Nunca é tarde para descobrir a verdade escrita por Harriet


Capítulo 1
Prólogo




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9 anos depois...

Mia estava em seu quarto no andar de cima da casa. Dessa vez, com os olhos abertos. Eram grandes olhos verdes. Ela estava brincando com uma boneca, quando ouviu um barulho de vidro quebrando no andar de baixo. Queria ver o que era, mas tinha medo, estava tremendo. Era possível ouvir gritos. Gritos da mãe de Mia. Logo, foi possível ouvir dois tiros e passos cada vez mais longes, até não ser possível ouvir mais nenhum. Passaram-se 10 minutos. 20 minutos. 30 minutos. Nenhum barulho durante todo esse tempo. Mia decidiu descer e ver o que havia acontecido. Ao chegar na sala, viu algo que nunca mais iria esquecer, e que iria assombrar seus sonhos durante toda a vida. O belo homem de pele clara e a bela moça de pele morena estavam caídos no chão, com sangue ao redor do corpo. Estavam mortos.

Passaram-se mais 4 anos após a morte dos pais de Mia. Ela agora tinha 13 anos, e estava prestes a mudar de escola mais uma vez. Havia sido expulsa das outras escolas, porém era muito inteligente. O motivo? Mia implicava com os outros alunos, provocava brigas e respondia os professores. Não gostava da escola, achava os outros alunos burros e os professores irresponsáveis.

Mia morava sozinha e se sustentava. Trabalhava em uma loja de conveniência, fazia sua própria comida e morava em uma casa pequena, que continha apenas um quarto, um banheiro e a cozinha.

Às 6h, acordou e foi para o banheiro. Se olhou no espelho do banheiro e viu uma garota baixinha, com cabelos negros que batiam na cintura, grandes olhos verdes e dentes perfeitos. Escovou os dentes, tomou banho e comeu uma torrada. 6:40 saiu de casa. No caminho para a escola ficava imaginando como seria. Não estava ansiosa, já que mudava de escola todos os anos. Estava apenas curiosa. Assim que chegou na escola, se sentou em um banco qualquer e examinou a escola. O pátio era enorme, com vários bancos espalhados aqui e ali. Havia uma mangueira ali perto, com mais bancos ao redor. Uma escada que levava para as salas e uma barraca de sanduiche. Pelo visto, ela poderia tomar café ali. Alguns minutos depois, um homem apareceu diante dela e disse que ela deveria fazer um teste para saber em qual sala ficaria.

Não sei porque...” pensou Mia “Eu já fiz um teste para poder entrar! ”.

Ao entrar na sala de testes, viu vários outros alunos fazendo testes. Sentou-se em uma cadeira no canto da sala e recebeu sua folha. Como sempre, estava muito fácil. Entregou a folha em 1h e voltou a se sentar no pátio. Momentos depois, o mesmo homem que a mandou fazer o teste, a chamou para uma sala.

—Você foi expulsa da sua outra escola... – disse o homem sem dizer seu nome nem nada.

—Bom dia para você também! – Retrucou Mia.

—Contudo... – Continuou o homem, ignorando o que ela havia dito – Você tirou nota máxima no teste.

—E daí?

—Por que você foi expulsa da sua antiga escola? – Perguntou o homem.

—Deixa eu pensar... por que eu tenho que te responder isso? – Perguntou Mia impacientemente – Quem você é? Algum professor?

—Sou o diretor desta escola – disse o homem, chocando Mia – Agora responda minha pergunta.

Mia olhou para um relógio ali perto. 8:15.

—Fui expulsa porque provoquei a vice-diretora e quebrei o braço de um menino.

—Por que você fez isso?

—Você é meu pai agora? – Riu Mia – Eles me irritaram, qual seria outro motivo?

—Na sua ficha de inscrição a parte “família” está vazia – Disse o homem como se não tivesse perguntado nada ainda – Por que?

—Meus pais morreram – cortou Mia – pode me dizer minha sala logo?

—Claro. Suas notas te colocariam com certeza na turma A – disse o diretor lendo alguns papéis – Mas, por você ter sido expulsa de outros colégios e por parecer uma encrenqueira, você vai para a turma C.

—Ótimo, posso ir?

O diretor assentiu e Mia saiu da sala, indo em direção a sala de sua turma. Ao entrar, achou que seria apenas mais uma escola qualquer.

Como estava enganada.


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