The only treasure escrita por AllBlueSeeker
Notas iniciais do capítulo
Pelo que vi, a bagaça teve um bom resultado em pouco tempo. Fico feliz por isso! :D
Sendo assim, concluirei o anterior agora. Boa laytura! :D
Acordei um pouco mais cedo que o normal. A luz do Sol batia bem no meu rosto, e aquilo incomodava bastante. Levantei, arrumei o sofá e fui ao banheiro executar as profilaxias matutinas de costume. Assim que terminei, parei na porta do meu quarto, com uma mão na maçaneta e a outra pronta para bater:
[Ace]-Érh... Com licença?
Nenhuma resposta. Resolvi esgueirar a cabeça pela greta da porta e ver lá dentro. Ela deveria estar no 33º estágio do sono mais pesado o possível, agarrada ao meu travesseiro e quase escorregando pela lateral da cama. Resolvi não incomodá-la por enquanto e fui para a cozinha arrumar o que comer. Pus o café para passar e fui procurar algo no armário para servir. Após tudo preparado, busquei a bandeja no canto do micro-ondas. Voltei rapidamente ao quarto para ver se ela já estava acordada. "Isso é loucura! O que diabos eu estou fazendo? EU NÃO SEI! MAS ESTOU! E droga, ela estava tão agarrada com o meu travesseiro..." -pensei enquanto estava no corredor. 34º estágio de sono pesado confirmado. Voltei à cozinha e busquei a bandeja com o conteúdo. Já no quarto, repousei-a no chão e acendi o abajur da lateral da cama. Relutantemente, pus a mão no ombro dela:
[Ace]-Oe. Oe. Terra chamando garota do cabelo rosa.
[Bonney]-Ah, seu guarda... Dá um tempo. Não tô incomodando ninguém. -ela disse, coçando os olhos e virando para o lado contrário- Só mais 15 minutos.
[Ace]-Não sou nenhum guarda. E-eu... trouxe café pra você. Vai acordar agora?
Rapidamente, ela virou o rosto com os olhos arregalados:
[Bonney]-Oi?!
[Ace]-Não pergunta. -desviei o olhar para o chão- Se você não gostar, eu sei lá... Acho que dá pra arrumar alguma outra coisa lá na cozinha, ou eu comp...
[Bonney]-Você me trouxe café na cama, é sério?
[Ace]-Sim...
Ela beijou meu rosto:
[Bonney]-Tá piorando a minha vergonha, sabia? Muito obrigada, Ace.
"Meu... Meu... Meu... Meu... Meu rosto. Meu rosto. O que ela fez?!"-Não dava pra enganar que estava morto de vergonha. Provavelmente os olhos arregalados e a boca escancarada denotavam altamente o meu estado de choque:
[Bonney]-Desculpa... Eu fui impulsiva. -ela também estava vermelha
Não exprimi nenhum som, apenas peguei a caneca e tentei beber o café. Ela parecia adorar os biscoitos que comia e o café que bebia. Era como olhar uma criança comer algo que gostava muito. Eu nunca havia experimentado aquela pulsação esquisita que meu coração inventava de retumbar toda vez que eu a via sorrir, ou que olhava fundo em seus olhos:
[Bonney]-Ace...
[Ace]-Eu.
[Bonney]-Por que você tá fazendo isso tudo?
[Ace]-Seria mais fácil responder se eu tivesse a resposta.
[Bonney]-Como assim?
[Ace]-Nem mesmo eu sei o que eu tô fazendo. Eu só tô fazendo.
[Bonney]-O que você quer de mim, afinal? -ela me olhou com cara de preocupada
Eu poderia responder de, pelo menos, 5 formas diferentes. Ponderei bastante para responder:
[Ace]-Quer que eu seja sincero?
[Bonney]-Quero.
[Ace]-Você tá sendo uma companhia e tanto pra solidão daqui de casa. Eu só quero que você continue aqui. Se você pensou qualquer coisa adversa a isso, desculpa... Eu sou homem. E uma mulher chamada Portgas D. Rouge me enforcaria em praça pública se eu não fosse o orgulho dela. Portanto... Fique tranquila: Não vou fazer nada.
"Pra que fui falar tanto? Droga... É agora que a bomba explode na base."-desviei o olhar para a parede. De repente, senti algo me puxar pelo colarinho da camisa e... ELA ME BEIJOU. PELA SEGUNDA VEZ, ELA ME BEIJOU:
[Bonney]-Desculpa! Não era pra eu fazer isso...
[Ace]-Fa....ça de novo.
[Bonney]-Por que? -ela estava mais envergonhada do que eu mesmo
Me projetei e retribuí o beijo. Ela parecia estar em choque, mas cedeu. Seus dedos entrelaçavam o meu cabelo e eu pude sentir o toque das lágrimas que escorriam dos seus olhos. No fim, eu pus a mão em seu rosto, com o olhar perdido:
[Ace]-Eu...
[Bonney]-Não. -ela pôs o dedo nos meus lábios- Não precisa dizer nada.
Recolhi tudo e me levantei:
[Bonney]-Aonde você vai?
[Ace]-Deixar isso no devido lugar e buscar suas roupas. Já devem estar secas.
[Bonney]-Por que?
[Ace]-Nós vamos sair.
Assim que saí do quarto, olhei pra trás para ver se ela vinha atrás. Nada. Libertei toda a minha excitação: Deixei a boca aberta e fiquei me encarando no espelho da sala. Aquilo tinha sido... diferente do normal. Não parecia só um selinho e depois um beijo decente entre duas pessoas. Deixei tudo na cozinha e fui buscar as roupas dela que estavam separadas por cima das minhas roupas limpas. Voltei ao quarto e lá estava ela, com uma cara de enterro:
[Ace]-Aqui.
[Bonney]-Obrigada.
[Ace]-Que cara é essa?
[Bonney]-Culpa.
[Ace]-Culpa de que?
[Bonney]-Do que eu fiz. Eu nem sei se cabe pedir mais desculpas...
[Ace]-Apenas troque de roupa.
Abri o armário, busquei uma muda de roupa e fui para o banheiro tomar banho. Saí do banheiro e peguei a chave do carro. Ela já estava na sala, ainda com cara de depressão. Fechei a porta e descemos para o carro. No caminho:
[Bonney]-Tudo bem... Pode me levar de volta. Eu não sou boa em prometer as coisas pras pessoas. Admito.
[Ace]-Do que você está falando?
[Bonney]-Do que aconteceu. Eu não deveria ter beijado você e...
[Ace]-Ah. Isso. Me diga, você não tem mais roupas além dessas?
[Bonney]-Não. O que isso tem a ver?
[Ace]-Era o que eu esperava ouvir.
[Bonney]-Me perdoe por ter sido tão atirada... Eu agi sem pensar no que estava fazendo.
[Ace]-Por que diabos você está se remoendo tanto? Está tudo bem. Eu gostei... Não é todo dia que eu perco a noção do mundo.
Ela ficou calada, olhando para o para-brisa:
[Ace]-Eu não vou levar você de volta. De onde tirou isso? Vou te levar em um lugar legal.
[Bonney]-Não vai?
[Ace]-Não. Eu deveria?
[Bonney]-Mas...
[Ace]-Na verdade, a culpa é minha porque eu fui sincero demais. Eu não devia ter dito aquilo.
[Bonney]-Você iria mentir, então?
[Ace]-Não. Ia dizer a mesma coisa, mas com menos palavras e outras bem diferentes das que eu usei.
[Bonney]-Ace...
[Ace]-Eu.
[Bonney]-Você ficou me observando dormir?
[Ace]-Ér.... Talvez.
[Bonney]-Seu travesseiro tem um cheiro bom, se é o que tanto quer ouvir.
[Ace]-Chegamos.
Parei o carro no estacionamento. Descemos e entramos:
[Bonney]-Uau, que lugar enorme!
[Ace]-Escolha onde quer ir. Vou ficar sentado esperando nesse banco aqui.
[Bonney]-Você não quer vir comigo?
[Ace]-Ah... Acho melhor ficar aqui mesmo. Mulheres e lojas são combinações perigosas.
[Bonney]-Por favor. Você também é minha companhia. -ela estendeu a mão
Acabei a seguindo onde foi. Deixei que ela escolhesse o que quisesse levar e, para a minha surpresa, ela tinha um gosto impressionante e controlado. Eu esperava que ela fosse zerar na primeira loja:
[Bonney]-Isso é suficiente.
[Ace]-Tem certeza que só vai em 3 das milhares de lojas?
[Bonney]-Sim! -ela respondeu sorridente
[Ace]-É pegadinha?
[Bonney]-Deveria ser?
[Ace]-Sei lá... Mulheres. Dinheiro. Lojas.
[Bonney]-Eu não quero gastar tanto assim. E além do mais, estou mais que satisfeita com o que estamos levando. Obrigada! Mas por que me trouxe aqui?
[Ace]-Revoguei os três dias. Ninguém usa a mesma roupa por tanto tempo.
[Bonney]-Isso quer dizer que...
[Ace]-É. A casa é sua. A cama também. E não, você não precisa ter vergonha de nada. Agora, você está com fome?
[Bonney]-Estou... O que vamos comer?
[Ace]-A escolha continua com você.
Ela me puxou pelo braço e me levou a um restaurante de varanda no piso inferior. Depois de comer, pedi para que ela me esperasse por um momento. Subi a escada rolante e desapareci. Uns 5 minutos depois voltei:
[Bonney]-Você demorou.
[Ace]-Banheiro. E eu acabei me perdendo. Vamos embora.
Fomos para o carro e saímos. Assim que chegamos em casa, deixei que ela se arrumasse na porção vazia do armário e fiquei na sala assistindo um jogo de rugby pela televisão. Alguns minutos ela apareceu usando minha velha camisa:
[Ace]-Ué, você não comprou pijama ou algo assim?
[Bonney]-Sim. Mas esse é o meu.
[Ace]-Essa blusa parece uma cortina em você.
[Bonney]-Eu gosto dela. -disse, se sentando ao meu lado
Um filme começou logo após o jogo:
[Ace]-Se quiser, deite no meu colo.
Ela se deitou e ficou. O filme era bem longo, mas acabei prestando atenção nele. Já perto do final:
[Ace]-Ei, você não quer ir pra cama? Bonney?
Ela não respondia. Fui olhar seu rosto: Apagada. Babando. Respirei fundo e a peguei nos braços. Meu rosto já ardia em chamas. Empurrei a porta do quarto, deitei-a e ajeitei a cama. Tendo certeza de que tudo estava bem, virei o braço e apaguei o abajur. Quando ia tirar o apoio do corpo de cima do colchão, ela acordou e passou os braços no meu pescoço:
[Bonney]-Eu nunca fui tão bem tratada assim em toda a minha vida. Eu não sei o que é você ou quem é você, mas com certeza deve ser um homem e tanto. Se um dia você se casar, vou estar lá pra poder te desejar toda a felicidade do mundo e retribuir com um bom presente tudo o que você está fazendo por mim.
Ela me deu um selinho. Acabei estendendo ao colocar a mão em seu rosto e acariciá-lo com o polegar:
[Ace]-Você estará lá, eu tenho certeza. E eu também estarei no seu. E estamos quites com o beijo.
Ela sorriu:
[Bonney]-Você é um idiota...
[Ace]-Também amo você. -e me virei para a porta
[Bonney]-Você...
Voltei pra sala com o rosto ardendo nas chamas da vergonha e com o rosto suado: "Eu já sei o que diabos estou sentindo. Não acredito que tenha chegado a um nível tão alto e tão profundo como está, mas por que eu vou negar? O que eu comprei não foi precipitado. Mas vou guardar para um momento chave. Afinal... Eu realmente a amo. Amo como nunca amei nenhuma outra mulher."
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