The Midsummer of the Dead escrita por Oul KZ


Capítulo 1
Piloto


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá você aí. Então minha gente bonita, essa fanfic é meio diferente de tudo que já escrevi até hoje... e veja bem, estou super empolgada com essas mudanças de ares. Na realidade esse é um piloto de uma história desenvolvida em pareceria com Bianca Caroline, mas que por incompatibilidade de tempo, não poderá participar do processo de escrita. De qualquer forma, muito elementos do enredo foram articulados em parceria com ela, longos debates, sem fim, e então ela me deu sua autorização para colocar o projeto emprática.

Como o próprio nome sugere, esse capítulo é um piloto. Exatamente, um capítulo teste, que me dará um indicativo de se realmente existirá leitores com esse argumento incomum por aqui: zumbis + Naruto. Se existir boa recepção, se o pessoal, ou seja, vc ai, curtir, eu darei continuidade em outra linha do tempo, lá quando tudo começou. Então teremos muito personagens: Sakura, Gaara fumante , Kakashi, Obito, Itachi, conspiração Uchiha feat Madara, Tenten, Kiba, Temari, Hanabi, Hinata loucona, Ino, Haku, Zabuza mais louco ainda, e muito zumbi como participação especial. Falando assim parece humor, mas não galera, é mais no clima de TWD. Quem gosta, acompanha, viu?



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Verão

Fitou o céu e depois o relógio de pulso, pois havia abandonado o celular há tempos desde que a energia tinha acabado. De uns tempos para cá sempre tentava associar a cor do céu às horas, mas nunca dava certo. Hoje, entretanto, era evidente que começava muito cedo a clarear. Precisariam ser rápidos. Do contrário teriam que procurar comida apenas no dia seguinte.

Era um bairro de velhos onde antigamente moravam poucas pessoas. Algo raro em pleno século 21. Hoje em dia não havia ninguém naquelas casas. Pelo menos ele não acreditava existir sobreviventes ali ou do contrário aquela loja de conveniência na esquina já teria sido violada há semanas.

No entanto, infelizmente, havia ainda coisas circulando por ali.

Naruto prendeu a respiração e, em seguida, soltou-a lentamente pelo nariz.

Estavam com problemas.

Não que já estivesse ou pudesse estar desabituado a eles, mas tinha a ligeira impressão de que quando envolvia suas buscas por rámem as coisas se complicavam ainda mais. Pelo menos era uma ótima estratégia. Atribuía a algo tão insignificante um grande valor, para em compensação, quando surgisse realmente um problema, ele não fosse nada demais.

Usou essa estratégia a vida toda e com todo mundo. E mesmo que o mundo tivesse literalmente acabado, ele não mudaria completamente.

Se permitiu suspirar e logo depois sentiu o olhar pesado de Sasuke em sua direção, o discriminando. O Uchiha indicou com a cabeça o outro lado.

Verbalizou mentalmente um “merda”. Mais dois fedidos e agora eram cinco.

Ambos estavam encostados em uma murada, escondidos na escuridão, com duas sacolas nas mãos. Esperavam o momento certo onde daria menos merda. O plano era entrar na loja de conveniência sem ser necessário matar nenhuma daquelas criaturas, encher a mochila com a maior quantidade de comida possível e ir embora.

Sentado no chão Naruto sentiu a Glock 40 prensar contra sua bunda. Estava sem balas, óbvio. Há três dias estavam sem munição. Restava então apenas um facão e um pedaço de madeira que em um passado distante era um bastão de basebol.

— Você era bom? - Perguntou repentinamente em um murmurinho.

— O quê? - Sasuke perguntou sem encará-lo, os cantos da boca fazendo uma ruga indicando seu estresse.

Ele estava sempre estressado.

Naruto engatinhou um passo, deixando-os próximos o suficiente parar sussurrar em seu ouvido

Tava te perguntando se você era bom em basebol.

“Você é idiota? Não está percebendo o perigo? ”

Naruto sabia que ele estava pensando isso enquanto o encarava com cara de cú. Mas diferente de Sasuke ele não queria enlouquecer e então ele só continuou o encarando, uma expressão tranquila como se eles não estivessem constantemente em perigo de serem literalmente comidos.

— Era, estava quase indo para Koshien.

— Ótimo, então o facão é meu de novo.

Disse simples, no entanto quando segurou o facão suas mãos tremeram. Seu corpo sempre respondia assim quando ele sabia estar preste a agir. Esboçava então um sorriso incerto, sentia a respiração irregulada, os pelos da nuca suados. No início reclamava, era muito tempo naquela loucura toda, cochilava e acordava e quando isso acontecia se lembrava que era mais um dia em que não podia dormir até mais tarde, nem xingar alguém de maneira digna, ou comer algo de verdade. E não existia um dia sequer que não era obrigado a se livrar de um deles.

E então parava. Só por três segundos - que poderiam ser mortais, mas eram necessários - e o facão parava de tremer.

Trocou um rápido olhar com Sasuke, que não fez nenhum movimento, mas que Naruto sabia ser algo semelhante um acordo com a cabeça. Antes de se movimentar lembrou-se das palavras de Sasuke quando estavam distantes o suficiente para conversar em voz alta:

— Você fica com os da direita, eu com os da esquerda. Teremos alguns segundos para nos encontrar na entrada, antes que os três mais ao longe perceba o movimento. - O Uchiha era sempre prático e objetivos nessas horas, ignorando qualquer espécie de ritual. - Não consigo ver o estado dos que estão próximos do carro, mas os de trás parecem que foram transformados recentemente, por isso melhor não arriscarmos atacá-los sozinhos.

Naruto tinha concordado com a cabeça estranhando que Sasuke estivesse tão comunicativo. Perguntou-se se por alguma razão ele estava inseguro. Talvez aquela fosse a maneira de Sasuke demonstrar que estava com medo. Racionalizando e objetivando tudo mesmo que na maioria das vezes eles sobrevivessem na base do improviso.

Não era hora de ficar pensando em Sasuke. Andou ainda de cócoras pelo pequeno portão da murada, até um carro, estacionado rente a rua. O automóvel o escondia dos três zumbis que perambulavam na entrada da loja, há uns 8 metros de distância, e por isso ele só tinha que tomar cuidado com o zumbi do outro lado do carro. Era uma menina, tipicamente de pele acinzentada, cabelos negros escorridos e imundos, vestindo seu antigo uniforme de colégio. Provavelmente antes disso tudo ela só era uma estudante, talvez entediada com a vida, talvez com sonhos de entrar em uma universidade ou se casar. Naruto apertou ainda mais forte o facão em sua mão. Ele sabia que não era permitido ficar imaginando sobre a vida de todas aquelas pessoas mortas. Aquela garota ali, com sua saia xadrez, e todo aquele sangue endurecido sobre sua pele, o mataria se tivesse a oportunidade. Se alimentaria de seu intestino grosso, morderia seus bíceps como um caro pedaço de churrasco.

Sasuke fez um movimento com os dedos, também de cócoras e com o pedaço de taco de beisebol na mão. Assim que se conheceram eles inventaram um código para se comunicar nesses momentos. Aquele em especifico o avisava que os zumbis de “sua” área eram saudáveis nível 1, ou seja, tinham olhos e todos os membros inferiores, provavelmente sem um dos braços. Naruto em resposta fez outro sinal, indicando que o seu zumbi era saudável nível 2, ou seja, não tinha nenhum membro faltando em sua composição.

Sasuke pendurou o seu olhar por uns segundos a mais. Naruto sabia que mentalmente ele estava falando “Que merda para você. ”, mas também “temos que sobreviver, você me ouviu? ”. Naruto sorriu minimamente, não por desespero, mas por que a preocupação calada de Sasuke o confortava de alguma maneira. Aquele sorriso indicava que estaria tudo bem e que ele sabia como funcionava as “coisas”. Fingir arrogância era sua especialidade, mas na realidade, quando tudo começou, descobrir como os fedidos funcionavam foi baseado na tentativa e no erro. Estar vivo agora significava uma mistura de sorte e observação constante. Naruto era sortudo e Sasuke observador, talvez por isso estivessem vivos até hoje.

O primeiro erro resultou na zumbificação de uma desconhecida em uma loja de conveniência há mais ou menos três meses. Ainda não sabiam que as mordidas daqueles canibais, principalmente na artéria principal, resultariam rapidamente em um novo zumbi circulando por aí.

 O segundo erro foi cometido pelo namorado da mesma, que ao ver a namorada debatendo no chão tentou ajudá-la e acabou virando sua primeira refeição. Um erro, no entanto, nunca foi cometido por Naruto. Ele soube, desde o início, quando o primeiro zumbi veio em sua direção, que ele deveria ser morto. Seu primeiro assassinato foi o namorado daquela garota que ele nunca soube o nome. Demorou três dias para ele perceber o que ele tinha feito, pois nos instantes seguintes, ele e mais alguns sobreviventes já estavam bloqueando a entrada da loja. isso acontecia. Havia uma maneira de enganá-los porem, tentando esconder o próprio cheiro, e provocando sons ensurdecedores, que dependendo da altura, podia atrair centenas deles em um mesmo ponto.

E por isso, eles sabiam que tinham que ser os mais discretos possíveis. Por mais que muitos deles escutassem muito mal, bastava um para que todos seguissem a mesma direção. Eram criaturas sem propósitos, passavam os dias vagueando como se buscasse qualquer tipo de movimento. E, no entanto, como frequentemente acontecia, se eles os reconhecessem como alvo, não pensavam nem duas vezes e seguiam em sua direção. Não importava se você tinha uma arma apontada em sua cara, eles simplesmente não pensavam. Não tinham qualquer outra capacidade instintiva senão seguir o som, diferenciar o cheiro, e comer.

Naruto tentou não pensar sobre isso, sabia que começaria a ficar paranoico e tudo que ele não precisava no momento era desviar sua atenção. Respirou fortemente pelas narinas e o cheiro de decomposição se tornou mais nítido, quase o deixando nauseado. Eles estavam mortos há meses e o esperado era que eles se tornassem cada vez mais podres. Nos primeiros dias a grande maioria tinha apenas a pele lívida e veias salientes nas extremidades dos olhos e bocas, os olhos mantinham uma entonação amarelada e brilhante, algo apavorante principalmente quando o som gutural e incompreensível vinha do fundo de suas estranhas. Atualmente, Naruto já tinha notado há algum tempo, que eles estavam mudando. Como uma carne de boi fora da geladeira. Alguns dos zumbis que matara tinham perdido os olhos e o brilhante das írises tinha se perdido para um tom leitoso, a pele antes marcada por mordidas frescas estavam cada vez mais escura e putrefata, como se o clima se encarregasse de desidratá-las.

Mas o anseio da fome continuava. E a garota a sua frente era tão mortal quanto o primeiro zumbi que matou.

Olhou entre os ombros e viu que Sasuke estava em sua posição, o pedaço de madeira firme em suas mãos, e que assim que ele levantasse, tudo aquilo começaria mais uma vez.

Não demorou sequer um pensamento. Um segundo depois, o Uchiha tinha se levantado e Naruto não esperou seu próximo passo, reagiu da mesma maneira, e com a facão na altura do tronco seguiu em passos ágeis até a garotai virada de costas. O movimento foi rápido: puxou os cabelos nojentos, e sem fitar seu rosto, enfiou a faca pelo ouvido em único golpe. Demorou 4 segundos. Não esperou ver se ela estava realmente morta, a largou no asfalto, e seguiu até a entrada da loja, onde Sasuke acabava de enfiar o resto de madeira pelo queixo de um dos zumbis.

O outro zumbi já seguia em sua direção quando Sasuke abaixou para pegar um cone de trânsito. Eles já não entravam mais em pânico, de maneira que, sem pensar, ele bateu na cara desfigurada daquela mulher. Ela caiu no chão, espalhando sangue de suas vísceras sobre o asfalto. Naruto evitou olhar a cena com real atenção, nem ao menos se permitiu pensar a respeito do aspecto daquela criatura, apenas pegou o facão e com um golpe firme atravessou sua cabeça contra o asfalto.

Puxou a faca com dificuldade, e apenas quando encarou o Uchiha, ele percebeu que tinha a respiração alterada. Enquanto matava aquela mulher Sasuke tinha arrancado a cabeça de um adolescente com uma paulada.

— Vamos entrar logo. - Sasuke disse, a respiração no mesmo ritmo. Naruto concordou com um leve sorriso de satisfação, que pela situação, saiu trêmulo.

Ainda estavam vivos.

Se aproximou do Uchiha e colocou uma de suas mãos em seu ombro. Ele virou-se na tentativa de entender aquele movimento, mas Naruto só queria tocá-lo para ter certeza. Se olharam, um instante apenas.

 Estava tudo bem.

— Aposto que você era um batedor muito bom.

Voltaram-se em direção a loja, a vidraça estava intacta e a entrada provavelmente trancada.

Sempre estava trancado de maneira que, facilmente, nesses três meses o Uchiha tinha aprendido arrombar aquelas portas da maneira mais discreta possível. Não era o caso, ela estava trancada com correntes de ferro.

— Eu aposto que tem três ali dentro.

Era uma brincadeira que sempre faziam quando entravam em um local fechado, não queriam realmente pensar que poderia ter ali dentro muito mais do que eles aguentariam, mas sabiam que não tinham opção e por isso simplesmente continuavam com os chutes.

— Cinco. - Respondeu Sasuke.

Quebraram o vidro para abrirem a porta por dentro. Estava fechada por correntes e cadeados, algo facilmente quebrável por humanos, mas muito efetivo contra zumbis.

— Você acha que há sobreviventes lá dentro?

— Acho pouco provável. - Sasuke aponto com a cabeça as caixas de cigarros intactas no balcão. Uma maneira de saber se um local foi saqueado por humanos era perceber se produtos viciantes ainda se encontravam nas prateleiras. Naruto acreditava que os vícios se mantinham independente de um apocalipse.

E foi por causa dessa informação que Naruto achou aquela loja muito estranha. Estava trancada por correntes, algo fácil de arrombar, e, no entanto, encontrava-se intacta. Depois de três meses depois do caos aquilo realmente era uma surpresa.

Arrobaram o cadeado com a ajuda de uma chave de fenda pequena. Quando o cadeado se quebrou um barulho estridente soou por toda a loja. Ficaram estáticos, esperando que qualquer zumbi que estivesse ali dentro surgissem do nada. 10 segundos e nada.

Naruto suspirou mentalmente enquanto os dois entravam na loja. Analisaram rapidamente o ambiente que não deveria ter mais de 25 metros quadrados. O fim da tarde lá fora conseguia iluminar superficialmente as prateleiras de alimentos e os congeladores desligados cheios de refrigerantes e bebidas. A esquerda ficava o balcão e logo atrás se estendia um corredor. Sasuke usou a lanterna para iluminá-lo e viu a escada que davam para o sótão. Os dois odiavam sótãos, sempre existia algo ali para surpreendê-los.

— Pegamos só os alimentos? - Naruto perguntou insinuando se deveriam verificar antes todo o local.

— Não sei.

— Acho que como a rua ta limpa podemos fugir com maior facilidade se assim a gente precisar.

 Sasuke concordou e seguiu para o balcão e Naruto, sem pensar duas vezes, correu até os enlatados e os rámem. Seis potinhos ainda estavam ali intactos só para ele.

— Tudo bem, mesmo que seja de camarão. - Disse para si mesmo.

— Você acha que devemos levar? Naruto virou-se e viu Sasuke com uma carteira de cigarros nas mãos. Nenhum deles fumava.

Lembrou-se de Gaara. Onde será que ele se encontrava? Provavelmente não por aqui considerando que todo aquele cigarro estava intacto.

— Deixe-os aí, alguém talvez precise mais do que nós. Tem gente morrendo por causa disso.

Sasuke nem o olhou, saltou do balcão e seguiu até a parte de trás. Naruto sabia que ele sempre estava procurando uma arma de fogo. Eles não achavam balas há semanas. Pensou no discurso moralista de defesa da criminalização do porte de arma no Japão. Se estivesse nos Estados Unidos provavelmente seria muito mais fácil de defender naquele tipo de situação. Suspirou lembrando-se que reclamar era sempre inútil e colocou na sua bolsa mais alguns enlatados.

— Tofu… - Naruto murmurou enquanto pegava as latinhas, dizendo-o seus nomes como uma espécie de diversão deslocada - Soja…

A lata de soja, entretanto estava vazia. Olhou sua base e a viu aberta com um abridor de lata. Soube naquele instante que aquela loja estava ocupada e que todos aqueles produtos expostos podiam ser muito bem uma armadilha. Existiam pessoas ali e pelo barulho que eles fizeram, era óbvio que elas já estavam cientes disso.

Pegou duas latas de enlatados sem ver o que era e correu na direção de Sasuke, ao mesmo tempo escutou um grito feminino gutural e agressivo, como se uma mulher estivesse atacando alguém. O primeiro pensamento foi em Sasuke, mas ao se aproximar apenas o viu em pé, atrás do balcão, olhando para trás em direção ao corredor que levava aos aposentos privados da loja.

— Sasuke… - o chamou, mas ele não respondeu. Quando já estava próximo do balcão, viu um corpo ensanguentado no chão. O sangue se espalhava pela cerâmica enquanto ele ainda se debatia como se engasgasse com o sangue que saia de sua garganta. Por um instante aquela pessoa ergueu seus olhos pretos brilhantes e Naruto percebeu que não era um zumbi.

O problema não era ver uma pessoa morrer. Já tinha visto vários, principalmente suicidas e atacados por zumbis. O problema era aquela garota logo atrás do corpo. Ela tinha uma faca em suas mãos, as roupas, moletom e calça jeans justa, estavam todas sujas de sangue e terra, sua pele pálida como de uma boneca tinha pingos vermelhos, enquanto seus olhos perolados olhavam vibrados para a pessoa que ela acabava de matar.

Suas mãos então começaram a tremer e a faca caiu de suas mãos. Naruto soube assim que ela caiu de joelhos no chão que ela estava em pânico.

— O-o que aconteceu? - Naruto perguntou com um fio de voz. Sasuke não tirou os olhos da garota quando o respondeu.

— Ela o matou.

Existiam poucas coisas que Naruto temia mais do que zumbis. Uma delas eram os assassinos. Pessoas que matavam outras pessoas.

— Como aconteceu? - Naruto perguntou para Sasuke pois sabia que a garota estava incapacitada de responder. Em sua experiência, antes de dois minutos, nenhuma pessoa em pânico conseguia se comunicar inteligivelmente.

— Escutei alguém se movendo e quando me virei a vi nas costas desse homem enquanto rasgava seu pescoço. Foi menos de cinco segundo para tudo acontecer.

Naruto se aproximou da garota e retirou cuidadosamente suas mãos fechadas sobre o próprio rosto. Viu hematomas por todo corpo, alguns cortes profundos em suas pernas desnudas, e que seu pé esquerdo não aguentava o peso do corpo, provavelmente quebrado ou torcido. Ela provavelmente não sentia dor devido à ausência de auto percepção, mas Naruto precisava que ela o olhasse e acordasse para a realidade. Ele imaginava todas as razões possíveis para ela ter feito quilo, sua primeira sugestão era estupro, como frequentemente acontecia desde que tudo se transformara em caos.  Era uma razão plausível para degolar um cara, ele só esperava que ela pudesse recobrar os sentidos antes que aquela situação aparentemente segura mudasse.

— Olhe para mim. - Ela em resposta permitiu que ele visse seus enormes olhos perolados vibrados. – Vai ficar tudo bem.

— Eu não teria tanta certeza. – O Uchiha comentou e seu tom de voz fez com que Naruto virasse imediatamente. Assim que olhou para trás ele entendeu o que Sasuke queria dizer com aquilo.

Lá fora, o sol nascendo manchava toda a extensão da rua de laranja. Cada papel de jornal, garrafa de plástico e mancha de sangue e víscera, estava evidente pela claridade. E também uma horda de 50 zumbis atravessando a cidade.

 


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Notas finais do capítulo

Então é isso, povo lindo, não deixa de dar sinal de vida, com criticas simpáticas ou não.

Um grande abraço

Oul K.Z



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