Teen Wolf - House on Fire escrita por Apenas Lorena


Capítulo 11
The Bullet Thing.


Notas iniciais do capítulo

"A bala coisada".
WELCOME BACK EVERYBODY.
Mais um capítulo aê, que poderia estar melhor e não está por culpa do Nyah! que recarregou a página quando o capítulo estava perfeito, tinha até uma cena meio Grey's Anatomy (Não era p******, juro). Só que eu perdi metade do capítulo e fiquei com preguiça de escrever everything again.
Aproveitem a leitura,
comentem,
tirem ondaaaa,
adoro vocês
—Apenas £orena.



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"A bala coisada"

Capítulo 11


Derek baixou o vidro do carro.

—Vai entrar ou vai passar a noite inteira aí?- Falou e eu entrei no carro bufando.

—Então, onde está Stiles afinal?- Perguntou e eu revirei os olhos. "Ah, que ódio!"

—Eu o deixei com o amor da vida dele, Lydia Martin.- Suspirei olhando pra noite afora.

—Mas quem diabos é Lydia Martin?- Perguntou rindo com o meu estresse.

—Minhas situações adolescentes divertem você?- Perguntei. -Lydia Martin...Como não sabe quem é Lydia Martin? Ruiva, baixa, pele pálida e olhos verdes, todo homem na cidade parece conhecer ela. Todo mundo tem algum interesse em Lydia Martin.

—Continuo sem saber quem é a tal Lydia. Prefiro uma morena mediana de pele bronzeada e olhos escuros.- Falou me olhando de relance. Me senti estranha, e devo ter ficado vermelha. Derek riu para descontrair -Ai, esses jovens...- Engoli em seco.

—Você tem que parar de se divertir com o meu sofrimento. Derek por quê passou da rua da minha casa?- 

—Por que vamos para a minha casa.- 

—Você é muito esquisito.- 

—Por que continua falando comigo?-

—Sei lá, sou esquisita também, formamos um belo time.- 

Depois de um tempo chegamos a casa Hale. 

—Eu sempre fico triste quando venho aqui.- Falei olhando pela janela.

—E você vem muito aqui?- Perguntou Derek.

—Não, só vim uma vez.- Falei abrindo a porta. Coloquei o pé pra fora do carro e imediatamente voltei a sentir os efeitos do salto. Soltei um suspiro e Derek percebeu. 

Provavelmente os meus calcanhares devem estar em carne-viva.

—Quer ajuda?- Perguntou.

—Não precisa.- Falei dando um passo e querendo gritar.

—Você é muito orgulhosa, seu coração está palpitando de dor.- Falou vindo até mim.

—Você não pode fazer isso! Não pode ficar...ouvindo o coração das pessoas. Isso é invasão de privacidade. Me prometa que nunca mais vai fazer isso comigo!- Cruzei os braços.

—Tudo bem.- Disse.

—Ok.- Respondi.

—Ok.- Repetiu. Derek passou um braço por minhas costas e o outro por minhas pernas. Meu Deus, ele estava fazendo de novo. Tava me carregando!

—Nem vou comentar.- Me dei por vencida. -Já comeu Zuppa?-

—Já.-

—Poderíamos comer zuppa qualquer dia desses, né? Faz tempo que eu não como zuppa.-

—Por que ainda não tirou esses saltos?- Derek falou.

—Por que eu sou elegante.- Resmunguei e depois dei uma olhada em meus pés. Derek entrou na casa destruída e começou a subir as escadas.

—Parece ter sido um lugar muito lindo.- Falei. -Alegre.- 

—E era.- 

—Sinto muito.- 

Sentamos no chão de uma sacada que não existia mais e olhamos pro céu. Estava bonito, estrelado.

—Então, por que estamos aqui?- Perguntei tirando os saltos e os jogando longe, na floresta.

—Precisava de companhia.- Falou.

—Ahhh. Isso explica.- Falei bocejando.

—O que aconteceu e por que estava tão longe de casa?-

—Eu estava conversando com Stiles, aí Lydia me ligou me convidando para um encontro grupal, ou algo assim. Ela achou que Stiles fosse meu namorado. Aí ele implorou para a "Ponte para Lydia" e me convenceu a aceitar. Ele tem uma paixão louca desde a terceira série por ela, mas Lydia nem sabe da existência dele. Aí eu tive que usar roupas caríssimas e o maldito Jimmy Choo pra agradar a quedinha idiota dele e...-

—E você está apaixonada por ele à muito tempo?- Derek me interrompeu.

—Não estou apaixonada por ele.- "Não estou apaixonada por ele" Repeti mentalmente. "Estou?"

—Loren, claro que você está gostando dele. E claro, isso é péssimo já que ele gosta da tal Lydia.-

—Isso não é péssimo, é terrível. Mas pra todos os efeitos, eu não estou apaixonada pelo Stiles e ponto.-

—Se você diz.- 

—Nós podemos ir a Carmel. Passar um final de semana inteiro lá.- Falei desviando do assunto.

—É, podemos.- Derek concordou, e então passou um, dois, três, quatro minutos em total e desconfortável silêncio.

—Ok. Sabe, Derek, poderia ter me dito que era um chatão no começo. Lá no mato. Me pouparia de estar aqui com você. Eu teria te matado, na certa!-

—Uhum...Você já estava esbaforida, morrendo de cansada. Nós deveríamos treinar isso qualquer dia desses, melhor, amanhã mesmo vou começar a treinar você.-

—Me treinar pra quê?- Gargalhei e depois vi que aquilo não era cômico, era no mínimo infeliz.

—O alfa.- Falou.

—Ok, eu...preciso ir pra casa.- Falei me levantando e Derek me acompanhou. O clima havia ficado tenso de repente. Geralmente era assim com Derek... Principalmente quando o assunto é a minha segurança.

Derek me levou pra casa em silêncio. Nos despedimos com nada mais nada menos que um "toca aqui" e um murrinho.

Esperei o carro arrancar e tranquei a porta.

Kinney estava a minha espera. 

—Boa noite, Kinney.-

—Se divertiu muito em Vegas?- Perguntou com sarcasmo.

—Você sabe muito bem que eu não estava viajando. Eu dei o meu depoimento ao Sheriff, eu estava perdida. Em Carmel.- Falei o ignorando e passando para seguir a escada e ir pro quarto, mas Kinney fechou sua mão em meu braço num aperto.

Fangus Kinney era um homem de 41 anos alto, loiro, olhos castanhos claros, porte físico em dia, e atraente de acordo com algumas retardadas mentais da cidade.

Mas também era um homem cruel, ignorante, imbecil, sem um pingo de educação, falso, também conhecido como: O meu tutor.

Respirei fundo. 

—Eu vou para o meu quarto agora. Você, Fangus, Não precisa se "preocupar" comigo. Já estou sã e salva, em casa. O dinheiro, está na sua conta para que você gaste com prostitutas que finjam não se importar com a sua obtusidade...- Falei e Kinney me deu um tapa que fez o meu rosto virar. Na verdade não sei se foi um tapa, ou se foi um murro já que pude sentir o gosto de sangue na boca. Kinney usava um anel de ouro caríssimo no dedo médio.

Devolvi o tapa com tanta força quanto recebi. Ele teve muita sorte, geralmente eu uso três anéis de prata na mão direita. Kinney, enfurecido soltou meu braço.

Ergui o indicador em sua direção. -Você nunca mais vai fazer isso de novo, entendeu?- Falei dura e segui para meu quarto em passos rápidos. 

Fechei a porta com força e passei as trancas.

Esse homem me dá nojo. Me dá nojo mais ainda a justiça, que o permite ser meu tutor quando qualquer outra pessoa poderia ser.

Peguei o celular e procurei na lista de favoritos o meu advogado.

Disquei e aguardei. A ligação deu fora de área. Liguei então para o escritório dele.

—Escritório do Dr. Reddington, Juceline Fayet na linha.-

—Ah, oi Juceline, é Loren Koreshkov.- Falei enquanto andava para o banheiro. Juceline era uma loirinha francesa, uma raridade parisiense. É habilidosa, educada e organizada. A secretária perfeita.

—Boa noite, senhorita Koreshkov. Infelizmente Dr. Reddington não se encontra no momento, ele está em Nice, cuidando de assuntos de seu interesse, enviarei um Email avisando de sua ligação. Gostaria de deixar algum recado?- 

—Avise-o para comparecer em Beacon Hills imediatamente. Diga a ele que é sobre a 'guarda Koreshkov'.-

—Sim, senhorita.-

Desliguei o celular e me observei no espelho.

Havia um filete de sangue descendo do canto da minha boca onde estava cortado. Lavei com água e sabão e passei um pouco de iodo. 

Não dava pra ficar naquela casa.

Não mais.

De todas as casas da minha família, aquela era a que eu menos gostava. A localização era boa, mas a casa em si...

Tomei um banho morno e me deitei pronta pra dormir.

Quem dera eu conseguisse dormir.

Passei uns quarenta minutos para pegar no sono, só que no meio da madrugada eu escutei um barulho na janela.

—Um galho. Que ótimo.- Resmunguei observando que não tinha nada de mais e caí no sono.

—--

Acordei como sempre. Banho, roupa, escola.

Tem dias que eu faço tudo no piloto automático. 

Coloquei um jeans skinny escuro e uma camisa xadrez. Calcei meu all-star e voilá!

Apenas isso.

Meu cabelo eu prendi, meu rímel eu não exagerei, e o gloss: NÃO PASSEI.

Isso por que se não vou chamar atenção com o corte no lábio.

Respirei fundo e saí de casa. Nem me incomodei em preparar um café, porque eu não quero ver a cara do meu tutor. 

Caminhei até a escola, aproveitei pra passar numa cafeteria antes e comprei um Mocha¹. No gramado encontrei os garotos. Scott estava falando sobre um "jantar" com a família da namorada.

—E aê?- Falei bebericando meu mocha.

—Bom dia, Loren.- Scott falou educadamente.

—Loren, tudo bem?- Stiles sorriu pra mim.

—Tudo ótimo. Tudo maravilhoso.- Respondi tentando parecer sincera e um letreiro deve ter aparecido em cima da escola, brilhando e gritando:

                                         É MENTIRA!

Scott olhou pra minha cara e juntou as sobrancelhas. -Por que tá mentindo?- 

—Não tô mentindo.-

—Tá sim. Loren aconteceu alguma coisa?- Insistiu.

—Nada, Scott. Nada de mais, cara.- Falei dando um tapinha camarada e me dirigindo à sala de aula enquanto deixava os dois pra trás.

Beberiquei o Mocha enquanto guardava a minha mochila no armário. Lydia Martin veio até mim.

—Loren!-

—Lydia!-

—Loren, você foi ótima ontem. Precisamos sair e fazer compras. Só eu, você e Allison. Coisas de garotas.- Coisas de garotas. Já posso vomitar?

—Ah, claro. Por que não?- Respondi.

—Ótimo! Hoje. Quando largarmos da aula!-

—Ok.- Respondi, fechei o armário e me dirigi a aula. 

Meu mocha já estava no fim e a aula mal havia começado.

Alguém jogou uma bola de papel em mim com um bilhete. Desamassei e li.

"O que houve com sua boca?"

Olhei ao redor e procurei a pessoa que me havia jogado o papel.

Stiles olhou pra mim e inclinou seu caderno de modo que eu pudesse ver o que havia escrito. Tinha uma grande interrogação em vermelho na folha.

Devolvi o olhar de preocupação com um sorriso falso.

Escrevi de volta "Caí no banheiro" e devolvi.

Depois de outras duas aulas o sinal tocou. Saí imediatamente e dei de cara com Derek Hale. Morrendo.

Ele estava pálido, respirando muito mal e fraco.

Enlacei meu braço no seu e o arrastei pra fora da escola sem falar nada. Ele também não se atreveu a abrir a boca.

Estávamos no estacionamento, encostados no carro de Stiles.

—O que aconteceu com sua boca?- Perguntou e ignorei.

—Dá pra me explicar o que diabos está acontecendo com você?- Comecei.

—Eu...Eu fui baleado. Preciso falar com Scott.- A voz de Derek saiu mais rouca do que o comum.

—Ah, claro! Você está morrendo e chama seu poodle de estimação. Pelo amor de Deus, Derek!-

—Loren, me escuta. Eu fui baleado...- Scott chegou quando ele começou a falar.

—Derek?- Scott o observou e Stiles também se aproximou.

—Scott, me ouça...-

—Eu sei, você foi baleado, eu vi ontem. Por que não está curando?- Avaliou um ferimento no braço de Derek que não estava nada bem.

—Por que a tia da sua namorada atirou em mim com uma bala de acônito azul.- Falou e tossiu um pouco. -Isso vai me manter assim até chegar ao coração.- 

—E quando chegar no coração, o que acontece?- Stiles perguntou.

—Eu morro, seu babaca.-Respondeu o óbvio. -Só tem uma maneira de parar isso, mas eu preciso da bala.-  

OK! Isso é o suficiente. 

—Scott, ligue pra Allison.- Falei tirando o celular da mochila dele.

—O quê? Por quê?- Perguntou confuso.

—Por que você vai confirmar sua presença naquele agradável jantar de família. Tem cleptomania?- Falei.

—Eu não posso roubar a tia da Allison! Não vou fazer isso. Derek, eu sinto muito mas...-

—Não só pode como vai.- Falei o empurrando contra o Jeep.

—Loren...- Stiles começou.

—Você vai pegar a maldita bala, ou eu mesma vou derrubar a alegre residência Argent até encontrar.- 

—Eu vou tentar.-

—Você vai conseguir.- Confirmei.

—Tem 9 horas.- Derek falou.

—Ok, ok. Onde o Derek vai ficar?- Stiles perguntou.

—Deaton. Lá é seguro. Pode ficar com ele, Loren?- Scott perguntou.

—Uhum. Stiles, pode nos levar lá?-

Stiles olhou pra mim, depois pra Scott, depois pra mim de novo, depois pro Derek.

—Ok.- Respondeu. Scott foi embora e joguei minhas coisas na mala do Jeep.

Derek estava péssimo.

—Derek?- Perguntei. -Vai desmaiar?- Sorri.

—Haha, engraçadinha.- 

—É, vai sim. Vamos.- Falei o ajudando a entrar no Jeep.

Chegamos à clínica do Deaton e aguardamos. Scott demorou. Demorou...

—Envia mais uma mensagem, Stiles.- Falei enquanto segurava a mão de Derek. Era assim que eu estava à umas cinco horas.

Bem, eu estava quase cortando o braço do Derek quando Scott chegou. Eu agradeci, porque estavamos em uma situação crítica.

—Derek! Derek...- Chamei-o dando leves tapinhas no rosto. –Querido, se você levantasse essa bunda do chão e me disesse o que fazer com essa droga de bala, eu agradeceria bastante.- Sussurrei em seu ouvido, mas ele tava bem apagado. –Droga!- Falei ajoelhada. –Scott, força-canina, quebra a bala.-

—Quê? Sabe como foi difícil conseguir isso?- Reclamou e Stiles puxou a bala de sua mão. Apoiando-a na mesa, Stiles deu uma martelada que destroçou o negócio, abrindo e revelando um tipo de pó azul.

—Scott, me arruma álcool e água fervendo, agora!- Falei juntando o pó, logo Scott me trouxe o que pedi.

Peguei o becker que estava com o álcool, coloquei o pó, a água fervendo, misturei, despejei na ferida de Derek. Nem deu tempo de rezar pra funcionar, assim que o líquido estranho o tocou, foi como se algo estivesse o queimando.

Depois de um tempo ouvindo Derek gritar, reclamar e ter uma crise de birra como se tivesse quatro anos de idade, ele finalmente me perguntou como eu cheguei a conclusão do que era pra fazer e eu respondi:

—Sorte.-

—Quê?- Perguntou indignado.

—Foi. Palpite. Entendeu?- Falei pausadamente e me levantei da cadeira em que estava.

—Você fez uma infusão, tá, eu entendo, mas qual foi a do álcool?-

—Ué, ardeu? Achei que tu fosse machão. O álcool...Cara, você tava se decompondo ali, né? Tinha tecido necrosado e tudo. O álcool foi capricho meu, mesmo.- Conclui e saí da clínica deixando Derek com Stiles e Scott.


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Notas finais do capítulo

Mocha¹ -> Moca. É um tipo de café.

tuts tuts tuts tuts tuts tuts quero ver
quero mesmo
cadê os comentários?



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