New Home escrita por Bruna Magalhães


Capítulo 3
Capítulo 03




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— Você não pode estar falando sério. - Emily resmungou, sem desfazer a cara de inconformada que possuía.

Enquanto isso, Tom arriscava algumas notas no violão que encontrou no quarto de visitas, onde guardou suas coisas. Havia subido as escadas, deixando uma Emily furiosa na sala, que xingava baixinho coisas que ele não conseguia ouvir.

Deitou no sofá acompanhado pelo violão, começou tocar uma música qualquer só para que o tempo passasse mais rápido.

Emily continuou parada por longos minutos apenas observando toda aquela cena e vendo que a sua presença ali não mudaria em nada, subiu as escadas usando uma certa força em seus passos, que causou uma boa gargalhada em Tom.

Se ele foi para aquela casa com a intenção de tirá-la do sério, ele estava conseguindo.

—Não acredito que você fez isso comigo, eu vou te matar. - Emy gritava ao telefone, com o Danny do outro lado da linha, mostrando o quanto estava feliz com a atitude do irmão.

— Emily você ta louca? Do que você ta falando? - Perguntou confuso.

— O que você tinha na cabeça quando chamou ele pra vir pra cá? Eu não preciso de ninguém pra cuidar de mim.

— Ah, o Tom... - Lembrou do amigo. - Mas você mesma fez um drama quando soube que ia ficar sozinha em casa.

— Seria bem melhor ficar sozinha do que com ele. Você sabe que a gente se odeia, Danny.

— Ótimo, aproveitem este tempo juntos e façam as pazes, ele é como um irmão pra mim, logo, é como se fosse seu irmão também. Agora eu tenho que desligar, depois conversamos, um beijo. - Avisou antes de finalizar a chamada.

A raiva que Emily estava sentindo pareceu aumentar após a conversa com o irmão, ela precisava fazer alguma coisa para mudar aquela situação.

Como ideias eram o que não faltavam na mente de Emily, não demorou muito para que ela tivesse um plano em sua cabeça.

— Amiga, ainda vai demorar muito pra você vir pra cá? - Falou após discar o número da Maya em seu celular e ouvir a voz da amiga do outro lado da linha.

— Acho que não. Aconteceu alguma coisa?

— Alguma coisa? Aconteceu a pior coisa que poderia ter acontecido. Você acredita que o meu irmão pediu pro Tom ficar aqui em casa enquanto ele está viajando?

— Não acredito. - Maya gritou demostrando sua empolgação. - Vou dar uns beijos no seu irmão depois dessa. - Brincou, aumentando a raiva da amiga.

— Você ficou maluca? - perguntou incrédula- Eu quero o Tom longe daqui o mais rápido possível. Trocamos poucas palavras e ele já me estressou mais que a minha tpm.

— Mas você vai ter que suporta-lo até a volta do seu irmão. Sinto muito, mas você pode fazer nada.

— Quem disse que não?

Maya conhecia tão bem a amiga que só a sua risada após terminar de falar, já deixava a entender que ela estava aprontando.

— Emily, pelo amor de Deus, o que você vai aprontar?

— Nada de mais, só vou fazer uma festa aqui em casa, amanhã.

— Amiga, você enlouqueceu? A última vez que você fez uma festa ai, você levou uma bronca do seu irmão e ainda ficou sem cartão de crédito por um bom tempo. - Lembrou a amiga, a última festa não havia deixado boas recordações.

— Não exagera, agora eu posso colocar a culpa no meu irmão por ter me deixado sozinha. - Emily realmente havia pensado em tudo. E sabia que dessa vez nada ia dar errado.

— Esqueceu do Tom? Ele não vai querer ficar mais um segundo ai assistindo as suas loucuras.

— Essa é a minha intenção. Fico de castigo quando o Danny voltar, mas fico livre do mala do Tom antes disso. Eu vou sobreviver. - Brincou, fazendo com que a amiga gargalhasse do outro lado. - Convide o pessoal de sempre que eu vou adiantando as coisas aqui. E vê se não demora.

Finalizou a chamada sorrindo para as paredes. Já que seu irmão viajou, ela também ia fazer com que o final de suas férias fossem bem aproveitadas.

O lado bom de conhecer uma boa parte das pessoas daquela cidade, era que Emy não precisava se esforçar muito para conseguir o que queria.

Apenas uma ligação foi necessária para que Emily conseguisse comprar uma grande quantidade de bebida. Já tinha os seus contatos devido à festas passadas e tudo foi tão rápido que, quando Emily percebeu, o seu pedido ja estava sendo entregue.

Desceu as escadas com certa pressa para abrir a porta, observou que Tom permanecia deitando no sofa, agora, com o violão deixado de lado.

Direcionou os rapazes para que colocassem todas as caixas de bebidas na dispensa, quando voltou pra sala, Tom já estava encostado na parede ao lado da porta.

Ele não disse nada até que Emily recebesse toda sua compra e fizesse o pagamento, mas foi só o pessoal da entrega sair e Emily andar em direção as escadas, que o silêncio de Tom teve fim.

— Seu irmão sabe que você compra essa enorme quantidade de bebidas, mesmo sendo menor de idade? - A cada palavra que dizia, Tom se aproximava mais da garota, que parou seus passos assim que ouviu a voz do mesmo.

— Ele não precisa saber disso.

— Que você bebia eu até desconfiava, mas acho que você exagerou na quantidade da compra de bebidas. - Não havia dúvidas de que o tom de voz que Tom usava para falar com Emy era para provocá-la.

— Uma festa sem bebidas não é uma festa, meu querido. - Resolveu entrar no jogo que Tom estava fazendo.

— Festa? - Perguntou confuso.

— Isso mesmo. Vou dar uma festa aqui em casa, amanhã. Ainda bem que tocamos no assunto, quase que eu me esqueço de te convidar. - Foi irônica, vendo a expressão de Tom mudar à cada palavra que saia de sua boca.

— Você ficou maluca? Não vai ter festa nenhuma aqui. - Respondeu sério, mas isso de maneira alguma intimidou a garota.

— E quem vai me impedir? Você? - O observou de cima a abaixo.- Ah, pelo amor de Deus.

— Seu irmão me pediu para ficar aqui por causa dessas suas atitudes infantis. Eu não vou permitir que você destrua a casa do meu amigo, trazendo todos os intrusos da cidade pra ca.

— O único intruso aqui é você. - Apontou o dedo na cara do rapaz que ja estava bem próximo dela. - E essa casa também é minha. E eu não to nem ai pro meu irmão, e só se ele chegasse aqui agora e me deixasse presa dentro do quarto que eu poderia até pensar em desistir da festa.

— Seu irmão não está, mas eu estou aqui.

— Se enxerga Tom, quem você pensa que é? Você não pode me impedir de fazer nada. Você não manda em mim.

Emily já se preparava pra começar a subir os degraus, mas foi impedida por uma das mãos de Tom, que puxou seu braço fazendo com ela ficasse cara a cara com o rapaz.

Ela não estava esperando aquela reação dele, e isso, de certa forma à intimidou.

— Se eu fosse você, eu não teria tanta certeza assim. - Respondeu olhando nos olhos de Emy, que estava próxima demais.


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Notas finais do capítulo

Para saber sobre atualizações, falem comigo no https://ask.fm/abrumag
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