O Renascer dos Nove escrita por Number Nine


Capítulo 23
Santa Teresa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Seis

 

                Estava esperando que pousássemos em algum lugar como Barcelona ou pelo menos em algum aeroporto, mas Sandor nos fez pousar numa planície nevada inóspita onde segundo ele ninguém iria nos notar. Além de qualquer pessoa que morasse por ali e soubesse que nenhum avião deveria pousar naquela área.

— Relaxem meus pombinhos! – ele fala rindo. Ainda estou envergonhada porque provavelmente Sandor me viu dormindo com John quando saiu em algum momento durante o voo. – Estamos há 20 quilômetros de Santa Teresa.

                Saímos do avião e meus pés finalmente tocam o solo espanhol com John logo atrás de mim. Não sei por quanto tempo teremos que andar, mas suponho que 20 quilômetros sem um carro para nos ajudar será uma tarefa bastante árdua, acho que eu e John conseguiríamos cobrir esse caminho correndo de maneia tranquila, mas não sei se os Cêpans fariam isso facilmente.

                Olhamos para o avião e Sandor começa a fechar a porta e tenta camuflá-lo o melhor possível na neve. Se precisarmos ele ainda poderá ser o nosso melhor meio de fuga, mas acho que a aeronave já deve estar comprometida e não conseguiríamos abastecê-la facilmente. Desconfio que foi o último voo dela.

                Sandor pega um celular da jaqueta dele e o liga, era um descartável desses que compra em lojas de conveniência e começa a ligar para um número e se afasta de nós. Fico curiosa para saber quem será que ele está ligando, acho que provavelmente é Nove, deve estar querendo contar as novas para o Garde dele.

— O que acham da Espanha? – John pergunta pegando um pouco de neve e acendo o Lúmen na mão fazendo-a derreter.

— Neve, neve e mais neve. – digo fazendo levitar uma bola de neve na minha frente e acerto na cara dele.

                John me olha fingindo está furioso e levanta duas bolas de neve no chão e as faz me perseguir. Uso minha telecinese e as prendo no ar e ficamos travando um duelo telecinético para ver quem seria acertado pelas bolas de neve. Noto que Henry revira os olhos por causa da nossa brincadeira e vai para o lado de Sandor.

— É um bom treinamento! – digo para John e faço duas bolas de neve nova surgirem sem que ele perceba e o acerto por trás.

                Ele perde a concentração e é bombardeado também pelas duas bolas de neve que havia tentando me acertar inicialmente também. John levanta as mãos como sinal de rendição e começamos a rir.

— Me rendo para a número Seis, a rainha das guerras de bolas de neve com Telecinese. – ele fala rindo.

— Você se rende muito fácil Johnny. – nessa hora ele me acerta uma bola de neve no meu rosto e depois fica assobiando como se não fosse ele.

                Levanto três bolas de neve no ar com a telecinese e vejo John começar a correr de mim procurando algum lugar para se esconder. Eu as envio em sua direção e na hora que iria atingi-lo ele se telentransporta e reaparece na minha frente e me joga no chão. Nós dois caímos na neve e começamos a rir.

— Seu Legado é muito trapaceiro. – eu falo rindo. – Não podemos fazer uma competição de bolas de neve com Telecinese com Teletransporte, eu não fiquei Invisível, lembra?

— Okay, na próxima eu deixo você ficar Invisível. – John fala saindo de cima de mim se sentando ao meu lado.

                Ainda não entendi direito essa história que ele me contou. Esse poder de copiar os Legados dos outros, me parece meio surreal, fico imaginando se isso é realmente possível, mas ninguém que conhecemos se teletransporta, pelo menos ainda. Então como ele conseguiu aprender? É muito difícil compreender toda essa história.

                Bernie Kosar corre até nós e fica abanando o rabo para John e pondo a língua para fora, acho que está querendo dizer alguma coisa. Eles ficam se olhando por um tempo e então John me fala que os outros conseguiram nos arranjar uma carona.

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                O senhor que nos deu carona nem sequer fez muitas perguntas. Apenas ficou feliz por ajudar. Aparentemente a história que contaram foi que nosso carro quebrou e estávamos andando havia umas 4 horas nessa direção e que Sandor era nosso tio enquanto eu e John éramos filhos do Henry, estávamos querendo chegar na nossa tia que morava em Santa Teresa para pedir ajuda. Ele pareceu comprar a história e nos levou, nem sequer pareceu ficar intrigado com a arca de John.

                A viagem foi rápida e pude ficar olhando um pouco para as árvores e montanhas nevadas que surgiam ao longo do caminho, o local era um pouco inóspito. Para nós se acontecer uma batalhar vai ser bom tentarmos levar ela para cá, assim reduziremos o número de pessoas envolvidas e assim não teremos um segundo tipo de problema como aconteceu com John e Henry. E com certeza haverá uma batalha.

                Quando chegamos na entrada da cidade parece que estou fazendo uma viagem no tempo nos livros de história dos humanos. As casas são antigas e parecem ser do século 15 ou 16, vejo pessoas simples e não se vestem como os americanos – jeans, roupas justas, etc – é tudo um pouco diferente.

                Ouço Henry dizer que o homem pode nos deixar numa igreja que parece ser datada do século 15 também, mas ela é gigantesca e pelo que posso perceber pelo movimento. Hoje é dia de missa, estamos há tanto tempo naquele bunker que perdi a noção de tempo, provavelmente devemos estar no Domingo então.

                Vejo dois homens e um garoto que aparenta ter uns 15 anos se aproximarem de nós. Um dos homens tem uma espessa barba como se fosse um sábio, ou um mendigo, dependendo de como ele estivesse se vestindo, o outro homem é forte e bigodudo com uma cara mal-encarada – me faz lembrar um pouco o Conrad – e o menino tem pele morena e cabelo raspado, mas uma expressão de quem está disposto a ir para a guerra. Devem ser as pessoas que estão nos esperando.

                Nós nos aproximamos deles e o menino começa a nos encarar, ele me olha de soslaio, mas não me dá muita importância. Quando seus olhos batem em John sua expressão suaviza e ele abre um sorriso branco alegre.

— Sãos eles, Greg! – ele praticamente grita para o homem barbudo. – E mandaram John Smith para nos ajudar!

                Olho para John e arquejo minha sobrancelha. Ele me olha com uma cara debochada querendo rir de mim, aparentemente eu sou desnecessária para esse Garde.

— Desculpem por isso. – o Cêpan que agora sei que se chama Greg fala dando um pigarro sem graça. – Me chamo Gregory, esse Garde sem modos é o número três e o homem aqui ao meu lado é Crayton.

                Então esse é o número Três, demorei para perceber que só poderia ser ele. Pela idade só poderia ser mesmo, agora quem será esse Crayton? Não consigo lembrar dele na nossa viagem para a Terra, será que ele tem algo com a outra nave que os outros tanto falam?

— Greg! – Henry abraça o homem e os dois tem um laço fraternal pelo que posso perceber, trocam sorrisos, logo em seguida é a vez de Sandor fazer o mesmo com Gregory.

— Eu vim na outra na nave. – Crayton explica. – Minha protegida, Ella a Número Dez está junto com a Número Sete e nos passando as informações que precisamos, queremos saber onde a Cêpan escondeu a arca e então tirar a Garde e a arca dali e depois sairmos daqui.

                Henry olha para o homem e os dois ficam se encarando.

— De que adianta termos a arca se a Sete não irá conseguir abrir a arca sem Adelina? – ele questiona o homem.

— Bom de nada vai adiantar não termos nem a Cêpan e nem arca. – Crayton retruca mal-humorado e vejo que os dois já estão criando um embate e todos estão quietos os observando.

— Deixemos que Henry tente falar com Adelina, Crayton. – Gregory se interpõe tentando acabar com a discussão. – Foi nosso trato desde o começo que eles iriam tentar a convencer de vir conosco.

                O Cêpan lança um longo suspiro irritado, mas parece concordar e em seguida se afasta de nós um pouco. Fico perplexa por essa atitude desnecessária e não entendo o porquê disso tudo, embora, eu ache que realmente essa Cêpan da Número Sete deva ser muito irritante para estar deixando todos nesse estado de nervos.

— Sim, tenho certeza que eu irei conseguir convencer Adel a voltar a seguir a nossa causa Crayton, por favor confie em nós. – Henry fala de uma maneira tão confiante que até eu sou forçada a acreditar nisso.

— Sim, nosso garanhão Brandon vai conseguir convencê-la cara. – Sandor fala dando um sorriso malicioso. – Pode confiar.

                Henry olha feio para Sandor que levanta as mãos fingindo-se de inocente pelo comentário.

— Enquanto ao resto de nós? – John pergunta cruzando os braços. – Temos que armar um perímetro, vocês disseram que os mogadorianos podem já estar armando um ataque, certo?

— Eles já estavam rondando pela escola da Número Sete quando abati dois mensageiros. – quem fala é o Número Três.

                Ele sorri para John quase como se quisesse receber umas palmadinhas nas costas por ter feito isso, mas sinceramente, foi uma idiotice. Se os mogadorianos achavam que tinha algo suspeito aqui, abater mensageiros é o melhor jeito de chamar mais dos deles para vir aqui, ainda mais com a Cêpan que não faz nada.

— Fiquem por perto. – Henry sugere. – Acho que eu e Gregory devemos ser o suficiente para falarmos com Adel, Sandor e Crayton podem ficar pelas redondezas mesmo observando o local.

— Posso tentar ver se encontro mais mensageiros por aqui usando o bracelete. – John sugere mostrando o bracelete vermelho que ele tem no pulso. – Se eles estiverem em maior número não entrarei em confronto, estão aqui pela Sete então não irão me atacar.

                Henry fica cogitando a ideia por alguns minutos e finalmente assente cautelosamente, mas percebo que está com um pouco de medo. Quase perdeu John no aeroporto.

— Seja cuidadoso.

— Eu vou com John Smith! – Três fala empolgado e olha para Greg como se quisesse autorização.

— Por favor, não fale esse nome alto aqui. – John o adverte. – Eu sou procurado.

— Desculpe... – Três fala constrangido.

— Só não faça o que você fez daquela vez. – Greg fala de maneira tranquila, mas ao mesmo tempo séria.

                Só falta uma pessoa decidir o que terá que fazer, pensei em seguir o mesmo tipo de posicionamento que John, mas depois de todos esses momentos intensos que estamos tendo acho melhor ficarmos um pouco distantes na missão.

— Irei tentar entrar em contato com a Sete. – todos me olham espantados, eu já esperava isso, para dizer a verdade. – Ela precisa saber que já estamos aqui, não é justo a pobre menina achar que está sozinha enquanto tem quatro membros da Garde, incluindo a Dez que já está com ela para lhe prestar auxílio e uma batalha a caminho. Sete precisa estar pronta.

                Desafio qualquer um deles a me questionar com um olhar penetrante e parece que nenhum dos Cêpans está com convicção para isso. Fico surpresa, eles concordaram comigo.

— Hoje é o El Festín Seis. – Greg comenta. – As meninas do convento trabalham o dia todo, então tome cuidado com o que vai fazer, se aproxime cautelosamente da Sete.

— Eu posso ficar invisível. – revelo isso para Greg.

— Demais! – Três fala com os olhos brilhando e esquecendo por um momento toda essa coisa de admiração de John.

— Eu me teletransporto! – John fala com ciúmes.

— Mais demais ainda! – Três fala voltando-se para ele.

— Sério isso John? – pergunto incrédula para ele.

— O que? – ele fala se fingindo de sínico. –  Só achei legal todos saberem o que podemos fazer.

— Eu sei atravessar as coisas. – Três fala querendo se exibir também. – Somos uma equipe perfeita!

— Já acabaram? – Greg pergunta e estou notando que o homem está ficando impaciente.

                Ele me conta basicamente tudo que preciso saber. Sete atende pelo nome de Marina aqui, ela é uma menina alta e esguia, tem cabelo escuro e comprido. Provavelmente está andando com Ella que é a Garde que é a Número Dez, embora Ella tenha 12 anos, é uma Aeternus e para se disfarçar assumiu a forma de uma menina de 7 anos de idade então devo procurar por pessoas com essas características.

                Quando eles perguntam se eu entendi apenas concordo com a cabeça e fico invisível. Vejo todos assumirem suas posições, John colocar o gorro para dificultar seu reconhecimento com Três do seu lado tagarelando algo indo para algum canto da cidade, Crayton e Sandor – a dupla de Cêpan mais bizarra que já vi indo para um café na frente da igreja ver se acham alguma informação útil. Espero Henry e Gregory entrarem na igreja para enfim entrar também.

                Tento não esbarrar em nenhuma pessoa que ainda esteja tentando entrar em algum lugar para entrar na missa e embora seja uma tarefa difícil, estou conseguindo manobrar bem, já que dessa vez estou sozinha. Se é verdade que John consegue copiar o Legado dos outros terei que fazer ele aprender o meu, mais de um pra ficar invisível vai ser uma coisa ótima para me ajudar um pouco.

                Fico maravilhada com a pintura e os detalhes da nave da igreja. Vários anjos pintados por todo o salão, os bancos certamente forram esculpidos em alguma madeira nobre, as janelas são de vidraças coloridas que fazem um caleidoscópio quando o sol bate nelas. É estranho ver tanta beleza numa igreja de uma cidade tão pequena, tento focar em Marina e Ella.

                São tantas pessoas, acredito que toda a cidade esteja aqui para assistir à missa e não ajuda nada quando estão todos abarrotados nos bancos. Tento ir para um dos cantos da Igreja e não consigo uma visão tão melhor assim.

                Por fim decido usar a telecinese em mim mesma e começo a levitar a mim mesma, fico alguns metros do chão. Devo estar aproximadamente uns 10 metros elevada agora quase na metade da nave da igreja e alcanço uma visão quase panorâmica da missa.

                Vasculho pelos membros da igreja e nada de encontrar as duas garotas. Se elas estiverem aqui, devem estar misturadas com as pessoas locais e não com as freiras. Até que faz sentido, pois quase não vejo garotas novas na parte da frente da igreja ao lado do papa.

                Estou ficando irritada e pensando em fazer algo idiota como convocar uma brisa gelada para mexer no candelabro da igreja e fazer todos olharem para cima chamando sua atenção, quando ouço uma gargalhada de criança vinda do fundo da nave.

Lá estava a menina que deve ser a Número Dez e a garota que está ao seu lado tentando tirar alguma coisa dela é Marina, a número Sete. Todos se voltam para as duas e o padre para o sermão e olha irritado para as duas. Marina está tirando algo que tinha caído dentro da roupa de Ella e mostra para o padre, mas não consigo identificar direito o que é estou no ar e muito longe, mas agora que sei onde estão as duas, eu começo a voltar para o chão.

                Me aproximo calmamente para não esbarrar em ninguém, espero sinceramente não interromper outra vez esse sermão porque vejo uma das freiras olhar para as duas de jeito tão mortal que preferiria enfrentar um piken a ter que encarar essa mulher. Consigo me aproximar até chegar ao lado de Marina, ela está encarando a freira e encosto em seu ombro, não posso me tornar visível então rezo por mais irônico que seja e falo.

— Fique calma Número Sete. – sussurro em seu ouvido e minha palavras saem calmas e lentamente. – Eu sou a número Seis.

— O que! – ela murmura quase alto e por um momento tenho medo que as pessoas ao seu redor vão olhar de novamente para as duas, mas ninguém olha. Nem mesmo Ella que está brincando com uma lagarta feliz da vida, era isso que estava a incomodando.

— Não falei Marina, eu sei seu nome. – sussurro mais baixo ainda em seu ouvido. – Por favor só ouça, estamos aqui, viemos te encontrar e te tirar daqui.

                Noto um sorriso surgir no rosto da menina e depois os olhos dela começam a ficara marejados. Torço para que ela não chore.

— Quando acabar a missa, saia e leve Ella com você até a saída da igreja. – tento dizer algo mais, Marina viveu sempre negligenciada pela Cêpan ao contrário dos outros, se John estivesse aqui ele poderia dizer algo sentimental, eu sou horrível com isso. – Você não está mais sozinha Marina, eu e os outros viemos te encontrar.

                Percebo as pernas de Marina fraquejarem um pouco, eu acho que consegui fazer a menina acreditar em mim. Por mais que ela esteja sozinha esse tempo todo, ela quer sair daqui com ou sem a Cêpan dela, ela olha para mim e parece que consegue me ver mesmo eu estando invisível e sussurra a palavra Obrigada na direção de onde estou.

                Decido esperar até o final da missa para ter certeza que vai ocorrer tudo bem e também não estou gostando de como aquela freira rabugenta olha de maneira sinistra para a pequenina Ella. Acho que ela planeja algo perverso para a menina por ter atrapalhado o sermão e não irei permitir.

                Quando o padre começa os ritos finais em latim os meus temores parecem se tornar verdadeiros e a irmã se levanta e começa a caminha até a saída da igreja. O padre termina a missa e dá a benção para todos os moradores da cidade e visitantes que ele está vendo. Por um momento meu estômago gela e olha para minhas mãos. Elas ainda estão invisíveis, então ele certamente está falando de Henry e Gregory.

                Todos começam a se levantar e percebo Marina e Ella estão se caminhando para a saída sem perceberem que a irmã já está à espreita para dar o bote. Caminho sorrateiramente até ela e uso minha telecinese para puxar a batina dela para baixo e a prendo contra a parede. Quando a irmã vê Marina puxando Ella nervosa pela mão tenta correr, mas ela é impedida pela minha força telecinética. Ouço ela gritar e todos ficam a observando como se fosse louca até que parte da batina se rasga e um enorme murmuro entre as pessoas é ouvido.

                A irmã fica olhando para a parede sem saber o que aconteceu procurando o que pode ter prendido a sua batina rasgada ao ponto de rasgar e não encontra até que grita.

— El Diablo! El Diablo está aqui! – todos olham arregalados e alguns riem dela.

                Decido que já torturem bastante uma senhora, mas foi porque ela planejava bater numa criança de Sete anos por ter rido.

                Saio da igreja e começo a procurar Marina e Ella. Por um momento penso o pior e acho que perdi as duas de vista, começo a circular por toda a igreja até que encontro a menina com a minhoca andando pelo braço rindo e Marina nervosa olhando para os lados. Ela parece assustada, sinto um pouco de pena dela. Ao julgar pela garota ela não tem treinamento nenhum ou bem pouco, teremos muito trabalho com ela, mas se consegui fazer isso com John. Marina vai ser uma boa guerreira.

                Espero que todas as pessoas saiam daquela área e deixo meu corpo começar a ficar visível. Marina solta um gritinho e dá um pulo, mas ela nem parece tão espantada ela só para de rir e fica admirada ao me ver.

— Você! É a garota dos meus sonhos! – Marina fala admirada ao me ver.

                Fico meio sem jeito com a recepção.

— A obrigada, mas é que eu meio que já tenho um lance com um cara. – digo meio sem jeito e nem sei porque já defini a minha relação com John como um lance, eu tenho que parar com isso.

— Ahn? Não! Não! – Marina quase grita ficando vermelha. – Literalmente eu tenho tido alguns sonhos. Eu sou Marina, mas você já sabe e por que queria que trouxesse Ella?

                Olho para a menina. Ela me abre um sorriso meio travessos, ainda não contou para Marina.

— Desculpa Marina. – Ella fala sorrindo para Marina e seu corpo começa a mudar. De repente vejo que ela começa a crescer bem diante dos meus olhos, algo que parece ser algum tipo de traços de musculatura de treinamento começa a surgir, até mesmo as roupas dela se adaptam ao seu novo corpo e uma voz nova e mais madura surge. – Eu sou uma Garde como você, sou a Número Dez.

                Marina arregala os olhos com a transformação bem na frente dela recuando um pouco e quase esbarrando na parede da igreja.

— Dios Mio! – ela pragueja em espanhol. – Número Dez, mas como isso é possível? Éramos só Nove.

                Ella fica um pouco envergada e tímida por causa disso. E eu começo a pensar que essa vai ser uma longa tarde de explicações, mas há um quarteirão dali começo a ouvir gritos e explosões, em seguida uma fumaça começa a estender vinda de uma casa. O rosto da Marina fica pálido e ela segura meu braço com força.

— Seis, o que está acontecendo? – ela me pergunta nervosa, mas algo me diz que já sabe a resposta.

— O mogadorianos chegaram Marina. – respondo séria, precisamos tirar a arca dela daqui quer a Cêpan dela queira ou não. Mesmo que eu precise bater em outra freira com telecinese vou pegar a arca de Marina. – Não se preocupe, trouxe reforços.


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Notas finais do capítulo

Me deem feedback do que estão achando por favor, assim posso saber como a fic está indo :)



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