Preato - The Rift: NeoGEN — INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 15
Capítulo XIV: Hipersalto




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Enfurecida, Nisa esbravejou:

— Idiotas! O que vocês fizeram?

— Algo que queríamos há muito tempo e agora você não pode impedir. – Falou Luna.

— Vocês condenaram todos nessa nave.

— O quê?

Nisa lançou Luna para trás de si e comunicou-se com o sistema de informações da nave.

— Polq, status da nave.

Num monitor, apareceram várias informações, porém em outro idioma. A única coisa possível de se entender foi o holograma representando o dano da nave causado pelo portal criado por Ian que continuava crescendo.

Foster foi até Luna e sussurrou enquanto Nisa olhava o painel e buscava uma forma de cancelar o hipersalto:

— Precisamos levar o Tama até Ian. Se ele continuar com esse portal aberto, iremos morrer antes do hipersalto.

— Como assim? – Perguntou Luna.

— Seremos todos tragados pelo portal antes mesmo de chegarmos à Terra. E essa nave já sofreu danos demais para aguentar a força de aceleração de um hipersalto, sem contar o calor que se formará ao redor da nave e ele irá explodi-la já que a proteção externa foi comprometida. Tem um rombo enorme na nave, temos que achar uma maneira de sair e só temos cinco minutos.

— Como faremos isso?

— Temos que pegar o cetro de Nisa, é o único que pode nos dar o Pagpa de volta.

— Vai ser impossível.

— Eu vou distraí-la, pegue Alex e os outros e leve Tama para Ian.

— Mas e depois?

— Procure uma nave de emergência, eles devem ter pelo menos quatro nessa nave tão grande e não esperem por mim.

— Não, não vo...

— Luna, não é um pedido, é da vida de todos vocês que estão falando, eu sou só uma pessoa, já perdemos a missão, acabou, agora é questão de sobrevivência, vai logo antes que eu me arrependa do que estou dizendo.

Luna a abraçou repentinamente, surpreendendo Foster que retribuiu o abraço.

— É o primeiro abraço verdadeiro em anos... Agora vai! – Disse Foster!

Luna então pegou Alex que tapou a boca para não gemer de dor. Porém, percebendo que iria atrapalhar, soltou-se de Luna e falou:

— Luna, não conte comigo, para mim não dá mais.

— Não Alex, não ouse dizer isso para mim. – Falou Luna – Eu não vou te perder também.

— Você não está me perdendo Luna, eu é que estou ganhando.

— Ganhando? Ganhando o que desistindo assim?

— Ganhando a oportunidade de te ver pela última vez. – Luna se calou e Alex continuou – Eu sou um peso morto agora.

— Alex, não diga isso. – Falou Luna limpando as lágrimas – Pense... Pense na Terra, pense em ca...

— Não Luna, eu nunca conseguiria salvá-los. Eu não sou capaz disso, mas você é. Você sempre foi mais forte que eu e todos nós. Você sempre foi fiel, zelosa, seu coração nunca foi corrompido pela escuridão como o meu foi. Você é tudo que a Terra precisa e é a única esperança de todos. Eu confio em você. Eu te amo, sempre te amei. Não trate isso como um adeus, um dia estaremos juntos, você, Neo e eu, celebrando em algum lugar da outra vida.

— Você nunca foi bom com despedidas. – Falou Luna enxugando as lágrimas e dando um sorriso.

— Isso é verdade. – Riu Alex gemendo de dor em seguida – Agora vai, eu confio em você. Faça a Raysha conhecer o melhor que a Terra tem a oferecer e prometa cuidar dela para mim. E diga a ela que sentirei saudades.

— Eu... Eu prometo. Eu te amo, Alê.

— Eu também te amo, Lu.

Luna acordou Raysha que estava inconsciente, assim como Claire e Rosie e pegou Tama em seu colo e eles partiram, mas não sem antes ouvirem um barulho de pino de granada sendo puxado. Ao olhar para trás, Luna se deparou com Foster com uma granada de fragmentação sem o pino, dando um “tchau” com a mão para a jovem.

Luna então correu e um barulho de explosão foi ouvido.

— O que foi isso? – Perguntou Raysha.

— Um adeus... – Disse Luna.

— O quê? – Perguntou Claire.

— Temos que ir.

— Onde está o Al... – Indagou Raysha tendo seu braço apertado por Luna.

— Temos que ir.

As jovens correram pelo corredor até verem o portal feito por Ian que estava com uma força de sucção extremamente forte.

— E agora o que a gente faz? – Perguntou Raysha.

— O Ian disse para trazer o Tama. – Falou Rosie – Deve ter um motivo.

Luna então aproximou-se um pouco mais do portal e despertou Tama.

— Luna, o que está fazendo? – Perguntou Claire.

— Tama. Precisamos de você, acorda garotão. – Falava Luna até que o cão despertou – Bom menino.

Tama então olhou para o portal e deu um fraco latido.

— Você sabe que é ele não é? Pois ele precisa de você e nós precisamos dele. Você sabe como fazê-lo parar não é? Ele precisa se controlar, vai lá menino e trás ele de volta para nós.

Luna colocou Tama no chão enquanto se segurava numa haste de metal. O cão, mesmo enfraquecido, correu até o portal e entrou no mesmo.

— Ficou louca? – Perguntou Claire.

— Acalme-se. Ela sabe o que está fazendo. – Disse Rosie.

De repente, o portal começou a se fechar gradativamente e um aviso de despressurização apareceu e os níveis dos compostos que permitiam a respiração começaram a cair.

— Droga, temos que sair daqui. – Exclamou Rosie – Vem Lu.

— Vão vocês, procurem uma nave de emergência. Eu vou esperá-los.

— Luna...

— Vão, rápido.

As jovens correram enquanto Luna se segurava para não ser sugada pelo portal que se fechava cada vez mais rápido. Após alguns segundos, do portal, Ian surgiu, como se estivesse sido jogado para fora do portal e Tama caiu por cima dele. Luna então foi até os dois.

— Ian, Ian, ei, sou eu. – Disse a jovem.

— Lu... Luna... É... É você? – Perguntou Ian, atordoado.

— Sim, vem precisamos ir.

— Me desculpa... Eu... Eu não consegui controlar.

— Ei, pare com isso. Você nos salvou, agora precisamos ir.

Luna o ajudou a levantar.

— Consegue andar?

— Sim, estou bem, obrigado.

— Agora vamos.

Os dois correram em busca de Claire, Rosie e Raysha até que ao virarem o corredor se depararam com Claire e Rosie sendo jogadas contra a parede e Raysha se transformando em um minúsculo inseto preatoniano que desferia golpes em Nisa.

Claire levantou e disse:

— A nave, eu a vi, temos que passar pela Nisa e virar a direita até chegar.

— Como vamos passar por alguém que pode nos jogar à distância? – Perguntou Luna.

— Alguém disse passar? – Falou Ian.

O jovem foi até o corredor e gritou, chamando a atenção de Nisa e Raysha:

— Raysha! Que tal uma forcinha?

O jovem criou uma lança de cristais e lançou rumo a Nisa que se preparou para destruir a lança, porém Ian se teleportou, pegou a lança enquanto ela fazia seu trajeto no ar e, teleportando-se novamente para trás de Nisa, transpassou as costas da alienígena que se distraiu enquanto Raysha tornou à forma original e a socou, derrubando-a. As jovens, Ian e Tama foram até um compartimento numa parede que dava acesso a nave de emergência, porém precisava de um código.

— Merda! – Exclamou Rosie – Um código, em dois minutos. É impossível.

 Foi quando Luna se lembrou.

— Esperem aqui.

Luna correu até o painel de navegação que estava quase todo destruído e as marcas de sangue denunciavam o que havia acontecido ali. Ela então se dirigiu ao painel de navegação e, mesmo sem saber o que fazer, disse:

— Aden, Aden, você está aí? Por favor, a gente precisa de você.

Aden então, através do monitor disse:

— Olá Luna.

— Graças a Deus. Aden, precisamos de você. Prec...

— Vocês precisam do código da nave de emergência, correto?

— Exatamente.

— O código é 29812. Boa sorte.

— Aden, venha com a gente, a gente pode achar outro robô e te colocar no sistema, ou tal...

— Não há outra forma de eu ir. Se eu me desconectar, não serei capaz de iniciar o hipersalto e de lançar a nave de vocês para longe para impedir que sejam destruídos também.

— Tem que ter alguma forma, tudo tem um jeito.

— E o jeito é: vocês sobrevivem e salvam o planeta e eu faço o que for preciso para ajudar. Minha missão era guardar o portal Terra-Preato e proteger o capitão Alex Delacroix, eu fracassei em minha missão, portanto minha existência se torna algo arbitrário.

— Não é porque você foi criado para uma coisa que você deva ser o que os outros querem que você seja.

— É exatamente nisso que consiste a religão. Um agl...

— Foda-se isso! Aden, venha com a gente.

— Não Luna, essa é minha maneira de dizer adeus. Minha missão em proteger o capitão fracassou, mas ainda posso ajudá-los a salvar o mundo. Esse será meu legado. Eu a agradeço Luna.

— Pelo quê?

— Por me mostrar o que é a virtude humana. Suas lágrimas, eu sei o que elas significam e saiba que há reciprocidade.

— O... O qu...

— Agora você deve ir, vocês tem 30 segundos até o lançamento. Reconfigure a rota dentro da nave de emergência e diga a todos que o Aden se despede em paz.

Luna então correu até os jovens que a viram com uma lágrima no rosto.

— O que foi? – Perguntou Rosie.

Luna apenas colocou o código e a nave se abriu.

— Entrem. – Disse a jovem.

— Espera, e o Alex? – Perguntou Raysha.

— Ele... Ele não conseguiu, Raysha, eu sinto muito. – Falou Claire.

— O quê? Não! Não! – Exclamou Raysha sendo segurada pelo pessoal que a colocou dentro da nave de emergência.

Os jovens entraram, porém Luna, antes de fechar a porta, Luna viu Nisa em pé com um sorriso no rosto.

Ian apertou o botão que liberava a nave de emergência bem a tempo da grande nave partir numa velocidade que nem sequer permitira que ela fosse vista a tempo.

Dentro da nave de emergência, Raysha chorava pelo amigo que foi perdido enquanto todos ficavam em silêncio. Até que Luna se manifestou.

— Ele... Ele disse que sentirá saudades.

— Por quê? – Perguntou Raysha apontando para Luna – Por que não me falou antes?

— Porque eu sabia que você faria de tudo para salvá-la mesmo que isso custasse sua vida.

— Minha vida não vale de nada se não for para salvar alguém.

— Mas a do seu povo e a do meu povo vale e não vamos deixar com que tomem ela assim tão fácil.

— E agora? – Perguntou Ian.

Luna foi até o painel e reconfigurou a rota para a Terra, preparando um hipersalto em 30 segundos.

Ao sentar-se, Ian disse:

— Espera... Agora que eu fui lembrar. Luna, quem é Neo?

Luna e Rosie o olharam, confusas.

— O... O quê? Ian, do que você estava falando? – Perguntou Rosie.

— Enquanto eu estava dentro do portal, eu viajei algumas dimensões, pois quando eu me tele...

— Ian, vai direto ao assunto. – Pediu Luna, intrigada.

— É que... Eu não sei... Eu acho que vi esse nome escrito com fogo. Eu posso estar maluco, mas eu juro que vi alguém escrevendo Neo com os braços flamejantes.

Luna ficou sem reação. Ela olhava estática para Rosie que não acreditava no que ele estava dizendo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que achou? Deixe seu comentário gostoso aí para mim! Nos vemos na próxima, até mais!
BEIJOS DO THE



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