Acordei no outro dia com a claridade que vinha da janela, Sophia ainda dormia, eu acho que ainda demoraria pra acorda, ela estava muito cansada com tudo oque tinha acontecido ontem.

Me levantei, tomei um banho longo e demorado, como a anos eu não fazia. Depois que sai do banho fui acorda a Sophia.

—Princesinha, vamos acordar? Temos muito oque faze hoje.

Eu pretendia sair com ela um pouco.

—Deixa eu mimi mais um poquinho mamãe.- ela disse se virando pro outro lado da cama.

—Acorda filha. Nós temos que tomar o café da manhã, e eu tava querendo passear um pouco numa praça que tem aqui perto, mais como você não quer levantar...

—Já acordei mamãe! - Não consegui me segurar e acabei rindo do que ela fez.

Depois que nós duas estávamos prontas, escutei alguém batendo na porta. Assim que, abri vi que era Rosalie.

—Oi só vim ver se já estavam prontas.

—Oi, eu já ia ligar pro quarto de vocês pra avisa que já estávamos descendo pra tomar café da manhã.

—Então vamos todos juntos, porquê eu ia fazer a mesma coisa.

Chamei a Sophia, fechei a porta do quarto e andamos até o elevador. Em todo o tempo que passamos no elevador, Sophia ria e achava engraçado o friozinho na barriga que dava quando o elevador se movia. Rosalie e eu não parávamos de rir da reação dela.

Já estávamos comendo, quando lembrei do passeio que queria fazer com Sophia.

—Rosalie, será que teria problema se eu levasse a Sophia em uma praça que tem aqui perto?

—Pode me chama de Rose, e eu acho que tudo bem em você sair um pouco, mais alguém terá que ir junto, pois ainda não prendemos todos os integrantes da quadrilha.

—Tudo bem, eu não me importo em ir acompanhada, eu podendo sair está tudo bem. E me chame de Bella, eu prefiro assim.

Antes que ela falasse alguma coisa o celular dela tocou.

—Alô, oi cunhado, já acordaram e estamos tomando café agora, tá eu falo pra ela.Há, será que você podia pedir alguns agentes pra acompanha a Bella, ela quer passear com a filha numa praça que tem aqui perto. Tá até mais então.

Ela desligou e se virou pra mim.

— Ele pediu pra te dizer que já ligo pros Estados Unidos, e informo que você foi encontrado, ele agora ta esperando a ligação pra informa quando seus pais chegam.

Quando ela falou isso eu gelei. Eu estava com muita saudade dos meus pais, e sei o quanto eles sofrerão esse tempo todo.

Mas oque eu mais me preocupava era com a reação deles ao descobrir sobre a Sophia. Eu tinha medo deles não a tratarem bem ao saberem quem era o pai dela.

—Ei eu sei que você está com medo, mais Bella, não pense nisso agora, eles ainda vão demorar um pouco pra chegar, você ainda tem tempo.

—Obrigada Rose. Mais então, eu vou poder sair? Oque seu cunhado falo?

—Ele disse que tudo bem, mas o mais estranho foi que ele falo que, ele mesmo vai te acompanhar.

—Porquê isso é estranho?

— Bom, porque ele sempre fica no escritório, e quando sai é pra ir em alguma missão, ele quase não sai com nenhum amigo, e do nada ele quer ir em uma praça? Isso só me faz te mais certeza de quê ele está gostando de você.

—Rose não deve ser nada disso, eu sei que ele é bonito, mais eu acho que ele nunca iria se interessar por alguém como eu. Passei 6 anos sendo um objeto sexual de alguém, e tenho uma filha de 3 anos, quem iria me querer?

Antes que ela conseguisse responder, uma voz muito sexy falou atrás de mim.

—Bom dia meninas.

—Bom dia. - Respondemos nós três juntas.

—Fui informado que alguém quer passear na praça hoje?

—Eu! Mamãe vai me leva hoji. - Sophia respondeu antes de mim.

—E quem é essa princesa linda? Muito prazer eu sou o Edward e você? - Ele perguntou pra minha filha.

—Oi Edwaid, meu nome é Sophia.

—Que nome lindo, mais pra facilita pode me chama de Tio Ed tudo bem?

—Ta Tio Ed. Você vai passia com a genti?

—Você quer que eu vá?

—Podi mamãe? - Os dois olharam pra mim.

—Se ele quiser, pode sim filha.

—Você quer ir tio Ed?

—Quero princesa, mais você tem que terminar de comer primeiro. - Enquanto ela comia, ele a ficava admirando com um brilho nos olhos, como se ver ela comer foce a melhor coisa do mundo.

Me virei pra continuar conversando com a Rose e ela me olhava.

— Porquê ta me olhando assim? - Perguntei pra ela.

—Eu acho que isso responde a sua pergunta, não acha? - Ela disse apontando pra Edward e Sophia que conversavam como se já se conhecessem a anos.

—Acabei mamãe, vamos?

—Vamos, até mais tarde Rose.

—Tchau Tia Rose.

—Tchau princesa.

—Tchau Rose, e não deixa o Emmet dormi o dia todo.

—Pode deixa, tchau e aproveitem bastante.

Andamos cerca de 10 minutos e chegamos na praça, Sophia saiu correndo quando duas crianças chamaram ela pra brinca, ela nunca tinha visto outra criança, a felicidade com que ela veio me pedir pra brinca com elas tava tanta, que mesmo com o meu medo de a deixar sozinha em um lugar com tanta gente, eu acabei concordando.

—Ela está muito feliz. - Edward disse, nós a olhávamos de longe.

— Sim, depois de tudo, ela merecia essa felicidade.

—Você também. Merece conhecer alguém e seguir sua vida, e esquecer oque aconteceu nesse 6 anos.

—Não é tão fácil assim, ninguém vai querer ficar com uma pessoa como eu, que foi abusada por 6 anos, e desse abuso resultou uma filha. Eu amo minha filha e nunca a abandonaria só porque conheci alguém.

—Eu sei que ama sua filha, mais você pode sim achar alguém que ame vocês duas.

Fiquei alguns minutos pensando no que ele disse.

—Olha Isabella, eu sei que não tem nem 24 horas que nós nos conhecemos, mas nesses meus 24 anos eu nunca fiquei tão apegado em uma criança como eu fiquei ao conhecer sua filha, e eu também sinto algo muito forte por você que eu nunca tinha sentido por ninguém. Não peço que me de uma chance agora porque você nem me conhece, mas eu peço pra que sejamos amigos, ai com o tempo quem sabe acontece alguma coisa.

—Olha Edward, confesso que também senti alguma coisa por você, mais não sei dizer oque é, e também não estou pronta ainda pra ter algum relacionamento além da amizade. Então por enquanto é melhor sermos amigos e nos conhecer melhor, e depois quem sabe ... - Disse e seus olhos brilharam.

— Obrigado Isabella, posso te dar um abraço?

—Pode, mais só se parar de me chama de Isabella, me chame de Bella, prefiro assim. - Eu disse e ele sorrio e me abraçou.

Quando ele me abraçou, me senti no lugar mais seguro do mundo, o cheiro dele era tão bom, que eu não queria parar de abraça-lo nunca mais. Mas como tudo oque é bom dura pouco, o celular dele começo a tocar.

—Alô, oi pai. Sim ela está comigo aqui. Ta pode deixar, até mais, manda um beijo pra mamãe, diz que estou com saudade. - Ele desligou e se virou pra mim.

—Meu pai comanda a sede da Interpol nos Estados Unidos, e coincidentemente conhece seus pais. Ele disse que avisou os seus pais e que eles ficaram muito felizes, eles pensavam que você não iria aparecer mais com vida.Enfim, meu pai disse que quando contou eles não quiseram esperar mais nem um minuto e que pegaram o primeiro vôo que teve de madruga, provavelmente eles devem chegar na hora do almoço.

—Meu Deus! Eles já estão vindo?

—Sim Bella, acho melhor nós irmos, se você quiser eu fico com a Sophia enquanto você conversa com seu pais.

—Obrigado Edward, eu vou aceitar sim. Quero conta tudo a eles e depois apresentar a Sophia, tenho medo. Da reação deles.

—Tudo bem, eu vou buscar a Sophia e depois nós vamos. - Ele sai na direção em que Sophia brincava. Estava esperando eles voltarem quando escutei alguém me chamando.

—Bella, é você? - Me virei e vi Tânia Denali na minha frente me olhando com lágrimas nos olhos.

—Ai Meu Deus! Tânia que saudade, achei que nunca mais iria te ver de novo. - Eu chorava junto com ela.

—Onde você estava? Nós te procuramos por anos, oque aconteceu pra você sumir assim?

—Bom, pra começar, quando eu sai daquela festa eu fui sequestrada por um cara que me manteve presa por 6 anos, ontem os agentes da Interpol fizeram uma busca na casa onde ele morava e me encontraram lá. Não sei se posso contar mais pois eles ainda estão investigando.

Antes que ela perguntasse mais alguma coisa, ouvi minha princesa me chamando.

—Mamãe o Tio Ed disse que a gente já vai, eu queria binca mais. - Ela disse fazendo biquinho.

—A mamãe promete que te trás aqui de novo, mais nós ja estamos indo mais antes .. - Olhei pro Edward.

—Você pode leva a Sophia pra tomar um sorvete, ela nunca tomou, e acho que ela vai gostar muito.

—Claro, vamos Sophia?

—Vamos. - Ela sai pulando.

Tânia me olhava como quem ta tentando entender oque está acontecendo.

—Ela é sua filha Bella?

—Sim, depois de 3 anos presa eu acabei engravidando. Sophia tem 3 anos.

— Nossa! Que história. Mas e seus pais? Já sabem que encontraram você?

—Sabem, eles chegam na hora do almoço.

— Bom, então vou indo. Meu número contínua o mesmo me liga antes de voltar pros Estados Unidos, minha família vai querer te ver de novo, todos sofremos muito quando você sumiu. Nós nos sentimos culpados, pois era pra gente cuidar de você enquanto você estivesse aqui na Dinamarca.

—Tânia, a culpa não foi de ninguém. Mais eu ligo sim, também quero rever todos antes de voltar pro meu país.

—Então tchau Bella, até outro dia. - Disse e abraçando apertado.

—Tchau Tânia, manda um beijo pra todos.

—Mando sim

Assim que ela foi embora, Edward voltou com a Sophia no colo.

—Que menina preguiçosa, não sabe anda mais não.

—Sei mamãe, é que o Tio Ed é alto da pra ver tudo daqui.

—Vamos Bella?

—Vamos.

Já estávamos chagando no hotel quando Edward perguntou.

—Quem era ela Bella? Vi que você estava chorando.

—O nome dela é Tânia, ela é minha amiga, eu estava morando com ela e a família antes de ser sequestrada. Por falar nela, eu posso ligar pra ela e marcar que ela e a família venham me ver no hotel?

—Claro que pôde, só me avise antes, pra que eu deixe avisado na recepção. - Concordei com a cabeça.

Eu e Sophia já tinhamos almoçado, ela acabo dormindo quando chegamos no quarto. Ouvi a batidas na porta, já sábia que devia ser o Edward, pois ele iria ficar com a Sophia pra mim.

—Oi Edward, entra.

—Oi Bella, eles já chegaram, eu vim avisa pra você espera no quarto ao lado, enquanto eu fico com a Sophia aqui, você conversa com eles lá.

—Obrigado Edward, estou muito nervosa. - Disse, e sem me conter o abracei.

—Fica calma, vai dar tudo certo. - Ele falava e passava a mão meu cabelo. Só o cheiro dele já me acalmou.

Depois que me soltei dele fui pro quarto ao lado do meu. Estava de costas, mais quando ouvia porta abrindo me virei rapidamente.

Parados na porta, estavam, meus pais. Um pouco mais velhos do que eu me lembrava, mais eram eles. Minha mãe foi a primeira a correr até mim.

— Mamãe! - Falei ao abraça-lá.

— Obrigado meu Deus por devolver minha filha. Quanta saudade eu senti de você Bella. Eu te amo filha, nunca mais alguém vai te tirar de mim. - Nós duas chorávamos abraçadas, até que ouvi meu pai.

—Bells, é você mesmo? - Era a primeira vez que eu vi meu pai chorando.

—Papai! - Me soltei da minha mãe, e pulei no meu pai.

—Oh minha menininha, como você cresceu, eu senti tanto a sua falta.

Ficamos os três abraçados e chorando. Depois de uns 10 minutos, já estávamos calmos, e ai começo as perguntas que eu temia.

—Filha oque foi que aconteceu? Oque fizeram com você? Ninguém quis contar nada pra gente.

Me sentei junto com eles na cama e comecei a contar.

—Naquela noite, depois que sai da festa. Um homem me pediu ajuda pra colocar o cachorro que tinha acabado de ser atropelado dentro do carro dele, eu fui com ele até o lugar onde ele disse que estava o cachorro, mais quando cheguei, não tinha nenhum cachorro, ele colocou um pano no meu nariz e eu apaguei. Quando acordei já estava naquela casa, eu tentei gritar por ajuda e ele me bateu pela primeira vez. Depois disso me jogou em um porão. Depois de umas 3 semanas que eu estava lá e abusou de mim pela primeira vez. Eu passei esses 6 anos morando em um porão mofado, e todas as noites ele aparecia pra me usar como se eu fosse um objeto sexual, que ele usava e jogava fora.

Contei quase tudo de uma vez, só não falei da Sophia por enquanto.

Olhei pro meus pais e os dois estavam chorando. Minha mãe me puxou pra um abraço.

—Oh minha filha eu sinto muito que tudo isso tenha acontecido com você.

—Mãe, isso não é tudo. 3 anos depois ...- Não consegui termina pois escutei um choro muito alto vindo do outro quarto.

—Oque será que ta acontecendo? - meu pai perguntou.

Eu sabia que apenas uma coisa podia ter feito minha filha chorar assim, e que o Edward não ia consegui acalma-lá. Então se dizer nada ao meus pais eu fui atrás da minha filha. Eu sabia que eles viriam atrás e mim, mais eu não me importava.

Assim que cheguei ao meu quarto, Sophia já estava vermelha de tanto chora.

—Bella, eu já ia te chamar, ela acordo agora chorando desse jeito, e eu não sabia oque faze. - Ele disse se desculpado.

—Não foi sua culpa, eu sei oque aconteceu, as vezes acontece isso. - Disse e fui me sentar na cama com a minha filha.

Assim que ela me viu já foi pulando no meu colo.

—Calma filha, não vai acontecer nada, nós não estamos mais lá, fica calma. - Eu a beijava e passava a mão em seus cabelos.

—Mamãe o homem mal que bate em mim de novo, não deixa mamãe.

—Mamãe? - ouvi meus pais perguntarem, mas ignorei.

—A mamãe promete princesa, nunca mais ninguém vai bater em você. - Ela foi se acalmando até que voltou a dormir.

—Bella. - Ouvi a voz de Edward me chamar. - O Mike já bateu nela? - Ele perguntou e eu vi raiva nos seus olhos.

—Infelizmente sim. Ele tava bravo com alguma coisa, e chegou mais cedo naquela noite, eu ainda não tinha escondido a Sophia como eu sempre fazia quando ele vinha. Ele viu ela e deu um tapa do rostinho dela. Ela caiu no chão desmaiada com a força do tapa. Ei fiquei com tanta raiva que comecei a bater nele, mais ele era mais forte e acabou me dando um surra e me violentando ali mesmo. Sorte que a Sophia não acordo e viu aquilo, pois eu nunca me perdoaria.Depois que ele saiu, fui ate ela e cuidei dela. Mais tem vezes que ela acorda assim chorando, achando que é aquele dia de novo.

Quando eu terminei de contar, vi muita raiva nos olhos de Edward. Olhei pro meus pais e assim como eu, eles estavam chorando.

Minha mãe sentou na cama e passou a mão no rosto da Sophia.

—Ela é a sua cara Bella. Igualzinha a você quando era pequena, não é Charlie?

—Sim, uma princesa igual a você.

—Vocês não sentem raiva ou repulsa por ela ser filha daquele cara também?

—Não meu amor, independente de quem é o pai dela, ela é nossa neta, e já a amos muito. - Meu pai disse e minha me balançou a cabeça concordando.

—Obrigado, eu estava com medo da reação de vocês. Mas vejo que era bobagem minha.

—Bella, eu vou ver se acho o Emmet, tenho que resolver algumas coisas ainda.- Edward disse.

—Obrigado por hoje Edward.

—Não foi nada, mais tarde eu volto quando ela já tiver acordado, tchau Bella, tchau Sr. e Sra. Swan.

—Tchau - Dissemos juntos.

Ficamos conversando, contei a parte da história que envolvia a Sophia, e eles me atualizavam do que eu tinha perdido nesse tempo todo.

Já era quase 15h quando a Sophia cordo.

—Mamãe cade o Tio Ed ?

— Ele teve que sai, mais disse que volta mais tarde pra te ver.

—Oba!

—Sophia, eu quero apresentar alguém pra você. Esse aqui é o vovô, e aquela ali é a vovó. Eles são os meu pais.

—Oi - Ela disse enquanto e escondia no vão do meu pescoço com as bochechas vermelhas.

—Olha Charlie, até nisso ela é igual a Bella. - Minha mãe disse se referindo ao jeito envergonhada da minha filha.

Depois de um tempo, Sophia não parava de falar nem um minuto com os meus pais. Eu estava muito feliz com a aceitação deles em relação a Sophia. E finalmente eu estava feliz, vendo minha filha e meus pais brincando. A única coisa de que eu senti falta, foi quê, eu também queria que Edward estivesse aqui comigo.