Teen Wolf - House on Fire escrita por Apenas Lorena


Capítulo 17
Dark Vs Yellow


Notas iniciais do capítulo

+1 Mizerávi.
Amo vcs ♥
Espero que aproveitem, talvez vocês achem esse capítulo meio parado, mas ele é necessário pra introdução de um personagem bem importante para a fic: John Reddigton, que foi inspirado em Raymond Reddington da série The Blacklist, também conhecido como rei do cabaré, ele é interpretado por James Spader (Avengers, Age of Ultron.- Ultron.).
Acreditem o Red vai ser bem importante para o desenvolvimento da trama e antes que vocês fiquem achando que ele é do mal, ele é do bem, tá?
ENJOY!
—Apenas £orena



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O alfa tava marcando o meu professor de química. Derek, Scott e Stiles fizeram um plano e não me convidaram. Eles estão seguindo o Alfa e nem me avisaram.
Segui Stiles. Chegando na escola troquei de vítima e passei a perseguir o Derek.
Traidor...
Quando o alfa tava quase matando o meu professor, Derek chegou e meio que salvou ele. Mas, como isso não é uma HQ da DC e o Derek não é o Superman, a polícia chegou e ele teve que meter o pé.
Cara, seguir ele é muito cansativo. Eu já devo ter corrido uns bons quilômetros. E como ele é bem previsível, peguei um atalho, saí bem na frente dele e quando os carros da polícia estavam virando a rua, empurrei ele pra trás de uma estrutura de concreto. Ele nem me viu chegando.
Os caras saíram dos carros com armas apontadas pra mim. Levantei meus braços em rendimento.
—Boa noite, policiais.- Cumprimentei.
—--
Depois de explicar o porquê de estar correndo no meio da noite e que eu não era um homem (Eles ficaram confusos porque viram o Derek Hale), os policiais me deram uma carona pra casa. Stiles estava me esperando encostado na porta.
—Me seguiu?- Perguntou de braços cruzados.
—Talvez.- Respondi também cruzando os braços e o imitando.
—Loren, isso não tem graça. É perigoso. O alfa poderia ter feito algo à você. Poderia ter se machucado.-
—E daí? Eu não ligo. Eu não me importo. Scott não se importa, Derek não se importa, você não se...-
—Eu me importo.- Disse e meu coração parou.
—Não deveria.- Falei seca. Meu coração estava quase derretendo, mas o meu cérebro começou a gritar "LYDIA!" histericamente. Ele que se preocupasse com ela...
—Adivinha onde o alfa esteve antes da escola? Ele estava bem na frente da sua casa.- Me falou.
—Ah, claro. E eu vou entrar em pânico por causa disso.- Respondi rindo. -Boa noite, amigo.-
—--
Acordei cedo no dia seguinte. Totalmente desanimada. Era dia de jogo e eu não iria jogar, portanto me virei e dormi novamente.
Acordei lá pras seis e meia totalmente entediada. A lua já estava no céu e tudo o que eu fiz foi maratonar séries. Recebi um Email do meu advogado. 

Querida Loren, 

tive alguns problemas na frança mas já estou voltando. Acabei de entrar no jatinho. Levarei presentes para você. Logo logo o energúmeno que é o seu tutor  estará trabalhando numa lanchonete de quinta no outro lado do país, bem longe de você e da fortuna dos Koreshkov.

Nos veremos em breve,

John Reddington.

 

Suspirei, pensei e pensei entediada. 

—Oh, inferno...- Resmunguei me levantando e me arrumando pra sei lá o que.
Ok, é pra ver o jogo.
Vesti uma camisa xadrez e pus minha calça jeans de retalho. Calcei um coturno básico preto e deixei o cabelo do jeito que estava.
Fui à pé para a escola. Passei o jogo inteiro querendo chorar, porque cada marcação naquele quadro de pontos poderia ser minha.
Depois do jogo tentei procurar Scott para perguntar sobre Stiles, já que ele sumiu por completo. O sheriff foi ao jogo, mas não vi em lugar algum a camisa 24.
Os corredores estavam repletos de pessoas e todos gritavam "Estadual! Estadual!!!"
Depois que o tumulto aumentou eu tive certeza de que não encontraria Scott, então decidi ir embora. Passei uns vinte minutos tentando sair da multidão.
Quando sai, todos já haviam ido embora e eu teria ido, se a minha chave não tivesse caído no chão. Quando fui pegar olhei pela janela do vestiário e finalmente encontrei Scott... E Derek...E um homem muito bonito que eu não conhecia. Ou conhecia? Ele me é familiar...Por que eu tenho a impressão que ele é do mau?
Me deitei no chão e fiquei junto ao vidro. Que estava entreaberto. Tudo o que eu ouvi...Tudo o que eu vi...
Meu Deus.
O homem sexy porém mau é o tio do Derek. O tio catatônico. O alfa.
Ouvi ele conversando com Scott, o dizendo que ele não precisava matar todo mundo. Só os "responsáveis". Dizendo que ele não precisava matar a Allison.
Ele está trabalhando com o alfa. Derek está trabalhando com o cara que matou a irmã dele!
Minha garganta secou enquanto a conversa evoluía.
O nó na minha garganta era uma mistura e imediatamente senti um enjoo. Como ele poderia trabalhar com aquele assassino?
A essa altura a minha respiração já estava descontrolada e eu sentia muita raiva. Eu não sabia se chorava ou se descia lá pra xingar ele.
Tudo piorou quando o alfa enterrou suas garras atrás do pescoço do Scott, que entrou em uma espécie de convulsão, porque depois disso ele olhou pra mim. Virou a cabeça lentamente e olhou pra mim. Arregalei os olhos e minha mão começou a tremer involuntariamente.
Derek virou sua cabeça procurando o quê tanto distraia o tio, e me encontrou. Ele não parecia surpreso. Ele parecia concreto.
Levantei com pressa do lugar onde estava tentando me afastar o máximo possível dos dois. Comecei a andar pra trás sem tirar os olhos da porcaria da janelinha.
Depois me virei para correr e voltar pra casa, mas antes que eu pudesse fazer isso, Derek apareceu na minha frente. 

 

—Você...- Murmurei. 

—Loren.- Pronunciou meu nome sem um pingo de expressão.

—Sai da minha frente, Hale.-

—Eu descobri algo sobre a sua família.-

—Sai da minha frente.- Repeti. Não me importa se ele e o tio fizeram um piquenique e conversaram sobre incêndios. Eu só quero ficar longe dele.

—Olha, eu sei que está com raiva de mim, mas eu tive um bom motivo para...- Ele não conseguiu completar a porcaria da frase, pois não me segurei e virei a mão no rosto dele em um belo tapa. Meu ombro novamente protestou com uma pontada forte e dei um grito abafado segurando na ferida. Foi mais um grito de ódio do que dor, e olha que doeu. Derek tentou se aproximar e recuei com lágrimas brotando nos olhos. Comecei a andar em direção a saída do campo deixando Derek para trás, o ignorando completamente.

 

Caminhei vários quilômetros meio sem rumo. Estava no meio da pista quando comecei a ouvir uns gritos. Eram horríveis. Procurei de onde vinham e não encontrei pessoa alguma. Tudo ao meu redor começou a ficar muito quente e comecei a suar. Os gritos só aumentavam e eu não entendia o que estava acontecendo. Continuei a andar sem rumo, só que em direção a floresta. Tudo estava escuro e eu estava sendo guiada pelo sofrimento de pessoas invisíveis, com dores invisíveis e uma casa não tão invisível. Levei um susto quando parei em frente a casa de Derek. Claro que estava vazia, mas e os gritos? 

Balancei minha cabeça com força e confusão. Me virei e fui embora. 

Acho que estou começando a pirar.

 

—--

Acordei cedo no outro dia. Apesar da dor, o meu machucado estava bem melhor, já estava fechado. 

Minha garganta estava seca e eu estava morrendo de fome. Ouvi a campainha tocar e me arrastei, descendo as escada em desânimo e abrindo a porta e recebendo um caloroso sorriso da melhor pessoa do mundo.

—Loren Koreshkov!- John Reddington tem 56 anos, é o advogado da minha família que agora se resume a mim, tem uma grande firma de advogados e administra todos os bens Koreshkov. Viaja o tempo todo, deixa mulheres suspirando por onde passa e se veste elegantemente. Ele é nascido em Boston, mas cresceu na Inglaterra e muitas pessoas ficam confusas com sua nacionalidade por causa do sotaque. Red tem a aparência de mafioso italiano, mas é um amor.

—Red!- Exclamei quando ele me abraçou sem cerimônias. Depois de ser esmagada, ele se afastou e me empurrou delicadamente de volta para dentro de casa entrando junto com Dembe, seu motorista e segurança pessoal. 

—Loren, querida, ainda corta o cabelo sozinha? Quanto tempo faz que não vai à um daqueles odiáveis lugares em que as mulheres gastam o dinheiro de seus maridos?- Perguntou sentando no sofá.

—Você quis dizer: "Um salão de beleza"?-

—Claramente.-

—Bem, eu já não sei quanto tempo, mas...Bem, eu não lembro.- 

—Bobagem. Esqueça, hoje iremos relaxar um pouco. Não se preocupe, já iniciei o processo solicitando o afastamento daquele retardado mental como seu tutor. Trouxe presentes de Nice para você. Dembe, por favor.- Red pediu e Dembe trouxe até mim inúmeras sacolas e um buquê de flores com um cheiro delicioso. 

—Nossa, Red. Que maravilha! Trouxe elas da frança?-

—Sim, mas não fiz tanto esforço. Encomendei os botões em Nice e eles se abriram esta manhã quando George estava sobrevoando o mediterrâneo. Foi um lindo nascer do sol...Agora, querida, por que não se arruma para tomarmos chá?- 

—Tomar chá? Hum...Por quê será que eu acho isso suspeito?-

—Porque é. Agora apresse o passo. Abra os presentes. Escolha um vestido. O dia está lindo lá fora, eu recomendo o amarelo.- Falou e tirei de uma sacola grande um lindo e alegre vestido amarelo. Realmente combina com o dia. Red tem muito bom gosto, até pra escolher roupas pra mim. 

—Obrigada, Red.- Falei e passei subindo as escadas para meu quarto.

Tomei um banho e me apressei em me arrumar. Coloquei o vestido amarelo e saltos pretos, deixei os cabelos soltos e como de costume usei um chapéu fedora para baixar a cabeleira. Usei maquiagem, até passei um gloss de morango como fazia antigamente. Ri olhando minha imagem no espelho lembrando de velhos tempos.

Desci as escadas e Red me esperava radiante. Ele me ofereceu o braço e enlacei-o com o meu direito. 

Chegamos à um bistrô numa área afastada da cidade. Um lugarzinho gracioso pertencente à uma ex-peguete do Red. 

—Marla!- Red a cumprimentou.

—John Reddington!- A mulher exclamou correndo até ele e o beijando sem a menor cerimônia. -Quanta falta você me faz!-

—Você também, querida. Você também...Agora, Marla, olha só quem está comigo hoje.- Red disse.

—Loren Koreshkov? A pequena Lolla? Meu, Deus! A última vez que te encontrei tinha apenas 11 anos! Me acompanhem.- Disse me puxando pela mão e nos conduzindo à uma mesa à beira do mirante de Beacon. Olhei pra baixo, a interessante montanha onde estávamos era alta o suficiente para que eu visse a cidade inteira. Beacon não tem muitas montanhas, mas aquela era a mais alta. Sentamos na mesa branca clássica de jardim.  -Que tal o de sempre?- Marla me perguntou e forcei um sorriso. Não que eu não gostasse dela, ou que eu não estivesse feliz. Mas é que eu estava meio tensa. Melancólica. 

—Loren?- Red me chamou.

—Ah, sim. Claro, Marla. Obrigada. Twinings. Lady Grey, por favor.- Pedi e coloquei os óculos escuros. Red me observou em silêncio por um tempo.

—Loren, como tem passado?- Perguntou sério.

—Você sabe como.- Respondi seca.

—Loren, você está estranha. Eu sei que o que aconteceu foi... Loren, eu fui amigo do seu pai por anos...Até a morte. Os Koreshkov sempre confiaram em mim e o que me restou foi uma linda garota. Tem que se abrir pra mim. Me deixe te ajudar.- 

—Não pode me ajudar, Red. Ninguém pode.- Falei olhando para as mãos em cima da mesa.

—Loren. Você sabe que eu não tive a oportunidade de casar, ter filhos...Na minha idade os homens já estão esperando seus netos. Você é como uma filha pra mim. Minha bonequinha, é muito complicado te ver assim. Vamos tomar chá e vamos tentar organizar você. Organizar sua vida. Eu já entrei com um processo e sabemos que eu vou ganhar. Mas e você? Do que adianta ganharmos? Você não era assim...-

—Agora eu sou.-

—Loren! Pare de se punir. Seja gentil consigo mesma. Você está fazendo o melhor que pode e podemos melhorar isso cada vez mais. Por que insiste em ficar nessa cidade? Nova Orleans, Boston, Chicago, Nova York, Los Angeles, Carmel...Tem casas em todas essas cidades.-

—Eu quero ficar aqui. Gosto daqui.-

—Você sempre odiou esse buraco. Nós dois sabemos o porquê de está aqui.-

—Não foi pelo que aconteceu.-

—Você sempre mentiu tão mal.- Me respondeu com um sorriso sereno quando nossos chás e croissants chegaram. 

Começamos a comer e vaguei meu olhar para a cidade. Eu sabia que Red estava coberto de razão. Suspirei e beberiquei o chá.

—Red, você tem razão. Eu vou...-

—Não precisa, Loren. Você pode começar devagar. Pequenas mudanças de hábito, pode comprar móveis novos, pintar o cabelo...Sei lá...- Sugeriu e ri.

—Você deveria ganhar o prêmio de melhor pessoa.-

—Eu sei.- 

—Convencido...- Soltei a falsa ofensa  e gargalhamos.


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Notas finais do capítulo

Bejus
Kero comeintárus . Amosta.



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