O Vampiro de Shadowstone: O Despertar escrita por James Fernando


Capítulo 2
Capítulo 2: A Caça e o Predador


Notas iniciais do capítulo

E aqui esta o segundo capítulo.



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Brian Fuller queria sair correndo. Implorar pela vida. Qualquer coisa, mas infelizmente ele estava paralisado de medo.

— Olha o que temos aqui. Será mais um fã maluco que entrou escondido em meu camarim?

Brian tateou a mão no chão enquanto encarava Vladimir com os olhos esbugalhados de medo.

— O que será que devo fazer com um invasor como você? Você sabia que ate mesmo vampiros prezam por sua privacidade?

Tentando acalmar o seu coração, Brian sentiu algo em sua mão. Era frio e áspero.

— Lição aprendida. Nunca mais irei fazer isso. Foi um prazer te conhecer. Sou eu fã, tchau! – Brian disse rapidamente e se levanto em um impulso batendo em Vladimir com a barra metálica desprendida do armário que ele achou.

Vladimir deu alguns passos para trás sendo pego desprevenido. A porta do armário que estava me sua mão foi jogada no chão e um corte no rosto dele surgiu e sangue escorreu.

Brian correu em direção a porta.

— Você cometeu um grave erro, pivete!

Vladimir surgiu na frente de Brian. Ele parou bruscamente e se jogou para a direita desviando das garras de Vladimir. Se Brian fosse atingido pela mão direita de Vladimir, com toda certeza ele seria rasgado como se fosse atingido por garras de um tigre.

Brian caiu direto no sofá velho que ali estava.

Ele olhou para o rosto de Vladimir e viu o terrível corte se curar e um estranho vapor sair da ferida.

— Isso esta ficando interessante. – Vladimir disse se recompondo.

Os olhos de Vladimir se tornaram escarlates e veias negras ao redor de seus olhos surgiram. Ele estava bem mais assustador. Ele agora era um verdadeiro predador, e Brian era a presa.

— Você tem três minutos para correr. Sobreviva por uma hora e eu prometo não drenar ate a ultima gota de seu sangue.

— O que? – Brian perguntou confuso.

— Dois minutos e trinta segundos. O tempo esta passando. Assim que chegar a zero, eu irei te caçar.

Brian se levantou, ele olhou em seu relógio de pulso, era onze e trinta e sete da noite. Vladimir deu um passo para trás indicando que ele poderia sair do camarim.

— Tic Toc.

Com este ultimo aviso de Vladimir, Brian correu ate a porta e saiu do camarim.

— Ah, quase esqueci. Não pense em pedir ajuda, pois irei matar qualquer um que cruzar o meu caminho ate você. Tenha uma ótima fuga.

Psicopata era a única palavra que Brian pensou que poderia descrever o maldito vampiro.

Ele pensou em ir ate onde as pessoas ainda estavam, mas ele não poderia colocar todos eles em perigo. Não que ele se importasse, ele simplesmente não estava afim de ter este peso na consciência.

Pensando nisso, ele decidiu correr para o lado oposto do qual ele havia entrado.

Brian correu o mais rápido que pode.

— Droga! Eu devia ter levado a serio a aula de educação física! – ele comentou apoiando a mão esquerda na parede enquanto que a direita segurava seu estomago.

Ele sentiu algo estranho em seu tórax.

— Maldição, isso não é hora para minha asma voltar.

— Pronto ou não, lá vou eu!

Tomando um folego, ele voltou a correr virando corredor após corredor.

Aquele lugar parecia um maldito labirinto.

Já fazia um pouco mais de um ano que Brian não tinha um ataque de asma, conforme o tempo foi passando, ele acabou se esquecendo de carregar sua bombinha junto dele.

Brian entrou em um antigo escritório abandonado. Ele fechou a porta e correu ate a mesa e empurrou a mesa ate a porta.

— Isso deve me dar... três segundos. – ele disse desanimado.

Brian apertou um botão de seu relógio e uma luz verde iluminou permitindo que ele visse a hora.

— Meia noite e cinco. Tenho ainda trinta e dois minutos, isso se ele manter a sua palavra.

Brian apertou os botões do relógio rapidamente.

Longe, ele ouviu os passos de Vladimir ecoar por toda aquela área desolada.

— Tem que ter algo que possa me ajudar... – ele disse olhando desesperadamente em volta.

Brian correu ate as estantes velhas. Procurou nas gavetas. Virou toda aquela sala de cabeça pro ar, mas nada achou.

Foi ate a mesa e procurou nas gavetas. Na ultima gaveta, ele encontrou coisas antigas de escritório, e junto das tralhas, ele encontrou um colar quebrado com uma cruz de madeira.

— Sério? Uma cruz? É hoje que eu morro... – ele choramingou. – Bom, não custa nada tentar.

Os passos de Vladimir estavam ficando cada vez mais próximos. Brian sabia que não adiantava se esconder, não de um vampiro que podia farejar o seu cheiro como um cão de caça.

Brian guardou a cruz no bolso a calça e olhou em volta. Ele parou seu olhar na pequena janela. Ele sabia que poderia atravessar. A janela não era grande, mas uma pessoa magra conseguiria atravessar com um pouco de esforço.

Ele correu ate a cadeira velha e acabada e a empurrou ate a janela e subiu nela.

— Toc Toc. – ele ouviu a voz de Vladimir do outro lado da porta ao mesmo tempo em que o vampiro de olhos vermelhos batia na porta como se estivesse visitando alguém.

Brian se apressou, encolheu a barriga e atravessou rasgando a roupa. Ele caiu e rolou no chão de terra com folhas. Seus óculos caíram no chão. Sem eles, Brian não era melhor que um cego. Ele ouviu a porta sendo aberta em um estrondo. Rapidamente ele procurou os óculos engatinhando pelo chão.

Quando ele sentiu os óculos em sua mão, ele rapidamente os colocou.

— Ótimo, era só o que me faltava! – ele reclamou. A lente do lado esquerdo havia trincado.

Não havia tempo para chorar de dor por ter machucado o joelho. Ele tinha que correr e sobreviver.

Ele estava no lado de trás do galpão abandonado. Ate onde ele podia ver e ouvir, não havia mais ninguém ali.

Enquanto corria em direção a floresta, o que ele sabia ser uma péssima ideia, Brian olhou por cima do ombro e viu o rosto de Vladimir no outro lado da janela o observando com um estranho brilho assustador nos olhos escarlates.

Na entrada da floresta, ele avistou um carro preto e antigo parado. Ao se aproximar correndo, ele viu um casal se beijando no capo. As coisas estavam começando a esquentar, mas pararam ao notar que Brian se aproximava.

— Socorro! Vocês precisam me ajudar! – ele gritou enquanto se aproxima.

O namorado ficou na frente da menina para protege-la.

Não muito longe, Brian ouviu a voz de Vladimir.

— O que foi que eu lhe disse? Nada de pedir ajuda!

— Droga! – Brian praguejou olhando para trás. Vladimir estava há um pouco mais de trinta passos de distancia andando normalmente. A imagem era assustadora.

Brian começou a correr.

— Fujam! Rápido! Vocês estão em perigo! – Brian exclamou para o casal e continuou a correr e entrou na floresta.

Cada segundo ele estava ficando cada vez mais longe do casal. Já longe, ele ouviu o som do grito apavorante da menina e logo em seguida ela se calou.

Brian se sentiu culpado, mas não tanto a ponto de parar de correr.

Seus olhos logo se acostumaram com a escuridão. Não era noite de lua cheia, isso dificultou gravemente para Brian, ele mal podia ver um palmo a sua frente.

O ar frio da noite, mais a nevoa fraca o estava deixando ainda mias apavorado.

Brian continuou a correr. Ele só havia entrado naquela floresta três vezes em sua vida, e nunca havia entrado mais do que trezentos metros adentro. Aquilo era um pesadelo.

Brian parou de correr e encostou em uma árvore. Respirar estava ficando cada vez mais difícil.

— Você não pratica muitos esportes, não é mesmo? – Vladimir perguntou encostado na mesma árvore que Brian.

O menino se jogou para o lado com o susto ao ver o vampiro ao seu lado como se fossem amigos de longa data.

— Você deveria. Ouvi dizer que exercícios faz muito bem para a saúde. – Vladimir disse se virando para Brian.

Brian já estava com todo o corpo dolorido, e ficar caindo não estava ajudando. Ele se levantou mordendo o lábio para não gemer de dor enquanto segurava uma pedra escondido.

— Sabe, não achei que fosse possível, mas seu sangue ate que tem um aroma apetitoso.

— Desculpe, mas você não faz meu tipo. – ele disse jogando a pedra e correndo para longe de Vladimir.

Vladimir simplesmente a pegou e a esmagou ate virar pó.

— Você pode correr, mas não se esconder!

Brian sabia que ele simplesmente estava evitando o inevitável. Se Vladimir não fosse um maldito sádico que gosta de brincar com a comida, Brian já teria sido drenado a muito tempo.

Ele continuou a correr ate que ouviu o som de água corrente.

Brian correu desesperado. Tropeçou varias vezes, caiu, mas se levantou e não desistiu. Ele não estava pronto para morrer.

Ao passar por varias árvores e arbustos, ele saiu em um rio raso. Por um segundo ele parou e admirou o local, no segundo seguinte ele se lembrou que não era hora para admirar a vista.

Brian começou a correr e entrou no rio não se preocupando se estava se molhando, mas ele parou no meio da travessia ao ouvir a voz de Vladimir.

— Você ataque resistiu bem, mas já me cansei dessa brincadeira. Tenho um compromisso antes do sol nascer.

Brian se virou e Vladimir parado na margem do rio o encarando com os olhos vermelhos. Naquele momento Brian soube que era o fim. Não havia como escapar.

Em um vulto negro, Vladimir desapareceu.

Brian fechou os olhos e aceitou a morte. Como se uma luz acendesse em cima de sua cabeça, ele se lembrou que talvez, um grande talvez, ainda havia uma chance. Ele enfiou a mão no bolso de sua calça e sentiu algo áspero. Era a cruz de madeira.

Ele pegou a cruz e a tirou e a apontou para Vladimir que já estava a um passo de pegar Brian.

Como se houvesse um escudo invisível, Vladimir foi repelido para a margem do rio. Seu corpo se chocou contra a terra.

Em sua velocidade anormal, ele se levantou e encarou Brian cheio de ódio.

— Uma cruz? Sério? – Vladimir indagou irritado.

— Se funcionou, pra mim tá valendo! – disse Brian se sentindo um pouco mais convencido. – Quero ver você me pegar agora! Se deu mal, idiota!

Brian viu os olhos do vampiro brilharam em puro furor.

— Isso não será problema! – Vladimir disse se agachando em altíssima velocidade e pegando uma pedra. Ele se levantou e a jogou mais rápido que um humano normal poderia fazer.

Brian gritou de dor ao sentir sua mão ser quebrada e sentir sangue escorrer. A cruz caiu dentro do rio.

Ele só teve tempo de gritar, pois no segundo seguinte, ele estava sendo suspenso pelo pescoço por apenas uma mão de Vladimir.

— O que você disse mesmo? – Vladimir zombou dele.

Brian não conseguia falar direito. Ele mal conseguia respirar.

— Foi ate divertido, mas infelizmente, você sabe demais. Adeus, humano!

Vladimir abriu a boca e mostrou seus dois dentes pontudos. Ele trouxe Brian mais próximo e cravou os dentes na jugular do menino.

Brian sentiu seu corpo ficar a cada segundo mais fraco. A cada segundo, seu sangue era drenado sem hesitação.


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Notas finais do capítulo

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