Instrumentos mortais nova versão. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Outro lado.


Notas iniciais do capítulo

Save The Day-Selena Gomez.



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P.O.V. Clary.

Meu nome é Clarissa Fray, mas todos me chamam de Clary. O que ninguém sabe é que eu tenho dois mil anos, sou imortal, indestrutível.

Eu também sou outra coisa, sou a âncora para o outro lado. O outro lado é o purgatório sobrenatural e todo ser sobrenatural que morre tem que passar através de mim pra chegar ao outro lado.

—Vamos á uma boate hoje á noite.

—Ah,  Clary. Você sabe que eu odeio essas coisas.

—É meu aniversário! Eu que mando.

Eu vi aquele símbolo pintado na placa da boate e nós entramos com a ajuda de um rapaz desconhecido. 

—Você quer uma bebida Clary?

—Quero.

Vi uma moça bonita chamar o rapaz que nos ajudou a entrar na boate, minha intuição me dizia que aquilo não era o que parecia ser. E eu tinha razão. Vi o homem ser assassinado.

Com o berro que eu dei até o DJ parou de tocar.

—Clary?! Clary você tá bem?

No dia seguinte fomos ao Java Jones e eu estava mostrando para o Simon os desenhos que eu estava fazendo.

—Quando eu acordei o meu quarto estava cheiinho dessas coisas.

Daí eu o vi e me escondi.

—Não, aqui não. Por favor.

Ele entrou no café. Olhei bem nos olhos dele e mexi a cabeça indicando para que ele me encontrasse lá fora e ele veio atrás de mim.

—Como você morreu?

—O que?

—Eu não me lembro de você e eu nunca esqueço um rosto. Além do mais, você consegue fazer contato físico com os vivos. Como?

—Eu não estou morto.

—Claro que está. Só eu posso te ver e te ouvir o que quer dizer que está morto.

—Se eu estivesse morto não conseguiria fazer isso.

Ele segurou no meu braço.

—Não! Não me toque. Não me toque tá bem?

—Tudo bem. Acabo de te provar que não estou morto.

—Na verdade não. Eu sou a âncora para o outro lado, consigo fazer contato físico com os seres sobrenaturais mortos. Eu tenho um pé de cada lado, existo em dois lugares ao mesmo tempo aqui e do outro lado.

—Então, você é a âncora?

—Sim. Eu sou a única coisa que mantém o outro lado inteiro.

—Porque?

—Meu pecado foi me apaixonar e eu aprendi a lição. Mas, se você está vivo porque só eu te vejo?

—É uma das minhas marcas.

—Marcas?

—Aqueles seus desenhos. Você sabe o que significa aquele símbolo?

—Não.

—É a marca dos anjos. Você é uma caçadora de sombras Clary Fray.

—Sabe meu nome. Como você sabe o meu nome?

—Preciso que venha comigo.

—Quem é você?

—Jace Herondale.

—Prazer.

Eu tinha que voltar e dar uma desculpa para o Simon.

—Onde você vai?

—Dar uma desculpa pro Simon.

—Porque?

—Você não deve fazer perguntas para as quais já sabe a resposta, não é educado.

Eu fui lá pra dentro e disse ao Simon:

—Simon, eu vou pra casa. Estou me sentindo meio estranha.

—Posso te levar.

—Não. Eu vou de táxi.

—Tem certeza?

—Tenho.

P.O.V. Jace.

Não acredito! A âncora não é uma coisa e sim uma pessoa. Uma garota muito gata e com sangue de caçadores de sombras. O Hodge realmente tinha razão, eu nunca acreditei na existência do outro  lado, mas estava errado.

—Pronto. Vamos nessa.

—Eu pensei que fosse oferecer mais resistência.

—E porque eu faria isso? Se tentar algo contra mim eu enfio os meus dentes no seu pescoço.

—O que?

—Eu tenho dois mil anos, sou imortal e indestrutível. Roubei a imortalidade e o namorado da minha domina e ela me condenou a ser a âncora que segura o véu e ela só criou esse outro lado para prender a alma do cara que a rejeitou.

—Caramba! Que mulherzinha diabólica.

—Você não faz a menor ideia. Ela fez uma cura para a imortalidade e jogou o Silas numa tumba com a cura esperando que ele a bebesse e vivesse ao seu lado, mas ele ainda continua preso lá.

—Preso?

—Ela trancou a tumba com um feitiço três por três. Um dos feitiços mais complexos e poderosos do mundo.

—Caraca!

—Eu sou o rosto que gerou milhares de duplicatas. Que diabo de lugar é esse?

—Bem vinda ao Instituto. Venha.

Ela se distraiu olhando ao redor e escorregou na água caindo de bunda no chão. Corri para ajudá-la.

—Você está bem?

—Já passei pior, mas obrigado.

—Jace?! Conseguiu? Onde está a âncora?

—Âncora essa é a Isa, Isa essa é Clary Fray, a âncora.

—O que?

—Pois é. A âncora não é uma coisa, é uma pessoa.

—Como assim você é a âncora para o outro lado?!

—O que vocês querem de mim? Querem destruir o outro lado?

—Não. Queremos impedir um bruxo de destruir o outro lado.

—Porque?! Se o outro lado for destruído todos vamos finalmente encontrar a paz!

—Mas, sem o outro lado não seremos capazes de trazer os mortos de volta.

—Exatamente por isso. Além do mais, quando eu morrer meu sofrimento vai acabar de uma vez por todas.

—Sofrimento?

—Quem é você?

Ela perguntou para o nada.

—Você pode me ver?

—Claro que posso, eu não sou cega eu tenho olhos. Ou está morta? Fico tão confusa, não percebo a diferença entre vivos ou mortos.

—Mortos? Você pode ver as pessoas do outro lado?

—Eu sou a âncora para o outro lado mulher! Eu consigo ver tudo!

—Ai Meu Deus! Eu acho... que a minha mãe morreu.

—Mamãe?

—Olá Clary.

—Não mamãe. Por favor não me abandone.

—Lamento querida. Eu não queria que isso acontecesse.

Ela então começou a gritar e colocou as mãos na barriga como se tivesse tomado uma facada.

—O que houve?

—Eu sou forçada a sentir a morte deles. De todos eles.

—Sentir a morte?

—Minha mãe morreu com uma facada no abdome.

—Por isso você agiu daquela forma. Por isso gritou.

—Exatamente. Á propósito, meu nome de verdade é Amara Petrova.

—É um prazer.

—Igualmente. Vocês tem um rádio ai?

—Temos porque?

—Onde fica?

—Vem comigo.

Isa a levou até o quarto de hóspedes onde havia um rádio.

—Obrigado. Algum de vocês sabe dançar?

—Todos sabemos dançar.

—Ótimo. Vem comigo.

Ela colocou uma música animada pra tocar e simplesmente começou a dançar.

—Ela não bate bem.

Hodge veio tirar satisfações comigo.

—Onde está a âncora?

—Está segura. E se divertindo muito.

—O que?

—A garota ali. Ela é a âncora.

—Tá brincando né?

—Não. Ela é a âncora.

—Uau! A âncora é uma pessoa que vive e respira. Mas, o outro lado existe a séculos.

—Ela é imortal Hodge.

—Vampira?

—Não. Imortal.

—Sei. 

—O que você sabe sobre duplicatas?

—Eu sombras. Versões mortais dos primeiros imortais do mundo.

—E esses imortais tem nomes?

—Claro. Silas e Amara.

—Ela é uma dos primeiros imortais do mundo?! Caramba!

—Espera, tá me dizendo que essa garota dançando no quarto de hóspedes é Amara Celestia Emmeran Petrova?

—Sim. Sou eu. Perdoem a intromissão, mas sou eu sim.

—Caramba!

—Essa é única palavra que conhecem?

—Não. É só chocante saber que estamos diante da primeira imortal do mundo.

—Posso imaginar. Estou com sede.

—Vou pegar algo pra você beber.

—Sede de sangue. Se eu não me alimentar, vou petrificar.

—E agora Hodge? O que faremos?

—Alguém vai ter que abrir as veias pra ela.

—Tragam-me uma vitima. De preferencia um criminoso. Não gosto de matar inocentes.

—Eu vou. É mais fácil eu pegar um cara do que você.

—Não. Vou caçar sozinha. Sei o que fazer e onde ir.

Ela entrou no quarto e quando saiu estava toda produzida. Parecia uma... garota de programa.

—Odeio ter que fazer isso. Mas, só assim consigo vitimas que realmente merecem morrer. Eu volto assim que puder.

—Você não vai sozinha.

Todos olhamos para a Isa.

—Tá. Espera ai um pouquinho.

As duas saíram fantasiadas de prostitutas e quando voltaram Isa estava catatônica.

—Ela está bem?

—Chocada apenas. Ela nunca viu uma predadora caçando.


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