Teddy Bear [hiatus] escrita por Stardust


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, primeiramente eu gostaria de pedir desculpas porque atrasou um pouquinho. Eu não acabei de escrever e aí o capítulo do dia 05 acabou saindo hoje, mas não se preocupem porque vai ter capítulo hoje de novo a noite ^^ só me atrasei mesmo, desculpem D: e muito obrigada pelo review do capítulo passado =3
E uma óóótima leitura ♥



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Wallflower

Hoje é sábado(finalmente)! Isso significa que eu tenho a tarde inteira livre, estou pensando em convidar John para vir aqui pra casa, quem sabe terminamos de assistir nossa série favorita e depois ficamos a toa conversando aqui, como todas as vezes que ele vem.

Eu diria que acordei cedo, como todas as pessoas da rua em que moro. Eu tenho um péssimo senso de estilo então coloco a primeira coisa que vejo pela frente. O dia estava meio nublado e seco, puxado pra um vento 'frio'. Preferi por uma blusa cinza de manga longa e leagging preta. Desci as escadas em busca da minha mãe, mas não a vi. Ela e meu pai devem ter saído para ir ao mercado, então fui tomar café da manhã. Um croassan era suficiente para mim, e um pouco de chá.

Voltei para o meu quarto e liguei para John, que demorou um pouco para atender:

"Bom dia srta Hawking"-disse, sonolento.

"Bom dia sr Kennedy. Estava adormecido?"-brinquei, e ao ouvi-lo bocejar entendi como sim.

"Que perspicácia. É claro que sim. Pessoas normais dormem também, sabia?"

"Já está na hora de acordar, John"-brinquei-"Você pode vir aqui?"

"Agora? Mas eu estou na cama ainda!"-reclamou.

"Não agora, a tarde. Assim podemos acabar logo Breaking Bad"-disse animada. Já estávamos muito enrolados na série. John parou por alguns minutos e sem jeito respondeu:

"Ah... Nietta, eu já terminei quando fui na casa do meu primo"-havíamos combinado de assistir junto, mas pelo visto alguém foi desleal. Novamente. Mas não tinha tempo para repreender John sobre nossos acordos, então respondi:

"Tudo bem, só vem pra cá"

"As 14h?"

"As 14h"-e desliguei.

Como era muito cedo, comecei a olhar minha série para passar o tempo. Era a única coisa a se fazer. Quando terminei ouvi o barulho do carro entrando na garagem, meus pais chegaram e desci para falar com eles.

"Oi pai, oi mãe"-disse, sorridente.

"O que você quer, Antonietta?"-falou minha mãe, Isabela, desconfiada.

"Eu só queria avisar que o John vai vir aqui em casa"-desanimei.

"Ele vai almoçar com a gente?"-perguntou meu pai, calado até então.

"Não. Ele vai vir as duas da tarde"-disse sentando no sofá.

"Ah, então está certo. Querida, eu vou precisar ir para a empresa hoje"

Meu pai trabalhava numa empresa de imóveis na cidade vizinha. Ele tinha muito reconhecimento lá, e sempre ficava dois pra três dias fora mas na última viagem ele ficou cinco e minha mãe ficou preocupada.

"Quantos dias, René?"

"Eu não sei. Vai ser uma reunião bem chata com os Blanche. Você sabe como eles demoram dias para realizar uma compra, e essa é minha grande chance de mostrar a proposta"

"Que proposta, pai?"

Geralmente eu fico fora dos assuntos deles, mas admito que até eu me interessei um pouco sobre a tal proposta ele com os Blanche. Eles são uma família bem importante na cidade vizinha, mas eu nunca soube os detalhes sobre o acordo dos Blanche com a imobiliária do meu pai.

“Vamos oferecer a eles alguns apartamentos, estamos dando duro para deixa-los impecáveis para que eles possam se hospedar”-explicou.

“Porque eles precisam de tanto luxo?”-indaguei.

“Eles são ricos, Antonietta. O dinheiro deles vai ajudar e muito a imobiliária”

“Entendo...”

Finalmente chegou 14h

Não via a hora de conversar com John, então fiquei observando pela janela até que ouvi o portão rangendo. Continuei deitada na minha cama, esperando que ele abrisse a porta e assim foi feito.

“Nietta!”-disse, sorrindo.

“Olá John! Sente-se”

Quando digo “sente-se” para ele é “jogue-se em qualquer canto” e ele deitou ao meu lado, porque minha cama é de casal.

Durante a tarde ficamos falando sobre a nossa escola, Douphine, nossos pais e dei alguns detalhes das maldades de Clayr e sobre ela ter jogado chili em mim. Pelo menos do chili ele poderia saber, sem se preocupar. O problema em questão é que eu não queria que John armasse confusão com Rob, o brutamonte.

“Clayr vai me pagar!”-disse, com um ar vingativo.

“Não seja louco, John. Ela namora o Spike e você sabe que ele e Rob são amigos”

“Bah! Como se eu tivesse medo de algum deles. Eles podem me vencer na força, mas não no cérebro.”-se gabou.

“Seu cérebro não vai te ajudar a escapar de uma boa surra”-brinquei, e rimos.

Quando começou a escurecer, John ligou para os pais e avisou que iria chegar tarde em casa.

“Por que você não dorme aqui?”-assim teríamos MUITO tempo para conversar, afinal eu não faria nada em um sábado a noite a não ser assistir televisão ou procurar mais séries e claro, dormir tarde.

“Boa ideia, seus pais deixariam?”-John disse, animado.

“É claro, e os seus?”-Era verdade,  meus pais simplesmente AMAM John.

“Acho que sim, eu vou ligar de novo”-riu.

John tem o sorriso mais bonito que já vi. Não que tenha visto muitos, porque a maioria das pessoas faz cara feia para mim na escola, mas John tinha dentes branquinhos e um hálito de menta maravilhoso. Não eram tortos, ele nunca precisou usar aparelho. É incrível(e me dá até um pouco de inveja, porque usei três anos aparelho e meus dentes são um pouco tortos ainda).

Os pais dele acabaram cedendo e John ia dormir aqui em casa, eu até pensei em procurar o colchão pra ele dormir no chão, mas eu nunca gostei desta ideia. Por que você dorme na cama e seu melhor amigo no chão? Só por que é sua casa? Meh, não! E além do mais não tinha problema ele dormir na minha cama, éramos melhores amigos e não tínhamos maldade na mente em relação um ao outro.

Na hora da janta, minha mãe fez um frango assado e uma mini-despedida para  o meu pai, já que ele viajaria amanhã de manhã bem cedo.  É claro que durante o jantar minha mãe aproveitou para me diminuir perto de John.  Mas ele leva tudo na brincadeira. Geralmente minha mãe deveria ficar me empurrando para ele, dizendo que homens e mulheres não podem ter um relacionamento amigável, mas a minha mãe não era assim, ela era tão whatever comigo que nem me empurrar me empurrava. E sinceramente, eu tenho apenas 17 anos e não preciso de um namorado agora.

Não que eu ache certo a ideia de John de namorar só na faculdade, mas mesmo assim, eu preciso pensar nas provas finais agora porque se eu arrumar um namorado,  eu só vou conseguir é repetir de ano e a última coisa que quero é estar na mesma sala que Rob e Spike.

Eu tinha quase certeza que Rob iria reprovar de novo. Ele já devia estar na faculdade a dois anos, mas ele é muito burro e só pensa em atividade física. Deprimente. Mas ele não é tão burro quanto pensei. De todas as garotas bonitas e populares da escola, ele está ficando com Anne Courtney. Não por amor, é óbvio. Mas sim por interesse. Tenho quase toda a certeza que Rob apenas namora porque ela é uma das melhores amigas de Rochelle Spedwell, ou seja, NUNCA ninguém daquele bando de hienas reprovaria. Isso é fato.  E é claro que Rochelle não quer sair da escola apenas com Clayr e seu namorado, Anne também. E Rob pegou carona nela.

Ah, o interesse!

Passado-se algumas horas, John já estava cansado de tanto falar. Eu nunca vi um cara tão sonolento quanto ele, então já estávamos indo dormir lá pela uma hora da manhã, quando lembrei de algo.

“Ei, John...” –disse calmamente.

“Sim, Nietta?”- John estava quase dormindo,  os olhos azuis semi fechados.

“Estava pensando na srta Amelia. Sei que deveríamos esquecer isso, e sei que isso não é da nossa conta mas ah! Eu não consigo entender! Se ela tiver um pequeno Spedwell, o que vai acontecer com ela?”-deu estava realmente preocupada. Ele não tinha como assumir a criança, seria um vexame.

“Ela provavelmente perderia o emprego, ficaria mal falada com fama de amante, que dá golpe da barriga e  Simonie ia fazer de tudo para tirar o pequeno Spedwell dela”

“Meus deuses, John! Como você é frio!”-o repreendi.

“Mas ué... Você que perguntou o que aconteceria, Nietta”-John respondeu inocentemente.

“Ah, John”-ri-“Vamos esquecer isso e dormir, eu estou cansada de tanto que conversamos”-virei de lado e me tapei. John continuou imóvel.

“Idem. Boa noite”-respondeu.

“Boa noite”

Logo adormecemos, eu tive uma noite de sono tranquila, não costumava a ter pesadelos ou sonhos, mas eu nunca estive tão bem como hoje.  Amanhã já é domingo, e não vai ser fácil ficar em casa com minha mãe. Não vai mesmo.


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Notas finais do capítulo

Olá! Obrigada por ler ♥ se gostou comente porque me ajuda muito *-* até a próxima ♥



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