Carousel escrita por Ever


Capítulo 10
Você está com um cheiro nada cheiroso


Notas iniciais do capítulo

Yo! Aqui mais um cap, nada pra dizer ;u;



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Capítulo narrado por Cheshire

Eu estava caindo no infinito de novo. Mas, dessa vez era tudo escuro e não claro. Bem, de acordo com o que já aconteceu comigo uma vez, eu estava voltando para o parque. Dessa vez a minha dor de cabeça era mais suportável do que na última vez que isso aconteceu.

Ficar caindo nesse infinito me lembrava o país das maravilhas. Não sei como Cindele adivinhou que eu gostava de lá.

Minhas costas bateram forte no chão, minha mão esquerda estava apoiada em algo macio.

Lentamente minha visão foi voltando. Eu estava no meu quarto caída naquele chão gelado e minha mão na cama.

Levantei me alongando, não sei como não quebrei as costas.

Saí do meu quarto e me deparo com alguns saindo também, confusos. Mas, sabíamos que o nosso tempo havia acabado.

Fui até o fundo do corredor para procurar o relógio gongo e ainda era meia noite. Eu fiquei um pouco surpresa. Mas a Cindel disse que enquanto estivéssemos fora o tempo pararia.

—Isso é confuso. – Murmurou Marcy do meu lado.

Eu assenti lentamente ainda com meus olhos concentrados no relógio.

Finalmente decidi descer e todos estão lá, menos a Lunna, e parece que ninguém se importa. Pela minha experiência, vai que ela está no quarto dela trancada.

Chica e Lary corriam de um lado para o outro enquanto o resto estavam sentados no sofá.

Fui para fora ver o que aconteceu com o Carrossel. Ele estava desligado.

É tudo tão confuso e louco, o que me faz ficar mais apaixonada por esse carrossel.

Eu me aproximei dele e dei algumas batidinhas nele, e até mesmo mexi no monitor, mas ele nem se quer dava um sinal de vida.

Yato me disse para voltar. Se Cindele me ver perto desse brinquedo, ela me mata.

Me sentei no sofá ao lado da Angely.

—Não vejo a hora de viajarmos de novo. – Ela sussurrou no meu ouvido.

Eu concordei.

—Imagina se a gente vai para o país das maravilhas alguma vez. – Sorri.

—Olha, pode acontecer e até que seria legal. – Ela sorriu também.

Ouvi passos das escadas, e como qualquer pessoa faria, olharia para ver o que era.

Lunna estava descendo as escadas meio atordoada. Uma das suas luvas estava suja de sangue, a outra mão disponível dela estava atrás da cabeça. Ela saiu correndo para fora.

—Ela é louca. – Angely disse com um sorriso de lado.

—As melhores pessoas são loucas. – Eu disse me levantando para ver o que Lunna estava fazendo lá fora.

Ela estava mexendo no carrossel, eu só consegui me concentrar no sangue que havia no seu cabelo.

Todos resolveram vir aqui para fora.

Lunna continuava mexendo no carrossel que nem louca.

Eu me aproximei dela.

—O que está fazendo?

—Tentando ligá-lo. – Ela não foi ignorante comigo dessa vez. – Quero voltar e não ficar nesse maldito parque.

—Você não pode ir agora, só na próxima meia noite, esqueceu?

Ela fez uma expressão de raiva, ela chegou até a amassar os botões do monitor, quando andava os pés afundavam na terra.

—Vai amaçar o carrossel se pisar nele.

—Não vou não, eu sei me controlar. – Ela falava um tom de raiva.

Ela pisou no carrossel e na mesma hora ela amassou uma parte dele.

—Melhor não fazer isso. – Eu ia tocar nela mas ela se afastou.

—Estou com raiva, você sabe o que aconteceu quando eu encostei no vermelhinho quando estava com raiva, né? – Ela deu um sorriso.

É verdade, Angely me disse que em apenas um pequeno empurro, a força quase quebrou a parede do castelo.

—Lunna, já chega de me amassar. – Uma voz disse.

Uma garotinha saiu de trás do carrossel. Ela usava roupas vitorianas; o penteado dela era igual ao meu; seu cabelo era branco e seus olhos vermelhos.

—OI! NOSSA COMO É LEGAL ENCONTRAR VOCÊS! – Ela ficou pulando em cima do carrossel.

—Quem diabos é você, Cindele te matou também? – Freddy entrou na conversa.

—Claro que não, Cindele não consegue encostar um dedo em mim. Sou mil vezes mais forte que ela. E meu nome é Carouline.

—Carouline? – Bonnie quase gritou na hora que falou “rou”.

—Exato! – Ela sorriu.

—Quantos anos você tem? – Perguntei.

—Oito aninhos. – Ela fez uma carinha kawaii. – Mas eu posso ficar com aparência de 18 se quiser.

Ela se transformou em uma adolescente, com as mesmas roupas de antes.

—Fica assim, é bem melhor. – Disse Foxy.

—Prefiro ela criança. – Rebateu Lunna.

—Isso mesmo tia Lunna! – Ela deu um sorriso e abraçou. Uma coisa que eu menos esperaria, Lunna gostando de crianças.

A criança estralou os dedos e nós ficamos em cima do carrossel, sentados. E ela voando ali na nossa frente.

Ela estava sorridente, parecia feliz.

—Então gostaram do passeio? – Ela sentou no ar.

—Por que acha que ficamos mexendo no carrossel como loucos? – Disse Toy Golden.

—Achava que ia odiar por causa das consequências.

—Tem suas vantagens e desvantagens. Okay, mas agora. Quem é você, de onde vem? – Perguntou Ghost.

—Como disse sou Carouline, o carrossel. Sim, eu sou essa coisa que vocês estão sentadas. Eu venho de um mundo onde só existem bruxos, magos, mágicos, espadachins. Eu moro com meus “tios” no caso: Tia Sofia, Tio Lorde, Tia Nina, Tia Laay, Tio Nick, Tia Tartaruga, Tio Ghost dois, Tia Bibi, Tia Vet, Tia YandereLary e etc. São todos muito legais. Tirando o fato que a Tia Nina ama me chamar pra ver coisas creepy. E Tia Sofia gosta de me fazer virar um unicórnio as vezes.

Eu ri por causa da “Tia Tartaruga”, mesmo não fazendo ideia de quem era.

Ela sorriu de volta para mim e foi voando na direção do Faith.

—Eu te amo só por que tem cabelo branco. – Ela o abraçou forte.

—Eu pareço uma psicopata assim? – Lunna perguntou sem as luvas com as mãos sujas de sangue.

—Você fica diva de sangue. – Carouline respondeu sorrindo.

Eu ainda não sei aonde ela pega esse sangue. Até que eu vi que tinha corte atrás da cabeça dela, porém do nada surgiu uma espécie de curativo que provavelmente foi Carouline que o colocou ali.

—Enfim, quando vamos poder entrar no carrossel de novo? E pra qual mundo vamos? – Perguntou Lary.

—Ah, amanhã a meia noite, de novo. Eu ainda não sei para qual mundo vão. Pensei até em perguntar para meus tios.

—Você que escolhe os mundos? – Indagou Lary, de novo.

—Nhanahnanha, melhor voltarem para o castelo nos vemos amanhã.

Ela evaporou na nossa frente. Mas, bem se ela é o carrossel é ela que escolhe, ou não.

Freddy me ajudou a descer dali de cima, ela poderia muito bem ter nos colocado no chão.

Pela nossa sorte Cindele não apareceu em nenhum momento “hoje”.

Nós voltamos para o castelo depois de descer.

Cindele passou por lá para meu azar, mas ela não comentou nada. Apenas avisou que iriamos voltar a funcionar amanhã. Algo que eu não entendi.

Porquê primeiro: Eu nem sei por que estou aqui. Segundo, eu não sei nem como vim para aqui. Terceiro, eu não conheço quase ninguém direito. Então, é, eu não sei o que ela quis dizer.

Lunna voltou com uma bebida que pra mim parecia mais guaraná.

—Onde você achou isso? Eu quero também. – Disse indo em direção a ela.

—Toma um gole aí então. – Ela me deu o copo.

Eu bebi um golão, pois estava morrendo de sede.

—ECA! ISSO É ÁLCOOL! – Devolvi o copo pra ela. – Você não devia beber isso.

—Bebo isso quando fico estressada. E não faz mal tomar uma por ocasiões especiais.

—Pra que você precisa disso?

—Tá me olhando é por que quer me-

Antes que o Bonnie terminasse a frase a Lunna deu um soco na cara dele, e finalmente eu vi a cena de alguém quase quebrando totalmente a parede.

—Por isso. – Ela jogou o copo longe.

Eu ouvi a Lary rindo muito, então fui até ela ver o que estava acontecendo.

Ela literalmente estava caída no chão. E a Chica desesperada mexendo no fogão que tinha na cozinha de lá. Com uma cara de espanto.

—Qual o problema é só fazer isso. – Yato jogou batatas na panela.

Praticamente criou uma fogueira na panela e espirrou óleo para todo lado. (Lembra disso Sofia? EHUHEUHUEHUEUHEHU)

Lary começou a rir mais alto e eu fiz o mesmo.

—Mas que merda é essa? – Pietro chegou e quando olhou pro fogo saiu correndo.

Ghost chegou e olhou pra panela espirrando óleo. Ele invocou a espada dele e jogou a panela pro lado.

—Palmas. – Lunna parecia um pouco bêbada.

—Você está com um cheiro nada cheiroso (masoq?) – Disse Foxy.

—ENTÃO BEBE ESSA MERDA! – Ela colocou o copo na frente dele e ele bebeu mesmo. – Agora reclama do meu hálito seu idiota.

Freddy chegou mandando irmos deitar. Sinceramente isso é o que eu mais odeio nele, ele só sabe mandar, mandar e mandar. Mas fazer o que, se não tivesse organização, acho que seria tudo uma bagunça por aqui.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se ele ficou meio "doido" é que estava sem inspiração e tinha que postar, então acabou ficando assim =/