Paixões da adolescência escrita por Gabriela Cruz


Capítulo 4
Novos Começos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Um pouco mais cedo naquele dia, após ver a cena de seu ex aos beijos com Irene, sentiu seu mundo desabar, e logo deduziu que aquela garota que ele tanto dizia ser apenas sua amiga era a atual dona de seus sentimentos. A menina pensou em em correr para o banheiro mas certamente Magali a procuraria lá e não estava bem para falar com ninguém, então deu a volta na escola e pulou o muro que separava a escola de um velho parque abandonado. Ao caminhar por alguns minutos encontrou um balanço um tanto enferrujado que se prendia a uma grande arvore, sentou-se no mesmo e novamente as lagrimas escorreram por seu rosto, a garota chegou a beliscar a propiá pele desejando acordar desse pesadelo. Suas lamurias foram interrompidas ao ouvir o barulho de um galho se quebrar, ao olhar para cima notou a presença de Do Contra um pouco a cima de sua cabeça:
—Tchau Mônica - sorriu o garoto de olhos negros que apesar de agora ter dezessete anos não largará os velhos hábitos.
—Oi Dc, o que faz ai? - perguntou curiosa.
—Matando aula, hoje tinha aquela excursão pelo estúdio da emissora local - fez cara de tédio.
—Mas os estúdios...- a garota interrompeu-se ao lembra que o apelido do amigo era Do Contra por algum motivo - Você não tem jeito - riu.
—Mas e você? - disse descendo com cuidado da arvore - Por que estava chorando?
A menina suspirou e novamente começou a chorar:
—Ei, sou seu amigo, pode confiar em mim - o garoto a abraçou - eu sei guardar segredos.
—O Cebola, terminou comigo ontem - suspirou - E hoje ele estava aos beijos com a loira oxigenada da Irene - respirou fundo - Eu não sei se consigo aguentar isso.
—Claro que consegue, você é a Mônica - sorriu - Nunca foi derrotada, e nunca irá ser, até eu que costumo contradizer tenho que admitir isso - coçou a nuca da cabeça um tanto envergonhado por ser igual aos outros em algo - Mas vem aqui, chorar vai te fazer bem agora - abraçou a menina mais forte que em seguida voltou a derramar lagrimas.
Mônica tinha que admitir que Do Contra era um grande amigo, desde pequena era o único a não implicar com ela, e o único que conseguia reconforta-la desse modo, definitivamente era uma amizade que ela queria levar para toda a vida.
Mais tarde naquele dia, após Cascão ir embora, Magali deitou-se em sua cama, a companhia do amigo sujinho sempre a fazia relaxar de uma forma incrível, mas logo preocupou-se com seu namoro, nada era como antes, sem seu sentimento nem a comunicação entre ambos, no dia atual ambo mal tinham trocado duas palavras. Saiu de seus pensamentos quando ouviu seu celular tocar, ao olhar o nome no visou notou que era o Quim:
—Oi amor - tentou forçar uma voz carinhosa - Tudo bom?
—Estou bem sim Maga - suspirou - Pode vir aqui na padaria?
—Claro Quim, que horas?
—Agora seria ótimo.
—Ok, em cinco minutos estarei ai, beijos, até - desligou o aparelho curiosa.
Magali trocou rapidamente de roupa, e saiu rumo a padaria do português. Ao se aproximar do local notou Joaquim sentado em uma das mesas do local:
—Oi - sorriu - O que queria comigo? - perguntou curiosa.
— Acho melhor sentar - o garoto observou a menina sentar-se preocupada -Nós já namoramos a anos, meu primeiro beijo foi seu, meu único namoro foi com você, nunca te traí mas já não há amor entre nós - suspirou - Eu sei que você notou isso, e por isso acho melhor terminamos.
—Então é o fim? - Magali estava estática, apesar de ser o que queria, não sabia que a iniciativa poderia partir de Quim - Depois de tantos anos? - seus olhos lacrimejaram a lembrar dos bons momentos que passaram juntos.
—Vai ser melhor assim, vamos poder conhecer novas pessoas, novos sentimentos - sorriu - Não fique brava comigo, ainda quero ser seu amigo.
—Tambem quero ser sua amiga - sorriu - Não podemos jogar tudo fora assim - o abraçou - Bom, eu vou indo, a gente se vê - disse levantando e se afastando do garoto.
Magali caminhou por alguns minutos até chegar em uma praça próxima e sentar-se em um dos bancos de madeira que estava lá desde que era pequena. Voltou seus pensamentos ao termino, não podia negar estar chateada, não foram nove dias, foram nove anos. Sorriu ao lembrar dos momentos que passaram juntos, mas logo seus pensamentos foram invadidos por um certo amigo sujinho:
—Eai Maga? - disse - Que cara é essa? - preocupou-se.
— O Quim terminou comigo - suspirou - Mas eu estou bem, meus sentimentos por ele já não eram o mesmo - sorriu - Apesar que agora estou preocupada por quem são meus sentimentos agora - suas bochechas coraram.
— Eu entendo, estou com a Cascuda há... - Cascão coçou o queixo, não lembrava o tempo de namoro - Acho que desde sempre, não é como antes, meus sentimentos por ela mudaram também, mas estamos há tanto tempo juntos, é como pão com manteiga, me sinto preso a ela.
—Era exatamente assim que eu me sentia - sorriu - Eu vou indo, esta quase na hora do café da tarde - levantou-se - A gente se vê -deu um beijo na bochecha do amigo e distanciou-se.
Cascão a observou enquanto se afastava, Magali era sua amiga há anos, estava com ele em todos os momentos bons e ruins, anos atrás ela era como uma irmã, mas agora ele já não sabia ao certo o que sentia por ela, mas sentia que era forte.
Magali chegou em casa repassando cada detalhe da conversa que acabará de ter com Cascão, definitivamente sentia algo por ele, mas ele tinha namorada, e ela era sua amiga também, apesar que o garoto afirmou não sentir o mesmo por Cascuda. Talvez ele estivesse apaixonado por outra assim como ela. Logo chegou em sua casa e subiu para seu quarto, e novamente os mesmos pensamentos rondaram sua mente ainda sem resposta, foi novamente interrompida com a porta de ser quarto abrindo:
—Posso entra filha - disse Lili praticamente invadindo o quarto da menina sem esperar respostas.
—"Como se eu pudesse dizer não" - repetiu comicamente a frase da mãe.
—Me respeite mocinha - riu - Eu notei que não está muito bem, você ignorou a cozinha antes de vir para seu quarto e isso é incomum - sorriu sentando-se ao lado da filha.
—O Quim terminou comigo - notou o espanto no rosto da mãe - Mas não se preocupa, eu não sentia o mesmo por ele, mas ainda é um choque estar solteira - riu - E o Cebola terminou com a Mô, e ela esta bem chateada, e é difícil ver ela assim, eu e o Cas estamos tentando ajudar, mas é complicado - suspirou.
—Bom, antes de qualquer coisa tente melhorar seu astral - sorriu - Você não conseguirá ajudar sua amiga se não sentir-se bem.
—Obrigada mãe - sorriu - Vou tentar.
—Disponha meu amor - abraçou a menina - tenho que descer agora, qualquer coisa me chama - levantou-se e saiu do quarto.
Após a conversa com sua mãe, Magali já sentia-se mais animada, então resolveu responder suas mensagens, notou que Cascão estava online e o chamou. Cascão perguntou se sentia-se melhor e em seguida marcaram de estudar juntos no dia seguinte, afinal logo teriam prova. Magali desceu, pegou algo para comer e notou seu celular tocando, era Mônica:
—Maga? Tem como dormir aqui em casa hoje? - a dentucinha nem deu tempo de Magali cumprimenta-la.
—Ok apressadinha - riu - Já chegou ai, até - desligou o telefone.
Magali novamente desceu as escadas ao encontro de sua mãe:
—Mãe linda maravilhosa dona de toda beleza, posso dormir na Mô? - bajulou.
—Elogios sempre vem com algum pedido - riu - Pode sim.
—Obrigada sua linda - abraçou a mãe, pegou suas coisas e foi em direção a casa da amiga.
Após alguns minutos de caminhada finalmente chegou ao seu destino, tocou a campainha e foi atendida por dona Luisa:
—Oi Magali - sorriu a mulher - A Mônica esta no quarto, pode subir.
—Obrigada dona coisa - disse Magali já subindo as escadas.
—É Luisa Magali - revirou os olhos - L-U-I-S-A.
Magali sorriu envergonhada e seguiu caminho até o quarto da amiga:
—Oi Mô - sentou-se na cama - Você esta bem?
—Estou sim - sorriu e levantou-se,trancou a porta e voltou-se para Magali - Preciso te contar uma coisa.


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