Carousel escrita por Ever


Capítulo 12
Lunna - Especial dia da mulher


Notas iniciais do capítulo

Yo!!!!!!!!!!!!! Trouxe o da Lunna que faz coisas erradas, pensa coisas erradas, gosta de fazer coisas errada E É!
A imagem da Lunna não é anime, EU NÃO ACHEI ;U;
Esse capítulo está CHEIO de referências que vocês entenderam nos capítulos futuros, ENTÃO É BOM PRESTAR ATENÇÃO!



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Capítulo narrado por Lunna

O silêncio era evidente, o único barulho que se mostravam era as gotas caindo na estrada.

Meus olhos estavam concentrados no chão, eu andava automaticamente. Minha mente, se encontrava em outro lugar.

O vento levemente batia em meu rosto, encorajando as lágrimas em meus olhos descerem.

Pela chuva, eu pensei que o céu estava chorando comigo. Que a chuva fosse meu choro e que estávamos ligados. Como se ele soubesse o meu sofrimento. Por isso chovia, o céu chorava comigo. Eu não era a única que sabia da morte dos meus pais.

Quando eu era pequena, meus pais morreram em um acidente de avião. Depois que isso aconteceu, eu fui obrigada a ficar em um orfanato até meus quinze anos. Fui adotada por uma rigorosa família. Que pra mim, não passavam de adultos que me acolheram para cuidar de suas casas. E hoje, com vinte anos é que eu realmente posso viver minha vida.

Eu sabia que tinha que superar a morte deles, dos meus verdadeiros pais. Eu perdi tudo... não tenho amigos, não tenho pais, não tenho nada... Ninguém se importava comigo.

Alguns diziam que era exagero, mas não é.

Mas, só me resta viver.

E naquele casarão que era dos meus pais, era a melhor opção. Onde eu poderia recomeçar, ou não. Depois de dois anos morando ali, nada mudou. Eu simplesmente ia para a faculdade, trabalhava, e chegava em casa exausta.

Sorria, dizia ele. A única pessoa que eu amei de verdade, meu pai. Éramos felizes, e eu ainda sorrio toda vez que lembro de você papai, não se preocupe.

Me dei conta de que estava na frente da faculdade, por mais que estivesse molhada, eu tinha que entrar.

Meus tênis encharcados melavam o chão de lama, resolvi tirá-los.

Fui andando nas pressas até a minha classe, eu sabia que aquele bando de idiotas iriam rir de mim por estar chegando assim no meio da aula. Parecem crianças que não tem noção de nada.

Abri a porta da sala lentamente. Mas, ela não deixou de fazer um estrondoso barulho.

Os olhares da classe foram voltados para mim, eu podia ouvir risos e cochichos. Simplesmente, ignorava.

—Senhorita Newsome, isso é jeito de chegar na aula? Você está toda molhada. – Reclamou o professor.

Eu assenti com a cabeça. Estava com uma resposta na ponta da língua, mas me segurei.

—Posso assistir a aula? – Perguntei.

Ele suspirou e assentiu, voltando seu olhar para a lousa.

Mais de cinquenta pessoas rindo da minha cara. Gostaria de saber como eles iriam se sentir se estivessem no meu lugar.

Sentei ao lado de uma garota, que pareceu se afastar de nojo por que eu estava molhada.

Só espero que minhas coisas não estejam tão encharcadas quanto eu. O material da minha mochila é bom para essas ocasiões. Mas, mesmo assim estava preocupada.

Não está tudo encharcado, okay. Pensei.

Tirei meu material da mochila e o coloquei em cima daquela mesa imensa que tinha em cada fileira.

Fiquei olhando fixamente para o chão.

Eu não queria prestar atenção na aula. Só estava ali por “obrigação” podia muito bem ficar em casa assistindo TV ou comendo um pote de sorvete inteiro. Meu sonho.

—A esquisita está pensando no quê? – Uma menina do meu lado me tirou dos meus devaneios.

Automaticamente meu punho foi em direção ao seu olho. Pra ser sincera, eu amei fazer aquilo.

—Senhorita Newsome que tipo de comportamento é esse? – O professor estava vindo em minha direção. – Por que fazer isso? O que ela fez de mal?

—Quem eu soco ou não é problema meu. E, eu não me arrependo de ter feito isso. – Eu peguei minhas coisas e fui em direção a porta. – SÃO TODOS UM BANDO DE IDIOTAS! – Eu gritei para a sala toda ouvir e em seguida bati a porta com força e sai.

Eu comecei a rir quando saí da sala. Eu queria voltar lá e ficar gritando aquilo várias vezes.

Minhas bochechas começaram doer, então eu tentei parar e me controlei.

Será que eu vou ser expulsa? Droga. Na mesma hora que pensei isso meu sorriso sumiu.

Eu saí da faculdade um pouco preocupada, gastei dinheiro com isso. Mas, a culpa é dos alunos não minha.

Se minha mãe e meu pai ainda estivessem vivos. Meu pai iria até gostar, ele era meio frio e gostava de arranjar briga. Já minha mãe, ela era um pouco pervertida e safada, minha mãe ficou grávida de mim acidentalmente. Eles não tinham planejado isso.

Na primeira vez que eu arranjei briga, foi com um garoto. Eu taquei a bola na cara dele por que ele disse que eu era chata... Meu pai me apoiou e ao invés de me castigar, ele arranjou briga com o pai do garoto. Ai depois as pessoas me perguntam por que eu sou assim.

Para mim ele era o melhor pai de todos.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto pálido. Mas, dessa vez era de felicidade.

Enquanto andava eu me vi na frente de um posto de gasolina. Então decidi ir naquela lojinha que sempre tem neles.

A lojinha estava lotada, preferia que ela estivesse deserta. Assim todo mundo não ficaria olhando estranho para mim por que estou molhada.

Eu peguei duas latinhas de cerveja. É um pouco confuso, as pessoas vem no posto de gasolina dirigindo. E por que teria um loja que vende cerveja sendo que elas terão que dirigir de qualquer jeito? É um pouco estranho.

Eu paguei e abri uma latinha, mas antes que bebesse um gole alguém falou algo:

—Olha, a garotinha bebe o que não deveria.

Eu olhei o lado com um pouco de raiva. Quem falou isso foi uma moça qualquer.

Eu me aproximei dela e falei.

—Se é errado ou não, não é da sua conta. Fala comigo de novo que eu arrebento a sua cara.

Eu finalmente bebi um gole e fui para a calçada.

Eu olhei para o final da rua, e lá havia uma floresta.

Acho que lá ninguém vai me perturbar. Pensei.

Enquanto eu andava ficava olhando para os carros e paras as pessoas ao meu redor.

Minhas roupas estavam começando a ficar um pouco mais secas.

Eu continuei andando um pouco rápido para a floresta. Ela era aparentemente imensa.

Eu entrei nela e fui reto. Não muito longe para não me perder.

 Enquanto eu andava avistei umas pedras. Algumas eram vermelhas e as outra normais. Eu decidi sentar ali e beber minhas latinhas em paz.

Uma raposa veio na minha direção. Normalmente as pessoas teriam medo, mas eu não tenho. Ela se aproximou um pouco e eu fiquei encarando-a. Depois de alguns segundos a encarando ela sentou do meu lado e lambeu a pata.

Levei a mão até atrás da sua orelha e acariciei.

Ela apoiou a cabeça nas minhas pernas e me olhou. Eu não sei como eu comecei a gostar de raposas. Mas, acho que elas são fofas.

Eu fiquei acariciando ela por alguns minutos, até que ela se levantou e saiu correndo rápido.

Eu pensei que ela tivesse vido um coelho ou algo do tipo.

Escutei barulhos de galhos e folhas e quando olhei para a mesma direção que foi a raposa, eu vi aquela mesma moça que estava no posto de gasolina.

—O que você quer? – Eu joguei a latinha longe.

Ela ficou calada e veio até mim lentamente.

—Eu quero você. – Ela sussurrou no meu ouvido.

—Desculpa, mas eu gosto de homens não de garotas. – Sorri.

Ela também soltou um sorriso e tirou uma faca das costas magicamente.

Eu me levantei na mesma hora.

—O que foi Luana? Ficou com medo? Você é tão corajosa. – O sorriso dela foi de orelha a orelha. – Por isso que eu escolhi você, uma personalidade forte, alguém que eu adoraria ter na minha coleção.

Ela levantou a mão e rapidamente tentou cravar a espada no meu coração. Mas, eu a segurei e tentei colocar a faca contra ela.

Eu chutei a perna dela e saí correndo. Mas, depois de um tempo eu percebi que voltei para o mesmo lugar.

Ela estava encostada na árvore.

—Já acabou de bancar a espertona? Eu já estou ficando enjoada.

Eu corri para o lado oposto, enquanto eu corria eu pude ver a sombra de várias pessoas na neblina, fiquei confusa. Mas, depois de alguns segundos as sombras sumiram.

Eu fiquei imóvel do nada.

—Já cansei, você não sabe brincar direito. – Ela sorriu. – Engraçado, eu sempre imaginei você ganhando, não perdendo.

Ela tirou a faca e colocou ela contra meu peito.

—Vou tentar ser rápida, você merece.

Eu senti uma dor imensa. Ela estava enfiando a faca lentamente.

—Ah, deixa ser devagar, é mais divertido. Espero que você goste do seu visual temporário. Ainda tenho que elaborar sua aparência verdadeira.

Eu não fazia ideia do que ela estava falando. Só estava ali sentindo aquela dor imensa. Minha visão foi sumindo aos poucos. E foi nessa hora que eu... perdi, para uma moça qualquer.


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Notas finais do capítulo

Acho que algum certo shipp acabou de ficar bem mais óbvio (do que já é), EU ME ODEIO ;U;