A Duel Against the Past and Love. escrita por CeciTezuka


Capítulo 7
Capitulo 7 – Why are you fleeing from the merry-making?


Notas iniciais do capítulo

-Alô Pessoaaaal!!!! ** gritando pro mundo ouvir**
—Estou de volta com um novo capitulo e desta vez inspirado num capitulo do proprio livro escrito pelo Victor Hugo!!
—Estou muito contente com o aumento de visualizações que tive nessa semana e isso me deu animo para continuar a escrever!!
—Muito obrigada a todos que acessaram e leram a historia!!
—Desejo a todos vocês que estão lendo uma boa leitura!! :)



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Cassandra não conseguia evitar em se sentir deprimida.

Ainda conseguia ouvir aquelas vozes como se fossem sussurros distantes.

Seguido de tênues lembranças distantes na qual não gostava de lembrar.

Era o que pensava enquanto continuava a andar pelas ruas desertas de Paris com a lua cheia brilhando no céu. A Estrada era iluminada pelas luzes das casas.

Continuava pensando em seus pais, seus irmãos e irmãs que haviam a adotado e mesmo que tentasse ignorar aquela visão diante de seus olhos perguntou a si mesma por que não conseguia esquecê-los.

—A bruxa. Ela está ali!-gritou uma voz ao longe.

Cassandra atravessou o portão grande e enferrujado do cemitério e se recostou em um dos túmulos,que era o maior de todos e a tampa estava entreaberta.

Ao longe ela podia ouvir os sinos da catedral e as vozes se aproximando.

Pareciam ser as mesmas pessoas que haviam a perseguido quando havia chegado a Paris há uns tempos atrás. Entrou dentro da tumba e permaneceu abaixada, cobrindo-se com o xale de sua capa se esforçou para não ser mais vista por eles.

—Tem certeza que ela está aqui?-perguntou um deles próximo de outros túmulos.

—Pense bem. Aonde uma mulher desorientada como ela poderia se esconder?-responde outro e continuaram se aproximando.

Cassandra sentiu o desespero correr em seu sangue e pensou que teria de passar a noite ali.

“Vou ter que agüentar ser assombrada pelas almas aqueles que estão enterrados aqui. Pensou triste, sentindo se cada vez mais sozinha e abandonada.

Até que tateou pelo chão e sentiu que haviam degraus que levavam até um possível subsolo.

Ela desceu os degraus das escadas até que o ambiente se iluminou em varias tochas acessas a seu redor.

Um homem sem pernas que se locomovia com a ajuda de uma tabua com rodas a agarrou pelo tornozelo, porem Cassandra acertou-lhe um chute no rosto e num pulo tentou sair correndo.

Cada vez mais assustada com a presença de tantos homens que a cercaram, Cassandra se levantou e saiu correndo querendo distancia do alcance deles.

Procurou se orientar com a pouca iluminação que havia ali.

 Foi em vão. 

“Tenho a impressão de que esse é meu destino”pensou quando os homens a fizeram agachar no chão e seguraram seus braços com força.

 Mais mendigos se aproximaram, fitando a nos olhos, coisa que a deixou cada vez mais assustada.

Donde vas, mujer?—gritou um aleijado que mesmo com uma perna menor que a outra conseguiu alcançá-la e a segurou pela cintura.

Outro homem segurou seus braços, forçando-os para trás.

—Vamos levá-la ao rei!-gritou um dos homens que parecia ser um falso cego.

Foi carregada pela multidão de homens que não a soltavam por mais que ela tentasse se desvencilhar deles.

Assim que se aproximaram de uma carroça, os três que detinham Cassandra a levaram para mais perto

Mujer, quita tu xale.— gritou novamente o aleijado e de imediato tiraram o capuz que cobria seus cabelos.

Os homens assustados se afastaram.

—Deve ser uma bruxa!- cochichou o perneta da tabua de madeira para o falso cego.

Cassandra continuava agachada no chão esperando pelo líder e seu destino.

Não se atrevia a suspirar nem erguer os olhos assim que um alguém encapuzado desceu as escadinhas da carroça e encarou os três homens.

—Quem é o invasor desta vez?-perguntou o cigano que estava vestido com uma longa capa sentado na porta de sua carroça.

Cassandra estremeceu.

Aquela voz, apesar de acentuada pelo tom de ameaça, a fez lembrar de outra que em um dia em que quase fora assaltada na praça da cidade.

“Você está bem?” o corpo da cigana estremeceu ao encarar os olhos escuros que a fizeram ver novamente as lembranças do dia em que fora salva da morte graças a ele.

Ela então o viu se livrar da capa e sentiu algo estranho semelhante a um formigamento percorrendo descontrolado por sua pele.

 Sentia-se toda arrepiada quando os olhos se encontraram.

O coração pulsando forte.

De medo.

De angustia.

De desespero.

Mas ao mesmo tempo, de fascinação por ele.

Havia um mistério que rondavam aqueles olhos.

E que também o deixava muito lindo e charmoso.

Mesmo assim sem saber por que, Cassandra se sentiu chocada ao constar que ele havia sido o seu Salvador.

O homem misterioso que a defendera dos ladrões.

Mas ao olhar para ele, a impressão que teve era de que ele já não se lembrava mais dela.

—Ora. Vejam só. – diz sarcástico- o invasor da vez é uma mulher. Diferente do invasor do mês passado.

Os ciganos ali presentes riram.

—E o que faremos com ela, chefe?- pergunta um dos ciganos ali perto.

Clopin a encarou.

E reconheceu nas formas daquele rosto fino e com os lábios vermelhos a mulher que havia salvado na padaria há certo tempo atrás.

Porem permaneceu quieto, não querendo revelar isso aos outros ciganos.

E olhar para as mechas vermelhas em seus cabelos loiros, ficou em duvida do que seria aquilo.

Uma maldição ou um fenômeno benéfico?

— Você sabe que nós temos uma lei bem clara a respeito dos invasores. -diz apontando para uma forca instalada em uma parte daquele lugar com a estrutura de um palco.

—Qualquer um que tente invasor nosso lar tem de ser morto. Sem piedade nenhuma!

Os ciganos a levaram até lá, empurrando-a com força.

Cassandra se lembrou de tudo o que perdera, do quão inútil se sentia por não conseguir mais viver e perdeu todas as esperanças que tentava ter e disse:

—Vá em frente! Me mate!- diz Cassandra certa de que aquela seria a única solução para o fim de sua jornada.

Deixou duas lagrimas escorrerem soltas com a cabeça baixa.

—Mas chefe, você acha que devíamos mesmo fazer isso? – pergunta um dos ciganos para Clopin -Quero dizer... Seria um desperdício...

—Seu tolo! O que esta querendo dizer com isso?- sussurra Clopin enfurecido.- Você não entende que esta é nossa lei e que nunca a quebramos!

—Mas chefe. Não devíamos fazer isso com ela. Poderíamos dar a ela um lugar para ficar, deixar ela se estabelecer, você sabe. – explicou querendo relembrar o líder  de outras opções a não ser matá-la. Foi o que sempre fizemos com os que realmente precisam de ajuda... Olhe para ela. Ela não parece ter más intenções como aquele juiz que morava na catedral. Lembra-se?

Os outros ciganos olhavam para ela com olhares de compaixão, que para ela pareciam ser olhares de nojo, certos de que ela devia morrer e que assim tudo estaria melhor.

Constrangida por aqueles olhares, a cigana lembrou se do quanto era olhada por outras pessoas na rua e cansada disso, se ajoelhou no chão diante de Clopin como se implorasse a ele que a enforcasse logo e de uma vez.

—NUNCA!- Gritou Cassandra segurando a corda em seu próprio pescoço. – PREFIRO MORRER!

Clopin a posicionou na plataforma aonde haveria uma alavanca que abriria uma porta subterrânea e depois disso, estaria tudo acabado.

Porem mais uma vez houve um alguém que impediu aquele momento fatídico de acontecer.

Espere aí!- exclamou uma cigana robusta de vestes coloridas e extravagantes – Clopin, você está se esquecendo da Lei da Boemia!

—Oh. É mesmo! Que esquecido eu sou. - Diz deixando escapar uma risada contagiante.

Cassandra permaneceu imóvel, questionando que lei absurda seria aquela e por que havia sentido um calafrio percorrer solto por seus sentidos depois de ouvi-lo rir.

—O que esta havendo aqui?-perguntou outra voz feminina ao longe.

Foi então que uma outra cigana apareceu, acompanhada de alguém que Cassandra reconheceu de imediato:Quasimodo.

E com ele estava Madeleine.

Porem não olhou diretamente para os dois.

Ainda achava que aqueles eram seus últimos momentos em que os veria, até que Clopin a enforcasse.

Porem isso não aconteceu.

—Ah.Esmeralda!- exclama Clopin surpreso. _Enfim você voltou! Tivemos uma invasora aqui e estávamos a poucos minutos de liquidar com ela.

—Não faça isso, meu monsenhor. –disse a mesma cigana que lembrou Clopin da existência da Lei da Boemia, subindo pela escada da forca e retirou a corda ao redor do pescoço de Cassandra. –Por que não damos a ela uma chance de começar a viver conosco. Somos ciganos. Ela é uma de nós e deve estar precisando de muita ajuda. E afinal, você ainda não tem uma esposa. Por que não fazemos a cerimônia agora?

‘Casamento? Então a Lei da Boemia é isso? Pensou completamente chocada.

 Lembrou-se de sua promessa que havia feito a si mesma, na qual estaria casada com um homem que a conhecesse bem, que a amasse de verdade e que jamais pensaria em traí-la, nem machuca-la.

Cassandra não conseguia dizer nada.

Preferiu estar calada do que dizer alguma coisa.

“Não acredito que vou ter que me casar com um homem que eu nem conheço. O que será de mim agora, papai?” pensou sentindo a pele gelar completamente.

Quasimodo também subiu e se aproximou dela.

—Como chegou até aqui?-perguntou o corcunda no que Cassandra respondeu;

—Eu estava fugindo de uns homens que estavam me perseguindo na rua... Entrei em uma tumba com a tampa que estava meio aberta e então fui cercada por homens, todos ciganos por sinal.-explicou ela olhando para todos os ciganos ali presentes.

Logo, foi surpreendida pela beleza estonteante da cigana Esmeralda que se aproximou e sorriu simpática.

—Então você deve ser a Cassandra. Quasimodo me contou tudo a seu respeito.-diz ela.

—Ele contou?-pergunta Cassandra receosa encarando Esmeralda e depois voltou a olhar para o corcunda - Mas por quê?

—Achei que Esmeralda e Clopin pudessem ajudar você melhor do que eu.- concluiu Quasimodo. Madeleine a encarou com um sorriso de fascinação e Cassandra apenas olhou para o corcunda com um olhar de quem se sente traído.

Pensou que, estando casada com o líder dos ciganos, sua vida estava acabada.

E lembrou-se do que havia ouvido de uma mulher na rua uma vez;

“O casamento é o fim da sua vida e da sua liberdade...”

Esmeralda a fez se levantar e a acompanhou pra mais perto de seu futuro marido.

—Espere. Tem uma coisa que eu preciso te contar, Quasi.-diz Cassandra se aproximando dele de novo.

O corcunda e Madeleine a encararam curiosos.

— Vocês serão presenteados com uma nova vida.-diz Cassandra juntando as mãos deles e depois tocando no ventre de Madeleine.

—O que?-pergunta o corcunda perplexo

—Ela quis dizer que teremos um filho.-diz Madeleine com um sorriso tímido.- Isso explica o por que de eu me sentir tão cansada e das vezes em que desmaiei no campanário.

—Mas. Isso não é possível. - sussurra Quasimodo chocado.

—É sim. Eu tive uma visão. Naquela noite em que Madeleine  e você me acolheram na catedral. Pude ver que realmente, vocês serão agraciados com um filho.-explicou Cassandra a ele, esperando que ele entendesse tudo.

— A visão dela está certa. - acrescentou Esmeralda - Também pressenti isso hoje quando vocês vieram conversar sobre a Cassandra. Vi refletido na minha bola de cristal.

O corcunda ainda em choque levou uns instantes para raciocinar.

E Clopin lhe deu os parabéns, juntamente de Phoebus e Djali que veio balindo alegremente.

Mas agora, voltando ao exato momento do casamento inesperado de Cassandra;

Um cigano trouxe uma vasilha de barro e a deu para Clopin que a jogou no chão, deixando que se quebrasse em pedaços.

Depois de contados os estilhaços, que eram quarenta e nove, os dois tiveram as testas tocadas pelas mãos suaves e delicadas da cigana robusta, que depois pegou em suas mãos e os uniu em matrimonio.

—Irmã, ele é seu marido. Majestade ela é sua esposa. Por quarenta e nove anos.-concluiu a cigana e todos comemoram alegremente a união de um casal unidos pelo destino e amor.

Depois disso houveram umas danças com direito a musicas cantadas pelas ciganas e ciganos, tocadas nos violinos e tamborins.

Cassandra se despediu de Quasimodo e Madeleine antes de entrar na carroça de Clopin.

“Quarenta e nove anos casada com o líder? Por que meu destino tem que acabar assim?” pensou entristecida assim que se deitou e novamente deixou as lagrimas escorrerem sem cessar.

”Perdoe-me papai. Mas eu falhei...” pensou contemplando as estrelas perfeitamente desenhadas no teto da carroça de seu marido e logo depois adormeceu.


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Notas finais do capítulo

_Espero que tenham gostado e por favor, clique para acompanhar toda a vez que eu soltar capitulo novo!!
— E dependendo do numero de acessos que este capitulo tiver, em breve postarei outro capitulo!!

Tradução das frases em espanhol;
Donde vas, mujer? - Aonde está indo, mulher ou Aonde pensa que vai, mulher?
Mujer, quita tu xale- Mulher, tire o capuz.

Por favor, se puder, deixem um comentário. Isso levanta o animo de um escritor em todas as fanfics que vc esteja lendo!!

Até a proxima, meus amigons!!



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