Entre o ódio e o amor escrita por Mira Maddox


Capítulo 9
Capítulo nove.


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaaaa!
Morri não, gente o/
Primeiramente quero pedir desculpas pela demora.
E também quero adiantar logo essa nota porque vocês devem estar doidas para ler o cap!
Então, Boa leitura!
— Em breve vou atualizar as outras também.
— Estou postando pelo celular então a edição provavelmente não ficará tão boa.



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Pov Beatrice Prior
Peguei um café na máquina da escola e fiquei andando pelos corredores para não ter que ficar ouvindo a Nita dizer que eu e o Quatro deveríamos pular para a próxima fase.
Ela é idiota, eu tenho certeza. Eu odeio ele, qual é a dificuldade em entender isso?
Fui para a arquibancada do ginásio e os garotos estavam jogando, Caleb estava lá mas parecia bem perdido. De repente ele me viu e começou a sorrir pra mim.
Fiquei encarando ele até que foi falar com o treinador e depois subiu e se sentou ao meu lado.
– Que foi? - perguntei incomodada com a cara de malícia que ele tinha.
– O quatro beija bem?
– QUÊ?
– Ah, não se faz de desentendida irmanzinha.... Eu vi você e ele ontem saindo do porão e ...
– E o que? Eu não beijei ele! - ele riu - Caleb!
– O que foi? Só queria saber se ele beija bem...
– Porque? Tem interesse? - perguntei desconfiada e ele fez uma cara de "você é idiota?"
– Claro que tem - Quatro se sentou ao lado dele e passou o braço por cima do seu ombro. Eles se olharam, Caleb deu uma piscadinha.
– Vocês são tão estranhos... - falei com cara de nojo e eles começaram a rir, logo se soltaram.
– Ai ai, irmãzinha - Caleb pegou meu café e começou a tomar. Enquanto isso olhei para Quatro que estava me encarando do outro lado de Caleb.
– Fofoqueiro... - acusei entre dentes.
– Fofoqueiro?
– Fofoqueiro! E mentiroso! Eu não beijei voce!
– Eu não disse que você me beijou - ele falou na defensiva.
– Ai ai vocês... - Caleb sorriu e me devolveu o copo vazio.
– Para de falar ai ai, idiota - joguei o copo no colo dele.
O sinal tocou, olhei pra eles que olharam pra mim.
– Tá na hora de ir pra sala - Caleb me lembrou. Cruzei as pernas e semicerrei os olhos pra ele.
– Eu sei.
– Então tchau.
– Não, só vou quando você for - desafiei.
– Quatro... - ele olhou para o amigo que deu um sorrisinho.
– Vai ser um prazer - Quatro levantou e ficou de frente pra mim - Você vem por bem?
– Não.
– Temos aula de espanhol juntos agora, vamos? - ele estendeu a mão insistindo.
– Não - cruzei os braços.
– Okay, eu tentei - Ele deu de ombros.
– Quatro se você... Me solta! Caleb! - Ele me pegou como um pacote de batatas e me colocou nos ombros. Logo saiu descendo as escadas me segurando com apenas um braço enquanto eu esperneava e Caleb sorria pra mim.
– Eu vou falar pro meu pai! - gritei - Você vai ver Caleb!
– Que? Ouviu alguma coisa, Quatro?
– Eu? - Quatro se virou para Caleb - Não, não ouvi nada...
– Seus idiotas! - gritei furiosa batendo nas costas do Quatro.
– Quanto menos você fizer escândalo, melhor pra você - Quatro cantarolou e eu grunhi de raiva. Estavam todos olhando para nós.
Quando estávamos quase perto da sala ele me soltou e me colocou no chão como se fosse uma boneca de porcelana.
– Não adianta ficar com raiva de mim.
– Eu já nasci com raiva de você.
– Mas...
– Você não percebe? Eu estou preocupada com o meu irmão, droga! Ele está faltando aula, vai reprovar de novo! Fica fugindo de casa... Você não está ajudando - respirei fundo.
– Eu sinto muito...
– Com razão - falei baixo e depois fui logo pra sala de aula.
– Ei - ele segurou meu pulso - Não fica com raiva de mim.
– Quer que eu repita?
– Não fica com raiva de mim... - ele levantou um lado da boca - Caleb é meu amigo, estava devendo uma pra ele.
– O que isso quer dizer...?
– Ele vai assistir aula hoje, só que antes, foi pro porão com a Marlene... - apertei os olhos para olhar pra ele e então balancei a cabeça e respirei fundo.
– Cansei de vocês.
E entrei na sala.
+++
– Cinco, seis, sete, oito! - gritei e então Al colocou a música.
Nita e eu começamos a fazer a coreografia com a ajuda de Al enquanto Evelyn nos observava sorrindo e encantada. Ela também se mexia ao som da música pra pegar os passos. Caleb estava nas cadeiras lá do fundo mexendo em seu celular, provavelmente entediado.
– Acho que vocês deveriam abrir mais a perna nessa parte - Evelyn disse mostrando para a gente como fazer, logo seu celular tocou - Ah, meu filhotinho - Ela atendeu - Oi amor... Não eu estou indo daqui a pouco... Você está bem? ... tá eu levo um... tranca a port... tranca a porta menino, você ficou doido?!... Põe comida pro cachorro! ...Tá bom, tá, chego daqui a pouco, tchau. Beijos, amo-te - Ela desligou.
– Homens nunca amadurecem, os meus meninos mesmo são duas crianças e eu adoro mimar eles! - ela disse toda boba.
– Haha, minha mãe também é assim com o Will.
– A minha também com o Caleb - reviro os olhos.
– É muito bom ter filho - Ela suspira - Mas não, não está na hora de vocês! - Evelyn riu - Eu vou indo, deixarei a chave com vocês, tranquem tudo, apaguem as luzes, não esqueçam de fechar as janelas...- fiquei tanta com tanta informação e então ela percebeu a nossa expressão - ai desculpa meninas, é que eu to acostumada a lidar com homens e eles precisam de todos os detalhes de tudo porque homem só consegue fazer uma coisa de cada vez e quando faz é errado! - começamos a rir.
– Eu cuido de tudo musa - Al beijou ela na bochecha - Me de a chave e vai cuidar dos bofes - Ela sorriu, se despediu de nós e então continuamos a fazer nossa coreografia.
Já estava escurecendo, Caleb havia dormido nas cadeiras e nós tínhamos terminado a coreografia.
– Então, vamos falar sobre a melhor coisa que Deus já fez - disse Al enquanto se sentava com pernas de borboleta no chão. Nita estava jogada no palco e eu estava com as pernas esticadas na parede.
– Que seria? - ela perguntou.
– Macho! - Al gritou.
– Aff - reclamei
– Para, Bê! - Nita riu - Essa aí já tá conquistando o jogador de basquete - Ela disse para Al que levou as mãos na boca.
– Nita! - rosnei.
– Babado! Quem é o boy?
– Quatro.
– Juanita! - gritei zangada.
– Não a-cre-di-tooooo!
– Eu odeio ele! - me defendi - Ele só é amigo do Caleb, não meu.
– Que bom que ele não é seu amigo porque se fosse eu ia te dar um chá de minha filha agarra esse homem! - disse Al gritando afobado.
– Adorei o nome do chá - disse Nita zombando.
– Uma vez eu peguei eles dois sozinhos dentro do carro, os bancos estavam deitados - Caleb apareceu todo abarrotado.
– Caleb! - gritei histérica.
– Você não me contou isso! - reclamou Nita.
– Eu to é mortaaa - Al se jogou no chão e fechou os olhos.
– Seu retardado!
– Direto eu pego eles dois conversando sozinhos, andando juntos! - ele completou rindo - Fiquei sabendo que já foram para o porão...
Corri atrás dele que saiu correndo e pulando as cadeiras com medo de ser pego. Caleb era muito rápido, suas pernas grandes o favoreciam enquanto minhas pequenas pernas de dançarina me faziam tropeçar nas cadeiras por conta da minha irritação e cansaço.
Depois de muito pular cadeira e tropeçar eu parei para descansar. Encarei Caleb que estava respirando alto do outro lado do palco e sorrindo.
– Eu não queria ser você - Nita sorriu para Caleb que também riu.
– Eu ainda to desacreditada!
– E continue assim Al, não tem porque acreditar nessas babaquisses de Caleb.
– Eu to passada - Al continuou - Como assim você não me contou que está pegando Deus? - ele perguntou ofendido.
– Pois é, Al, também estou chateada! - disse Nita fazendo drama.
– Eu não vou nem falar mais nada, eu vou é dar uma voadora em vocês - disse com raiva enquanto todos riram de mim.
Nunca vi graça alguma em me deixar com raiva, alguém sempre saía machucado na história.
Fechamos a academia, e fomos todos para casa. Deixamos Al na dele e Nita na dela que por um acaso era do lado da minha.
– Gostou? - perguntou Caleb enquanto entrávamos em casa.
– De que? - perguntei parando e cruzando os braços furiosa.
– Eu só me vinguei! É chato né quando nossos irmãos ficam nos fazendo passar vergonha na frente dos amigos!
– Mas diferente de você eu não menti! - rebati.
– Mas fez efeito, é o que importa.
– Nossa, Caleb. Você precisa tanto assim de atenção?
– Atenção? Parece que quem precisa de atenção aqui é você, sua mimadinha. Nossos pais vivem passando a mão na sua cabeça...- buffei.
– Escuta - cortei ele - Quando você tiver discernimento ou um pingo de senso a gente conversa, tá?
Subi para o meu quarto e fui tomar banho.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo de hoje! Espero que tenham gostado, migas! Não deixem de comentar, favoritar...
Beijos de soro da paz e até mais ♡♡♡