Teddy Bear [hiatus] escrita por Stardust


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

"Ursinho de pelúcia, você é meu ursinho de pelúcia
Você era reconfortante e tranquilo
Como o amor tornar-se tão violento?
Oh, ursinho de pelúcia, você era meu ursinho de pelúcia
Tudo era tão doce até que você tentou me matar..."



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But well depressed

Oi. Meu nome é Antonietta Hawking e eu tenho 17 anos. 

Eu moro em Paris, na França com meus pais Trish e Louis. Esse ano eu finalmente me formo, o que é bom porque eu não aguento mais minha escola. Eu não entendo porque as pessoas não gostam de mim, eu sempre fui uma excelente aluna e ótima colega! Mas aos poucos todos foram me odiando... Todos! Professores! Alunos! Diretores! Todos menos ele.

John Kennedy é meu amigo desde sempre, para falar a verdade. Nos conhecemos quando éramos vizinhos e nossa amizade pelo o que parece, vai durar muito. John é um garoto bonito, assim como eu ele tem olhos azuis e pele clara, só que o cabelo dele é preto. John nunca se importou com a opinião dos ignorantes da nossa escola. Ele sempre me disse que eles não passavam de pessoas que querem se sentir melhor diminuindo os outros. 

O sorriso de John era encantador,ele tinha a minha idade, mas era mais alto, um pouco mais forte, ainda tinha a cara boba de adolescente mas ele sabia ser sério. Meu pai adora John, ele está sempre lá em casa e é tratado como parte da família. Mais do que eu. Nós somos os melhores alunos da escola. Talvez também seja por isso que nos odeiam tanto.  

Como eles são a maioria eu e John tentamos nunca faltar, para que nenhum fique sozinho. Na medida do possível John avisa quando não vai poder ir na aula, mas hoje ele não fez isso.  Cheguei na escola como de costume, meus pais não estavam mais querendo me dar carona e eu tinha que ir a pé. 

Cheguei e logo na entrada pude ver três garotas patricinhas da minha sala encostadas no portão, meu coração logo acelerou porque John não estava lá. Olhei para os lados rapidamente mas não pude disfarçar, elas me viram e John não estava vindo. Elas riram e o máximo que fiz foi abaixar a cabeça e passar por elas como se não tivesse ouvido suas piadinhas de mal-gosto e deboches. 

A aula foi tediosa e lenta. Toda hora me incomodavam e o professor não estava nem aí. Ele deu alguns cálculos e eu fui resolver no quadro tudo sozinha "ui, olha a nerdona" "sabe tudo!" "metida". Já havia me acostumado com cada um desses xingamentos e seus significados. Até meus pais me chamam de sabe tudo. Hoje recebi um bilhete, que estava escrito as seguintes palavras:

Pelo visto que a sabe tudo está sozinha hoje, não é?

Onde está o idiota do Jhonatan Kennedy para te defender?

Até ele cansou de você!

Hahahahaha!

x

Amassei aquele pedaço de papel que estava na palma da minha mão. Jogaria fora mais tarde. Na hora do almoço eu fui com todos os outros alunos para o enorme refeitório da escola, peguei uma pizza de queijo e refrigerante light, então sentei e comi sozinha. O dia estava sendo deprimente e lento. O tempo nunca passava. Estávamos a um mês das férias, faltava algumas provas finais e então finalmente eu e John estaríamos livres!

Lembre-se Nietta, falta muito pouco! Logo logo você e John estarão a caminho da Paris Douphine University, enquanto todos os outros vão para Sorbonne Nouvelle Paris III. Eles não tem a mesma capacidade que você. Entrarão lá pelos pais. VOCÊ e JOHN podem por si! 

Além de Antonietta e John, não há mais ninguém capaz de ir para Douphine além de Cedrick Spedwell, filho do dono da minha escola, Wallis Spedwell. Ele era simplesmente um gênio. Inteligentíssimo,e por isso seria o maior e melhor sucessor que já tiveram(e o mais bonito também) mas Cedrick já se formou e sim, ele está na Douphine. Pelo menos irei vê-lo um pouco, espero. Fui tirada dos meus devaneios sobre faculdade quando senti molho picante caindo sobre minha cabeça. Não era apenas picante, era quente. 

As garotas de mais cedo do portão(Anne e Rochelle) riam enquanto Clayr (que também estava com elas) despejava seu chili em mim. Eu me levantei rapidamente, não apenas meu cabelo ou meu rosto, mas meu uniforme também estava totalmente sujo! E o pior é que nada seria feito porque Rochelle era uma Spedwell e a situação poderia ser invertida em questão de minutos. Enquanto todos riam, principalmente Rochelle a cozinheira não gostou nada disso. Ela viu a cena, mas simplesmente fingiu que nada aconteceu e se dirigiu a minha mesa em passos firmes.

"O que está acontecendo aqui?!" -ela perguntou.

Tentei responder mas Anne me impediu.

"Ai, senhorita Paulette, acontece que a desastrada da Antonietta derramou todo o chili que a a senhorita prepara com todo carinho nela mesma, simplesmente porque Clayr disse que ela estava comendo muito rápido e poderia passar mal."

Fiz uma cara de surpresa, e além de levar uma bronca na frente de quase todos os alunos, eu teria que limpar tudo. Era injusto! John me defendia sempre que podia... E quando não, ele me ajudava com os castigos.  Eu fui então falar com Justine, ela é uma das faxineiras da escola e pode-se dizer a única alem de John que se importa comigo. Ela me deu um uniforme novo, ela limparia o meu e amanhã eu devolveria esse para pegar o meu.

Justine não me defendia, ela apenas ficava na dela. Mas não fazia mal algum a mim. Isso era o bom. Ela se importava, um pouquinho, mas se importava. Eu admiro muito e quando puder finalmente estar longe da Roy Spedwell School quero ajudá-la, para que saia deste bendito emprego.

Voltei para a sala depois de me limpar e trocar de uniforme, ainda cheirava a chili, era algo ardente e refrescante. Um pouco bom. Quando as aulas finalmente acabaram, eu nem acreditava mais em nada. Achei que o sinal havia travado e que íamos ficar presos lá pra sempre. Eu fui saindo normalmente, guardei todos os materiais na minha bolsa-mochila e fui cruzando a porta quando alguém me puxou pelo braço. Não sei porque, mas tive um fio de certeza de que era John, mas não era nada disso.

Eram três garotos do terceiro ano B, eles eram da sala ao lado e digamos 'cachorrinhos' de Anne, Rochelle e Clayr. Eles me disseram para não gritar, aliás, não faria diferença se eu gritasse ou não. Ninguém iria me socorrer. Eles apertaram meu braço muito forte, eu pedia para que parassem e sabia exatamente onde estavam me levando. Eu ia para o vestiário feminino, do ginásio. Quando cheguei lá, as garotas falaram:

"Hahaha, já podem soltar ela, rapazes."

Eles me largaram no chão como se eu fosse um saco de batatas.

Rochelle e Clayr caminharam até os garotos que me carregaram e lhes deram um beijo na boca, como "agradecimento" pelo feito. 

"Parece que você se deu bem mal hein, sabichona?"-riu Clayr.

"O que vocês querem comigo? Eu quero ir embora!"- exclamei e virei as costas, mas não me deixaram sair de jeito nenhum.

"Gostou de ficar sozinha hoje? Bom, vai ficar mais."-Anne começou a dizer. Geralmente ela que mandava nos outros.

"O que você quer dizer com isso, Anne? O que está tramando?"- comecei a tremer.

"Nossa! Como você é burra! Ela quer dizer que você vai passar a noite toda trancada no vestiário, babaca!"-Rochelle falou.

"Quê?! Como assim? Eu não vou não!" -corri em direção a porta, mas eu não sabia que o terceiro garoto (suposto namorado de Anne) aguardava uma possível fuga e me agarrou fortemente pelo estômago, senti uma grande dor ao cair no chão.

"Você acha que vai ser tão fácil assim fugir, garota?"-riram, e me chutaram.

"Mas antes, vamos confiscar seu telefone. Não queremos correr perigo de você ligar pro seu super-herói, John."-Anne disse, e logo um garoto foi lá e derrubou todos meus materiais no chão.  Rochelle aproveitou e pegou uma redação de português que era para amanhã, e rasgou em pedacinhos. 

O garoto ainda me segurava pelo estômago, impedindo minha saída e até que me jogou com tudo no vestiário, e jogou minha mochila semi-aberta junto. Anne ria enquanto balançava a chave do ginásio.

"Como você conseguiu isso?"-perguntei com dificuldade, estava sentindo muita dor.

"Rob (namorado dela) pegou emprestado do professor de educação física, Armando."

"Mas ele não sabe disso, e nem vai notar a falta porque hoje eu e minha família vamos jantar com ele e sua esposa, e eu colocarei a chave no lugar. E é melhor você calar sua boca. Antonietta."-ele disse, apontando pra mim e rindo.

"Mesmo se ela falar, ninguém vai acreditar nela."-eles começaram a rir, até que Anne mandou um beijinho e me trancou. Andei com cuidado até a porta, uma mão deixei sob meu estômago, a outra usei para bater na porta e gritar por socorro. Ninguém estava ali. 

Depois de muito insistir, Justine, a faxineira disse ter esquecido de guardar algumas bolas de basquete e me viu. Eu acabei indo pra casa, levando uma bronca por ter chegado tarde, ficando de castigo e resumindo: ir para meu quarto chorar. Não tive tempo de mandar uma mensagem para John, estava com raiva, por que diabos ele não foi hoje? Ele sabe que devia ter me avisado! 

Deitei na cama e fiquei olhando pela janela, enquanto as lágrimas escorriam do meu rosto. Por que minha vida era assim? Porque me odeiam tanto?

Eu só queria ser alguém normal.


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Notas finais do capítulo

(⚠Inspirado na música Teddy Bear-Melanie Martinez⚠)Se gostou comente pq vai me ajudar muito :3 até a próxima!



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