Marinette:

Acordei com meu celular apitando e vibrando na cama, o despertador já estava tocando? Olhei para a janela e vi que ainda era noite, desviei meu olhar para o visor de meu celular e vi que ainda eram 2 horas da manhã. Estranhei, mas percebi que era uma mensagem. Era do Adrien.

Pulei da cama e cai no chão, acordando Tikki que ficou assustada:

—O que houve Marinette?- Ela perguntou, colocando sua mão na testa.

—O Adrien me mandou uma mensagem, Tikki!-Estremeci

—E daí?- Resmungou ela

—Como e daí? É o Adrien!- Me levantei e voltei a sentar na cama, abri a mensagem e li em voz alta para que ela escutasse.

“Oi, Mari. Obrigado por hoje, de verdade. Quando cheguei em casa meu irmão já estava dormindo. Escuta...hum... amanhã eu não tenho nenhuma seção de fotos, nem nada do tipo. Então, que tal nós sairmos? O que acha de um parque de diversões?

—Adrien”

Comecei a pular na cama, de maneira infantil, mas quem liga? ADRIEN ME CHAMOU PARA SAIR!

—Sim, sim, sim, sim!- Cai na cama e abracei a kwami- Finalmente, Tikki!

—Vai aceitar?- Ela sentou em minha perna

—Claro!- Comecei a digitar, mas não ficou muito bom. Liguei para Alya.

Tocou seis vezes e ela atendeu, com a voz sonolenta:

—Alô?

—Alya, você não vai acreditar!- Praticamente gritei

— Marinette, sabe que horas são?- Ela disse quase dormindo no telefone

—É importante, tem a ver com a Adrien. Ele me chamou pra sair!

Ela pareceu acordar na mesma hora:

—O QUE? E VOCÊ SÓ ME FALA AGORA? O QUE ELE DISSE?- Ela berrou

—Eu recebi a mensagem agora, ele disse que amanhã não tinha nenhuma seção de fotos e me convidou para sair. Será que eu vou? O que eu respondo?

—Você vai!-Afirmou Alya- Agradeça pelo convite e diga que você não tem nada de importante pra fazer amanhã e que pode ir. - Mandou minha melhor amiga.

Concordei e desliguei o telefone, mandando a mensagem para Adrien.

Suspirei pesado e me joguei na cama, me sentindo mais feliz do que nunca! Virei pro canto, com a intenção de dormir, porém, o sono demorou a chegar. A ansiedade havia tomado conta do meu corpo.

~~

Adrien:

Plagg estava me xingando e dizendo que ia tudo dar errado:

—Adrien, isso não vai dar certo! Você nem gosta de Marinette.

— O que tem? Só vamos sair como amigos.

—Você quer provar pra Ladybug que não precisa dela, isso sim.

Bufei e virei pro canto. Félix, que estava dormindo no chão de meu quarto, se levantou e começou a berrar:

—JÁ É A MILESIMA VEZ QUE EU PEÇO PRA VOCÊ CALAR A BOCA, PIRRALHO. - Ele me pegou pela gola da camisa- SE EU OUVIR MAIS UM PIO SEU, EU CONVENÇO O PAPAI A TE POR PRA DORMIR NA RUA.

Acertei um chuto no... Hummm... Vamos dizer “o lugar proibido” do meu irmão, que urrou de dor.

—EU NEM ESTOU TE INCOMODANDO. VOCÊ QUER É QUE EU VÁ EMBORA. PRA QUE VOCÊ VEIO AQUI, HEIN FÉLIX? ENCHER-ME O SACO! SÓ PODE. OS ENCOMODADOS QUE SE MUDEM!– Gritei de volta

Ele ia me acertar um soco, mas meu pai segurou a mão do mesmo:

—JÁ CHEGA OS DOIS!- Berrou ele- O que está acontecendo aqui?

— Adrien está conversando com a namoradinha dele e me impedindo de dormir. - Ele apontou pra mim- E pra completar ele fica conversando sozinho, como se fosse um completo louco. - Acusou-me.

Olhei para Plagg, que estava se escondendo atrás de meu computador.

—Eu nem estou incomodando Félix ele que está...

—JÁ CHEGA OS DOIS. FORA!- Ele apontou o caminho para fora do meu quarto

—O que?- Olhei sem entender

— É o que ouviu saia daqui. Arrume outro lugar pra ficar essa noite, mas nessa casa não!- Esbravejou meu pai, olhando para mim.

Minha vontade era gritar e enforcar meu irmão. Porém, tive que engolir a raiva e fazer como sempre, guardar para mim mesmo. Olhei para ele com ódio no olhar e sussurrei, abaixando a cabeça:

—Parabéns, você conseguiu. - Peguei minha mochila que havia levado para a seção de fotos e sai de casa.

—Pra onde você vai?- Plagg perguntou, me seguindo.

—Qualquer lugar. - Disse enxugando, lágrimas que ameaçavam cair de meus olhos.

—Adrien vo...- Ele não conseguiu terminar o que ia dizer, logo foi sugado pela minha miraculous.

Em seguida, sem nem ao menos pedir, me transformei em Chat Noir. O que estava acontecendo?

Quando ia começar a andar, senti uma dor de cabeça muito forte e tudo começou a desaparecer sobrando apenas uma escuridão.

“Chat Noir, está cansado de ser tratado como lixo pelas pessoas?” Uma voz ecoava pela minha cabeça, e eu a conhecia muito bem. Hawk Moth não me deixava em paz nem quando eu queria ficar sozinho. Putz, cara chato!

—Me deixe em paz. - Murmurei- Não sou um de seus fantoches e nem vou fazer seus serviços sujos.

“Se continuar assim,” ele persistiu “nunca conseguira o que quer. Pense nisso, Chat Noir.”

A voz dele desapareceu, cai no chão, desmaiado. Foi só até esse ponto que me lembro do que aconteceu naquele dia...

~~

Marinette:

Acordei, praticamente pulando para fora da cama. Eu iria sair com o garoto dos meus sonhos!

Fui até a cozinha, suspirando e dançando sozinha. Liguei a televisão, só para não ficar no silêncio, e preparei meu café da manhã.

Liguei em um canal de noticias, falava algo sobre uma pessoa que havia sido achada ontem, quase morta, no chão da rua. Aumentei o volume, para escutar melhor. A pessoa, que preferiu não ser identificada, disse que estava caminhando na rua e, do nada, foi acertada no estômago por um cano de aço, e foi enforcada, mas o sujeito a soltou antes que uma tragédia acontecesse. Quando ela conseguiu, olhou para o rosto do agressor viu um homem que se parecia com Chat Noir,porém, com as roupas brancas e com um tipo de contorno roxo de uma borboleta em volta dos olhos. Ele foi identificado como Chat Blanc.

Cuspi o leite que estava tomando e me engasguei com a torrada. CHAT TINHA SIDO AKUMATIZADO?

Cheguei mais perto da TV, mas logo a reportagem foi encerrada. Como aquilo foi acontecer? Bati a mão com força na testa. Era tudo culpa minha, claro! Eu havia rejeitado o coitado e Hawk Moth, que não perde uma oportunidade de nos ferrar, aproveitou para akumatiza-lo.

Engoli em seco, e senti Tikki passar as mãozinhas em meus braços:

— Agora você precisa resolver isso, Ladybug- A kwami disse.

—Tem razão. - Soltei um suspiro cansado. - Mas como vou saber onde ele está?

A televisão, do nada, mudou sua programação. O programa de fofocas foi substituído por imagens de pessoas amarradas em um local, que identifiquei como o porão da escola. E entre essas pessoas, Chat Noir estava amarrado com uma fita na boca.

A tela focou em uma copia de Chat, só que com as roupas brancas. “Chat Blanc” pensei.

—Viu, My Lady?- Ele sorriu sarcástico- Digamos que se não chegar aqui em meia hora, essas pessoas... humm... Vamos dizer que vão sofrer. Nós vemos em breve.

A transmissão foi interrompida e o canal de fofocas voltou a passar. Estava meio atordoada, o que ele queria? E se Chat Noir estava no fundo, quem era aquele cara?

Continua...?