Meu amor por um nerd escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 5
Momento de confusão


Notas iniciais do capítulo

Nesse Cap. coloco um pouco mais de emoção em um assunto delicado dentro de muitas famílias, lembrando que essa historia não e real mais as situaçoes são baseadas sim em acontecimentos do cotidiano. Achei necessário por esse cap porque ele precisa entender as emoçoes que sente!



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Lucas

 

Pouco depois de ele entrar no carro, tranquei a porta e subi para meu quarto. Fui para o banheiro e entrei no chuveiro frio com roupa e tudo. Deixei a água correr por todo meu corpo, meu coração estava acelerado, estava tremendo e meu corpo estava quente. Era inevitável que as lágrimas viessem, tirei a roupa e aumentei a pressão da água, as lágrimas aumentaram de intensidade. Por que estava chorando?

Tentei me acalmar, mas não consegui parar de chorar, acreditava ser um pouco de raiva por causa do que a Viviane me fez, mas estava com medo por estar sentindo algo por um estranho e com um pouco de vergonha por ser outro homem. Sentia-me confuso e assustado com tudo isso, o que me fazia ficar com mais cara de idiota, as lágrimas não pararam, senti uma dor no peito e uma agonia ao mesmo tempo. Precisava descobrir o que estava acontecendo, que tipo de sentimento era aquele que mexia comigo quando estava perto dele.

Minha mãe me encontrou dormindo enrolado em uma coberta pouco antes do jantar.

—Filho, acorda, está tudo bem? — Sua voz era doce e calma.

Fiz que sim com a cabeça, mas sabia que não era verdade, e sabia que ela iria notar, meus olhos ainda estavam vermelhos de chorar, minha roupa molhada ainda estava no chão do banheiro, meu quarto, fechado e escuro.

—Lucas, fala pra mim o que aconteceu, seu irmão disse que ouviu você chorando, seu quarto está abafado e você está em baixo das cobertas, tem roupa molhada no banheiro, você tomou banho de roupa?

— Mãe... — minha voz se interrompeu e as lágrimas voltaram.

— Lucas, calma, meu filho, o que está acontecendo? O porteiro veio me dizer que você trouxe alguém para casa, um carro estranho que saiu sem deixar o cartão de visitas! Quem era? O que ele te fez?

Por um momento, parei de chorar e pensei rápido, como ele saiu sem deixar o cartão? Maldito porteiro.

— Ele não fez nada.

— Foi a Viviane? Algo na faculdade? Onde arranhou seu braço?

— Caí — disse logo, o que era meia verdade. — Briguei com a Rebeca e a Viviane ficou brava comigo, um colega da turma me deu uma carona até aqui, temos um trabalho pra apresentar juntos! — Mais meias verdades.

— Por que você estava chorando tanto? — Silêncio.

— Podemos conversar, tipo, sobre tudo? Como sempre fizemos?

— Sim, sempre foi assim e sempre será! Agora você está me assustando, então vamos direto ao assunto —mamãe sentou-se ao meu lado na cama.

— Mãe, lembra quando te perguntei se era normal não amar outra pessoa, se era normal não sentir nenhuma emoção especial?

— Sim, lembro — mamãe suspirou fundo e continuou. — Por acaso você quer terminar com sua namorada por esse motivo? Já disse que um dia você vai encontrar o amor de sua vida e isso vai mudar!

— E se essa pessoa fosse outro garoto? — Disse meio que sem pensar, com medo da resposta e me sentindo um estúpido por perguntar algo como aquilo. — Nada, esquec...

— Não, calma lá — ela me interrompeu e voltou a respirar fundo. — Ok, você está tentando me dizer que talvez você seja, hum... seja...

— Gay? — Completei a frase novamente no impulso, fiquei vermelho e confuso de novo. Minha mãe, que estava sentada ao meu lado, mudou de lugar, ficando a minha frente e me abraçou.

— Filho, olha pra mim — ela estava de joelhos na minha frente, o que me deixou na mesma altura, levantei a cabeça com os olhos vermelhos e as lágrimas correndo livres, um choro sofrido e silencioso. — Tudo bem, eu já tinha pensado nessa história quando descobri que você tinha beijado um garoto na sua festa de despedida da oitava série.

Silêncio mortal.

— Co... Como você ficou sabendo disso? — Perguntei com uma cara de espanto e horror, foi um caso isolado, poucos viram e houveram poucos comentários, quase nenhum na verdade.

— Sou mãe, sempre sei de tudo que se refere a meus filhos, tive medo na época quando me contaram, tive medo do que você passaria no mundo lá fora, então você começou a namorar a Viviane um tempo depois e aquela angústia que eu sentia sumiu, até aquele dia que você me perguntou se era normal não sentir nada por alguém — pausa para ela secar minhas lágrimas e beijar minha testa. — Então procurei ajuda médica e me instrui sobre o assunto, não queria isso, mas, se for uma opção sua, ficarei ao seu lado, até você ter certeza do que realmente sente e o que realmente quer, tudo bem pra você?

Estava mortificado, não sabia por onde começar, nem sabia o que falar, como alguém contou algo para ela? Como assim buscou ajuda médica? Estava entrando em pânico de novo! Que história era aquela de me apoiar, ela deveria estar gritando ou me batendo, era uma aberração! Ou não? Será que sempre fui neutro por não ter achado o garoto certo? Ficou mais confuso.

— Vamos descer pra jantar ok? Amanhã é sábado e você só vai ter aula na segunda, então pode ficar em casa e refletir tudo isso, podemos adiar essas escolhas e essa conversa embaraçosa — ela me abraçou de novo por um longo tempo e depois saiu.

Fiquei no meu quarto escuro mais um tempo refletindo tudo aquilo.

...

Depois de jantar, que foi descontraído e calmo com uns olhares estranhos do meu irmão mais novo e olhares cansados da minha mãe, voltei para meu quarto e peguei meu celular, nenhuma ligação da minha namorada, o que era muito estranho, também não liguei de volta! Loguei no meu jogo favorito, nem que fosse para matar javali na frente da cidade, precisava me distrair. Depois de uma hora jogando, o sono me dominou por completo, caí na cama e apaguei, ainda com os pensamentos em toda a conversa com minha mãe.



Brenno

 

Depois de chegar em casa, meu coração ainda estava acelerado, estacionei o carr, peguei as cópias que ele me deu e fui para casa. Tomei um banho frio e tentei colocar na minha cabeça que ele era só um garoto hétero com uma namorada linda que não iria me dar moral. Deixei meus trabalhos de lado e fiz dezenas de pesquisar sobre os temas variados com o número pares e depois mais algumas pesquisas com as marcações em vermelho. Isso me distraiu por horas, por todo esse tempo, consegui pôr os pensamentos em ordem e tirar ele da minha cabeça, era noite de sexta e eu estava em casa pensando em um garoto mimado com uma namorada linda, isso não estava certo. Peguei uma cerveja na geladeira, coloquei comida para minha gata, voltei para o computador para imprimir minhas pesquisas e depois jogar um pouco. Quando cansei de jogar, minha cabeça doía, minha vista estava incomodando e já passava das 4h da manhã, me deitei na cama e apaguei com os pensamentos em outro lugar.


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Notas finais do capítulo

E ai ... como estou indo? me digam nos comentarios =D



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