A Confusa História de Mari Ming Onnett escrita por SrJimmyPãodeMel


Capítulo 3
Por alguns momentos, eu viro uma heroína e me transformo em Humana


Notas iniciais do capítulo

*-*



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                         A confusa história de Mari Ming Onnett 

Cap 3: por alguns momentos, eu viro uma heróina, e me transformo em humana.

— Mari! – uma voz grossa me grita e corre em minha direção.

Sieghart não hesitou em correr até meu lado com uma face de preocupação, mais não sei porque eu comecei a sentir que ele tinha a resposta para aquilo que tinha acabado de ver e de escutar em meus pensamentos. Jin previu que o espantalho que ele estava lutando ao lado de Amy, queria saltar em nossa direção e logo reuniu seu ki e olhou para a criatura com uma face protetora.

— não ouse ataca-los! – ele ergueu os punhos e sua manopla se encheu de energia, pronto para realizar um golpe – DRAGÃO CELESTE!

O imortal olhou para ele com uma cara de agradecimento, logo ele retornou o olhar para mim e colocou a mão em minha testa, como se fosse medir minha temperatura.

— tudo bem? Você parecia muito mal, parecia que iria vomitar.

— é que… eu… me…

— me…? – ele me esperou responder.

Meu cérebro já tinha retornado a si. Foi ai que a dúvida bateu: eu digo o que vi, ou não digo? Na hora pensei: eu digo! Sem hesitar, porque… sei lá o que acontece para eu ter tanta confiança nele, e é óbvio que sim porque todo mundo do grupo me acha estranha e ele foi o “cara legal” e me aceitou como membro da equipe e passou a confiar em mim mas… tinha algo mais… algo mais gritante.

E tem essa coisa dentro de mim também que não para de falar: é ele! É ele! Não duvide dele! Confesso que se eu fosse um robô ou algo parecido, eu entraria em literal curto – circuito de tanta indecisão!

“Ok, plano B” pensei.

— me deixei distrair um pouco olhando a luta e não olhando para o monstro de espinhos – olhei fundo para o rosto dele, para forçar um pouco – parece que ele também possui algum… veneno ou algo para retardamento ou paralisia, não sei…

— mais ele lhe lançou algum espinho? – ele me observou com cara de dúvida – eu vi que você rolou para o lado e não chegou a tocar nele.

— ele usou a garra dele – disse rapidamente – algum pequeno espinho deve ter encostado em meu sapato e encostou em meu pé.

Aah! Porque não falou a verdade para ele? Meu intimo se perguntava gritantemente. Por mais que eu me sinta obrigada a confiar nele, algumas coisas… é melhor você manter por debaixo dos panos…

Ele começou a observar o corpo do monstro de vinhas inerte e olhou para mim como alguém diz: fala sério né! Ele sabia que eu estava mentindo, pude ver no olho dele. Novamente tive uma surpresa ao ver o corpo dele que se debateu também como o sapo, mais em vez de explodir, ele começou a soltar um vapor roxo, que a julgar pelo cheiro, era o mesmo ácido que o sapo havia liberado decompondo seu corpo, automaticamente me afastei junto do imortal. Ele também olhou para o processo químico bastante surpreso, foi ai que eu comecei a me perguntar se ele acreditou na mentira ou ainda duvidou, até olhar para frente e ver que Ryan do outro lado, tinha abatido um com sucesso e estava bem próximo da nuvem e começou a ter bolhas em seus braços e em suas mãos, tendo dificuldade em segurar o machado.

— DISPARO ACELERADO! – Lire acertou dois sapos gigantes e olhou para seu companheiro de equipe assim que terminou de lançar uma seção de flechas – ah deuses! RYAN!

Ela foi correndo para ajudar ele, até Sieghart chegar lá em um piscar de olhos e impedi-la.

—a névoa é ácida! Pode te matar!

Mais ela brigava com o imortal, olhando para o elfo e ficando preocupada. Sem controlar meu próprio corpo, comecei a correr para salva-lo. Escutei Sieghart gritando meu nome mais o ignorei. Pude ver que Ryan estava tendo um problema já que o espantalho era ágil para enfrenta-lo, porque seus golpes eram evitados pelo monstro. Calculei que se eu adentrasse a névoa, demoraria três segundos para o ácido em forma gasosa começar a fazer efeito na minha pele, porém não podia deixar ele ficar sofrendo daquele jeito.

— Se afaste garota! Eu vou acab… - o elfo disse para mim, logo em seguida, ele fixou seus pés em uma parte da grama e começou a fazer força, segurando sua arma como um porrete e que iria descontar a força produzida em um golpe poderoso. Ele parecia ignorar a dor vinda do contato com a névoa.

— tolos! Tolos por toda a parte! – desabafei. Logo sabia o que devia armar para salva-lo. Invoquei minha energia e abri meu manual mais uma vez, invoquei um pequeno gerador com duas antenas visíveis, logo joguei perto de onde o espantalho estava saltando. Enquanto estava correndo, eu fechei o manual, dei um tapa na capa e logo corri na direção de Ryan.

— CHUTE METEORO! – amy fez um sapo descer ao chão com um chute poderoso e olhou para mim. – amore! Cuidado!

— MARI! – Sieghart gritou mais uma vez e dessa vez percebi que ele estava nervoso comigo – NÃO FAÇA ISSO!

“Desculpe imortal mas… que se dane dessa vez” pensei, olhei rapidamente para ele e pisquei. Ele mudou seu tom um pouco e Lire percebeu aquilo, ficando mais calma e ao lado dele observando.

— CAMPO ELETRÔNICO! – eu invoquei e logo o gerador começou a produzir energia própria. As pontas brilharam em azul e logo um arco circular de eletricidade foi liberada. O espantalho saltou para trás temendo o gerador, mais foi uma tolice porque aonde estava pisando estava bem úmido, e como popularmente dá para saber: água com um ph natural e com nutrientes estáveis, conduz eletricidade pra caramba, ele ficou atordoado pelo choque e logo caiu no chão, perto de onde o elfo estava. Até agora, tudo estava conforme o planejado porque eu sabia qual era a minha válvula de escape para sair dali, e eu estava contando era com o gerador.

Adentrei um pouco a névoa, respirando com dificuldade, comecei a contar na minha mente que logo começaria a ficar com manchas na pele e poderia morrer. Mais eu iria conseguir, percebi que o espantalho iria explodir perto de Ryan que já estava parecendo um plástico bolha de tanto que sua pele estava irritada.

— Mari… saia… você… - ele dizia, e logo viu que seria atingido pela explosão e virou o machado para mim. Eu sabia que era para usar a pancada em mim para me afastar e pela quantidade de Newtons que ele tinha acumulado de força e se eu fosse atingida, não iria me recuperar facilmente.

“Plano C dessa vez!” pensei. Invoquei o restante de magia que tinha e abri o manual na cara dele.

— perdoe-me Ryan mas… - a magia foi executada – ARRASADOR!

Só vi ele voando para frente, mas com um sorriso no rosto. O sapo explodiu, mas por sorte ele já estava uns bons centímetros a frente da explosão e da névoa ácida. Olhei para o lado e cheguei perto do gerador, minha válvula de saída. Ele ficou instável e logo explodiu, eu já previa isso, me afastando do raio da área perigosa. Caí no chão na direção oposta com bolhas e uma parte irritada da minha pele, logo um braço me puxou para cima e arrumou meus óculos que estavam desarrumados. Era… Sieghart, que por mais que estivesse nervoso, me olhava feliz. Porque será?

— Mari! – Lire e Ryan vieram até mim. Ela ajudava ele a caminhar, felizes porque tudo correu bem. Sua pele estava melhor, talvez porque os seus conhecimentos de cura por ser um druida fossem bem eficazes.

— obrigada por fazer aquilo!

— Eu te desculpo por aquela pancada de energia – ele brincou e logo deixou um pequeno totem flamejante ao meu lado. Comecei a me sentir melhor e minha pele começou a se regenerar, sumindo algumas bolhas e continuando a sumir as outras. – muito obrigado. Agora vamos ajudar os outros!

Eles saíram para terminar de ajudar os outros, e o imortal veio até mim.

— tome cuidado da próxima vez Mari, não podemos perder ninguém daqui. E foi ótimo seu movimento de resgate. – ele mexeu em meu cabelo e piscou para mim, segurou minha mão com força, e me deu um beijo na testa e depois seguiu para ajudar seus amigos.

Automaticamente comecei a repara-lo com mais atenção. Meu coração estava acelerado até demais e eu estava com uma vontade enorme que querer ficar perto dele, mais sabia que devia ajudar meus companheiros. Porque será que o pensamento heroína surgia em minha cabeça? Caminhei um pouco para frente e olhei a luta, abri meu manual e logo o coloquei no chão, comecei a tirar os elementos da minha pequena mochila das minhas costas e comecei a construir. Terminei um protótipo e logo iniciei outro do mesmo tipo, e rapidamente conjurei um terceiro e segurei meu manual.

— Mari amore – Amy surgiu com seus chakrams nas mãos e com rastros de um pouco de liquido sanguíneo de monstros nas armas – o que está fazendo querida?

— acho que é hora de dar uma ajuda para o pessoal – dei mais um tapinha no manual e um brilho azul emanou dele – ativando construtos!

Três canhões surgiram na minha frente e começaram a disparar balas de canhão nos monstros restantes, deixando a luta bem mais tranquila para todos.

— eu vi aquilo que você fez para o Ryan, foi muito legal de sua parte – ela me elogiou, eu respondi sim com a cabeça e logo me olhou com uma cara de: hm… danadinha…— e… o imortal?

— o que tem ele? – perguntei de imediato.

— Ah menina para! Eu vejo isso a quilômetros e sinto o cheiro mais longe ainda – ela desabafou e riu – vai, me conta. Ele é lindo né? Certeza que faz seu tipo né? Ah vai! Pega ele vai! Ele é bonitão…

Por dentro eu me senti em festa porque ela estava falando coisas que tinham sentido para mim mas… ela já sabia? Eu pegaria… ele? Como assim? Perai! Nada disso! Logo olhei para ela com uma cara fria e calculista (a que, segundo Elesis, era a que eu mais tinha).

— ele é só meu companheiro de equipe. Porque?

— aham sei… - ele me olhava como uma criança querendo algum tipo de doce. – bom… se precisar de alguma coisa eu tô aqui em?!  - ela se afastou e logo se juntou a Arme e Jin para ajuda-los.

Eu podia sentir meu maxilar sorrindo e me sentia confiante depois daquilo. Eu não sou muito de confiar em meus amigos mas… um lado meu que por mais que queria ter algumas respostas com Sieghart, senti que devo agradecer aos meus novos companheiros, por que minha memória volta aos poucos, e eles me ajudaram com isso em alguma parte. E essa história de ficar com ele… Ok… pode ser até isso mais… o que isso quer dizer? Aaah! Melhor deixar isso para depois!

Depois de uns cinco minutos... a batalha se encerrou, porém um inimigo robótico vinha a frente… trazendo todos os monstros de volta para o campo de batalha.

“Agora me decidi, sou humana…” pensei e abri meu manual, pronta para encarar mais uma monstruosidade.

— vejamos qual parafuso está faltando nessa criatura…


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Notas finais do capítulo

no próximo... o cupido falará por mim...



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