A Duel Against the Past and Love. escrita por CeciTezuka
Notas iniciais do capítulo
-Alô Pessoaaaal!!!! ** gritando pro mundo ouvir**
—Estou de volta com um novo capitulo e desta vez inspirado num capitulo do proprio livro escrito pelo Victor Hugo!!
—Estou muito contente com o aumento de visualizações que tive nessa semana e isso me deu animo para continuar a escrever!!
—Muito obrigada a todos que acessaram e leram a historia!!
—Desejo a todos vocês que estão lendo uma boa leitura!! :)
Cassandra não conseguia evitar em se sentir deprimida.
Ainda conseguia ouvir aquelas vozes como se fossem sussurros distantes.
Seguido de tênues lembranças distantes na qual não gostava de lembrar.
Era o que pensava enquanto continuava a andar pelas ruas desertas de Paris com a lua cheia brilhando no céu. A Estrada era iluminada pelas luzes das casas.
Continuava pensando em seus pais, seus irmãos e irmãs que haviam a adotado e mesmo que tentasse ignorar aquela visão diante de seus olhos perguntou a si mesma por que não conseguia esquecê-los.
—A bruxa. Ela está ali!-gritou uma voz ao longe.
Cassandra atravessou o portão grande e enferrujado do cemitério e se recostou em um dos túmulos,que era o maior de todos e a tampa estava entreaberta.
Ao longe ela podia ouvir os sinos da catedral e as vozes se aproximando.
Pareciam ser as mesmas pessoas que haviam a perseguido quando havia chegado a Paris há uns tempos atrás. Entrou dentro da tumba e permaneceu abaixada, cobrindo-se com o xale de sua capa se esforçou para não ser mais vista por eles.
—Tem certeza que ela está aqui?-perguntou um deles próximo de outros túmulos.
—Pense bem. Aonde uma mulher desorientada como ela poderia se esconder?-responde outro e continuaram se aproximando.
Cassandra sentiu o desespero correr em seu sangue e pensou que teria de passar a noite ali.
“Vou ter que agüentar ser assombrada pelas almas aqueles que estão enterrados aqui. Pensou triste, sentindo se cada vez mais sozinha e abandonada.
Até que tateou pelo chão e sentiu que haviam degraus que levavam até um possível subsolo.
Ela desceu os degraus das escadas até que o ambiente se iluminou em varias tochas acessas a seu redor.
Um homem sem pernas que se locomovia com a ajuda de uma tabua com rodas a agarrou pelo tornozelo, porem Cassandra acertou-lhe um chute no rosto e num pulo tentou sair correndo.
Cada vez mais assustada com a presença de tantos homens que a cercaram, Cassandra se levantou e saiu correndo querendo distancia do alcance deles.
Procurou se orientar com a pouca iluminação que havia ali.
Foi em vão.
“Tenho a impressão de que esse é meu destino”pensou quando os homens a fizeram agachar no chão e seguraram seus braços com força.
Mais mendigos se aproximaram, fitando a nos olhos, coisa que a deixou cada vez mais assustada.
—Donde vas, mujer?—gritou um aleijado que mesmo com uma perna menor que a outra conseguiu alcançá-la e a segurou pela cintura.
Outro homem segurou seus braços, forçando-os para trás.
—Vamos levá-la ao rei!-gritou um dos homens que parecia ser um falso cego.
Foi carregada pela multidão de homens que não a soltavam por mais que ela tentasse se desvencilhar deles.
Assim que se aproximaram de uma carroça, os três que detinham Cassandra a levaram para mais perto
—Mujer, quita tu xale.— gritou novamente o aleijado e de imediato tiraram o capuz que cobria seus cabelos.
Os homens assustados se afastaram.
—Deve ser uma bruxa!- cochichou o perneta da tabua de madeira para o falso cego.
Cassandra continuava agachada no chão esperando pelo líder e seu destino.
Não se atrevia a suspirar nem erguer os olhos assim que um alguém encapuzado desceu as escadinhas da carroça e encarou os três homens.
—Quem é o invasor desta vez?-perguntou o cigano que estava vestido com uma longa capa sentado na porta de sua carroça.
Cassandra estremeceu.
Aquela voz, apesar de acentuada pelo tom de ameaça, a fez lembrar de outra que em um dia em que quase fora assaltada na praça da cidade.
“Você está bem?” o corpo da cigana estremeceu ao encarar os olhos escuros que a fizeram ver novamente as lembranças do dia em que fora salva da morte graças a ele.
Ela então o viu se livrar da capa e sentiu algo estranho semelhante a um formigamento percorrendo descontrolado por sua pele.
Sentia-se toda arrepiada quando os olhos se encontraram.
O coração pulsando forte.
De medo.
De angustia.
De desespero.
Mas ao mesmo tempo, de fascinação por ele.
Havia um mistério que rondavam aqueles olhos.
E que também o deixava muito lindo e charmoso.
Mesmo assim sem saber por que, Cassandra se sentiu chocada ao constar que ele havia sido o seu Salvador.
O homem misterioso que a defendera dos ladrões.
Mas ao olhar para ele, a impressão que teve era de que ele já não se lembrava mais dela.
—Ora. Vejam só. – diz sarcástico- o invasor da vez é uma mulher. Diferente do invasor do mês passado.
Os ciganos ali presentes riram.
—E o que faremos com ela, chefe?- pergunta um dos ciganos ali perto.
Clopin a encarou.
E reconheceu nas formas daquele rosto fino e com os lábios vermelhos a mulher que havia salvado na padaria há certo tempo atrás.
Porem permaneceu quieto, não querendo revelar isso aos outros ciganos.
E olhar para as mechas vermelhas em seus cabelos loiros, ficou em duvida do que seria aquilo.
Uma maldição ou um fenômeno benéfico?
— Você sabe que nós temos uma lei bem clara a respeito dos invasores. -diz apontando para uma forca instalada em uma parte daquele lugar com a estrutura de um palco.
—Qualquer um que tente invasor nosso lar tem de ser morto. Sem piedade nenhuma!
Os ciganos a levaram até lá, empurrando-a com força.
Cassandra se lembrou de tudo o que perdera, do quão inútil se sentia por não conseguir mais viver e perdeu todas as esperanças que tentava ter e disse:
—Vá em frente! Me mate!- diz Cassandra certa de que aquela seria a única solução para o fim de sua jornada.
Deixou duas lagrimas escorrerem soltas com a cabeça baixa.
—Mas chefe, você acha que devíamos mesmo fazer isso? – pergunta um dos ciganos para Clopin -Quero dizer... Seria um desperdício...
—Seu tolo! O que esta querendo dizer com isso?- sussurra Clopin enfurecido.- Você não entende que esta é nossa lei e que nunca a quebramos!
—Mas chefe. Não devíamos fazer isso com ela. Poderíamos dar a ela um lugar para ficar, deixar ela se estabelecer, você sabe. – explicou querendo relembrar o líder de outras opções a não ser matá-la. Foi o que sempre fizemos com os que realmente precisam de ajuda... Olhe para ela. Ela não parece ter más intenções como aquele juiz que morava na catedral. Lembra-se?
Os outros ciganos olhavam para ela com olhares de compaixão, que para ela pareciam ser olhares de nojo, certos de que ela devia morrer e que assim tudo estaria melhor.
Constrangida por aqueles olhares, a cigana lembrou se do quanto era olhada por outras pessoas na rua e cansada disso, se ajoelhou no chão diante de Clopin como se implorasse a ele que a enforcasse logo e de uma vez.
—NUNCA!- Gritou Cassandra segurando a corda em seu próprio pescoço. – PREFIRO MORRER!
Clopin a posicionou na plataforma aonde haveria uma alavanca que abriria uma porta subterrânea e depois disso, estaria tudo acabado.
Porem mais uma vez houve um alguém que impediu aquele momento fatídico de acontecer.
Espere aí!- exclamou uma cigana robusta de vestes coloridas e extravagantes – Clopin, você está se esquecendo da Lei da Boemia!
—Oh. É mesmo! Que esquecido eu sou. - Diz deixando escapar uma risada contagiante.
Cassandra permaneceu imóvel, questionando que lei absurda seria aquela e por que havia sentido um calafrio percorrer solto por seus sentidos depois de ouvi-lo rir.
—O que esta havendo aqui?-perguntou outra voz feminina ao longe.
Foi então que uma outra cigana apareceu, acompanhada de alguém que Cassandra reconheceu de imediato:Quasimodo.
E com ele estava Madeleine.
Porem não olhou diretamente para os dois.
Ainda achava que aqueles eram seus últimos momentos em que os veria, até que Clopin a enforcasse.
Porem isso não aconteceu.
—Ah.Esmeralda!- exclama Clopin surpreso. _Enfim você voltou! Tivemos uma invasora aqui e estávamos a poucos minutos de liquidar com ela.
—Não faça isso, meu monsenhor. –disse a mesma cigana que lembrou Clopin da existência da Lei da Boemia, subindo pela escada da forca e retirou a corda ao redor do pescoço de Cassandra. –Por que não damos a ela uma chance de começar a viver conosco. Somos ciganos. Ela é uma de nós e deve estar precisando de muita ajuda. E afinal, você ainda não tem uma esposa. Por que não fazemos a cerimônia agora?
‘Casamento? Então a Lei da Boemia é isso? Pensou completamente chocada.
Lembrou-se de sua promessa que havia feito a si mesma, na qual estaria casada com um homem que a conhecesse bem, que a amasse de verdade e que jamais pensaria em traí-la, nem machuca-la.
Cassandra não conseguia dizer nada.
Preferiu estar calada do que dizer alguma coisa.
“Não acredito que vou ter que me casar com um homem que eu nem conheço. O que será de mim agora, papai?” pensou sentindo a pele gelar completamente.
Quasimodo também subiu e se aproximou dela.
—Como chegou até aqui?-perguntou o corcunda no que Cassandra respondeu;
—Eu estava fugindo de uns homens que estavam me perseguindo na rua... Entrei em uma tumba com a tampa que estava meio aberta e então fui cercada por homens, todos ciganos por sinal.-explicou ela olhando para todos os ciganos ali presentes.
Logo, foi surpreendida pela beleza estonteante da cigana Esmeralda que se aproximou e sorriu simpática.
—Então você deve ser a Cassandra. Quasimodo me contou tudo a seu respeito.-diz ela.
—Ele contou?-pergunta Cassandra receosa encarando Esmeralda e depois voltou a olhar para o corcunda - Mas por quê?
—Achei que Esmeralda e Clopin pudessem ajudar você melhor do que eu.- concluiu Quasimodo. Madeleine a encarou com um sorriso de fascinação e Cassandra apenas olhou para o corcunda com um olhar de quem se sente traído.
Pensou que, estando casada com o líder dos ciganos, sua vida estava acabada.
E lembrou-se do que havia ouvido de uma mulher na rua uma vez;
“O casamento é o fim da sua vida e da sua liberdade...”
Esmeralda a fez se levantar e a acompanhou pra mais perto de seu futuro marido.
—Espere. Tem uma coisa que eu preciso te contar, Quasi.-diz Cassandra se aproximando dele de novo.
O corcunda e Madeleine a encararam curiosos.
— Vocês serão presenteados com uma nova vida.-diz Cassandra juntando as mãos deles e depois tocando no ventre de Madeleine.
—O que?-pergunta o corcunda perplexo
—Ela quis dizer que teremos um filho.-diz Madeleine com um sorriso tímido.- Isso explica o por que de eu me sentir tão cansada e das vezes em que desmaiei no campanário.
—Mas. Isso não é possível. - sussurra Quasimodo chocado.
—É sim. Eu tive uma visão. Naquela noite em que Madeleine e você me acolheram na catedral. Pude ver que realmente, vocês serão agraciados com um filho.-explicou Cassandra a ele, esperando que ele entendesse tudo.
— A visão dela está certa. - acrescentou Esmeralda - Também pressenti isso hoje quando vocês vieram conversar sobre a Cassandra. Vi refletido na minha bola de cristal.
O corcunda ainda em choque levou uns instantes para raciocinar.
E Clopin lhe deu os parabéns, juntamente de Phoebus e Djali que veio balindo alegremente.
Mas agora, voltando ao exato momento do casamento inesperado de Cassandra;
Um cigano trouxe uma vasilha de barro e a deu para Clopin que a jogou no chão, deixando que se quebrasse em pedaços.
Depois de contados os estilhaços, que eram quarenta e nove, os dois tiveram as testas tocadas pelas mãos suaves e delicadas da cigana robusta, que depois pegou em suas mãos e os uniu em matrimonio.
—Irmã, ele é seu marido. Majestade ela é sua esposa. Por quarenta e nove anos.-concluiu a cigana e todos comemoram alegremente a união de um casal unidos pelo destino e amor.
Depois disso houveram umas danças com direito a musicas cantadas pelas ciganas e ciganos, tocadas nos violinos e tamborins.
Cassandra se despediu de Quasimodo e Madeleine antes de entrar na carroça de Clopin.
“Quarenta e nove anos casada com o líder? Por que meu destino tem que acabar assim?” pensou entristecida assim que se deitou e novamente deixou as lagrimas escorrerem sem cessar.
”Perdoe-me papai. Mas eu falhei...” pensou contemplando as estrelas perfeitamente desenhadas no teto da carroça de seu marido e logo depois adormeceu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
_Espero que tenham gostado e por favor, clique para acompanhar toda a vez que eu soltar capitulo novo!!
— E dependendo do numero de acessos que este capitulo tiver, em breve postarei outro capitulo!!
Tradução das frases em espanhol;
Donde vas, mujer? - Aonde está indo, mulher ou Aonde pensa que vai, mulher?
Mujer, quita tu xale- Mulher, tire o capuz.
Por favor, se puder, deixem um comentário. Isso levanta o animo de um escritor em todas as fanfics que vc esteja lendo!!
Até a proxima, meus amigons!!