Princesa Sparta: A Herdeira de Cronos - 1 Temporad escrita por EusouNinguém


Capítulo 1
Prólogo




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Eram duas da madrugada e chovia muito em uma mata em Santos. Não era um dia comum e até os animais pareciam perceber, pois não havia nenhum som... A não ser o barulho de um par de pés correndo desenfreadamente no meio das árvores.

A mulher que corria levava dois bebês no colo, embrulhados em peles e vestia uma capa estranha com um capuz que lhe escondia a cabeça e o rosto. De algum modo, a mulher conseguia manter as duas crianças firmemente seguradas enquanto corria a uma velocidade realmente impressionante com as mãos ocupadas. Olhava o tempo todo para trás, como se estivesse sendo seguida. Mas não havia ninguém atrás dela e das crianças. Pelo menos ninguém que se pudesse ver.

Depois de muito tempo correndo, acabou chegando ao final da mata. Deparou-se com altos muros de uma enorme e luxuosa mansão. Como uma garça, a mulher pulou por cima do muro sem o menor esforço. Os dois bebês em seus braços nem se moveram, pois a mulher aterrissara do outro lado com a leveza de uma pena.

Os postes de iluminação do jardim estavam apagados devido à hora. A mulher seguiu em direção à casa grande que ficava no meio da imensa propriedade. Passou por estábulos que continham belos cavalos. Esses cavalos provocaria inveja ao meu irmão. Pensou consigo mesma. Sentiu-se realmente tentada a levar um daqueles cavalos só para provocar o irmão, mas logo deixou a ideia de lado. Se eu fizesse isso, saberiam onde elas estão. Como se só nesse momento se lembrasse dos bebês em seu colo, a misteriosa mulher encapuzada olhou para baixo, para o rosto das duas menininhas com apenas algumas semanas de vida que ela levava consigo.

Suspirou em parte de tristeza, em parte por raiva de ter que fazer aquilo. Continuou seu caminho até a casa passando pelo jardim enorme e bem cuidado. Subiu as escadas que levavam a imensa porta de madeira. Tudo aqui parece ser feito em medidas exageradas. Ergueu o olhar para examinar a casa.

Era branca com colunas de mármore em volta da porta. Tinha dois andares e a mulher podia ver pequenas grades no telhado que indicavam a presença de um terraço para lazer. As janelas, também grandes, eram de vidro e estavam cuidadosamente limpas.

Baixou os olhos mais uma vez para as duas meninas em seu colo e se ajoelhou. Delicadamente deu um beijo na testa de cada uma e colocou-as no capacho de entrada. Do lado delas, depositou uma carta explicando tudo e quem eram as meninas. Ela havia recusado terminantemente a ideia de contar para mortais sobre a existência deles, mas o pai das meninas disse que era preciso. Ele nunca fora muito bom com ideias, mas depois de pensar um pouco, a mulher viu que ele tinha razão apesar de jurar para si mesma que nunca admitiria isso em voz alta.

Ergueu a mão e bateu na porta. Foi um movimento leve, sem muita força. Mas a porta fez um barulho tão alto que parecia que estavam tentando derruba-la com um aríete.

Calculou mentalmente o tempo que levaria até os proprietários da casa descer até a porta. Virou-se para os bebês de novo.

— Me desculpem. Ela quer mata-las. Não tenho escolha. Sejam fortes, na hora certa vocês vão ter tudo que lhes é devido.

Uma voz veio de dentro da casa.

— Quem está ai? Estou armado!

A mulher deu um sorriso de lado e se levantou deixando o capuz cair para trás revelando seu comprido cabelo castanho e liso. O rosto era perfeito como o de uma estatua, com algumas sardas que deixavam seu rosto ainda mais bonito. Se soubesse com quem esta falando, mortal...

Quando o homem finalmente teve coragem de abrir a porta para ver o que estava acontecendo do lado de fora, só encontrou os bebês e a carta. Atena já tinha ido embora.


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