

‘’Se você vai mencionar o Dobe, pode parar por aí.’’ Disse-lhe Sasuke furioso. ‘’Além do mais, não seria nenhuma novidade. Sempre quando aquelas coisas aparecem é para a mesma finalidade: Recriar o fruto Shinju para obter um poderoso Chakra. A mesma merda de sempre, eles nem se dão ao trabalho de mudar a ladainha!’’

‘’Mas isso não significa que você não deve falar com Naruto sobre oque está acontecendo-‘’

‘’Naruto sabe perfeitamente que eles estão por aí e com a mesma finalidade de sempre. E eu vou pega-los como sempre. Vou esclarecer essa loucura e tudo vai voltar ao normal!’’ Disse, seu tom mudado gradativamente. ‘’Eu estou fazendo o meu trabalho e logo vou descobrir como vence-los e acabar com toda essa maluquice’’.

‘’E DEPOIS O QUE? As coisas não são tão simples assim! Você não pode levar isso tudo de animo leve, tem que contar conosco e não lidar com tudo sozinho SHANNARO! Dá para ver que você está se desgastando emocionalmente com tudo isso!’’

‘’Isso é algo pertinente só a mim! Como eu lido com as coisas é problema meu. Não é como se não soubesse lidar com meus sentimentos’’ Murmurou ‘’Depois que eu acabar com isso voltaremos a nossa vida de sempre! Como deveria ser Sakura!’’ Ele já estava se aborrecendo com aquela conversa.

‘’A mesma vida de sempre? Será que, depois de todo esse tempo, você não aprendeu que deve contar conosco!? Sasuke, Naruto e eu, até mesmo o Kakashi, trabalhamos sempre juntos para resolver os problemas, você também fez parte do time! SHANNARO!’’

‘’Ah, isso também é a mesma ladainha de sempre! Cada um lida com seus problemas como quiser. Não venha me dar sermões-‘’ Ele foi interrompido.

‘’NÃO É SERMÃO! Eu me preocupo com você, SHANNARO!!’’ As veias da testa dela estavam pulsando, ela parecia raivosa e chateada ao mesmo tempo, mas era difícil definir o que predominava. ‘’Você não pode distorcer isso e fazer parecer que eu apenas te repreendo, que faço apenas discursos moralizadores para te depreciar, quando não é verdade!’’ Agora ela parecia mais chateada do que furiosa. ‘’Não importa oque você faça. E olha que você já fez e ainda faz muitas cagadas... Mas eu só quero o seu bem e o bem da nossa família também. Eu estou vendo que você está mal e não pense em mentir ainda mais para mim!’’.

Ele abaixou a cabeça. ‘’sou grato pela sua genuína preocupação. Desculpe-me se não retribuo da forma correta, mas Sakura, conversaremos com mais calma uma outra hora!’’ Mentira, ele sabia perfeitamente que essa ‘Outra hora’ nunca aconteceria (Pensando bem, ele era até parecido com Itachi nesse sentido)...

 Mas reflexões eram para outrora, agora tinha que sair dali antes que sua sanidade fosse para os ares. Não deu a Sakura uma oportunidade de rebatê-lo e nenhuma chance de resposta, embora ambos soubessem que aquela conversa nunca aconteceria. Apenas saiu rapidamente pela janela mais próxima, sem se despedir, deixando sua mulher aturdida, preocupada e particularmente emotiva para trás.

Sabia que devia muito aquela mulher, devia respostas, carinho e atenção, porém seu exterior era quase tão rígido quanto seu orgulho: Ele sabia que tinha um compromisso com ela, com sua filha, com Naruto e também com Kakashi, mas enquanto sua cabeça estivesse bagunçada e suas feridas interiores ainda estivessem abertas, nunca conseguiria manter sua vida estável, tanto no campo emocional quanto no campo social: Apenas quando conseguisse curar suas feridas do passado poderia realmente refazer sua vida.

Assim Sasuke partiu, sem saber quando voltaria para o seio de sua família novamente, tentando arrumar alguma forma de equilibrar seus problemas.

•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•

Sarada P.O.V (Point Off View)

Saiu de casa antes de ouvir qualquer conversa de seus pais. Talvez se tivesse ficado obtivesse alguma nova informação às escondidas, no entanto sabia como eram seus pais, se eles descobrissem sua presença teria mais problemas. Além disso, ela precisava se distanciar um pouco, tudo aquilo estava deixando-a insana.

Seguiu pelas ruas de Konoha sem lugar aparente para ir. Tentava desviar de lugares cheios demais e com muito movimento: Desde que seu titio querido— ironizava- aparecera todos a olhavam estranhamente, como se tivesse algum problema em ser uma Uchiha.

E qual problema poderia haver? Ela era uma boa menina! Nunca havia feito nada de ruim para ninguém! Seu clã era considerado um Clã nobre de Konoha – Até seu titio chacina-los—. Embora soubesse que houvesse divergências entre os clãs no passado, os Uchihas ainda faziam parte do sistema e trabalhavam duro para proteção daquele lugar como qualquer outro clã ou outros ninjas, não é mesmo?!

Então POR QUE DIABOS ELES PARECIAM ODIA-LA? Só porque havia um louco em sua família que decidiu praticar genocídio por poder? Seu tio era um doido! Okay, e o que isso tinha haver com ela?

Sarada suspirou, tudo parecia confuso demais em sua cabeça: Aquela coisa de massacre e de Itachi estava acabando com ela.

Olhou para a paisagem ao redor e tudo parecia caminhar com normalidade na vila, todos estavam vivendo e fazendo suas atividades rotineiras, todos tinham uma vida normal e estabilizada. Menos ela!

Sua vida era uma bagunça: Seus pais eram super ausentes na sua criação, seu passado era cheio de buracos, ela nem conhecia metade de sua historia. Até poucos anos atrás achava que era adotada!

Seus pais pareciam ter mais problemas e trabalho do que tempo disponível para ela, sempre fora assim desde que nasceu, o que levava ela a pensar: Por que decidiram então formar uma família?

A ignorância era maçante quando não se sabe as respostas para seus problemas! E era assim que ela se sentia, perdida em uma avalanche de coisas incompreendidas. Sua vida não podia ser mais simples e obvia? Tinha mesmo que ser tão complexa? Bufou emburrada, não entendia mais nada! Sua cabeça pulsava de dor! Tinha que relaxar...

Quem dera Chouchou estivesse por perto, mas não se reaproximara dela durante toda aquela confusão, os pais da menina estavam mantendo-a fincada longe de Sarada por causa do tal Itachi e seu parentesco com ela. Mas mesmo assim a amiga ligava para ela todos os dias para saber com Sarada estava e até descontraia-a um pouco com suas afirmações bobas e sem nexo. Era para isso que as amigas serviam, né?! A Uchiha sabia que em breve voltariam a se encontrar, pois os pais de Chouchou não poderiam impedi-la de vê-la por muito tempo. Afinal, elas já eram Chunnins e eram responsáveis pela própria vida...

Quando toda aquela maluquice passasse sua vida voltaria a ser minimamente normal, como sempre. Esperava ao menos!

Olhou de soslaio as pessoas que passavam, ninguém a olhava feio —Não dessa vez- e isso era reconfortante. Havia pessoas para todos os cantos e o burburinho da falação de cada um era normal, mas às vezes ela pensava que eles estavam falando dela, e isso não era bom (Nossa, ia ficar paranoica desse jeito).

Acalmou-se, era improvável que estivessem falando dela, não é? Por que perderiam tempo falando dela? Tinha uma explicação: Desde que Itachi aparecera as coisas tinham ficado estranhas em como as pessoas olhavam sua família! Era estranho, como se julgassem-nos por erros que nem cometeram!

Oras, foi Itachi Uchiha que chacinou o Clã Uchiha, que traiu a vila e virou Nukenin, não ela! Ponderou, sabia que seu pai fizera alguma besteira no passado, haviam citado que ele também fora um Nukenin no passado, mas Sarada sabia e tinha certeza mais que absoluta que seu pai não era ruim nem mal, nem nada disso: Ele podia ser meio seco às vezes —Tá, na maioria das vezes- Mas isso não mudava as coisas porque ela sabia que ele era uma boa pessoa, ele era seu pai!

Seu pai não seria capaz de ser mau: Não como um nukenin tinha que ser. Assim Sarada pensava que provavelmente foi aquele tal Itachi que influenciou seu pai a fazer besteiras no passado e tomar um mal caminho, fossem elas quais fossem!

Seu pai era seu pai e o admirava, se ele fez merda a culpa devia ser daquele Itachi, assim que ela pensava!

Suspirou novamente. O que fazer agora? Tudo parecia um mistério solucionável! Não sabia nem o que pensar direito tamanha a confusão.

Ao longe viu a figura de Boruto: Isso fez com que ela se desprendesse de seus pensamentos negativos de forma momentânea. Haviam se aproximado bastante nas ultimas semanas e, embora vivessem brigando, ela o tinha como grande amigo, afinal quem não vive dando cascudos nos amigos de vez em quando, não é?

Ela meditou, deveria se aproximar? Boruto e ela eram diferentes, mas pensando bem ambos eram negligenciados pelos pais, eram solitários e confusos igualmente.

O garoto parecia distraído e distante da realidade. Jogado em um banco afastado de todos, parecendo triste e pensativo. Quando a imagem de Naruto, o Hokage, apareceu em vários telões de prédios próximos ela resolveu se aproximar.

Talvez fosse bom eles se unirem para quebrar o tedio e a solidão. Ela não tinha seus pais por perto, ele também não, ela não tinha Chouchou por perto e ele não tinha nem Inojin nem Chikadai também, então talvez valesse a pena uma conversa!

Aproximou-se do menino devagar. Mas quando chegou bem perto ele nem notou sua presença. Parecia perdido em pensamentos: Aquele banco de praça ao qual ele estava jogado fazia ele parecer ainda mais miserável. Ela pigarreou, chamando-lhe a atenção só que ele a olhou com cara de poucos amigos.

Como começar aquela conversa, não seria muito bom iniciar com brigas: ‘’Hun, então... Como vai?’’ Começou desconfortavelmente, sem saber como começar uma conversa razoável, mas ele nem se deu ao trabalho de responde-la, apenas continuou lá com uma expressão tristonha, quase vazia. ‘’Qual o seu problema, hein Boruto?!’’ Ela cutucou-o, mas ele continuou sem falar nada, apenas observava-a. ‘’Ei dobe, eu estou falando com você! Terra chamando Boruto, Terra chamando Boruto!’’

‘’Eu sei que esta falando comigo, não sou surdo cara de salada!’’

‘’Então porque não responde, quer me fazer de Idiota SHANNARO!!’’ Ela queria dar um cascudo nele naquele exato instante...

‘’Não, só não estou no clima, beleza!’’ Ele foi tão neutro e tão sem emoção em falar isso que ela até perdeu a vontade de soca-lo, sua raiva dando lugar a preocupação.

‘’Qual o seu problema, dobe?’’ Perguntou demonstrando muito mais preocupação e empatia do que queria. Ele olhou-a seriamente.

Suspirando ele desabafou: ‘’Às vezes você tem a sensação de que tudo esta virado de cabeça para baixo e que nada mais faz sentido?’’

‘’Claro, agora então. Minha vida tá uma loucura!’’ E como ela sabia pelo oque ele passava! Por isso era tão reconfortante falar com o loiro.

‘’Sempre senti que meu pai era distante! Sempre soube que ele tinha muito trabalho e não muito tempo para a família, por isso muitas vezes o achei idiota por dar valor ao trabalho estupido que tem e se esquecer da família! Mas agora eu estou me sentido perdido. Sabe quando seus princípios caiem por terra?’’

‘’Claro’’ Ela concordou, foi assim que ela se sentiu quando soube que seu titio querido era um assassino a sangue frio...

Boruto continuou. ‘’Então, eu achava meu pai um idiota às vezes, eu achava ele um cara frio por ter uma família e ser tão distante, achava idiotice trabalhar tanto por uma vila e achar que cada um desse lugar imbecil também faz parte da família, me enraivecia pensar no quanto ele se dedica a esse lugar e essas pessoas, pensava que ele não precisava trabalhar tanto e se sacrificar tanto por uma Konoha. Ele sempre fica naquela torre estupida trabalhando com besteiras, bem era isso oque eu pensava, mas agora...’’

‘’Agora...’’ Ela o incitou a continuar. ‘’O que esta acontecendo Boruto? Por que esta assim?’’

Ele a olhou sério, sério de mais para um garoto: ‘’Você sabe que às vezes eu faço umas brincadeiras e sacaneio meu pai, não é?’’

‘’Claro, você é um dobe quando quer ser!’’ Ela brincou para tentar descontrair, mas ele permaneceu muito sério. ‘’Ai Boruto, não faz esse suspense, não! O QUE OUVE? PORQUE VOCE ESTA ASSIM?’’

O loirinho olhou para os dois lados, verificando se não tinha ninguém por perto. Mas não tinha, a pracinha era afastada e estava vazia no momento. ‘’Eu coloquei uma caneta falsa no escritório do meu pai!’’

Olhou confusa. ‘’E daí?’’

‘’E daí que tinha uma câmera com um gravador acoplado nela!’’

‘’Pra que?’’

‘’Para espiar ele e depois eu ter algo para jogar na cara dele quando ele viesse me dar bronca. Pra quando ele viesse falar o quanto de trabalho ele tem, eu pudesse esfregar na cara dele que ele troca a família por um punhado de papeis e ninjas idiotas, [Da]TTEBASSA!’’

‘’Tá, mas o que que tem?’’

O de olhos azuis olhou-a intensamente: ‘’bem, tem que eu gravei exatamente TUDO oque aconteceu naquela sala nos últimos dias!’’

‘’E o que de tão sério pode ter acontecido lá nesses últimos dias? Não estou te entendendo garoto!’’

‘’Sarada, me escuta bem!’’ Falou com ela como se fosse uma imbecil. ‘’Agora percebo que meu pai trata de assuntos bem sérios às vezes e...’’ Ele parou tentando encontrar as palavras. ‘’Bem, ontem seu pai, meu pai, Kakashi-san e o Itachi estavam lá debatendo algo muito sério. Agora eu sei o rolo em que seu tio tá envolvido e isso é simplesmente inacreditável, muito loucura mesmo! Você nunca imaginaria algo assim na sua vida!’’


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até mais galera!!!
Bjs!!