Prelúdio das Sombras - O Inferno de Richard escrita por Damn Girl


Capítulo 18
Capítulo 11 (Parte 03)


Notas iniciais do capítulo

Última parte do capítulo eu prometo! Como vão vampiros e Vampiras? Vcs aqui do Nyah são muito quietinhos, me deixam até apreensiva porque não sei se estão gostando ou não. Só queria avisar que quem achar melhor acompanhar por outra plataforma, o livro também está postado no Wattpad e no Spirit.. É só pesquisar o mesmo nome que está aqui que acha. infelizmente não posso mais postar links porque tomei uma bronca kkkkk estou postando no inkspired tbm, mas lá está muito atrasado. E se já falei tudo isto me perdoem e tenham uma excelente leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676873/chapter/18

         

Ultrapassar limites é diferente de violá-los. (Hannibal)    

Parte 03

         Enquanto ainda era humano ocasionalmente ia beber com os outros Príncipes e soldados da minha tropa no local. Não dormia com as atendentes, no entanto ao correr pelos corredores estreitos e sujos pude reconhecer os corpos de várias delas pelo caminho. Eram mulheres simpáticas, lindas e de pouca sorte na vida. Me tratavam sempre bem, apesar de saberem que, ao contrário dos outros príncipes, eu não queria nada com elas e não lhes proporcionariam nada além de uma boa gorjeta. Apesar de sua profissão duvidosa, não mereciam esse destino.

          As paredes manchadas e o odor de morte partindo dos corpos mutilados denunciavam o que tinha ocorrido pouco antes. A confusão de membros espalhados tornavam difícil uma identificação, porém no curto espaço de tempo pode contar nove rostos no espaço em meio os membros; alguns femininos, outros masculinos. O local contava com cerca de cinquenta funcionários, homens e mulheres, todos mortos, exceto pelo atendente escondido atrás do balcão. Sem contar os frequentadores...

          Foi fácil notar o rosto de um nobre que havia me cumprimentado na festa mais cedo.Provavelmente resolveu estender a comemoração e acabou onde não devia. O cabelo preto, comprido e grosso não escondia seus olhos foscos e o semblante apavorado. A maior parte dos fios estava disposta de forma desordenada, encharcada pelo sangue seco vindo da clavícula exposta e da confusão de carne e nervos que pendiam dela. O resto do corpo dele devia estar espalhado em algum lugar debaixo dos escombros e dos móveis destruídos, já que o lugar parecia mais ter sido vítima de uma abalo sísmico do que qualquer outra coisa que pudesse ser explicável.

         Imaginei as teorias que surgiriam quando tudo viesse à tona no dia seguinte. Depois que me tornei um Vampiro compreendi o verdadeiro significado de muitos dos ataques misteriosos de "animais e outras coisas" que minha tropa vinha analisando ao longo dos anos. Constantemente éramos convocados a investigar casos de corpos estraçalhados próximo à floresta, desmembramentos de humanos em meio à cavernas e construções afastadas. Todos esses casos acabavam encerrados sem uma explicação plausível, não somente em WindHeart, como nos outros reinos que sofriam do mesmo tipo de assassinato enignmático.

         Com isto surgiam as mais diversas histórias e lendas, que iam desde de monstros quadrúpedes deformados à demônios vindos do céu, e oferendas de sacrifício aos Deuses Alados - os Deuses que dizem que moldaram este mundo. Vampiros eram citados embora com pouca frequência, assim como outras aberrações de origem ainda mais duvidosa, nomeadas por lobisomens; seres em formato de lupino que se transformam em homem, ou o contrário... Eu nunca prestei realmente atenção ao que me contavam, exceto pelos dados da vítima e informações, tudo soava tão ridículo para mim que era difícil até mesmo fingir interesse.

         Não demorei muito encarando, pois ainda haviam três vampiros em meu encalço, e um humana ferida no andar inferior na qual o sangue me perturbava mais do que eu desejaria admitir, e que eu ainda precisava resgatar.

          Ou podemos apenas... largá-la para morrer, e ir embora!

— Não, não podemos. -Balancei negativamente a cabeça contestando a voz bestial de meu Alter Ego. Estava mesmo respondendo uma alucinação? - Temos obrigações para com nosso povo. Ainda sou um príncipe.

          Não por muito tempo.

          Ignorei seu agouro sobre o meu - nosso - título e abri a janela, deixando que o ar da noite rondasse o comodo e levasse consigo todo aquele cheiro desagradável de podridãoFechei os olhos sentindo a brisa levar também o aroma do sangue de minha súdita ferida, e dispus meu corpo parcialmente entre o batente do lado de fora correndo meus dedos pela veneziana. Ele novamente desaparecera deixando-me em paz para pensar.

          Meu plano mudara para despistar os vampiros num raio da floresta próxima e pegar Bethanny quando estivessem distraídos. Uma vez com ela, lançaria-a no interior de uma casa qualquer do vilarejo e fugiria. E então se ela permitisse a entrada deles na residência ou saísse antes do amanhecer seria um problema inteiramente dela. 

          Ao menos eu não estaria lá para ver e não sentiria essa obrigação incomoda e irritante de ajudá-la.

— Sua Alteza...

          Fui surpreendido pela voz fraca e feminina vinda do canto do aposento. O som era tão baixo que não fosse minha audição apurada, não a escutaria. Instigado pelo seu chamado, virei em direção a ela e praguejei mentalmente por não tê-la ignorado e seguido meu com minha trajetória para fora dali. 

          No canto direito da parede esgarçada pelas ações rotineiras do tempo, uma das garotas do bordel me encarou. O leve rubor em sua face não era estranho para mim e apesar de todo sangue impregnado nela, foi fácil reconhecê-la pelos cabelos ruivos cor de fogo atípicos da região e os usuais olhos verdes-claros e brilhantes, agora apáticos. Com parte do olhar fixo na porta e muito relutante, aproximei-me da moribunda e me abaixei perante a ela.

— Clara. - Chamei-a de maneira gentil e baixa pelo único nome que eu sabia, o qual muito provavelmente não era o seu verdadeiro.

— Alteza... monstros.. - Sua voz saiu entrecortada pela dificuldade em respirar. - Eles invadiram... mataram... foi horrível. Me ajude Alteza... - Implorou com dificuldade, cuspindo o sangue que lhe acumulava na garganta em meio a um acesso de tosse. - Eu não consigo levantar, não sinto minhas pernas.

          Suspirando, corri os olhos pelo seu rosto em uma rápida análise e os desci para baixo de sua cintura. Seu tronco partido ao meio deixava parte do estômago, baço e intestino à mostra, junto com a poça rubra que se estendia parcialmente seca até a ponta de minhas botas em diversas tonalidades. Rapidamente meus olhos voltaram para o interior do cômodo e o montante membros espalhados, procurando a parte inferior de seu corpo que devia estar por ali. Podia estar espalhado contudo e eu não teria tempo de recolher de modo que voltei a encará-la, disfarçando - espero eu - minhas feições para uma máscara tranquilizadora.

          Decepamentos na guerra não era algo que me abalasse, tampouco incomum. Era normal acontecer esse tipo de coisa nos confrontos, no entanto não no coração da cidade e ... não desta maneira. As intermediações da ferida costumavam ser um traçado causado pela lâmina de algum aparato de batalha, enquanto esta parecia rasgada como se a prostituta tivesse fosse um pedaço de pão partido com as duas mãos, de tal maneira que eu não fazia ideia de como proceder.

          Seu coração ainda batia, porém sua vida terminara muito antes que eu adentrasse por aquela porta. Nem mesmo Sautarcya, o reino vizinho que tinha conhecimento médico muito afrente de todos os outros encontraria uma solução para ela caso eu a levasse e, mesmo no caminho, já estaria morta pela hemorragia.

          Era assim por toda parte: quem tem o infortúnio de um membro decepado exceto por um milagre, sangrará até morrer. A não ser que seja devidamente cauterizado e até saberia fazê-lo, não fosse algo desse porte...

          Eu não devia ter parado, foi estupidez num momento em que eu não podia falhar. A culpa se devia a minha cabeça, que depois de mais parecia um epicentro de um furacão dispersando ideias desconexas por toda parte. Porem uma vez que parei não iria abandoná-la assim; eu não conseguiria.

— Está muito ruim? Eu vou morrer...- Ouvi sua voz quebrar meus pensamentos enquanto o odor desagradável de morte se ampliava.

          Ainda com os olhos em sua cintura, - e parte da concentração perdida em meio ao sangue derramado, - ergui a espada que levava em mãos e apontei para que ela mesma olhasse. Ela começou a chorar compulsivamente enquanto baixava a cabeça e relutante, examinava o vão onde estariam seu quadril e todo resto abaixo dele.

          Em sua mente permeavam pensamentos de medo e pavor por seu destino. Através dela, vislumbrei fragmentos de sua vida desafortunada, vozes vindas de sua infância, e posteriormente de quando fora deixada para entregar o corpo naquele lugar. Senti o pesar do ar ao passo que ouvia as lamentações que brotavam de sua alma.

          Mais do que nunca eu detestava este poder do Criador.

— Feche os olhos.. - Pedi em uma voz num murmúrio quase inaudível, e em parte, angustiado. - Serei rápido..

          Tenho que ser rápido, há três Vampiros raivosos atrás de mim.

— Eu não quero morrer assim..

          Isso não é problema nosso.

          A voz que era idêntica a minha retornara; afiada e concisa, eu sabia que tinha razão. Era estupidez permanecer no cômodo, no entanto não conseguia simplesmente levantar e seguir adiante.

— Lamento... - Ergui o rosto, pensando no tempo em que eu estava perdendo com ela. - Morrer é difícil, mas é algo momentâneo e logo estará em paz..

         Retornar dos mortos sim, é insuportável.

         Mais resignada, a meretriz fechou os olhos esperando pelo golpe. Posicionei a espada no vão do seu pescoço com as mãos trêmulas em antecipação ao sangue que jorraria. Então duas mãos silenciosas surgiram de cima e adentraram meu campo de visão, encaixaram-se entre a lâmina e a base da cabeça e a puxaram para cima. A mulher abriu os olhos e deu cara com os meus, apavorada. E com os olhos bem abertos, teve a cabeça arrancada de seu corpo de maneira cruel e brutal.

— Que pena, ela vai para o Vazio achando que o Bom-Príncipe a matou.Mas isso não tem importância... Ou tem? - As mãos de Erian soltaram a cabeça. Ela caiu sob meus pés e ele agarrou meu ombro, virando-me em sua direção. - Sua empatia pelos humanos me enoja e te condena.

        Ainda com um dos joelhos apoiado no assoalho, observei quando a mão livre de Erian cortou o ar com os punhos fechados e atingiu meu rosto com tamanha força que o chão cedeu devolvendo-me ao andar de baixo próximo ao balcão de bebidas onde o outro humano se escondia.

         Pus a mão sobre meu lábio inferior, sentindo o ardor familiar da dor me preencher, não só na boca como também um pouco mais a abaixo, e no braço esquerdo arrancando de mim um gemido involuntário. Os olhos do atendente fitaram-me como incredulidade enquanto eu me recompunha e levantava de mal jeito, bem a tempo de prender outro vampiro que tentava me acertar pelas costas pelo pulso. Deixei que seu corpo continuasse o trajeto para frente de mim e chutei seu joelho, fazendo-o se desequilibrar e cair desajeitadamente no chão.

          O atendente sorrateiro se escondeu ainda mais. Agachado, entrou na enorme peça de madeira que era o balcão principal de modo que não viu nosso segundo embate.

          Erian se inclinou para baixo fitando através do novo buraco que se instalara na construção. Acompanhado de um sorriso presunçoso, saltou através dele com graciosidade para o térreo. Eu já o esperava com a espada em punho e ao pousar perto de mim, não relutei em deferir um golpe na lateral baixa de seu corpo. Ele rosnou quando a lâmina adentrou a região acima de sua coxa, no entanto ainda manteve o sorriso estampado em sua face. A alegria dele foi justificada no momento em que algo fino e cortante atingiu o centro de minhas costas. Arqueei o corpo e rosnei angustiado enquanto Erian também aprofundava o corte em minha perna.

          Meus sentidos estavam tão aguçados, que o simples som do atrito entre o metal e minha carne dilacerada causava-me uma agonia inescrupulosa. Em uma velocidade demasiada lenta, o vi movimentar a lâmina fria para frente e para trás ao passo que o sangue fluía de meus vasos sanguíneos e emergia para o exterior. Ele repetiu o movimento, efetuando um novo corte pouco abaixo e o ranger da adaga que tinha em mãos parecia perfurar mais minha cabeça do que o objeto em si.

— Vossa alteza percebeu que acabou no mesmo lugar? - O líder fez um som de descontentamento e cravou as garras em meu queixo, limpando o sangue que escorria e forçando-me a encará-lo. - Não há como fugir de mim, então para que ganhar mais tempo com esse jogo? Já cansei de brincar com você. Segurem-no.

          Enquanto os vampiros de dividiam e prendiam-me pelos pulsos um a cada lado, algo no fundo da sala me chamou atenção.

          Era Bethanny sentada no assoalho velho, ainda parecia fora de si, mas por incrível que pareça, permanecia viva. Suas mãos amarradas em uma corda de sisal trançada a impediam de permanecer se auto-flagelando, contudo graças a estas mesmas amarras ela fora atada ao pé de uma mesa pelo feito um animal. E foi simplesmente impossível não questionar a razão. Estreitei os olhos estranhando tal atitude por parte deles.

          Pois se a estavam por matar e não havia sinais de que ela iria fugir, porque a prenderiam daquela maneira? Por mais que o sangue dela fosse muito bom, para que se dar o trabalho de atá-la a algo antes de me perseguirem? A não ser que não fosse um encontro tão aleatório assim, que tudo isto fosse uma armadilha especialmente para ela e precisassem dela viva.

          Mas para que eles precisariam de uma mortal em específico com tantas espalhadas por aí? Essa parte era a única coisa que não se encaixava.

          Não poderia ser só pelo sangue. Obvio que era um sangue muito bom, e eu não poderia afirmar quantos outros receptáculos portavam o mesmo tipo sanguíneo. Porém uma parte inexplicável de mim sentia que haviam mais.

         Então o que era? O que mais eles poderiam querer de uma subalterna pobre e órfã aparentemente comum?

          Como quem lê meus pensamentos, Erian cruzou nossa pequena distância virou meu rosto duramente em sua direção.

— Richard, você quase conseguiu estragar as coisas por aqui...

— Estou começando a perceber. - Retruquei em um tom amargo, cortando-o. Comecei a pensar se ele teria mesmo a habilidade psíquica semelhante a do Criador e uma ligeira pontada de arrependimento me atingiu. Havia tanto sobre a sua - minha - espécie que eu desconhecia. Tanto que o Criador escondera de mim por eu não ter partido com ele e jamais descobriria...

          Admirei a escuridão envolvente que adentrava a janela buscando indícios da lua que antes a perfurava, mas o breu era tão sólido que nada podia-se ver no céu. Não me assustava pelo contrário, parecia sussurrar palavras acalentadoras junto com a gélida ventania que adentrava pela porta e antecipava minha segunda morte.

          E eu não fiquei com medo ao ver Erian erguer a mão com o punho fechado e me acertar com toda sua força exatamente no centro do meu peito.

          Um chiado estático preencheu minha mente até perder rapidamente espaço e ser substituído pelo som oco e abafado de meus ossos se fragmentando. Eles perfuraram meu interior e fui afogado por uma enxurrada do liquido culpado de tudo isto que seguiu o fluxo no lugar responsável pela passagem do ar e rompeu também a represa sólida de meus lábios, emergindo quente acompanhado de um gemido e de um engasgo que me fizeram contrair os pulmões e sentir ainda mais submerso naquele rio escarlate de pura angústia e sofrimento.

          Meu corpo foi propulsionado violentamente para trás e só não parou fora do cômodo porque o par de capangas ainda me seguravam pelos pulsos. Meus braços retiveram toda pressão do golpe e por um momento após ouvir dois estalos altos na altura dos ombros acreditei que ambos seriam arrancados de mim.

           A dor irradiou por toda parte como uma descarga ardente e me senti à beira do precipício da consciência. Aos poucos a escuridão que me acalentava de uma maneira positiva mostrou sua verdadeira face, propagando-se em minha visão e cegando meus sentidos. Estava quase me rendendo aquela sensação obscura e silenciosa de falsa paz quando Erian me acertou pela segunda vez no mesmo lugar e me trouxe abruptamente de volta para o tecido fino e prejudicado de minha consciência.

— Já vai morrer, garoto?

          Senti-me aéreo, como se estivesse fora de mim. As palavras dançavam bem a minha frente e eu não conseguia pronunciá-las. Consternado, me permiti cair de joelhos e cuspir todo o sangue acumulado em minha boca. De relance vi a imagem prejudicada de alguém se movendo sorrateiramente no canto direito. O borrão começou a tomar velocidade e a correr em direção as portas duplas que levavam à liberdade. Isso fez com que Erian e os outros Vampiros parassem de me espancar.

— Como?! Peguem este homem! - A voz grotesca de Erian soou bem distante como se estivesse a quilômetros de mim. O aperto em um dos meus braços desapareceu e fiquei apenas sobre o cárcere de um dos vampiros. Era a oportunidade perfeita para fugir, se eu tivesse forças para levantar.

          Homem? Bethanny não era uma mulher?

          Parte da minha consciência quebrada respondeu que sim, era uma mulher. Então lembrei que havia outro a mais naquela sala. A droga do homem do balcão estava fugindo sem um pingo de dignidade.

          Podia ao menos levar a mulher, idiota desonrado!

          Pisquei os olhos tentando focar minha visão. Foi então que enxerguei ele tomando distância sem tirar os olhos dos três sanguessugas atrás de si em direção a porta principal. Foi impossível sentir o cheiro de seu medo com o sangue obstruindo tudo dentro de mim, porém quando chegou ao seu batente da porta deu um grito alto que deixou bem claro o quanto ele estava apavorado. Mas então ele parou de andar. E os vampiros também. 

          Me esforcei mais para ver o que estava acontecendo. Uma brisa fresca atingiu meu rosto trazendo um pouco de alívio e compreensão. O ser foi perfurado por um objeto pontiagudo e prateado, totalmente na horizontal. Ele começou a sangrar pela boca também enquanto o brilho da lâmina lutava para aparecer nas poucas partes que não foram tingidas com o liquido carmesim. Um som oco de um passo pesado ecoou pelo lugar e de maneira igualmente inesperada o intruso baixou o rosto e sem qualquer traço de piedade cravou os dentes no pescoço dele. 

          Os Vampiros permaneceram estagnados e no momento em que o forasteiro virou o rosto manchado de sangue em nossa direção senti como se tudo a minha volta tivesse desmoronado. O sopro de esperança que vieram com os olhos azuis que me observavam quase me fez cambalear para trás.

          É uma ilusão, não é ele! Não pode ser.

          Mas eu sabia que era, pois minha mente estava exaurida demais para projetar uma imagem com tamanha perfeição assim. Ele abriu um largo sorriso e por mais fraco que fosse, quis chorar de alívio ao ver a leve centelha de deboche envolta no centro do capuz adornado com a cor da noite.

         Criador!!!..


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso pessoal, até o capítulo 12!! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prelúdio das Sombras - O Inferno de Richard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.