Contos de Terror escrita por Fiction world
— mamãe eu vi passar alguém pela janela do quarto.
Kate aparece desesperada para acalmar sua filha de cinco anos chamada Laura a quem chamava também de Laurinha, uma linda menina de cabelos loiros e lisos, pele clara, olhos azuis, rosto oval, suas maçãs faciais combinavam perfeitamente com o contorno do rosto, tinha lindos e longos cílios, era realmente uma garotinha fascinante que encantava qualquer um.
— querida, não há ninguém. Diz Kate preocupada.
A garotinha vira o rosto evitando olhar a janela com um semblante totalmente desanimador parecia que refletia a face da mãe que acariciava seus cabelos com as mãos dizendo que estava tudo bem e que foi só um pesadelo.
— vem, vamos! Preparei um café especial pra você, querida.
Cereal de bichinhos era o café da manhã preferido de Laurinha, após isto, nada melhor que um banho espumado com patinhos boiando pela banheira. O dia todo elas ficavam entediadas assistindo TV, vendo desenhos repetidos, filmes repetidos, tudo isso para evitar conversas sobrenaturais que eram bastantes frequentes vindo da boca de Laura.
A noite já estava chegando e Kate já pressentia outro tormento de Laura, então resolveu cobrir a janela com uma cortina longa e azul cheia de borboletas de diversas cores.
— Laura venha já pra cama. Diz Kate meio exausta.
Laurinha entra já percebendo a diferença na janela, sem mais delongas, nem fez questão de perguntar, então, se deitou e sua mãe a embrulhou com um cobertor de ursinhos que era seu preferido. Laura pede para sua mãe ler a historinha dos três porquinhos, mas Kate recusa, diz que está muito cansada e que não dormiu bem durante três noites. Kate sai do quarto e fecha a porta.
Ao entra no seu quarto deita-se logo em sua cama dando leves suspiros de cansaço e preocupação.
— Deus, me dei uma boa noite de sono. Diz Kate fechando os olhos.
Horas se passaram e Laura abre os olhos perante a madrugada com o coberto no rosto deixando de fora apenas seus olhos vidrados na janela tremendo de medo, e então, com a luz da lua pela janela e possível ver uma sombra, alguém passando pela janela e neste exato momento Laura grita.
Sua mãe no outro quarto imediatamente acorda sem ação, sem saber o que fazer.
Laura se levanta da cama e corre para perto da porta do quarto quando ouve sua mãe dizer:
— Laurinha, minha filha, vem aqui na cozinha rápido!
Imediatamente a garotinha sai do quarto, passa andando pelo corredor com os pelos do corpo todos arrepiado de medo a cada passo dado pela casa escura e pelo corredor que parecia não ter fim. De repente Kate aparece e puxa Laura pare dentro do seu quarto.
— eu também ouvi isso. Sussurra Kate no ouvido de Laura.
Ouvem-se passos vindos da cozinha e Kate tranca a porta do quarto e as duas correm para debaixo da cama e lá ficam até o silêncio dominar o ambiente. Laura pergunta pra Kate se esse homem irá machuca-las e é óbvio que sua mãe diz que está tudo bem e que nada vai acontecer com elas e que não existe nenhum homem e que é só um pesadelo e que precisa acordar.
— mas mamãe eu não estou dormindo. Diz Laura com voz de choro.
— acorda, acorda, acorda... Diz Kate muitas vezes até algo começar a bater na porta como se fosse derruba-la— acorda, acorda, acorda... E a coisa continuava a bater na porta mais forte ainda— acorda, acorda, acorda...
— para mamãe de dizer isto, por favor, para mamãe de dizer isso. Dizia Laura com os olhos cheios de lágrimas.
Kate parecia não prestar atenção no que ela dizia e continuava repetindo as mesmas palavras até a porta se abrir rangendo e só assim ela para de falar. Com a respiração acelerada Laura pergunta bem baixinho:
— mamãe ele foi embora?
Alguma coisa cai em cima da cama, mas Kate se recusa a olhar, enquanto Laura tenta se acalma depois do susto que teve. Parecia que alguém estava andando em cima da cama e em um momento de silêncio algo puxa o pé da garotinha e então Kate grita ACORDA.
— acorda, acorda senhora só foi um pesadelo. Diz uma mulher vestida de branco.
— o que? Não, não tem alguém no meu quarto, tem alguém pegando minha filha. Diz Kate descontrolada.
Então alguns enfermeiros chegam para acalmar a mulher descontrolada dando a ela alguns sedativos.
— moça, você tem que aceitar que sua filha já morreu. Diz uma psicóloga depois de todo mundo ter ido embora e de Kate já ter se acalmado mais.
Kate estica o pescoço e olha para a janela atrás da psicóloga.
— alguém passou na janela. Diz Kate assombrada.
— querida estamos no 4º andar do hospício.
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