Linhas Cruzadas. escrita por MissDream


Capítulo 23
Resgate.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOLÁ! Demorei, mas cheguei.

Confesso que esse capítulo deveria ter saído desde sexta feira, mas ouve alguns imprevistos que atrasaram a atualização. Mas cá estou com um pedido de desculpas em forma de cap bem grandão, eu realmente espero que gostem e que me perdoem.
O esqueminha é o mesmo, paciência com as atts e comigo ;)
Enfim, boa leitura e nos vemos nas notas finais (deixarei alguns mini-spoilers lá) e nos comentários.



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“Between who you are and who you could be... Between how it is and how it should be...”

 

Oliver Queen.

 

Respirei fundo tentando afastar aquela sensação estranha que corria meu corpo. Eu nunca fui um homem supersticioso ou qualquer coisa do tipo, nem sequer costumava acreditar em sexto sentido, mas se tal existisse eu poderia afirmar que já o havia sentido duas vezes antes em toda minha vida; a primeira vez foi quando minha família morreu. Recordo-me com veemência do formigamento na espinha, eu nunca tinha sentido aquilo antes, como se todo meu corpo estivesse dando comichões. Então no dia em que Laurel me deixou a mesma sensação voltou, não tão forte, mas ainda estava lá como um prelúdio de que algo estava prestes a mudar. E agora a mesma sensação me atravessa a espinha.

̶  Felicity... – cocei a garganta, indeciso se deveria continuar aquela frase, mas resolvi arriscar. – Você poderia ficar no carro dessa vez.

̶  Não. – a resposta saiu de forma tão rude por seus lábios que eu pude sentir todas as cabeças daquela sala vivar em nossa direção.

̶  Eu só estou sugerindo que você tenha o comando dessa vez. – argumentei torcendo para que meu poder de persuasão funcionasse.

̶  Eu sei exatamente o que você está fazendo, Oliver. – um rastro de fúria correu as íris azuis e então eu percebi que não adiantaria. Nada faria Felicity ficar na maldita van.

̶  Pessoal, temo dizer que dessa vez não poderemos nos dar ao luxo de uma voz de comando. – Lyla interferiu. – Todos nós vamos a campo, não sei se ficou claro, mas não teremos disfarces dessa vez, apenas homens fortemente armados nos esperando.

̶  Espere como assim não teremos disfarces? – Sarah parecia tão confusa quanto eu.

̶  Trata-se de uma casa supostamente servindo de cativeiro onde mulheres são mantidas para serem expostas em cassinos e...

̶  Assim como em Coast City. – não foi uma pergunta, Felicity afirmara aquela sentença de punhos fechados, obtendo um aceno de cabeça de Lyla. – E você ainda me pede para ficar na van?

Como eu explicaria para a mulher parada a minha frente que eu tinha essas sensações estranhas em relação ao dia de hoje sem parecer um completo tolo? Felicity não aceitaria essa justificativa. Então resolvi não contrapor.

̶  Me desculpe. – soltei um suspiro pesaroso. 

̶  Como eu ia dizendo – Lyla retomou o assunto – Depois de algumas investigações, Amanda descobriu que Donner possuía documentos de compra de uma mansão em Gotham que teria sido comprada para moradia oficial da facção. Lá é onde está toda a sujeira onde, segundo alguns arquivos que conseguimos descriptografar, eles escondem todo o dinheiro e o que chamam de diamantes.

̶  E o que seria isso? – Ray perguntou.

̶  Mulheres. As mais especiais, segundo o que eu li, filhas de homens poderosos, modelos, beldades, ou como eles nomearam; carne de primeira. – ela pareceu desconfortável com as próprias palavras.

̶  E por que manter elas lá? Por que não nos fundos de um cassino como em Coast?

̶  Porque elas não são mantidas jogadas como as outras. São bem tratadas fisicamente, não podem ser machucadas e apenas homens bastante poderosos é que podem usufruir de suas companhias.

̶  Isso é horrível. – a voz de Sarah parecia esganiçada. – Precisamos agir o quanto antes.

̶  E vamos, mas não sem uma estratégia de ataque. – explicou. – A mansão é grande e nós somos poucos, então enviei um pedido ao Mr. Wayne para que ele nos disponibilizasse alguns dos agentes da sede de lá.

̶  E por que não podemos levar os nossos?

̶  Porque não podemos levantar suspeitas ou tumultos. – ela se virou para o monitor antes de continuar. – Seja quem for esse alfa, ele já deu provas de que tem olhos em todo lugar, o que me leva ao próximo tópico: partiremos na madrugada tentando passar o máximo de discrição. – olhei na direção de John que parecia enigmaticamente quieto, o que não é normal. Discretamente me afastei da equipe indo em direção ao homem.

̶  Por que está tão calado, Diggle? – esperei que ele fosse se assustar com minha aproximação repentina, mas pelo contrário, ele parecia estar esperando que eu me aproximasse. 

̶  Não gosto da forma como a Argus conduz esse caso. – respirou fundo, parecendo cansado até.

̶  Mas é Lyla que está a frente, você devia se sentir orgulhoso da sua mulher.

̶  Devia. – concordou apesar de algo me dizer que não o fizera com sinceridade. – Lyla é meu orgulho, eu a amo, mas as vezes a frieza dela a cega em alguns pontos.

̶  Sempre achei que nessa profissão frieza fosse a característica que me tornaria o funcionário do mês. – sarcasmo sempre ajuda nessas horas, não?

̶  Não em excesso. – contrapôs. – Oliver, sabe o que faz nossa equipe funcionar bem? – neguei. – Nós nos ouvimos, agimos com cautela e acima de tudo, sabemos equilibrar a frieza e o altruísmo.

̶  O que você quer dizer exatamente, John? – eu amo o Diggle, mas toda aquela linha de raciocínio estava me deixando impaciente.

̶  Que o chip não foi todo descriptografado, ainda tem lacunas que precisam ser preenchidas e eu acho precipitado avançarmos sem saber exatamente onde estamos nos metendo, Oliver. Você entende que nós podemos estar com a faca e o queijo na mão? A qualquer momento aquele microchip pode revelar a identidade do alfa e nós teremos um grande trunfo.

̶  Não vai demorar muito para conseguirmos todas as respostas, estamos cada vez mais perto de pegar esse cretino, seja ele quem for. Eu não entendo o porquê de tanta aversão agora.

̶  Você sabe que por muito menos ele quase matou Sarah e matou Helena, mexer nesse vespeiro agora seria despertar a fúria do desconhecido, no entanto, se esperássemos até ter toda a informação... Você entende à proporção disso tudo?

̶  E você tentou argumentar com Lyla seu ponto? – eu não queria opinar, apesar de estar inclinado a concordar com Diggle, tinha muita coisa em jogo e qualquer passo agora despertaria a lei do retorno.

̶  Sim, mas ela também tem um ponto. – bufou frustrado. – Aquelas mulheres precisam de nós, talvez até nem tenham mais esperanças de sair disso tudo, mas precisam de nós, e apesar de tudo, ela está certa; são vidas vulneráveis.

̶  Parece que você tem um conflito interno.

̶  Estamos tão perto de acabar com isso que eu tenho medo de qualquer passo em falso acarretar maiores consequências. – confessou. – Mas precisamos arriscar.

̶ Gosto de pensar que o cerco está se fechando, eles vão cair. – dei duas tapinhas nas costas dele antes de me afastar. Eu precisava manter o falso otimismo para não arriscar o foco de todos.

Lyla explicou como funcionaria a operação e que precisaríamos tomar cuidado para que nada saísse errado e conseguíssemos resgatar as mulheres em segurança. Em todo momento a sensação não me abandonara, o que só me deixava mais nervoso.

(...)

Gotham City/sede da Argus...

Eu costumava pensar em Star City como uma cidade cinzenta e fria, mas isso só até que eu estivesse em Gotham. A cidade costuma esconder mais crimes e mistérios que qualquer outra, por isso não me surpreendeu quando Lyla disse que a mansão central da facção ficava aqui. Assim que chegamos fomos direto para a Argus, onde encontramos com Waller e uma equipe nos esperando.

̶  Espero que todos tenham feito boa viagem. – a morena cumprimentou sarcasticamente.

̶  Idiota.

̶  O que disse srt. Smoak?

̶  Eu disse que é incrível como nem na merda você perde essa sua arrogância. – disparou uma Felicity irritada, recebendo um arquear de sobrancelhas de Amanda.

̶  Eu não chamaria de arrogância, eu só não perco tempo transparecendo emoções desnecessárias para os meus empregados. – segurei o pulso de Felicity que já estava indo na direção dela.

̶  Não seja sonsa, Waller, você sabe que fomos nós a salvar sua pele, no entanto não é para falar de sua incompetência que estamos aqui. – ela abriu a boca para rebater, mas acabei sendo mais rápido. – Vejo que já solicitou uma equipe para nos ajudar.

̶  Sim. Essa é a equipe de Bruce Wayne, eles vão ser o reforço de vocês nessa operação. – apontou um homem forte de cabelos escuros.

̶  Queen. – cumprimentou com um aceno. – Minha equipe e eu nos adiantamos em sondar o terreno e receio que não vá ser possível invadir ou operar um flagrante, a casa é bastante vigiada por homens fortemente armados.

̶  Eu já esperava por isso. – respirei fundo tentando controlar a frustração.

̶  Aqui, essa é a planta da casa. – Lyla estendeu o mapa em cima da mesa. – Os homens ficam posicionados exatamente aqui – apontou os lugares exatos marcando um x com a caneta. – Só precisamos descobrir o momento exato de entrar, não podemos levantar suspeita.

̶  Como faremos isso sem tumultuar? – Ray perguntou.

̶  Infiltrando duas de nós lá dentro. Eu vou.

̶  Mas não vai mesmo, Sarah. – a veia saltada na fonte de Ray indicava que ele estava irredutível. – Você acabou de sair do hospital.

̶  Raymond, eu não me lembro de ter pedido sua permissão. – eu conhecia aquele olhar determinado e conhecia aqueles dois, Ray sabia tanto quanto eu que Sarah não desistiria. – Eu entro como uma das modelos, ninguém vai saber quem eu sou, é apenas para conseguir um jeito de colocar todos dentro da casa.

̶  Eu vou junto. – uma morena da equipe de Wayne deu um passo para o lado de Sarah.

̶  Vocês precisam tomar cuidado. – Bruce olhava de uma para outra. – Não sabemos quem ele é e do que é capaz e...

̶  Ele é capaz de arrancar sua alma. – mal percebi quando as palavras saíram da minha boca com tamanha amargura. – Ele mata por prazer e acreditem eliminar vocês não vai ser problema para ele.

̶  E é exatamente por isso que precisam redobrar os cuidados. – Felicity tocou meu braço.

̶  Sarah, Selina, estaremos o tempo todo monitorando vocês. – Lyla foi até uma maleta e tirou de lá dois micros rastreadores, as entregando em seguida.

̶  Mas como faremos para avisar a vocês quando e por onde entrar? – Selina perguntou enquanto pregava o objeto na roupa.

̶  Aqui, esses são rastreadores especiais, eles estão diretamente ligados ao meu tablet e assim que vocês colarem em no lugar exato nós saberemos o por onde entrar. – ela entregou uma caixinha a cada uma. – Eles têm escuta, o que facilita para vocês nos informarem quando entrar.

̶  Acho que está tudo certo. – Sarah guardou os objetos no bolso da calça.

̶  O resto de nós, vamos ficar em posição nos arredores da mansão e no primeiro sinal das garotas, nós entramos. Vamos nos dividir em três grupos; o meu, o de Oliver e o de Bruce, temos que cobrir todo o perímetro com nossos homens.

Lyla terminou de explicar todo o plano de ataque e formar os grupos e em seguida fomos nos preparar para a missão. Sarah e Selina saíram com mais um agente que as deixaria no lugar exato para se infiltrarem no lugar.

̶  Hey. – me aproximei de Felicity que estava carregando sua arma.

̶  Nunca gostei de ter que usar esse troço. – ela falava enquanto enfiava o pente no cano. – Me incomoda.

̶  Com sorte você não precisará usá-la hoje. – ela me lançou um olhar mortal. – Desculpa.

̶  Você está pronto? – afirmei me encostando a uma parede próxima do armário dela.

̶  Não gostei dessa estratégia da Lyla de nos deixar em equipes separadas.

̶  Mas ela está certa, Oliver, se ficarmos juntos nós vamos estar preocupados em um cobrir o outro.

̶  Não Felicity, é muito pelo contrário, se ficarmos separados eu vou ficar o tempo todo pensando se você está bem. Você não entende? Funcionamos melhor juntos. – me aproximei tocando seu rosto com o polegar. – Somos uma boa dupla.

̶  Nós não somos John e Jane Smith, Oliver. – ela revirou os olhos o que me fez rir brevemente.

̶  Somos tão quentes quanto eles. – pisquei divertido. – Sério, promete que vai ter cuidado?

̶  Não é a minha primeira missão, Queen. – mantive meu olhar duro para que ela entendesse que eu estava falando sério. – Tudo bem, eu prometo tomar cuidado se você prometer que vai fazer o mesmo.

̶  Tudo bem, eu prometo. – sorri em consequência do sorriso dela. – Você fica sexy com esse colete, sabia?

̶  Quem sabe eu não vista apenas ele para você quando voltarmos para Star City? – ela piscou e foi em direção a Lyla para buscar seu ponto.

̶  Felicity, Felicity... – suspirei balançando a cabeça sem conter o sorriso com a capacidade dessa mulher de ascender minhas chamas a cada vez que se aproximava de mim.

Sarah Lance.

Respirei fundo pela terceira vez tentando me manter calma, apesar de ter me voluntariado para o disfarce, era impossível não sentir toda essa mistura de medo e adrenalina correndo em minhas veias.

̶  E quem seria esta belezinha? – um homem grisalho perguntou ao mesmo tempo em que enrolava uma mecha do meu cabelo.

̶  Uma modelo alemã, senhor. – o bastardo que havia me trazido até ele respondeu. – Linda, não acha?

̶  Deslumbrante. – o velho sorriu com seus dentes amarelados empapados de saliva. – Uma jovem de beleza europeia chama sempre atenção. Onde a encontrou?

̶  Esta foi mandada por um de nossos correspondentes, um presente para o alfa. – sorriu malicioso. – Segundo dizia a mensagem, ele é quem deveria tirar o lacre se é que me entende.

̶  Claro. Mas não acho que ele precise saber que temos um lacre, certo? Podemos usar com moderação. – eles riram fazendo meu estomago revirar de nojo.

Entrar na mansão foi razoavelmente fácil, Felicity só precisou quebrar o código de arquivo onde eles tinham as fichas de todas as mulheres que chegavam a casa, depois criar perfis falsos para Selina e eu e os colocar junto aos outros no sistema. Depois ela forjou um email, fazendo parecer que fomos mandadas de outros lugares do mundo, o que graças às novas descobertas no chip, foi aceito por eles.

̶  E essa? – o velho apontou Selina. – É uma jovem muito bonita, com o vestido certo pode até me acompanhar numa ópera.

̶  Essa daqui veio da Polônia. – sorri internamente lembrando-me de depois questionar Felicity do por que lugares tão longes. – Uma gatinha.

̶  Não precisam ter medos moças, vocês não serão maltratadas por aqui, nada de abuso e principalmente, não ficarão ao relento. – o homem sentou-se atrás de uma elegante mesa de carvalho. – Como todas as moças que residem aqui, vocês serão bem cuidadas, terão o próprio quarto e claro, a supervisão de madame Rochie que as ajudará com vestimenta, comportamento e tudo o que for necessário.

Por algum motivo esse nome não me soava estranho, eu já o tinha ouvido antes em algum lugar... Claro, no resgate as mulheres no cassino de Coast city, elas falaram sobre essa tal madame Rochie. Controlei minha respiração, buscando dentro de mim todo autocontrole para não sair dos trilhos e acabar com esses abutres.

̶  Madame Rochie explicará melhor o que será feito de vocês, por agora só descansem. – logo senti o aperto no meu braço me impulsionando a andar de volta pelo corredor.

O espaço era amplo e clássico como uma mansão imperial, quem quer que fosse esse alfa, ele era um homem importante ou, pelo menos, bastante rico. O corredor nos levara de volta ao hall de entrada, uma escadaria dupla de corrimão elegante ficava no centro do salão, do outro lado do perímetro tinham duas portas.

̶  Onde essas portas vão dar? – Selina perguntou num falso acanhamento.

̶̶  Já pensando em fugir, gatinha? – o homem nojento perguntou.

̶  Não. – ela encolheu os ombros. – Mas o senhor disse que não seriamos mal tratadas e eu pensei que isso implicaria em andar livremente pela casa.

̶  Que bom que não está pensando em fugir ou eu seria obrigado a explicá-la como os cães daqui são maus quando não alimentados. – o tom da voz dele parecia se deliciar com as palavras, ele faz o tipo que gosta de aterrorizar garotas inofensivas. – A porta da direita dá para a cozinha e a da esquerda para a ala dos empregados e área da piscina.

̶  E onde estão as outras garotas? – ele ergueu uma sobrancelha em direção a Selina.

̶  As moças estão curiosas demais, devem tomar cuidado com as perguntas, foi a curiosidade quem matou o gato. – revirei os olhos impaciente com aquele clichê ambulante.

Sem mais perguntas ele nos levou ao nosso quarto, o que, aliás, me deixou aliviada por saber que Selina e eu dividiríamos o lugar, isso facilitaria comunicação.

̶  O que você achou? – a morena perguntou assim que ficamos sozinhas, não sem antes conferir o quarto.

̶  Bastante calmo. – procurei por câmeras ou escutas. – Na verdade, eu não percebi nada diferente, nenhuma câmera ou escuta no quarto.

̶  Eu vou sair para andar pelo lugar, precisamos entrar em contato ainda esta madrugada.

̶  Certo, eu vou olhar aqui em cima e você olha lá em baixo. – ela concordou e fomos até a porta, mas acabou esbarrando em alguém.

̶  As moças estavam de saída? – uma mulher de traços orientais e longos cabelos escuros, apareceu em nossa frente, ela usava roupas e saltos elegantes, uma maquiagem clássica e mantinha a postura ereta. Madame Rochie, deduzi.

̶  Só queríamos conhecer a casa. – expliquei atenta a cada movimento dela.

̶  Receio que o passeio terá que esperar. – ela entrou e logo dois homens vieram atrás carregando caixas que foram depositadas em cima das camas. – Eu sou madame Rochie, responsável pelo bem estar de vocês. Vou ensinar-lhes a forma certa de como devem se portar em eventos, vou ajudá-las com tudo que for preciso, serei como uma grande amiga, em troca eu peço apenas obediência. Esta noite vocês terão o primeiro trabalho, junto com outras jovens, acompanharão alguns senadores num coquetel de negócios.

̶  Por isso as caixas? – ela assentiu. – E o que teremos que fazer?

̶  Apenas seduzi-los e arrancar o máximo de dinheiro e informações que puderem. Conversem, seduza-os, embale-os numa fantasia e eles lhes entregarão a própria alma.

̶  E para que isso? – ela me encarou por longos segundos, parecia tentar me decifrar ou descobrir algo através dos meus lhos, temi ter sido descoberta. Mas então ela respirou fundo, e se virou.

̶  Sigam-me.  – ela saiu do quarto. – Antes de levá-las para se prepararem vocês precisam saber que nunca, em hipótese alguma, sob nenhuma circunstancia poderão ir para aquele lado do corredor. – apontou em direção ao lado oposto ao que estávamos. – Lá fica o quarto do chefe e apesar de vir pouco aqui, ele odeia que invadam sua privacidade.

̶  Mais algum lugar proibido? – troquei um rápido olhar com Selina.

̶  Os portões. – ela virou bruscamente. – Não tentem nenhuma gracinha garotas, lembram os cachorros famintos? Eles estão fortemente armados. – ela piscou e voltou seu caminho. – Entrem. – ela abriu uma porta onde encontramos três mulheres paradas em fileira. – Garotas, essas são as novatas, novatas, essas são as garotas que vão cuidar de vocês. Elas deixarão vocês prontas para esta noite. – sorriu falsamente antes de sair. – Divirtam-se.

̶  Olá. – cumprimentei as três que pareciam assustadas. – Eu sou Sarah.

̶  E eu sou Selina. – a morena parou ao meu lado. – Como vocês se chamam?

̶  O banho de vocês está pronto, venham antes que a água esfrie. – uma negra de grandes olhos castanhos me pegou pela mão.

̶  Hey, está tudo bem. – eu acariciei seu braço com cautela. – Eu sou nova aqui, só quero me sentir menos assustada.

̶  Se madame Rochie nos ver conversando ao invés de cuidar de vocês, teremos um castigo. – dessa vez foi uma loira que falou.

̶  Mas por quê? – Selina perguntou confusa. – Não podemos interagir umas com as outras?

̶  Novatas devem passar pelo ritual de passagem que consiste em um primeiro trabalho as cegas. Vocês irão para esse evento sem saber como agir lá, é uma forma de serem castigadas e depois se tornarem obedientes.

̶  E vocês passaram por isso? – ela confirmou e eu me senti mal com isso. – eles batem?

̶  Não, eles não podem nos deixar marcadas para que os clientes nos queiram. – ela parecia prender o choro.

̶  Ficamos sem comer e o tempo determinado vai de acordo com a gravidade dos nossos atos. – soltou meu pulso. – Me chamo Jade e elas são Crystal e Hanna.

̶  Não deveríamos estar conversando com elas. – olhei por cima do ombro de Crystal e vi a outra loira em postura ereta e mão para trás. – Vocês sabem o que acontece com quem desobedece as regras.

̶  Meninas, nós precisamos fugir. – Selina me cutucou no quadril. – O que? Não temos tempo para enrolar mais, ou você quer sair com velhos babões?

̶  Tudo bem, vamos ter que improvisar. – bufou irritada. – Vocês sabem como fugir daqui?

̶  O que? Não tem como fugir, a última que tentou foi levada e nunca mais a vimos de novo. – Jade falou.

̶  Mas se quiserem fugir, precisa esperar a troca de guarda. – Hanna se aproximou. – Eles trocam de guarda toda noite as 19:45 que é o momento em que estamos nos arrumando para os eventos e então não tem como fugir.

̶  Perfeito. – sorri contente por fim naquele dia.

̶  Não é perfeito, nós somos vigiadas de perto nesse momento, não tem como sair.

̶  Só melhora. – Selina pareceu me entender. – Onde todas costumam se arrumar?

̶  Aqui mesmo, somos apenas dez mulheres, doze com vocês.

̶  Vocês querem sair daqui, certo? – elas afirmaram. – Ótimo, pois precisarão nos ajudar.

̶  Está louca? Tentar sair daqui é suicídio. – Hanna tinha a voz desesperada. – Acha que já não houve tentativas suficientes? Acha mesmo que eu nunca tentei? Eu estou cansada de ver garotas sendo levadas para desova por terem tentado fugir, aqui eles não perdoam.

̶  Ela tem razão, se formos descobertas será muito ruim. – Crystal parecia apavorada.

̶  Não se preocupem ninguém vai fazer nada contra vocês, tudo o que precisam é manter todas aqui dentro quando o momento chegar. – expliquei. – Olha, nós somos a ajuda, só queremos acabar logo com esse inferno.

̶  Não faz sentido, por que vocês querem nos ajudar?

̶  Apenas façam o que estamos pedindo e confiem na gente. – elas concordaram. Nesse momento, Oliver e o resto do pessoal já deviam estar planejando a abordagem.

̶  Sarah, como saberemos quando eles chegarem? Estamos sem ponto e não nos deram uma deixa.

̶  Quem vigia vocês durante a troca de guarda?

̶  Não sabemos, geralmente são dois caras armados na porta. – Jade tornou a explicar. – Mas quem vai vir?

̶  A ajuda. – respirei fundo tentando pensar numa forma deles avisarem. – Droga, estamos por nossa conta, vamos ter que esperar ouvir algum barulho para podermos sair.

̶  Tive uma ideia. – Selina me encarou retirando a caixinha do bolso.

Oliver Queen.

̶  Elas estão demorando para fazer contato. – Ray falou pela enésima vez enquanto andava de um lado para o outro mal contendo seu desespero. – Será que não seria o momento de atacar?

̶  Raymond? – Felicity chamou. – Elas estão bem e são inteligentes o suficiente para bolar um plano de última hora.

̶  Felicity tem razão, não podemos agir imprudente e arriscar a vida de todos. – Wayne se aproximou. – Além do mais, eu conheço Selina e ela é bastante escorregadia nessas horas.

̶  Sarah é uma lutadora brilhante, capaz de derrubar vários adversários, sozinha. – pontuei. – Fique tranquilo, Ray, elas saberão agir.

Nesse mesmo instante o tablet de Lyla apitou indicando que alguém estava tentando entrar em contato.

̶  São elas. – Ray respirou exageradamente fundo.

Pessoal, aqui é a Selina, eu não tenho muito tempo tendo em vista que estou pendurada na sacada do quarto. Precisei colar o rastreador aqui mesmo, e preciso da atenção de vocês agora; Sarah está no quarto com as outras meninas, descobrimos que o único jeito de entrar é rendendo os guardas na hora da troca, isso acontece as 19:45, mas é muito rápido, então vocês precisarão agir na surdina para não chamar atenção dos guardas do fundo. As garotas estão presas no quarto e ficarão lá até que seja seguro retirá-las, eu e Sarah nos juntaremos a vocês assim que possível. Boa sorte.”

̶  Que horas são agora? – perguntei.

̶  18:50h – John respondeu rapidamente. – isso nos dá apenas 55min para estar em posição.

̶  A equipe de Oliver vai render os guardas na hora da troca, o resto de nós vai dar cobertura espalhados por todo o perímetro.

̶  Vamos logo.

Minha equipe era formada por mim, Diggle, Roy e mais dois agentes de Gotham. Seguimos em direção aos arbustos próximos ao portão, esperando até que o momento da troca chegasse o que não demorou muito. Render os guardas foi mais fácil do que eu pensei, pelo fato deles soltarem as armas no intervalo de troca.

̶  John. – chamei apontando para cima, onde era possível ver duas guaritas laterais. – Daqui eu não tenho mira.

̶  Wayne, eu preciso que atire dardos tranquilizantes nas guaritas, de onde estamos não chega. – pediu pelo ponto. Alguns segundos depois e eu vislumbrei as silhuetas caindo dentro da cabine.

̶  Vamos pegar o carregamento das armas e sair daqui. – recolhi algumas armas as descarregando enquanto o resto da equipe fazia o mesmo.

̶  Está tudo muito calmo. – Roy observou.

̶  Ray, você desligou as câmeras? – questionei impaciente.

̶  “Sim, Felicity e eu rackeamos todo o sistema de câmeras de segurança do lugar antes de sairmos.”

̶  Preparem-se para entrar. – avisei.

Ao meu sinal alguns dos agentes entraram na casa enquanto outros foram detidos por alguns homens que apareceram. A equipe de Wayne tinha entrado pelos fundos facilitando para que a minha ficasse com o andar de cima, tendo apenas alguns homens como obstáculos.

̶  Diggle, me de cobertura, acredito que tenham mais homens no lugar do que prevíamos.

̶  Acho melhor nos separarmos. – eu iria contrariar a ideia de Roy, nós não podíamos ficar tão separados. – Pense bem, Oliver, quantos quartos não deve ter aqui? Eu vou com os agentes cercar eles enquanto você e Diggle tentam achar as garotas.

̶  O garoto está certo, Oliver, nós precisamos ganhar tempo enquanto não somos emboscados.

̶  Tudo bem, só tomem cuidado. – pedi antes deles saírem em direção aos quartos. – Você acha que tem quantos homens as vigia... – antes que eu completasse a pergunta, Diggle me puxou para um canto fazendo sinal para que eu observasse.

̶  Olha, dois na porta. – sinalizou já em posição de ataque. – Como vamos fazer para derrubá-los sem chamar atenção?

Antes que minha cabeça trabalhasse numa ideia, os dois caras caíram no chão repentinamente, revelando uma Sarah sorridente por trás de um e uma Selina nada diferente por trás de outro.

̶  O que foi? As garotas tinham um pouco de calmantes por aqui. – a loira deu de ombros erguendo a seringa me fazendo rir. – Arma?

̶  Aqui. – joguei a que estava em minha cintura para ela, enquanto Diggle entregava uma a Selina. – E as garotas?

̶  Assustadas, mas bem. – Selina destravou o revolver enquanto explicava. – Elas estão com medo de terminarem essa noite mortas mesmo eu tendo dito que somos a ajuda.

̶  Elas passaram por bastante trauma. – Sarah caminhava na minha direção. – O quarto de madame Rochie?

̶  Oh deixe que eu finalize essa vadia. – Selina parecia furiosa com a mulher. – Ela é minha.

̶  Só tomem cuidado. – entreguei pontos às duas que saíram à procura da tal madame Rochie.

̶  Vamos até os outros quartos.

Diggle e eu varremos todos os quartos do cômodo, ajudando Roy e os outros dois agentes de Gotham a prender alguns figurões que estavam ali, apreendendo junto com eles armas dinheiro e drogas. Foi tudo rápido e estranhamente fácil, o que era incomum.

̶  “Oliver, se já acabaram aí, vamos precisar de ajuda aqui em baixo.” – a voz de Ray saiu pelo comunicador. – “Os caras parecem estar se multiplicando.” — ouvi barulho de tiros.

̶  A coisa está ficando feia lá em baixo. – John terminou de ajudar a amarrar alguns caras e me acompanhou até lá em baixo. Descemos as escadas e novamente aquela sensação voltou a me assombrar, dessa vez mais forte me deixando levemente tonto.

̶  Oliver cuidado. – a voz de Felicity gritou, mas quando me virei, já tinha uma arma apontada para minha cabeça.

̶  Tudo bem, calma. – o homem repetia enquanto estendia a mão para que eu entregasse minha arma, o que eu fiz. – Muito bem, agora se vire. – obedeci ficando de costas para ele. – Um movimento e ele morre. – o silencio repentino foi ensurdecedor, apenas John e Felicity estavam no mesmo cômodo, eles tinham derrubado alguns homens.

̶  Calma cara, não precisa terminar assim. – Diggle abaixou a arma erguendo as mãos.

̶  Vamos garota, você também. – Felicity permaneceu com o revolver na mão, ela tremia no processo, mas se manteve firme. – Eu mandei soltar o revolver.

̶  Não. – o rosto dela estava fechado, duro como pedra.

̶  Solte ou ele morre. – senti o cano pressionado na lateral da minha cabeça.

̶  É você quem vai soltar. – o disparo ensurdecedor acertou o ombro do homem que automaticamente soltou a arma e me largou. Diggle correu para rendê-lo enquanto Felicity parecia meio em transe com o que acabara de fazer.

̶  Ei, você está bem? – me aproximei retirando o objeto de suas mãos.

̶  Nunca pensei que precisaria usar isso. – apesar de tremulas, as palavras saíram geladas.

̶  Está tudo bem, você não o matou, foi legitima defesa. – apertei suas mãos. – Está tudo bem, ok? – ela assentiu respirando fundo.

Os momentos seguintes se passaram como um borrão, prendemos todos que estavam no local e Amanda acionou o FBI para cuidar do caso desse ponto em diante, Bruce ficou de acompanhar tudo de perto, inclusive mandaria um relatório da situação de todas as garotas. Estávamos em frente à casa quando Selina saiu arrastando uma mulher de longos cabelos negros e traços orientais, ela parecia bastante irritada.

̶  Isabel Rochev, dessa vez você não foi tão escorregadia. – Waller sorriu cinicamente para a mulher.

̶  A pegamos tentando fugir por uma passagem secreta. – Selina contou ainda apertando o braço de Isabel.

̶  Oliver olha, a casa tem um sótão. – Felicity se aproximou apontado à construção. – Eu não me lembro de nenhum acesso a ela.

̶  Eu também não me recordo de nenhuma outra escada. – confessei.

̶  Gente, eu me lembrei de uma coisa. – Sarah entrou na conversa. – Quando Isabel nos levou para nos arrumarmos, ela deixou bem claro que não podíamos em hipótese alguma ir para o lado leste do corredor, isso me deixou intrigada.

̶  Deveríamos dar mais uma olhada, sótãos sempre escondem segredos.

̶  Felicity, você acha que...?

̶  Sim, acho que lá nós poderemos achar alguma pista que nos aproxime do alfa. – ela concluiu a linha de raciocínio. – Algum cofre, documentos, fotoS, qualquer rastro.

A área leste não tinha muitos cômodos, apenas um corredor extenso com uma porta de madeira grossa no final. Esperei que Felicity girasse a maçaneta para encontrar uma suíte elegante e bem organizada com uma cama de dossel no meio.

̶  Esse deve ser o quarto do alfa. – fui até a janela afastando a cortina, daquele cômodo se era possível ter uma vista de toda área da frente.

̶  Gente, vocês precisam ver isso. – Sarah chamou nossa atenção para três monitores que mostravam imagens de toda área interna e externa da casa e mais cerca de 1km da parte de fora do portão.

̶  Ele realmente não brincava em serviço, claro que ele nos descobriu, olhem essas imagens. – apontei as telas. – Ele escorregou por nossos dedos de novo. – bati na mesa sentindo a raiva causada pela frustração correr por todo meu corpo.

̶  Ei, calma. – Felicity tocou meu braço fazendo um carinho suave na parte interna. – Precisamos manter a cabeça fria nesse momento, com certeza ele fugiu no improviso, pense que acabamos de descobrir seu covil e o quanto isso o deixou irritado.

̶  Felicity tem razão, Oliver, nós hoje demos um passo a frente dele, fisgá-lo está cada vez mais perto. Agora precisamos manter o foco, vamos vasculhar cada gaveta e tentar obter o máximo de provas.

Eu sabia que ambas estavam certas, mas aquela sensação de nadar e morrer na praia era enfadonha demais, há meses nós vínhamos tentando capturar esse monstro, mais que toda a equipe, eu vinha tentando encontrá-lo, era pessoal e ele já tinha dado provas suficientes disso, me mostrado de várias maneiras o quanto ainda podia me ferir. Sarah tinha razão, hoje nós estivemos um passo a frente dele, o que com certeza o deixou irritado e isso é o que me preocupa, qual será o próximo passo dele?

̶  Todos os documentos estão no nome de Slade Wilson. – Felicity mostrou correspondências de hipotecas pagas. – Eu não entendo, será que ele estaria controlando tudo mesmo depois de preso?

̶  Acho que ele está mais para um bode expiatório, quem quer que esteja por trás disso não se preocupou em usar pessoas para levar a culpa. – Sarah contrapôs.

̶  Tem algo errado aqui. – olhei o armário que parecia estranhamente desigual. – Felicity, me passa seu canivete. – ela estendeu a mão me entregando o objeto, curiosa. Fiz um corte no fundo do móvel e não me surpreendi quando o rasgo veio facilmente.

̶  O que você está fazendo? – Sarah se aproximou para observar.

̶  Encontrando o caminho até o sótão. – falei terminando de rasgar o fundo, encontrando uma porta.

̶  Como diabos você achou isso? – elas pareciam impressionadas. Apenas dei de ombros.

̶  Vão ficar aí, ou vão me acompanhar? – abri a porta encarando uma pequena escada, as duas não pensaram duas vezes ao começar a me seguir.

Puxei o cordão que ficava no pé da escada, ascendendo uma luz fraca que iluminava os degraus, o caminho era estreito fazendo com que apenas uma pessoa por vez subisse. A madeira velha rangia a cada passo que eu dava e o cheiro de mofo era incontestável. Cheguei ao pé da escada e encontrei um sótão velho com uma cama de solteiro num canto, uma estante com livros, pregada na parede. Do outro lado um pequeno lavabo ocupava o lugar, mas o que me surpreendeu foi a silhueta esguia tentando se esconder por trás da banheira.

̶  Tem alguém aqui. – me virei sussurrando para as meninas. – Sarah, vai pedir ajuda. – Olá, tem alguém aí? – tornei a me virar tentando caminhar o mais suave possível. Felicity me seguia. – Nós não vamos te machucar, somos a ajuda.

Ouvi um pequeno soluço que me pôs em alerta então a pessoa se levantou do esconderijo deixando que as pequenas frestas de luz clareassem seu rosto.

̶  Oliver.

Se for possível o mundo realmente parar num momento, eu escolheria aquele como o meu. Eu não podia estar mesmo acordado, era assustadora a forma como o chão parecia sumir debaixo dos meus pés. Arfei sentindo o ar empoeirado engasgar no percurso até meus pulmões.

̶  Laurel?


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Notas finais do capítulo

Uma turbulência e tanto em? E aí o que acharam? Muitas reviravoltas aconteceram, o que era pra ser só um resgate acabou se tornando uma grande revelação, me digam o que acham que vai acontecer a partir de agora, quero ver em?
Quem me conhece sabe que eu não sou muito fã do Batman e cia, mas envolver Gotham na história me fez sentir obrigada a inserir a galerinha do Bruce aqui, mas nada mudará, foi apenas uma participação like ES ;)

Meninas, deixa eu agradecer os comentários que recebi no post de aviso, muito obrigada pela compreensão de cada uma, de coração. Optei por não respondê-los, porque não fazia sentido já que o post seria apagado, mas fica aqui meu muito obrigada.

O próximo cap ainda não foi escrito, estou toda embaralhada e me envergonho bastante de ter que admitir para vocês que eu sou um poço de desorganização, mas aqui só trabalhamos com a verdade, então serei sempre honesta. Mas posso adiantar que ele começará pelo ponto de vista da nossa morta mais viva Laurel, vocês saberão um pouco mais pelo o que ela passou e se ela sabe quem de fato é o alfa. Ah, e já ia esquecendo, amantes do Tommy se preparem, nada nunca permanece tão calmo em LC. E não pensem que a QC foi esquecida em churrasco, ela também aparecerá em breve por aqui.

Mas eu já dei muitos bizus a vocês, por hoje chega né? Até o próximo amore, beijos!



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