Capítulo narrado por Lunna

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Chica pra lá, Chica pra cá. Todo mundo só sabia falar dela naquele momento. Enquanto eu estava jogada na cama quase morrendo de falta de ar por causa desta porcaria de vestido. E ainda esperando a chance de matar o idiota do príncipe, se bem que eu nem sei quem é, mas okay.

Eu estava em um quarto com o Yato e o Foxy. Não vejo nenhum problema em dormir com meninos.

E aliás, ainda estou fatigada de tanto andar por aí, e vou explodi de tanto doce que comi.

Invoquei minha espada e rasguei aquela porcaria, não estou nem aí, não tem ninguém no quarto mesmo. Peguei um roupão que por enquanto era a melhor opção de roupa naquele lugar.

—Por que um roupão moça? – Yato entrou no quarto.

—Melhor do que ficar vestindo aquele saco. – (Meu Deus do céu mulher me beija).

—Realmente, a Cheshire chegou a ficar roxa. – Ele riu.

—Pelo menos vocês usam terno, se pudesse vestia um com o maior prazer do mundo. – Concluí saindo do quarto.

As criadas me olhavam estranho. Qual o problema de usar roupão? É proibido aqui por acaso?

Eu avistei um cara de cabelo rosa andando pelo castelo, meu Deus que divo. Mas, ele usava coroa, então era ele o meu alvo.

Eu me aproximei dele devagar, até que ele me viu e correu até mim.

—Nossa você é tão diva olha esse cabelo, esses olhos MEU DEUS! – Ele literalmente estava puxando meu cabelo.

—Não interessa. – Invoquei a espada e coloquei em sua garganta. – Cancele seu casamento com a Chica ou morra.

Ouvi um barulho e olhei para o lado preocupada.

O príncipe sacou sua espada – por que ele saca, eu invoco. Beijos. – me puxou pela cintura e colocou sua espada atrás do meu pescoço.

—Você fala como se eu tivesse escolha.

—Me solta agora. – Eu coloquei mais pressão na minha espada.

—Você não vai querer matar o príncipe, não é?

—Ah, é o que eu mais quero nesse mundo.

—Você realmente acha que eu quero me casar com a Chica? – Eu fiquei calada. – Estou sendo obrigado à isso.

—Dane-se, não ligo. Se você for morto o casamento não vai acontecer. E tudo fica bem. – Coloquei mais pressão na minha espada, começou a sangrar um pouco.

—Você sabe que isso dói? – Ele deu uma risadinha misturada com um grito de dor. – Vá em frente, se continuar eu morro.

—Não gosto que minhas vítimas queiram morrer, quero que elas sofram. Você está me achando com cara de pílula de suicídio? – Tirei a espada de sua garganta.

—Não, você tem cara de uma assassina suja e covarde.

—Você gosta de brincar com o perigo, não é mesmo? – Dei uma risadinha silenciosa.

—Olha, um sorriso da donzela. – Ele colocava a mão no pescoço freneticamente. – E aliás, por que está de roupão?

—É muito melhor do que ficar usando aquele saco.

Ouvi alguém gritar “Willian” nome comum, palmas. Era seu nome, já que ele ficou um pouco assustado e foi em direção ao barulho.

—Ei, mas eu ainda não te matei. – Puxei ele pelo braço.

—Podemos deixar isso para depois. – Ele se soltou e saiu um pouco rápido.

Ah, droga, devia ter matado ele antes.

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Tive que procurar outro “saco” para vestir. Mas, dessa vez eu me vestiria sozinha, não quero ficar com falta de ar de novo.

Foxy entrou no quarto e se jogou na MINHA cama.

Eu não falei nada fiquei calada e continuei procurando um “saco”.

—Roupão? – Ele olhou pra mim.

—Se falar essa palavra mais uma vez, você-

—Morre? – Ele me interrompeu.

— Exato. – Continuei mexendo no closet.

—ROUPÃO!

—Ah, seu...

Fiquei calada e peguei um “saco” tá parei. Um vestido roxo qualquer, sem detalhe nenhum.

Depois disso entrei no banheiro me vesti e sai, Foxy ainda estava ali, como se me esperasse.

—Vai me seguir? – Perguntei abrindo a porta.

—Não, só vou até lá em baixo.

Ele veio logo atrás de mim e quando eu cheguei lá em baixo, tinha diversas pessoas de cabelos coloridos.

Foxy ia passar na minha frente mas eu o bloqueei.

—Primeiro a dama, depois o cavalo.

Ele ia responder mas eu interrompi:

—Não responde e me deixa em paz.

Saí na frente disparado a procura da Chica, ou do príncipe... ou da rainha. Acho que a melhor opção é matar a rainha, já que ela é que está planejando tudo isso. Enfim, isso vai demorar e vai dar muito trabalho.

Se Pietro ou Freddy souberem que eu vou matar alguém, Freddy iria me proibir e Pietro ia ficar chocado. Se for preciso eu mato eles também.

Pelo que eu me lembro, faltava pouco para meia noite, e essa é a nossa última.

—Olá! Vai me matar agora? – O príncipe brotou do meu lado.

—Não. – Fui fria e continuei andando.

—Por favor, eu não quero me casar com a sua amiga. – Ele cochichou.

—Primeiro, eu não tenho cara de pílula de suicídio. Segundo, ela não é minha amiga. Terceiro, onde está a rainha?

—Ela está numa sala, ali. – Ele apontou para as cortinas, que ficavam logo atrás do trono da majestade. – Ali atrás tem uma porta.

—Certo, agora. Quarto, se perde em algum lugar.

Fui atrás de Faith.

—Faith, preciso da sua ajuda.

Ele olhou para mim arqueando a sobrancelha.

—Quero que dê um jeito. Algo para que todos saiam correndo daqui. Te conto o porquê depois.

Ele assentiu com a cabeça e foi na direção oposta da minha.

Agora era só esperar todos entrarem em pânico e fazer a mágica com aquela espada.

Fui em direção à porta atrás das cortinas.

Encontrei a Chica com cara de tédio misturada com tristeza em pé olhando para o chão.

—Não é que você fica legal de noiva. – Disse me aproximando.

—O-o que faz aqui?! Vai embora antes que a rainha te veja.

—Não tô nem ai se ela me ver, vou e matar ela mesmo. Cansei desse Candy Crush Land.

Ela deu uma risada e continuou:

—Tem guardas aqui sabia?

—Mato eles também.

—Você não tem jeito mesmo...

Deixei ela ai bufando e procurei um roupão para ela dentro de um closet. Por que a rainha teria esse tipo de quarto logo atrás do seu trono?

Dei o roupão na mão dela e rasguei o vestido com minha espada.

—Você não pode fazer isso! – Ela ficou desesperada.

—Relaxa. Você não vai casar com aquele príncipe metido a besta.

—A RAINHA VAI TE MATAR!

—DÁ PRA PARAR? EU SEI O QUE ESTOU FAZENDO!

Ela estava vestindo o roupão com cara de preocupada e quando terminou, eu ouvi gritos muito altos e fiquei imaginando que Faith devia ter feito algo.

A rainha apareceu chocada olhando para mim em seguida para a Chica.

—O que está acontecendo aqui?

Joguei a minha espada em direção à ela... e morreu.

—Sério que toda luta que você for ter vai ser assim tão fácil? – Ela não pareceu nem um pouco chocada com minha atitude.

—Não sei.

Puxei ela para fora e me deparei com todos correndo e fiz o mesmo. Mas o príncipe me barrou.

—O que? Estou com pressa. – Continuei correndo.

Ele me barrou de novo.

—Quero te contar algo. – Olhei para ele. – Eu prefiro do tipo musculoso.

—Eu sei. Sua bixa diva. – Na verdade eu nem pensei nisso.

Ele deu uma risada e saiu correndo para a direção oposta.

Quando cheguei lá fora, todos estavam arfando.

—O que aconteceu? – Perguntou Chica.

—Temos que correr, por que-

Um barulho interrompeu a fala de Yato e quando olhei para trás tinha um enorme dragão de doce que se duvidar eu como ele todinho.

Ele cuspia fogo, eita...

Ele cuspiu na nossa direção, mas antes que eu fizesse uma barreira de gelo, Pietro fez primeiro muito mais rápido do que eu.

Mesmo assim, ele chutou o gelo e continuou correndo atrás de nós.

—Corta essa. – Eu fui em direção ao dragão e chutei. Ele não foi pra muito longe devido ao peso. Mas, mesmo assim. OBRIGADA POR ESSE PODER CINDELE!

O dragão começou a correr mais rápido que o normal e nós fizemos o mesmo.

—Eu acho que não ajudou muito Lua. – Disse Marcy.

Eu ia reclamar mas tudo ficou escuro do nada, era como se eu estivesse caindo no infinito. Aquela dor de cabeça começou de novo, mas dessa vez era mais leve. Até que eu bati forte no chão e desmaiei.