Alicia: Projeto terminado, e trabalho cumprido._ as pastas com os desenhos e rabiscos são entregues a Paulo. Um sorriso vitorioso aparece em meu rosto.

Paulo: Sentirei saudades sua de trabalhar aqui perto de mim_ me da um selinho, as me afasto pois estamos e área de trabalho.

Alicia: Não se esqueça que agora moramos juntos, vai ter que me aguentar por muito tempo ainda Sr Guerra.

Paulo; Isso que me anima ainda mais._ Pego a minha bolsa que estava encima da cadeira e coloco sobre o ombro.

Alicia: Nos vemos em casa?

Paulo: Claro_ nos beijamos uma ultima vez e caminho ate a porta fechando a mesma atras de mim.

Me despeço da equipe com quem eu convivi durante meses, e vou para o estacionamento.

Sim eu decidi morar com Paulo, para que nos dois e nosso filho fiquemos mais próximos um do outro. Não posso negar que continuaria a ficar mais longe dele, eu o amo e isso não vai mudar jamais.

Paro o carro em frente ao edifico escolar, e vou pegar Miguel na portaria.

Miguel: Mamãe olha oque eu fiz !! _ ele me entrega uma papel com desenho que pude reconhecer como três pessoas, eu, Paulo e Miguel. Meu filho tem o dom de desenhar, ele desenha muito bem para uma criança de sua idade. Meu orgulho.

Alicia: Mas que lindo filho, somos nos. Eu te amo sabia ?

Miguel: Também te amo mamãe, mas podemos tomar sorvete ?

Alicia; Claro querido, vamos!

Minha tarde não poderia ter sido melhor. Comprei sorvete para esse garotinho sapeca, andamos pela pracinha e fomos pra casa.

Alicia; Agora você necessita de um banho ! _ ele sai correndo pelas escadas.

Mudamos para a casa de Paulo já faz um mês. Com toda certeza a casa é muito maior e espaçosa do que o nosso antigo apartamento. Miguel esta adorando todo esse espaço.

Cintia; Já voltou dona Alicia? _ Cintia era umas das empregadas que trabalham durante a semana. Ela é uma senhora de 40 e poucos anos, muito simpática.

Alicia; Sim claro, se acontecer algo estou la encima.

Ela assente e caminha ate a cozinha. Ainda não me acostumei com esse detalhe de ter empregados fazendo coisas que eu fazia, mas eu ainda posso cozinhar.

Miguel; Mãe ajuda ! _ ele estava tentando passar a camisa pelo pescoço, tadinho. Eu o ajudo e ele se senta na cama.

Vou ate o meu quarto junto com Paulo.

Tomo uma ducha e visto uma roupa confortável, ou seja, calça moletom e regata branca. Meu celular toca encima da cama.

"Que tal uma tarde de filmes, pipoca e chocolate? Melhor não recusar estou precisando. PS:Terminei com o Mario"- Marcelina.

"Claro amiga, vamos engordar um pouquinho e falar o quanto ruim Mario era (se quiser). Estou te esperando"

Coloco o celular encima da cama quando termino de mandar a mensagem.

Passo pelo quarto de Miguel e o vejo brincando sozinho. Quando acontece isso fico meio triste, as vezes ele fica tao sozinho.

Alicia; Hey filho! Que tal amanhã você chamar algum amiguinho para vir brincar com você?_ ele abre um sorriso lindo.

Miguel: Serio? Legal ai nos vamos brincar muito. Quem sabe se tiver sol a gente entra na piscina!!

Alicia; Sim isso mesmo. Agora vamos almoçar ja esta passando da hora.

Pego em sua mãozinha e andamos ate o andar abaixo.

(...)

Marcelina; Sempre acontece isso em meus relacionamentos. Eu sou uma maluca que vê coisas aonde não tem. Talvez ele nem deve ter se encontrado com aquela garota, nenhum homem vai me amar nessa terra!! _ e morde mais um pedaço de chocolate misturado em lagrimas. Eu poderia ate rir, so que a situação é seria.

Alicia: Amiga não precisa ficar assim, se ele te ama mesmo ele vai voltar pra você. Agora engole o choro e vamos assistir o file logo.

Marcelina assente enquanto pega o balde de pipoca e pegando um monte e colocando na boca.

Algumas horas depois ela decidiu ir embora, alegando ter que ficar de luto pela morte do seu relacionamento.

Comecei a ficar nervosa, Paulo não tinha aparecido ate agora e já passava de 22:00 da noite. Já tinha colocado Miguel para dormir, mandei inúmeras mensagens, liguei diversas vezes e nada.

Enquanto eu estava deitada no sofá da sala, angustiada por ele ainda não ter aparecido ainda, a porta central se abre e eu ouço passos desengonçados.

Alicia: Paulo?

Avisto o meu namorado andando em minha direção, ele estava com o paletó no ombro e a gravata estava desarrumada.

Paulo: Oque é? Esta acordada esta hora por que?_ seu tom era de arrogância, oque eu não gostei. Chego mais perto e posso sentir cheiro de bebida forte, ele esta bêbado.

Alicia: Oque estou fazendo acordada? Estou esperando meu namorado que falou que ia estar em casa a horas atras, mas acaba de chegar em casa completamente bêbado!

Paulo: Não estou bêbado, e não falei para me esperar. E agora sai do meu pé ok ? Não sou nenhuma criança.

Alicia: Paulo onde estava? Não concordei em aturar isso, quando decidi vir morar aqui_ estou chateada demais com essa situação.

Paulo; Estava em um bar, com amigos. Alicia tenta entender que tenho 22 anos tenho que me divertir tambem.

Alicia: Paulo que te trouxe aqui, ou veio dirigindo bêbado?

Paulo: Margarida me trouxe.

E isso foi a gota d'água para mim. Ando marchando ate o quarto, não acredito que ele fez isso comigo.

Bato a porta com força, e me encosto na mesma.

Ouço socos na madeira da porta.

Paulo; Alicia por favor não faz isso.Me deixa entrar.

Minha vida estava perfeita demais para ser verdade.