Entre o ódio e o amor escrita por Mira Maddox
Notas iniciais do capítulo
Heeey! Mais um capítulo para a minhas queridas divergentes geneticamente puras!
Pois é, todo mundo encucado com esse Caleb, desculpa gente, não posso dar spoiler >< rsrs
Boa Leitura♥
Beatrice
Fui para a sala de Edward assim que cheguei, fiz questão de chegar mais cedo na escola já que eu estava super curiosa para saber o que ele queria falar comigo.
— Bom dia - Ele disse sorrindo para mim. Parei na frente de sua mesa e cruzei os braços ao encará-lo. Estava bem morta de cansada, nem consegui dormir na noite passada e só queria saber logo.
— Então? - perguntei com sono.
— Eu queria dizer que você deveria ficar de olho no seu irmão. Ou então deveria abrir os olhos do seus pais - Ele falou um tanto preocupado. Me agachei um pouco e me equilibrei na mesa, logo encarei os olhos dele.
— O que quer dizer? - perguntei.
— Só... abre os olhos dele. Caleb já reprovou e está quase reprovando de novo e dessa vez vai ser por falta! - ele disse. Parei um pouco e fiquei olhando para a mesa. Mas que droga, faltando aula também?
— Ahn - respondi - Eu vou dar um jeito - dei um sorriso fraco - Obrigada por me contar isso - me levantei e ele também se levantou me encarando. Logo segurou a minha mão.
— Eu te admiro muito Beatrice. Sei que mesmo não sendo a melhor irmã do mundo você vai tentar fazer alguma coisa para ajudar o Caleb e abrir os olhos dele - ele falou cada palavra com tanto carinho e com uma delicadeza sem igual, eu mal prestei atenção em outra coisa a não ser a boca dele.
— Eu vou tentar - dei um sorriso e nos olhamos por um longo tempo até que ouvimos a porta se abrir. Me retirei a tempo da turma entrar em sala e eu saí.
Fiquei andando pelos corredores como se nem mesmo estivesse ali. Mas que droga o Caleb estaria fazendo agora? Porque aquele imbecil estava faltando aula e fugindo de casa todas as noites às três da matina?
Procurei ele pela escola, fui em cada uma daquelas salas e até no banheiro masculino dei uma vasculhada - sorte que não tinha ninguém. Procurei no estacionamento, no campo verde, na quadra, na cantina e no porão mas nada de Caleb.
Tentei voltar até meu armário e pegar o livro de francês e comparecer a aula mas tinha motivos para fugir daquela aula : 1. Eu não estava com cabeça 2. Odeio francês 3. Não sou obrigada.
É, vou ter que cabular a aula.
Desci para o porão de novo e desci as escadinhas ali. Me deitei no sofá vermelho e fechei meus olhos enquanto abraçava meu livro de francês. Pensamentos iam e vinham...
— Eu não deveria me importar com você - disse para mim mesma.
— Porque não? - ouvi um voz roca e grossa mas não abri os olhos. Poderia ser uma autoridade ou um professor, um faxineiro ou qualquer membro da escola, mas era o Quatro que reconheci pela voz. Não me importei até que senti ele afastar minhas pernas e se sentar na outra ponta do sofá. Abri meus olhos e vi que realmente era ele e que também estava com seu livro de francês em mãos.
— Ah, é você - fechei meu olho novamente e joguei minhas pernas no colo dele.
— Então é assim? Você diz que me odeia, me deixar no quarto para o seu pai me pegar e me estrangular e me matar ali e agora vem colocar as pernas no meu colo? - ele perguntou com m tom de desentendido - Qual é o seu problema? Será que você tem algum manual de instruções para mim te entender melhor porque juro que não consigo...
Abri meus olhos e olhei para ele que estava com um dos braços sobre o encosto do sofá. Minhas pernas estavam nuas, tinha decidido vir de short jeans hoje e nem estava ligando para os olhos dele me secando.
— Não enche tá - supliquei.
— Tá - ele respondeu. Quatro encarou minhas pernas em seu colo e eu achei que colocaria as mãos quando me apressei:
— Nem pense nisso! - disse.
— É, não estou afim de morrer agora e sabe eu adoro minha vida e realmente não quero partir tão cedo... - revirei os olhos para não sorrir e ele percebeu - Pode rir, nao me incomodo em ver seus dentes.
— Se poupa, me poupa... - disse sem saco encarando ele que carregava um sorrisinho chato no rosto, isso me irrita de um tanto.
— Posso falar uma coisa?
— Não.
— Então tá... - ele olhou para as minhas pernas novamente antes de continuar a falar asneiras.
— Mais uma vez, nem pense nisso - avisei apontando para ele.
— Tá bom, já entendi. Não quero apanhar de você, não hoje.
— Você não sabe se defender?
— Saber eu sei, mas vou acabar te machucando e se tem uma coisa que eu não quero de jeito nenhum é te machucar - ele disse fofo. Mordi o lado de dentro da minha bochecha para não dar um sorriso tosco.
— Fugindo da aula de Francês? - perguntei mudando de assunto e ele me mostrou o livro - Odeio francês - desabafei.
— Recíproco. Mas é só por isso mesmo que você está aqui? Estou achando estranho o fato de você não ter se estressado comigo ou me dado uma patada até agora... quem sabe um tapa, um tiro talvez... - revirei os olhos.
— Você é muito inconveniente - disse - Mas já que tocou no assunto. Sabe onde está o Caleb? - perguntei e sua expressão mudou - Confesso que estou preocupada com Ele.
Ele encarou minhas pernas sobre seu colo e depois me olhou.
— Você costuma colocar as pernas em todos os caras que se sentam ao seu lado? - perguntou extrovertido.
— Não! - disse estressada - Mas não muda de assunto, onde ele tá? Você sabe de alguma coisa e não quer me contar.
— Não sei, não sou babá do Caleb...
— Mas é amigo - rebati.
— Mas não sou babá - ele disse.
— Mas é amigo - repeti.
— Mas não sou babá.
— Mas é amigo! - me estressei e ele sorriu.
— É muito fácil te deixar estressada. Me empresta isso - ele se arrastou mais para perto de mim e no ato de pegar meus óculos do meu rosto deu uma cotovelada em meu seio de tão próximo que estávamos - Me perdoe - ele disse sem graça quando eu coloquei a mão onde ele acertou e fiz cara feia.
— Estabanado - disse e ele ignorou.
— Ficou bonito? - Quatro fez carão e eu sorri.
— Você é muito abusado! - bati nele que não ficava tão mal de óculos.
— Ficou bonito? - ele repetiu fingindo estar estressado - Você não respondeu minha pergunta... aliás, você me deve uma resposta! - ele tirou o óculos do rosto e colocou no braço do sofá - Você me acha feio?
— De novo essa história - revirei os olhos e desviei o olhar dele com muita raiva.
— Então você tem medo...
— Medo? - perguntei sarcástica.
— É, medo de dizer o que você realmente acha de mim! - ele provocou. Me aproximei ainda mais dele podendo sentir seu perfume ainda mais forte.
— Claro que não!
— Então diga.
— Você...
— O que está acontecendo aqui? - ouvi uma voz familiar mas não vi quem era. Quatro me envolveu em seus braços e começou a passar a mão pelo meu cabelo que acabou se soltando do coque que antes já nem estava arrumado.
— Chora— ele cochichou muito baixinho e então eu "chorei"- Senhora diretora... - ele disse e eu permaneci ali super desconfortável com as pernas enlaçadas com as dele e com o rosto afundado em seu peito - Ela está muito mal, não pude deixar que ficasse lá em cima
— Porque estão aqui? - ela perguntou.
— O cachorro dela morreu hoje de manhã, ela chorou muito e está com a cabeça doendo. Lá em cima estava muito barulho então decidi trazer ela para cá até que se acalmasse - ele inventou uma história e eu fiquei de cara com sua criatividade. Permaneci soluçando de mentira enquanto ele me alisava.
— Vocês não deveriam estar aqui. Mas vou aliviar porque... porque dói muito perder um cachorro - ela fez uma pausa - Eu sinto muito senhorita Prior, mas acho que vocês tem que subir. Não demorem muito, tá?
— Pode deixar, já vamos subir - Quatro respondeu e então ouvi os saltos dela se distanciarem.
Levantei minha cabeça e olhei para Quatro, comecei a rir ate perder o fôlego com a minha risada super extravagante e escrota.
— Você é muito bom, babaca! - disse. Estávamos muito perto - O que essa diretora tem na cabeça? Que desculpa mais esfarrapada, eu nunca acreditaria em algo assim, muito menos vindo de você!
— Nossa, assim que você me agradece?
— Ah, a mocinha quer um beijo na bochecha? - fiz uma voz melosa, revirei os olhos e me levantei dali.
— Você está me devendo uma - ele apontou pra mim. Peguei meu óculos no braço do sofá; dei de ombros, peguei meu livro e sai do porão.
Aquela tinha sido boa e o melhor era que eu tinha me safado de falar pra ele que sim, eu achava ele bonitinho até.
Caminhei até a escada e fiquei parada ali esperando a próxima aula começar. Logo vi Al se aproximando com toda a sua feminilidade.
— Beatrice— ele sacudiu os dedinhos e eu fiz cara feia - Já disse que você está maragostosa hoje? - perguntou com sua voz feminina.
— Não precisa, tenho espelho em casa - dei de ombros e sorri - O que quer?
— Ai fofa, para com isso. Só queria te elogiar mesmo - deu de ombros sorrindo - Mentira, eu quero um favorzinho seu... - Ele piscou freneticamente com seus olhos pintados de rímel.
— Não tenho dinheiro, nem disposição - respondi.
— Aff. Escuta. As líderes de torcida estão um caos, elas não sabem dançar — ele cochichou se aproximando - Preciso que você me ajude a planejar uma coreografia para elas porque você e a Juanita são as únicas garotas que conheço que são capazes de dançar de verdade aqui nesse fim de mundo! - dramatizou.
— Em primeiro lugar: eu não gosto delas. Em segundo: o que ganho com isso? Em terceiro: quero mesmo que elas sejam péssimas.
— Você não está ajudando! - ele girou o dedo e o sinal tocou. Logo uma barulheira frenética tomou conta da calmaria que estava ali - Juju! - ele gritou e olhei para trás, Nita descia as escadas sorrindo.
— Oie!
— Ela não quer aceitar - ele desabafou e depois fez biquinho.
— Faz a mesma oferta que fez pra mim então - Ela sugeriu e depois me olhou com malícia.
— Per-fect! Beatrice, olhe para a diva aqui - olhei - Vocês só vão precisar fazer a coreografia, me passar e pronto. Eu mesma passo para elas e depois vocês vão poder jogar na cara delas que foram vocês quem criaram - olhei para Nita que deu um sorriso e Al piscou para mim.
— Tá, eu topo - disse por fim. Al soltou um grito histérico e me abraçou. Era estranho abraçar alguém tão alto e tão frágil ao mesmo tempo. Al saiu saltitando e girando e eu achei graça.
— Como ele ou ela consegue ser mais feminino ou na que eu?— perguntei e Nita sorriu.
— Mas vamos ao que interessa - Ela ficou de frente para mim - O que estava fazendo no porão com aquele jogador lindo de basquete que tem um lindo sorriso?
— Nada demais - dei de ombros e ela me olhou com desconfiança.
— Ah para! Você vai me contar tudo! - Nita me puxou pelo braço e saiu me carregando pela escada enquanto eu contava o que havia acontecido e realmente, não era nada demais. Não para mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ai gente, esse capítulo é um dos meus fvs! rsrsrsr
Aneeem vcs dois! Como que a gente faz?
Espero que tenham gostado, que comentem, favoritem... enfim! Quero saber a opinião de vocês sobre a fic!
Beijão ♥