Now You've Got To Breathe escrita por LStilinski


Capítulo 13
Melhor Que Margaridas


Notas iniciais do capítulo

Oooolá, como vocês estão? Tudo certinho?
Bem, ontem foi meu aniversário e hoje tive uma prova super argh ¬¬acontece né
Aaaanyway, ai está um capítulo bonitinho para vocês meus leitores lindos :)

p.s.: eu provavelmente vou começar a escrever uma fic nova very soon, então fiquem ligados! Enquanto isso, mandem ideias de one-shots que vocês gostariam de ler!! (não mandem pelos comentários, para ser surpresa hehe)



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Lydia não parava de pensar que ela parecia estar se arrumando para o primeiro dia de aula enquanto terminava sua maquiagem. Lembrou o jeito que o medo estacionou em seu estômago naquele dia, cheio de borboletas nervosas. Sentia o mesmo hoje, mas ao invés de nervosa, estava ansiosa.

A garota estava tão animada que até sonhou sobre isso. No sonho, Stiles a surpreendia com margaridas. O buquê era tão grande que ela mal conseguia segurá-lo em seus braços. Tudo estava bem até que as margaridas se transformaram em uma planta carnívora que tentava atacar seu rosto, enquanto Stiles estava sentado no chão comendo geleia direto do pote, como um bebê.

Lydia estava se prendendo ás margaridas.

Ela sabia que era idiota – Stiles não parecia ser o tipo de cara que dá flores. Ela nunca esperou que ele fizesse isso. Ela só queria que algo acontecesse. Qualquer coisa seria melhor que voltar a se ignorar.

Lydia deu mais uma olhada no espelho antes de pegar suas coisas e sair do quarto. Sua mãe, que tomava café na cozinha, sorriu ao ver a filha entrar.

— Bom dia, mãe, - disse a garota, enchendo um copo de suco.

— Bom dia, - Natalie respondeu. - Você parece feliz.

Lydia ergueu as sobrancelhas, mas não olhou para a mãe.

— Pareço?

— Sim, parece. - A garota apenas deu de ombros e deu uma mordida em sua torrada enquanto a mãe a observava. Tinha certeza que ela já sabia o motivo disso tudo. - Lydia, - pressionou.

— Ok, mãe, ok! - ela desistiu. Sabia que teria que conversar com sua mãe sobre isso meias cedo ou mais tarde. Natalie abriu um sorriso vitorioso. - Você lembra do Stiles, certo?

XXXXX

Isso é idiota, você é idiota, toda essa situação é absurdamente idiota, Stiles dizia a si mesmo.

Ele havia saído de casa mais cedo que nunca, só para sentar no estacionamento do colégio e assistir o movimento. Era tedioso, ela sabia, mas a ideia de sair do carro o assustava. Porque se ele saísse, ele encontraria com Lydia, e isso o deixava simplesmente aterrorizado.

Ele geralmente era bom em falar com garotas, mas ele nunca sentiu nada pelas garotas que dava em cima. Elas eram apenas diversão, coisa de uma noite. Mas dessa vez era diferente. Ele tinha sentimentos reais por ela, então ele não tinha ideia do que fazer. O sinal tocou e ele observou os alunos entrarem no prédio. Dez minutos depois, não havia ninguém do lado de fora. Ele continou sentado até o sinal que avisava o começo do segundo horário. Que idiotice, ele pensou pela centésima vez. Vire homem e saia desse carro.

Stiles pegou sua mochila e pulou para fora do Jeep antes que pudesse mudar de ideia. Os corredores estavam vazios enquanto ele andava para a sala. A aula já havia começado quando entrou, então ele murmurou uma desculpa e foi para o fundo. Ele avistou uma cabeça loira morango na fila da frente e seu coração acelerou. Lydia estava lá.

— Algo errado, Stilinski? - O professor, um velho de cem anos que parecia uma versão moderna do Papai Noel perguntou. - Você parece bem interessado na cabeça da Srta. Martin.

O rosto do garoto queimou enquanto todos se viraram para olhar para ele. Lydia também se virou, mas ao invés de só encarar, ela sorriu, e seu coração parou de bater por uns segundos. Ele respirou fundo e olhou para o velho.

— Está tudo bem, Sr. Parker, - ele disse, ignorando os olhos nele. - Só estava pensando num novo corte de cabelo.

Algumas pessoas riram, inclusive Lydia. O professor semicerrou os olhos.

— Muito engraçado, Stilinski. Enquanto você espera seu cabelo crescer que nem o da Srta. Martin, sugiro que preste atenção na aula.

O homem deu as costas para continuar a aula, junto com os outros alunos. A única pessoa que continuava olhando para ele era Lydia, com uma expressão divertida no rosto, sorriso ainda nos lábios. Inconscientemente, seus lábios se curvaram num sorriso. O sorriso dela cresceu, e o peito dele doeu perante tanta beleza.

XXXXX

Já que os testes se aproximavam, a maioria dos estudantes passavam o tempo na biblioteca. Stiles era um deles, principalmente porque precisava mesmo estudar. Não que ele estivesse evitando uma certa garota, ele só não sabia como falar com ela. Apesar da conversa que tiveram na noite anterior, o que foi, na verdade, mais do que uma simples conversa, falar pessoalmente era completamente diferente.

Stiles suspirou enquanto batia seu lápis no livro. Ele odiava matemática. Todos aqueles números não faziam sentido, e quanto mais ele os encarava, mais perto ele chegava de perder a cabeça.

— Oi, Stiles, - disse uma voz feminina bem ao seu lado, fazendo-o pular e cair da cadeira.

— Lydia... oi, - ele disse, sentando-se antes que ela pudesse alcançá-lo. Lydia ergueu as sobrancelhas e riu da reação dele.

— Oi, - ela repetiu, ainda rindo. - Você está bem?

— Ah, sim, estou ótimo, - respondeu. - O que está fazendo aqui? Não me diga que também passa seu tempo livre estudando.

Ela deu de ombros e sentou na cadeira em frente á dele.

— Não sei do que você quer dizer.

— Nós já falamos sobre isso. De quanto é seu QI? 150?

— 170. - Stiles jogou os braços para cima e Lydia riu. - Ok, ok. Allison está no telefone com Scott, e parecia que ia demorar, então eu vim aqui.

— Scott, hun? - ele perguntou, e ela acenou com a cabeça. - Eles estão tendo alguma coisa, não é?

— Ele falou com você sobre isso?

— Sim, falou.

— Ele está te enlouquecendo, não é?

— Sim, está.

Lydia riu.

— Então somos dois. Allison não fala sobre outra coisa. - Ela suspirou. - Mas fico feliz em saber que ele também gosta dela.

— É, - ele disse. - Não é o sonho de toda garota do ensino médio namorar um cara na faculdade?

Ela deu um tapa no braço dele.

— Não, seu idiota. Nem toda garota. - Ela se arrependeu das palavras no momento que as disse, mas Stiles apenas ergueu as sobrancelhas. Ela se apressou para mudar de assunto. - O que você está estudando?

— Matemática, - ele respondeu, se inclinando para trás na cadeira. - Na verdade, estou pensando em largar a escola.

Lydia revirou os olhos.

— Não diga isso. Matemática não é tão ruim.

— Eu não acredito em você porque você é uma gênia, então matemática é provavelmente sua matéria preferia, certo?

— Bom, sim, está. - Ela pegou o caderno dele e o analisou por uns segundo antes de começar a escrever rapidamente. - E um dia, meu caro, eu vou ganhar a medalha Fields.

Ela o entregou o caderno e lá estava: a equação mais difícil de toda a história da humanidade respondida em dois minutos.

— Você é humana? - ele perguntou.

Lydia riu.

— Eu era, da última vez que chequei. - Stiles ainda a encara com olhos espantados e ela corou levemente. - Posso te ajudar, se quiser.

— Sério?

— Claro que posso... se quiser. - Lydia esperava que seu rosto não estivesse tão vermelho quanto imaginava.

Stiles piscou duas vezes.

— Isso seria... ótimo. - Ele a deu um sorriso pequeno, a olhando nos olhos. - Sim, eu quero.

Lydia sorriu também.

— Ok, quando você está livre?

— Estou livre hoje.

— Ótimo, eu também. Pode ser na minha casa? Tenho anotações importantes lá.

Ele deu de ombros.

— Por mim, tudo bem. Eu já sei onde é mesmo. - Lydia riu. O sinal tocou e os estudantes começaram a pegar suas coisas e sair da biblioteca. Stiles fez o mesmo e eles saíram juntos. - Qual sua próxima aula?

— Química, - ela respondeu. - E você?

— História. Dois períodos. - Ele suspirou. - Quer trocar?

— Não, obrigada.

— Droga. Prefiro mexer com ácidos do que estudar vida de gente morta.

Lydia riu e ele não pôde evitar sorrir. Percebeu que amava fazê-la rir, amava o som da sua risada, assim como amava seu sorriso. Ele a acompanhou até a sala dela. Quando chegaram lá, ela se virou para ele.

— Então, obrigada pela companhia, gentil cavalheiro, - ela disse.

— O prazer foi meu, milady. - E, para a surpresa dela, ele se inclinou, pegou sua mão, e a beijou. A pele dela queimou onde seus lábios tocaram. Ele endireitou a postura, olhos grudados nos dela, sorriso nos lábios. Lydia estava petrificada, mas tinha um sorriso bobo no rosto. - Te vejo depois.

— O-ok, - ela murmurou. Ele deu dois passos para trás, seus olhos continuando nos dela, até que deu as costas e foi andando. Lydia ficou em pé pelo que pareciam ser horas, processando o que havia acontecido. O ponto nas costas de sua mão ainda estava quente, formigando, lembrando-a do quão rápido ela estava se apaixonando por ele. E que isso parecia melhor que as margaridas.

XXXXX

— Um encontro para estudar?

— Não sei se podemos chamar de "encontro".

— Mas você disse que será só vocês dois, estudando, certo?

— Bem, sim.

— Então é isso, - Allison disse, fechando o armário e virando-se para a amiga. - É um encontro.

Lydia esfregou os olhos.

— Que seja, Ally. O problema é que não sei como vou passar horas sozinha com ele.

Allison se inclinou nos armários e sorriu.

— Já está ruim a esse ponto?

— Ah, não. Eu só sinto que posso perder a cabeça se ficarmos muito próximos. Fisicamente falando.

A morena balançou a cabeça e riu, puxando a amiga pelo corredor. No estacionamento, Lydia viu algo que fez seu coração quase parar: Stiles, inclinado em seu Jeep, braços cruzados em seu peito. Quando a viu, ele abriu aquele sorrisinho que ela adorava.

— Droga, - a garota suspirou.

— Sou a única que de repente se lembrou de Crepúsculo? - Allison perguntou.

— Nem vem, - Lydia disse, revirando os olhos. Ajustou a alça da bolsa em seu ombro e respirou fundo. - Me deseje sorte.

— Boa sorte, - a morena disse, sorrindo. - E não deixe ele te morder no primeiro encontro.

— Jesus, Allison.

— Foi mal.

Lydia balançou a cabeça e foi andando até ele. A cada passo, ela se perguntava se essa teria sido a melhor decisão que já tomou, ou o maior erro de todos.


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