Kanon e eu v.s. Taro e meu pai, isso é justo? Eu não sei, mas é isso o que vamos descobrir agora!

Meu pai ficou nos encarando com cara de espanto, e Taro parecia irritado. Aproveitei esse momento e decidi atacar, dei a ordem à Kanon e rapidamente demos um ataque direto que os fez se ligarem a realidade. Com uma ordem de meu pai, Taro nos atacou de volta com um golpe de calda poderoso.

— Kanon, você está bem? – perguntei preocupada com ele

— Não se preocupe, estou bem – Kanon disse cuspindo sangue – Vamos com tudo!

— Tem certeza? Você parece mal.

— Apenas ataque! – ele disse com determinação – Vamos usar um ataque poderoso! Me faça usar o Asas de Metal!

— Tudo bem! – voltei o olhar para Taro e meu pai – Kanon! Asas de Metal!

As asas de Kanon brilharam, ficaram metálicas e extremamente afiadas. Fomos de encontro a Taro com uma velocidade desumana, meu pai tentou desviar mas não adiantou o atingimos em cheio, as asas fizeram um profundo corte na grossa pele de Taro onde o sangue se espalhou.

— Parece que foi efetivo. – disse olhando para Taro ensanguentado – O que acha, Kanon?

— Não sei, não – ele respondeu preocupado – Foi fácil demais, é estranho.

— Tem razão, tem algo errado. – clamei olhando o ferimento de Taro – Ei, olhe! A ferida... está... se fechando...

— Sabia! – Kanon exclamou se afastando de Taro – Temos um grande problema agora... Isso não é nada bom!

— Problema?! Por que?

— Ele usou uma habilidade única chamada Ignição, essa habilidade cura totalmente o ferimento e também causa um dano equivalente em quem o atacou!

— Então significa que você va- - disse quando foi interrompida por Kanon caindo – Kanon? Kanon! Ei! Kanon!!

— Isso não.... é.... nada bom....

Kanon voltou ao normal e começou a despencar no ar assim acabamos caindo, eu tentei reanima-lo mas não adiantou ele não conseguia se levantar. Meu pai e Taro se aproximaram lentamente olhando para fixamente para nos, mas logo escutei falar para Taro as seguintes palavras “Ataque! Use o Chuva de Meteoros!”.

— Não.... – sussurrei olhando para cima – Não pode acabar assim... Não pode! Não... Pode....

— Fuja daqui em quanto pode! – Kanon disse ainda imóvel no chão – Ele não vai hesitar mesmo que seja filha dele, então fuja!

— Não.... Eu não vou te deixar aqui!

— Sua tola! Corra e se salve!

— Não! – gritei me virando para ele – Você me salvou duas vezes, e quero retribuir o favor. Por isso... Não vou fugir.

Kanon não disse mais nada, no entanto Taro fez seu ataque, soltou para cima uma bola de fogo que se despedaçou formando uma verdadeira chuva de meteoros. Corri e abracei Kanon no chão, em quanto um dos meteoros vinha na nossa direção, o meteoro se aproximava rapidamente então decidi fechar meus olhos e esperar pela derrota.

— Parece que não sirvo pra nada mesmo.... – pensei – Vou sentir sua falta, Kanon.

Foi quando abri meus olhos novamente e vi o meteoro sendo barrado por algum tipo de luz, essa luz fez com que o meteoro voltasse para trás atingindo Taro e o fazendo cair junto com meu pai. A estranha luz se aproxima de mim e Kanon se dividindo e ganhando forma, uma das parte envolveu o pescoço de Kanon formando uma coleira, e as duas outras partes foram para mim, onde envolveram minhas mãos e tomaram forma de um par de luvas sem dedos e com um estranho desenho, o desenho era um circulo com uma pentagrama dentro e o mesmo desenho se encontrava na coleira de Kanon.

— O que é... isso? – perguntei fitando as luvas

— Isso é a prova que você passou no teste, minha filha – meu pai respondeu vindo na minha direção

— Passei.... no teste...? Como? – fiquei indignada – E você? Está bem? Se machucou?

— Não se preocupe comigo, estou bem! – ele disse coçando a nuca – Vamos para a tenda que te explicarei melhor sua situação.

Concordei com ele, apoiei Kanon nas minhas costas e o levei com dificuldade até a tenda onde seria tratado. Ao chegar na tenda, fiz alguns curativo em Kanon e me sentei ao seu lado para ouvir a explicação de meu pai.

— Então pai, o que foi aquilo agora à pouco? – perguntei seriamente o fitando

— Bom, “aquilo” como você disse era o resultado da sua sintonia com seu parceiro. – explicou ele – Essas luvas e a coleira são objetos para representar sua sintonia, e o desenho é o símbolo de vocês, sua marca.

— Você também tem uma? – perguntei curiosa

— Sim, eu tenho. – ele confirmou mostrando a fivela de seu cinto – Esse é minha marca, uma espada que representa a força.

— Eu também tenho. – minha mãe disse entrando na tenda – a minha é uma balança que representa o equilíbrio.

— A minha marca representa algo? – perguntei

— Ela tem, mas você precisa acha-la. – ela disse calmamente se sentando ao meu lado – Você com a ajuda dele. – minha mãe disse acariciando suavemente a cabeça de Kanon que acordou

— Kanon você acordou, que bom! – exclamei o fitando com um grande sorriso no rosto

— Fico feliz que esteja bem também, Mia – ele disse levantando a cabeça – Alias, qual é a dessa coleira aqui?

Contei a Kanon tudo sobre o teste, as luvas, a coleira e o símbolo, ele ficou feliz ao saber que tínhamos passado e que não precisaríamos nos separar.

— Ei, vocês vão demorar mais quanto tempo? – meu pai perguntou se levantando

— Como assim, pai? – perguntei o estranhando

— Oras para saírem! Para que mais? – ele exclamou – Vocês precisam achar o significado da marca de vocês!

— Tá, e por onde começamos velhote? – Kanon perguntou se levantando e se despreguiçando

— Eu que vou saber? Vocês vão sair para procurar e não para achar de cara o significado – meu pai exclamou nos expulsando da tenda – Agora vão logo e não percam tempo, tenham uma boa viagem!

— Es-Espera! O que?! Já? – eu disse espantada

— Boa viagem! – minha mãe disse calmamente

Não tinha entendido muito bem aquilo, mas deixei de lado e foi procurar esse maldito significado acompanhada do meu parceiro Kanon. Porem tinha outro problema que não sabíamos como resolver, esse problema era...

— Por onde começamos?

Continua....