(In)Perfeitos um pro outro -Hayffie escrita por Lady Alguma Coisa


Capítulo 12
Nós podemos sobreviver.


Notas iniciais do capítulo

Ola. Tchau. kkkkkkk Eu tô morrendo de sono. FELIZ PASCOA PRA VCS!!! Como amanhã eh meu niver, não vai dar para postar, mas eu madruguei escrevendo para deixar a fic em dia. Desculpe qualquer erro gal. Boa leitura.



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Desde que chegara ao trem, Effie limitou-se somente a cumprimentar os outros por educação e ver o restante das coisas da viagem. A maioria dos vitoriosos já havia embarcado e para sua sorte ou azar, ela conhecia a maioria, alguns das edições dos jogos anteriores e outros, do próprio distrito treze. 

   Pessoas com Johanna Mason e Enobaria a odiavam com todas as forças, toda vez que a viam passando pelos corredores, lançavam-lhe um olhar fulminante. Mas também havia pessoas agradáveis, como Annie que havia virado uma grande amiga desde que se conheceram na revolução. Pessoas como ela eram as únicas capazes de tira-la do tédio e da tristeza, qualquer que fosse o momento.

   Porém, a sorte parecia não estar ao seu favor naquela tarde, Cresta seria uma das ultimas a embarcar e seus outros amigos estavam imersos demais em seus próprios problemas, não haveria sorrisos ou risadas naquela viagem.

    Trinket perdera de vista Katnnis e Peeta assim que embarcara, tentou procura-los, mas depois de um tempo chegou à conclusão de que eles realmente não queriam ser encontrados. Era compreensível, talvez aquela fosse a única forma deles fugirem daquela confusão. Como evitar?

   Ela decidiu deixar de lado a preocupação e focar nos compromissos que ainda tinha pela frente, não via hora de terminar tudo e sumir também. A briga com Haymitch somada aquela agitação da viagem deixavam-na sufocada. Effie contava os segundos para que a reunião acabasse e ela pudesse ir para seu quarto. Mas para completar, desde que embarcara Flavius não parara de fazer perguntas, onde quer ela que fosse ele ia atrás questionando o motivo de seu mau humor.

  “Amorzinho, se você não me contar eu não vou poder te ajudar”, ele disse pela milésima vez.

  Effie respirou fundo e contou até três, mas mesmo com todos os esforços, a mesma não coseguiu se conter.

“Eu não preciso da sua ajuda!”, explodiu ela. Octavia que até então, encontrava-se sentada observando a discussão, viu-se obrigada a intervir. A mesma lançou um olhar de reprovação para a amiga e pegou a mão de Flavius que, naquele momento, estava tão chocado quanto ela.

  “Não precisa ser grossa Effie, ele só estava querendo ajudar. Não desconte seus problemas na gente”, repreendeu Octavia.

   “Então parem de perguntar”, Trinket rebateu, mas antes que eles pudessem responder, ela deu as costas e caminhou em direção ao quarto. As lágrimas manchavam seu rosto, ela não pode evitar os soluços que tomaram conta de seu corpo e o tremor em suas mãos, era uma sensação de desamparo e imponência. Effie correu até os aposentos sem olhar para trás, ignorando todas as vozes e os olhares confusos que as pessoas lançavam-lhe quando a viam passar.

   O quarto o qual ficara hospedada ficava, para o seu azar, no vagão reservado exclusivamente para a equipe de preparação. Infelizmente, ela só se deu conta disso quando trancou a porta e ouviu passos rápidos se aproximando. Depois de muito bater, gritar e clamar Octavia, Flavius, Katnnis e Peeta chegaram à conclusão de que Effie não ia atender. Os vitoriosos concordaram em ficar por perto caso ela mudasse de ideia e com isso, dispensaram os esforços da equipe de preparação. Trinket sentiu uma pontada de culpa por causar tamanho alvoroço, mas ela realmente precisava daquilo.

  Ela remexeu a bagagem á procura de uma roupa confortável, em sua busca a mesma encontrou uma camisa surrada no fundo da mala. Effie fitou a peça de roupa desconhecida, hesitou por um momento, porém acabou estendendo a mão e tomando o tecido para si sentindo o aroma da peça.

    Ela fechou os olhos e suspirou, conhecia perfeitamente aquele cheiro, era o cheiro dele. Effie reviveu todas as noites em que deitara em seu peito e adormecera depois de uma longa dose de pesadelos, lembrou-se de todas as vezes que acordara de manhã sentindo-o beijar sua nuca, ela ainda podia sentir aquele par de olhos cinza pousarem sob os dela com tanta leveza e ternura, trazendo-lhe uma sensação de paz e segurança. Sentiu o choro vim à tona novamente, sentia-se tão vazia. Sim, Trinket conhecia muito bem o dono daquela camisa.

  Effie colocou a peça estendida sob a cama junto com um short confortável que também achara, despiu-se e caminhou em direção ao banheiro. Ela parou em frente ao espelho e tirou o restante da maquiagem, que aquela altura, já se encontrava completamente borrada.

  Trinket tocou o rosto inchado e pousou o olhar sob as cicatrizes que marcavam seu pescoço, as quais eram um lembrete doloroso dos tempos da revolução. Com um algodão, ela tirou a camadas de maquiagem que usava para escondê-las, é claro que aquelas não eram as únicas cicatrizes que marcavam seu ser. Aquelas eram apenas as mais visíveis. Ninguém jamais havia visto esse seu lado, nem mesmo as pessoas mais próximas, somente ela e as enfermeiras do treze tiveram tal visão. A visão que marcava o fim da mulher que costumava ser e o começo da que se tornara, de superficial e extrovertida a observadora e reservada.

   Se fosse um dia qualquer, Effie esperaria a banheira encher e tomaria um daqueles seus banhos completos e revigorantes, mas invés disso, ela entrou no chuveiro frio e deixou que a água levasse embora sua angustia. Após banho, ela vestiu a camisa do Ex-mentor, colocou o short, cobriu-se com os lençóis felpudos e adormeceu.

                                             ***********************

  Katnnis decidiu que já estava na hora de por um fim naquilo. Effie ficara o resto do dia trancada no quarto, mesmo com os esforços de todos, ela não quisera comer nada e toda vez que eles tentavam iniciar uma conversa, Trinket os dispensava. A vitoriosa nunca a tinha visto tão para baixo, ela e Peeta mal conseguiram dormir a noite, preocupados que ela fizesse uma besteira.   

 “Esse povo da capital é cheio de manias, eles não sabem lidar bem com perdas. Ela pode tentar fazer alguma loucura!”, dizia Katnnis enquanto andava de um lado paro o outro, tentando decidir o que fazer. Ela cerrou os dentes e murmurou algo que pareceu: “Eu vou matar o Haymitch.”

  Peeta concordava com a cabeça só pelo simples gesto de não discordar, já era madrugada e ele não via a hora de dormir, mas conhecendo a namorada como conhecia, sabia que ela não aceitaria interrupções ou objeções em um momento como aquele.

  “Eu pedi para a Greasy Sae ficar de olho nele, segundo ela, ele pode estar armando algo. Talvez seja um plano para reconquistar a Effie.”, Mellark comentou, tentando ao maximo soar como alguém que queria ajudar e não, como alguém queria apenas livrar daquela discussão e ir dormir. Katnnis olhou para ele e sorriu satisfeita.

  “É isso.”, disse ela. “Vamos ligar para aquele idiota e bolar um plano para ele vir aqui e concertar essa bagunça”

  O vitorioso franziu o cenho.

  “Amor, você não acha que nesse momento delicado que a Effie está passando talvez ela só precise de espaço?”, ele aproximou-se dela cautelosamente e abraçou por trás. Peeta bocejou e disse: “O Haymitch só ia deixa-la mais confusa. Ah vamos dormir, amanhã a gente acha um jeito”

  Katnnis lançou um olhar de pura reprovação para o amado e saiu de seus braços.

  “E desde quanto você é psicólogo para avaliar a situação dela?”, ela revirou os olhos e pegou o celular que se encontrava no criado mudo,  discando o número do Ex-mentor. “Nós precisamos de uma solução pra agora. Uff, sou sempre eu que tenho que fazer tudo”

  Ao dizer isso, a vitoriosa saiu do quarto com o celular no ouvido, conversando algo que ele não conseguiu entender. Peeta deu de ombros e caiu na cama, derrotado e exausto. O que quer que fosse que a amada estivesse tramando, com certeza ia dar confusão. E como o próprio Haymitch costumava dizer: “Sempre sobra para o garoto do pão a tarefa de limpar a bagunça”. Ele suspirou e adormeceu, a viagem tinha acabado de começar.  


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Notas finais do capítulo

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