Paulícia - Doce Vingança escrita por Just Paulicia


Capítulo 3
Provocações Por Toda Parte


Notas iniciais do capítulo

Hello galera!
Bom, como eu já tinha o capítulo pronto, resolvi postá-lo logo! Mas fiquem avisados que o tempo de postagem será na média de 5 à 7 dias, e quando eu estiver mais relaxada e mais criativa pode ser uns 4. Queria agradecer a todos que comentaram no capitulo 2, que favoritaram a fic e/ou que estão acompanhando-a! Sério, significa muito pra mim! E eu dedico este capítulo inteiramente à Annasinger19, autora da minha fic amorzinho "Paulícia - Uma História", que fez uma recomendação maravilhosa da minha estória com tão poucos capítulos... Muito obrigada, Anna!
Enfim, boa leitura!



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POV. Paulo

 

Encerrou-se o intervalo e o jogo foi dado por terminado, com o time adversário tendo ganhado de 3 à 2. Mas também, com os garotos da minha equipe irritadinhos pelo jeito que as meninas da nossa sala, que estavam na arquibancada, olhavam para os caras do 1º ano, o resultado não poderia ter sido diferente. Eu realmente não entendo o porquê de tanto estresse por uma besteira dessas. As garotas são gatas? São, eu admito. Porém, não passam de umas chatas frescurentas. Eu que não sou bobo nem nada, claro que não estava nem aí pra o que elas faziam ou deixavam de fazer e por isso dei o meu melhor durante todo o jogo. Fala sério, o Paulão aqui manda muito bem no futebol. Até marquei um golasso! Entretanto, os outros meninos só foram jogar de verdade quando as meninas repentinamente saíram correndo da arquibancada e desapareceram dali, ou seja, eles só começaram a mandar ver no segundo tempo. Isso nos deu uma desvantagem tremenda e acabamos perdendo. Mas tudo bem, na próxima tem revanche.

Enfim, tocado o sinal, todos deixamos a quadra, suados, e fomos beber água. Enquanto todos os garotos saíram do bebedouro e rumaram à sala de aula, eu e o Koki ficamos por último e, no caminho de volta à classe, fomos conversando, lembrando da nossa travessura genial.

— Ai Koki… – Eu disse, entre risos. – A Laura é tão idiota por ter acreditado na nossa mentira!

— É verdade. – Ele concordou, rindo comigo. – Foi muito engraçado!

— Engraçado? Foi incrível, isso sim! Se existisse um Oscar para melhor brincadeira do ano, com certeza ganharíamos!

— Pois é! – O japa assentiu, enquanto ainda ríamos.

— Fala sério, ela realmente achou que algum garoto poderia se apaixonar por uma gorda que nem ela? – Falei. – A melhor parte foi a cara dela quando eu disse isso… Foi cômico!

Ao dizer isso, o ruivo parou instantaneamente de rir.

— Bem, nessa parte eu acho que você exagerou, Paulo… – Ele falou, sério.

— Qual é, Japonês! Vai ficar com pena dela, agora?! – Questionei, indignado com o meu amigo.

— Pena? Claro que não! – Koki disfarçou. – Eu só acho que você não deveria ter falado aquilo.

— Ah, relaxa, Koki. Não foi nada demais! – Respondi. Sério que ele ia ficar arrependidinho por ter magoado a Laura?

— Mas e se ela contar para as meninas? Elas podem nos dedurar pra diretora ou se vingarem da gente… – Ele disse, amedrontado. – Estaremos fritos!

— Deixa de falar besteira! Agora vai ficar com medo de um bando de garotas inúteis, é? – Questionei.

— Eu? Não, claro que não. – Respondeu, nervoso.

— Que bom. Já tava achando que você ia dar uma de samurai fracote…

— Ei, eu sou um samurai muito corajoso, tá? – Irritou-se.

— Uhum, sei. – Falei, sem acreditar. – Mas no sério, não esquenta a cabeça que isso não vai dar em nada. E se elas tentarem fazer alguma coisa… Vão se ver com a gente. – Completei, com um sorriso malicioso.

Rapidamente, a expressão que antes estava no rosto do Japa foi mudada para um sorriso travesso, similar ao meu.

— É assim que se fala! – Empolgou-se.

Após isso, entramos na sala e, para nossa surpresa, apenas os meninos estavam presentes.

— Ué, não que eu me importe, mas cadê as meninas? – Indaguei.

— Não sabemos, elas não chegaram até agora. – Daniel respondeu.

— Que estranho isso. – Comentou Davi. – Será que aconteceu alguma coisa?

— Elas devem estar paquerando os garotos do 1º… – Jaime disse, irônico, sem esconder seu incômodo com a situação.

— Verdade, elas não paravam de babar por causa dos caras. Ridículo! – Falou Mário, aborrecido.

— E eles nem são tão bonitos assim. – Pronunciou-se Jorge, com a mesma expressão que todos os outros.

— Pois é! – Concordou Adriano.

— Caramba, como vocês são bobalhões! Sério que ainda estão irritados com isso? – Eu disse, sem acreditar nas reclamações.

— E você não está, Paulo? – Questionou Cirilo.

— Claro que não. – Respondi. – Aliás, que eu saiba você desencanou da Maria Joaquina faz um tempinho, Cirilo. Por que também está emburrado?

— Ah, sei lá, é meio chato ver um grupo de garotas admirando outros garotos na sua frente… – O chocolate se explicou.

— Já eu não vejo motivos pra ficar assim. Diferente de vocês, eu me garanto! Sei muito bem que se eu estivesse no grupo dos sem camisas, as meninas suspirariam por minha causa. – Proferi, confiante.

— Ai é, sabichão? – Mário disse, sarcástico. – Que eu saiba sua irmã também estava no meio disso. Achei que não ficaria tão calmo assim nessas circunstâncias…

Opa, eu não tinha pensado nesse pequeno detalhe!

— O QUE? – Exaltei-me. – A MARCELINA VAI TER QUE EXPLICAR DIREITINHO ISSO AÍ!

E quando eu já estava prestes a sair do local, furioso, à procura de minha irmã, todas as garotas apareceram.

— Eu vou ter que explicar o que? – Ela indagou, confusa.

— Onde é que você estava?! – Questionei, cruzando os braços, ainda com raiva.

— E por que isso te interessa? – A baixinha perguntou.

— Me… Me interessa… Porque… Porque… – Fiquei sem saber o que falar, sendo interrompido pela mais irritante de todas.

— Ih, Guerra, agora deu pra ficar preocupadinho com a Marcê, foi? – A Gusman provocou.

— Claro que não! Só não acho certo ela ficar paquerando os outros por aí. – Respondi, nervoso.

— Paquerando? De onde você tirou essa ideia, Paulo? – Quis saber Marcelina.

— Ora, do modo que você ficou olhando pros marmanjos do 1º ano! – Falei, exasperado.

Instantaneamente, todas as garotas começaram a dar risadas por causa do meu comentário.

— Faz-me rir, garoto! – Alícia revirou os olhos, irônica. – A Marcê olha pra quem ela quiser e fica com quem ela quiser aonde e quando ela quiser, entendeu?

— Entendi nada, porque eu não permito isso! – Eu disse, autoritário.

— Ai, Guerra, aceita de uma vez por todas que você não manda na Marcelina. – A moleca disse, calmamente.

— Ai, Gusman, aceita de uma vez por todas que você tá se metendo onde não deve. – Debochei, imitando a voz da garota.

No mesmo instante, ela se enfureceu. É tão bom vê-la irritada!

— AGORA VOCÊ ME PAGA, SEU…

— AI É? EU QUERO SÓ VER! – Esbravejei. Ela partiria pra cima de mim e eu, dela. No entanto, como no início do dia, foi interrompida no meio da ação, só que dessa vez pelas meninas. Ao mesmo tempo, eu fui impedido por Daniel e Jaime.

— Acalme-se, Paulo! – Daniel me aconselhou.

— ALÍCIA! – As outras advertiram a garota, enquanto faziam o máximo pra segurá-la.

— O que foi? Deixa eu acabar com a raça dele de uma vez! – Proferiu, irada, quase soltando fumaça pelo nariz. Até que estava sendo divertido vê-la assim.

— Não vale a pena perder seu tempo com ele! – Todas deram um olhar repreendedor para Alícia, como se a garota tivesse feito algo de errado, o que foi bastante esquisito. Pra falar a verdade, isso tudo era muito estranho. Elas nunca foram de apartar uma briga minha com a Gusman assim, censurando a maloqueira por isso.

— Vocês têm razão. – A esquentadinha se acalmou. – Além do mais, depois ele vai ter o que merece. – Continuou, sorrindo maliciosamente, algo que foi retribuído por todas as meninas. Enquanto eu fiquei sem entender.

Eu ein, o que elas estavam pensando? Agindo desse modo, só poderiam estar aprontando alguma! Será que o Japonês tinha razão e elas resolveram se vingar? Não, que bobagem. E mesmo que o façam, nada poderá abalar Paulo Guerra. Ai delas se tiverem a audácia de tentar fazer alguma coisa comigo!

Tirando-me dos meus pensamentos, Daniel questionou o que todos estavam curiosos pra saber.

— Afinal, o que aconteceu pra vocês chegarem assim, todas juntinhas?

— Nada que seja da sua conta. – Valéria respondeu, ríspida.

— Também não precisa falar desse jeito com o Daniel, Valéria. – Interviu Maria Joaquina.

— Vai defender seu namoradinho agora, Majô? – A espoleta provocou.

No mesmo momento a Maria Chatonilda e o Sr. Certinho ficaram ruborizados.

— Q-que? – Balbuciou a patricinha, ainda corada. – N-não é n-nada disso, Val.

— É, n-nada a ver. – Daniel também tentou disfarçar, todo vermelho.

— Eu só não acho certo você ter o respondido dessa maneira. – Maria Joaquina voltou a falar sem hesitação, parando de gaguejar.

— Hm, tá bom. – Falou Valéria, irônica, sem acreditar em nada do que os dois disseram. Aliás, ninguém acreditou.

Após alguns segundos de silêncio, Carmen resolveu se pronunciar.

— De qualquer forma, nós realmente não estávamos fazendo nada demais.

— Pois não é o que parece. – Comentou Jaime.

— Deixem de ser bobos, é assunto de menina. Não tem nada o que vocês se intrometerem. – Disse Margarida.

A discussão provavelmente continuaria, contudo foi interrompida pela entrada do chato do professor de português.

— Ainda estão de pé? – Reclamou. – Andem, sentem-se logo nos seus lugares!

Rapidamente todos foram em direção às suas carteiras, deixando de lado o que acabara de ocorrer.

 

POV. Alícia

 

No fim das contas, demoramos um pouco para chegar na classe. Isso porque fomos dialogando bastante no caminho, entusiasmadas para a tal festa do pijama. Claro que eu não estava tão empolgada assim como as outras, mas estava começando a me animar um pouquinho mais, afinal, estava curiosa pra saber quais seriam os primeiros passos da operação. Portanto, enquanto nos dirigíamos em direção à sala, íamos discutindo os detalhes e os preparativos para a noite. A maior parte das coisas ficou por conta da Majô mesmo, porém nós combinamos direitinho o que cada uma precisaria levar pra dormir lá, até porque no outro dia teria aula normal, então precisaríamos estar bem preparadas.

Entrando em classe, logo ouvimos as reclamações idiotas do Paulo. Obviamente, eu não poderia deixá-lo falando besteira desse modo, então tratei de cortá-lo no mesmo instante. Porém, como sempre, isso acabou se transformando em discussão e briga. Fala sério, esse garoto me irrita de um jeito que nem eu consigo entender! Se não fossem as meninas pra terem me controlado na hora, eu nem sei o que teria acontecido. Provavelmente perderia a cabeça e seria levada direto pra diretoria por causa daquele mala sem alça.

Não demorou muito e o professor chegou, dando um fim naquele bate-boca.

[…]

Em um certo momento, o professor virou-se de frente para o quadro e começou a escrever alguns exercícios. Aproveitando a situação, o Guerra, que para a minha infelicidade sentava bem atrás de mim, começou a me cutucar. Decidi ignorá-lo e continuar copiando as anotações no meu caderno, entretanto, ele não parou com a ação. Estressei-me e resolvi me virar, pra acabar logo de uma vez com aquilo e voltar ao conforto do meu mundo incrivelmente maravilhoso onde o Paulo não existe.

— O que foi agora, Guerra?! – Perguntei, impaciente.

— Caramba, você nunca deixa de ser irritadinha assim? – Comentou. – Tá precisando esfriar um pouco essa sua cabeça, garota.

— Sabe o que é, querido? É que não dá pra ficar calma na sua presença. – Respondi. – Mas deixa de enrolação e fala logo o que você quer, porque eu quero voltar a me concentrar na aula, se me permite.

— Quanta impaciência, Senhor.

Continuei o encarando, esperando ele tomar a atitude de falar o que tanto queria comigo.

— Então, o que você e suas amiguinhas estão tramando, ein? – Questionou. Ih, será que ele tinha desconfiado de alguma coisa?

— Como assim? – Disfarcei, fingindo não entender.

— Não se faça de desentendida. Você acha mesmo que eu, Paulo Guerra, não sei reconhecer a cara de alguém que está aprontando?

Pior que era verdade. Ninguém melhor do que um arteiro como ele para saber quando alguém está querendo fazer alguma travessura. Bom, sabendo que ele já suspeitava de algo, resolvi tirar proveito da situação, deixando-o um pouquinho encucado.

— Que isso, Paulito, é só impressão sua. – Provoquei, sorrindo irônica.

— Paulito o caramba! – Começou a irritar-se. – Menina, é bom você parar de me enrolar e me contar de uma vez o que está acontecendo…

— Contar o que? – Ironizei novamente.

— Gusman… – Falou, enfurecido.

— Meu sobrenome. – Respondi, continuando a exaltá-lo.

— Garota, fala logo o que vocês estão pensando em fazer!

— Nós? – Indaguei, fingindo pensar. – Que eu saiba, nada. – Não sei por que, mas era muito engraçado vê-lo tão perturbado.

Ele faria mais perguntas, mas o interrompi.

— Ah, Guerra, eu não tenho tempo pra questionário não, tá? Deixa eu voltar a estudar, que é o melhor que eu faço. – Virei-me novamente, encerrando a conversa e retornando a anotar as questões que o professor estava passando, fazendo o peralta desistir de tentar arrancar alguma coisa de mim.

[...]

 

POV. Mário

 

Um som estrondoso anunciou que as aulas do dia haviam chegado ao fim. Logo em seguida, todos os alunos começaram a guardar os materiais em suas respectivas mochilas. Apressadamente, arrumei as minhas coisas e ao terminar fui direto até a maluquinha da Alícia. Aquela garota estava me devendo algumas explicações…

— E aí, terceira mosqueteira! – Cumprimentei, cruzando os braços e a encarando.

— Ah, oi, Mário. Você por aqui? – Ela disse, travessa, fingindo que nada acontecera e disfarçando o próprio nervosismo ao falar comigo.

— Tentando parecer santa, Ally? Você? Não rola. – Rebati, brincando.

— Não custa nada tentar! – Ela falou, sorrindo. Imediatamente caímos na risada. – Ai Mário, senti tanta saudade de você, do Jorge, da Marcê… E dos outros também, claro. – Continuou, contente.

— Até do Paulo? – Debochei, arqueando a sobrancelha. Claro que eu já sabia a resposta, era de conhecimento público que esses dois viviam brigando e se provocando. O que ninguém sabia de verdade era o porquê disso.

— Ah, não! Esse aí poderia desaparecer no espaço que eu não ligaria a mínima! – Respondeu, emburrada, ao mesmo tempo em que eu ria da cara dela.

— Tem certeza? – Indaguei, zombando um pouquinho mais. Sou um ótimo amigo, eu sei.

Ela me olhou de um jeito fuzilante.

— Óbvio que sim, Mário!

— Você não sentiria nem um pouquinho de falta dele? – Perguntei, com o intuito de irritá-la, fazendo um gesto com as mãos que traduzia a minha fala.

— Já disse que não! – Esbravejou, fazendo-me rir novamente. – O senhor tá fazendo aulas de como ser irritante com o Guerra, é? Só pode. – Bufou.

— Tá bom, já parei. – Eu disse, finalizando minha risada. – Relaxa, não precisa ficar assim. Eu só estava brincando. Bem que o Paulo tem razão, viu? Você se irrita muito fácil.

— Tá mudando de lado, senhor Mário? – Ela me encarou de modo desafiador, cruzando os braços.

— Acontece que eu não estou de lado nenhum. A senhorita sabe muito bem que eu sou muito amigo dos dois. – Respondi.

— Nem me lembre. – Suspirou. – Eu realmente não sei como você consegue ser amigo de um troglodita como ele!

— Ah, é que nós temos muitas coisas em comum.

— E, para a minha alegria, muitas coisas diferentes, também. – Comentou. E então ela se tocou do rumo que a conversa estava tomando e mudou de assunto. – Mas o que você veio fazer aqui?

— Como assim? – Questionei, sem entender a pergunta dela.

— Você veio falar comigo por algum motivo, não?

— Ué, não posso mais vir dar um oi para a minha melhor amiga?! – Brinquei, enquanto ela revirou os olhos.

— Você me entendeu, Mário.

— Bom, na verdade eu vim te convidar pra dar um rolé no novo parque de skate que acabou de ser inaugurado. – Instantaneamente, ela ficou entusiasmada. Sabia que gostaria da ideia.

— Claro!! – Ela respondeu, sorridente. Porém, logo caiu uma ficha na cabeça dela, fazendo-a fechar a cara. – Pera aí, o Guerra vai?

— Eu tava pensando em convidá-lo, sim… – Falei com sinceridade.

— Se ele for, eu tô fora. – A moleca declarou.

— Tá bom. – Cedi. – Dessa vez eu não chamo ele. Assim, a gente até aproveita pra conversar sobre aquele assunto, né?

— Que assunto? – Fez-se de desentendida.

— Aquele que você não terminou e saiu correndo que nem uma fujona. – Encarei-a, cruzando os braços. (Um gesto que já estava ficando bem frequente na nossa conversa)

— Aaaaaaaaaah, esse assunto! – Falou, fingindo lembrar. Nem um pouco cínica, né?

— Ah, que bom que a senhorita lembrou! – Ironizei.

— Pois é, né. Eu ando tão esquecida nesses últimos dias… – Ela disse, também irônica.

— Haha, muito engraçadinha você, dona Alícia. – Comentei, dando uma risada bem falsa. – Então, a gente se encontra lá depois do almoço. Combinado?

— Combinadíssimo! – Respondeu, empolgada. – E você vai chamar o Jorge?

— Acho que não… Ele não gosta muito dessas coisas. Na próxima, a gente convida ele!

Com o tempo, o Jorge tornou-se um cara legal. Aos poucos, foi deixando de ser aquele mauricinho egocêntrico, metidinho e egoísta. Acho que ele percebeu que do jeito que estava, nunca conseguiria fazer amigos de verdade. A primeira da nossa turma a aproximar-se dele foi a Ally, tirando a Maria Joaquina. A Alícia, sempre observadora, percebeu a mudança do Jorge e resolveu enturmar-se com o mesmo. Não demorou muito e se tornaram grandes amigos. Então, a nossa moleca o ajudou a fazer novas amizades e eu, que já era melhor amigo dela na época, também acabei encontrando um bom amigo. Não cheguei a me tornar melhor amigo do Jorge, mas, mesmo assim, agora somos bem próximos. De qualquer jeito, mesmo abandonando o jeitinho antigo, ele ainda não é tão chegado em esportes radicais, como é o caso de mim e da Ally. Sendo assim, achei melhor não chamá-lo para o programa.

— Tudo bem. Mas se ele vier com ciuminho pra cima de mim, vou dizer que a culpa foi sua! – Alícia advertiu.

— Fechado! – Aceitei, rindo. Prevejo tretas!

Me despedi dela e saí em disparada para a minha casa. Queria almoçar logo pra depois ir direto para a nova pista!

 

POV. Alícia

 

Ao terminar de falar com Mário, saí correndo da sala. Estava muito empolgada para o passeio e mais ou menos para a festa do pijama que ocorreria na mesma noite. Peguei meu skate no armário e cheguei perto da porta do colégio, pronta para ir embora de lá. Mas, claro, como nada é perfeito, uma voz me impediu de completar a ação.

— Nem se despede, né, Licinha? 


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Notas finais do capítulo

E o capítulo chegou ao fim! Iiiiih, será que vem treta por aí?
Espero muito que tenham gostado, pois adorei escrever esse capítulo! Eu gostaria de já ter colocado a festa do pijama nele, mas eu fui escrevendo e quando vi já estava grandinho e resolvi para por aí...
Mais uma vez, peço que comentem aqui embaixo o que acharam do capítulo! E repito, críticas construtivas, sugestões e ideias são muito, muito, muito bem vindas!
Ah, se possível, me indiquem músicas que vocês achem que combinam/tem tudo a ver com o casal Paulícia! Elas ajudam muito pra inspiração...
Um beijão e até o próximo capítulo!!



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