Concrete Heart escrita por Carolina Muniz


Capítulo 9
Capítulo 8 - What you saw?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, terminei o capítulo. Espero que gostem! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676205/chapter/9

A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

— Albert Einstein

 

Eu esperava ansiosamente os dias passarem, porém, a cada um deles parecia que uma hora a mais era posta. Já haviam se passado dois dias que Victor e eu não nos falamos. E isso já estava me deixando estressada. Eu nem fiz nada de errado. E ele, ainda por cima, disse que eu acabei com a vida dele. Aah! Humanos! Ele nem telefonou. Não que estivesse esperando que ele ligasse. Victor não é esse tipo de garoto. Mas o problema é que ele está me fazendo agir como uma criança. E ainda tinha o fato de que Carlisle me trata como um bebê agora. Eu não devia ter contado para ele. Eu sabia. Mas é claro, eu fui uma boa vampira e disse o que aconteceu. E agora ele me mantém em cativeiro.

Tudo bem, estou exagerando. Mas ficar toda hora com a minha família do meu lado é muito sufocante. Não é o tipo de coisa que eu estou acostumada.

Joguei o travesseiro contra a parede, e a mesma tremeu. Revirei os olhos. Só faltava eu quebrar a parede do quarto!

É tão cansativo. Eu sinto a falta dele, admito em pensamento, i problema é que isso me deixa exausta. Eu penso nele 24h por dia. E isso é literal já que eu durmo. Eu sinto do jeito, o sorriso, o olhar... A voz. O coração batendo acelerado, a respiração... Eu sei, todos os humanos tem tudo isso. Mas não é qualquer um, é ele!

Rose bateu na porta.

Estava demorando!

— Entre – eu disse, de mal humor.

Se eu dissesse que não, ela entraria do mesmo jeito. Suspirei e me sentei enquanto ela fechava a porta atrás de si.

— Tudo bem? – ela perguntou.

— Não começa – eu disse, revirando os olhos.

Ela respirou fundo. Eu sabia que havia sido grosseira, e ela nem tinha feito nada. Mas estou cansada demais para sentir remorso. Na verdade, ultimamente eu estou cansada demais para sentir qualquer coisa.

— É o Victor? – ela perguntou, se sentando de frente para mim.

Levantei uma sobrancelha. Onde ela quer chegar com isso? Eu já decretei que todos estavam proibidos de pensar no Victor até a segunda ordem. Já era ruim demais ter que pensar nele por conta própria, e ainda ter que aguentar os outros... Já é querer demais!

— Emmett vai sair... – ela começou.

Rose estava tentando me dizer algo de forma que não me “perturbasse”, porém, para isso, ela precisava pensar e pelo visto se esqueceu desse detalhe.

Tentei não dá importância ao que ela ia dizer e a interrompi. 

— Está tudo bem, ok? Eu não ligo. Que se divirtam e é melhor Emmett não deixá-lo fazer besteira – eu disse, sabendo muito bem que era mais fácil Emmett fazer besteira do que o Victor.

— Sério?

— Sim, eu não estou proibindo ninguém de ver o Victor. Só de pensar nele enquanto eu estiver por perto. E, bem, fomos eu e Victor que terminamos e não o Victor e os Cullen – eu disse.

Ela mordeu o lábio e balançou a cabeça.

— Olha, ta na cara que você sente a falta dele. Vocês se amam e bem, sim você errou, mas também não é o fim do mundo. E... – ela mordeu o lábio de novo e olhou para cima, esperando algum conselho divino cair do céu. – Victor é orgulhoso, e você também, né? Ele quer que você peça desculpas, com certeza é só isso. Ele só quer que você perceba que errou.

— Estão tratando isso como uma tempestade, quando só caiu uma gota do céu.

— Angel, só to dizendo que... Tenta entender o Victor. Você e Ephrain tiveram... Bem, nem sei como dizer o que você fizeram. Mas, enfim, ele ainda é apaixonado por você e o Victor sabe que na verdade é mais do que só paixão. Ele está...

— Com ciúmes? – a interrompi.

— Sim.

— Fala sério, Rose. Do que ele teria ciúmes?

Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e me encarou.

— Advinha?

— Ele não tem motivos.

— Se não tem então por que você não contou a ele sobre Ephrain?

— Ué, não era importante.

— Se uma ex-namorada do Victor se encontrar com ele e ele não te contasse, você acharia sem importância?

— É diferente.

— Ah, claro que é. Afinal, nenhuma ex-namorada do Victor tem um vínculo tão profundo com ele quanto Ephrain tem com você.

— Você está invertendo as coisas. Foi ele que terminou comigo.

— Por que ele quer chamar sua atenção – ela revirou os olhos e cruzou as pernas. - E por que você não vai lá e fala com ele? Você o ama.

— Só por que você ama uma pessoa não quer dizer que deva ficar por perto e destruir a vida dela – eu disse, e me deitei na cama.

— Você é a melhor coisa que já aconteceu com ele. E sabe disso – ela sussurrou.

— Sabe qual foi a melhor coisa que já aconteceu com o Victor? O sobrenatural. É só isso. Não é por que sou eu. É por que os vampiros são diferentes. Rose, olha para o mundo. Quem não iria se apaixonar por vampiros? Os poderes, a velocidade... A luxúria que está impregnada em nós! É isso, só isso, que prende o Victor a mim. Isso é que fascina.

Ela apenas me encarou. Nem mesmo Rose podia ir contra ao que eu disse, ela sabia que eu disse era verdade. Pelo menos, em parte, ela acreditava.

E antes que eu pudesse evitar, meus olhos ficaram embaçados, o cenário já era mais o quarto e todo e qualquer resquício de sangue saiu do me organismo.

Eu conhecia aquele lugar. Era a campina. Mas não se parecia mais com a campina, talvez por que fosse outono. As folhas caíram. Mas quando olhei bem, não folhas no chão. Eram pedaços de roupas com gelo. Não, não era gelo. Eram partes do corpo de um vampiro. De vários vampiros. Uma enorme fogueira era acesa na lateral da campina, e quando o vampiro se virou, eu vi o rosto de Esme. Era uma coisa aterrorizante. Seu rosto estava contorcido pela tristeza e a dor. Mas vampiros não sentem dor. Fiquei distraída com minha observação e quase não percebi até que fosse tarde demais, quando o cheiro de sangue fluiu doce e suave no ar, fazendo minha presas aparecem sem relutância. Eu reconheceria aquele cheiro em qualquer lugar. Só uma pessoa poderia me afetar desse jeito. Andei em direção ao cheiro e me deparei com uma cena pior do que ver Esme e seu rosto banhado pela dor. O corpo de Victor tremia no chão, Alice tentava segurá-lo enquanto Jasper fazia alguma coisa. Onde estava Carlisle? Ele é médico, tem que saber o que fazer. Olhei ao redor, e percebi que Carlisle não poderia ajudar. Sua cabeça estava fora do corpo. Não ousei chegar perto, mesmo que meus pés foram em sua direção. O grito de Victor me fez parar e encará-lo, mas antes que eu pudesse vê-lo algo chamou minha atenção. Uma mão delicada estava estirada aos meus pés e a pulseira de Rosalie pendia nela. Eu sabia que não era real, era uma visão. Eu tinha a plena consciência de estar no meu quarto com Rosalie. Mas os meus olhos não viam isso e a casa milésimo de segundo era mais agonizante que o outro. Olhei para o alto da montanha, e lá estava eu, arrancando a cabeça de James. Minha boca se abriu e meus andaram involuntariamente naquela direção. Outro grito do Victor me fez para e olhar para baixo. Agora eu tinha a visão exata do que Jasper estava fazendo: ele tentava conter o sangue não parava de sair. Num relance rápido demais, tanto que eu nem lembrei da sede, pude ver as retas perfeitas no peito de Victor. Eu conhecia aquilo. Eram garras de lobisomem.

— Angel! – a voz de Rosalie se sobressaiu em minha mente e eu voltei ao quarto. – Você está bem? – ela perguntou. – Foi uma visão? O que você viu?

— Eu  não sei bem o que eu vi – sussurrei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

GZUIS!!! O que será que foi isso?????
XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Concrete Heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.