Uma Canção de Amor escrita por Topanga


Capítulo 4
Feche os Olhos


Notas iniciais do capítulo

Galeraa, as aulas voltaram, então eu peço desculpas pelo atraso pra esse capítulo. Enfim, espero que gostem.



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— Pela última vez, não vamos fazer uma canção sobre uma criança que ama cacos de vidro! – Tori esbravejou. Era domingo à tarde e ela e Robbie estavam tentando fazer a tarefa do Sikowitz. Não é como se estivesse dando certo, eles estavam juntos a 3h e todas as idéias que eles tiveram falavam de cacos de vidro. Talvez os outros estivessem certos, talvez os dois fossem dois idiotas no amor.

—“Caco de vidro não é comida

Então escute se alguém disser:

Coloque queijo no caco de vidro

E faça um sanduiche de caco de vidro” — Robbie cantava, enquanto isso Tori pegou uma almofada e jogou nele. O garoto caiu no chão gemendo de dor.

— Mas essa canção nem é sobre amor! – A morena bufou novamente, isso não estava os levando para lugar nenhum. Tinha que ter um jeito de compor uma musica assim – Feche os olhos Robbie, quero tentar uma coisa.

— Você por acaso vai me beijar pra escrevermos uma canção sobre o nosso amor secreto? – Perguntou um pouco brincalhão, um pouco esperançoso.

— Não, eca! – Tori exclamou com uma cara de nojo – Você me disse que gosta dessa garota, então eu quero que você pense nela, no quanto isso significa. Isso pode ajudar a gente a fazer essa musica. Vamos lá, só sinta, e fale – O garoto fechou seus olhos e começou a pensar. Já tinha um tempo que sentia algo mais pela ruiva, mas nunca achou um meio de expressar isso, até porque nem sabia se ela sentia o mesmo por ele. Ele gostava de como a pequena chegava sempre sorridente e com uma novidade maluca a escola, gostava de como ela sempre falava a verdade, de como ela era sempre positiva, e de como ela acreditava nele. Além do mais, ela era linda, muito linda.

— Eu... – Robbie começou a falar – Ela... É como tentar assistir Titanic sem chorar – Tori franziu as sobrancelhas.

— Bom... – A garota disse, não era exatamente um Shakespeare, mas seu amigo estava tentando – E o que mais?

— Ela é o nugget no meu McChicken e os amendoins na minha manteiga, ela é o dia de ação de graças e eu sou o peru – Robbie disse sorrindo – Se ela for Léia eu sou o Han Solo, se ela for a Carrie eu sou a Samantha, se ela for Oprah eu sou Stedman – O garoto havia se empolgado. Tori não sabia bem aonde aquilo iria chegar e tentou cortar o amigo, mas ele continuou – Quando eu digo que estou apaixonado é mais do que qualquer outro amor já significou – A morena deixou um leve “awn” escapar – E se alguma vez você for correr eu serei o seu...

— Ok Robbie – Tori interrompeu – Isso foi... fofo – O garoto sorriu – e um pouco estranho, também. Não sabia que estava tão apaixonado.

— É, já faz algum tempo – Começou – E é pela Cat – A morena esbugalhou os olhos em total surpresa, ele gostava da Cat? Da nossa Cat? A ruiva maluquinha? Como não percebeu isso antes? Se sentiu mal, poderia ter ajudado seu amigo se prestasse mais atenção. Um relacionamento entre os dois seria bom, e Tori apoiava isso completamente. A garota sutilmente se aproximou do amigo e o abraçou por um tempo.

— Isso é ótimo Robbie, se tiver qualquer coisa que eu possa fazer para te ajudar...

— Obrigado Tori – Agradeceu sorrindo para a amiga – Agora você – A morena encarou confusa – Feche os olhos, é a sua vez!

— Ah, não, eu realmente não gosto de ninguém agora, eu estou, sabe, feliz com...

— Eu mandei fechar os olhos mulher! – Robbie cortou e a morena obedeceu na hora, talvez por causa do susto. Ela não tinha ninguém, e estava feliz. Estava? Parou pra pensar que poderia precisar de alguém, alguém para escutá-la, ajudá-la. Mas pra que? Já tinha seus amigos, eles poderiam fazer isso por ela, certo? Talvez não. Ela começou a refletir, Andre era um ótimo amigo, sempre presente e ela podia contar com ele. O garoto se sentia muito a vontade com Tori, sempre se divertiam e compunham canções juntos. Ele também era alguém para conversar, sobre qualquer coisa. Mas não gostava dele desse jeito, era mais como um irmão, para desabafar. Continuou pensando. Tinha o Beck, um garoto legal, ele era muito sensato e muito gato também. Além do mais, era alguém bom para conversar, apesar de não terem tanta intimidade quanto ela e Andre. Ele já tinha tentado beijá-la, mas Tori o impediu, por causa da... Jade. O pensamento da morena foi instantaneamente para gótica. As duas tinham uma relação complicada, sempre se provocando, “entre tapas e beijos”, sorriu levemente ao pensar. Já haviam brigado tanto que Tori mal podia contar quantas vezes foram, mas também já se ajudaram. E depois da noite de sexta, a morena podia jurar que algo mudou. Foi um momento de intimidade. Conheceu mais de Jade naquelas meia hora do que em um ano estudando juntas. Sua grande muralha pareceu cair e a morena pôde entrar, pela primeira vez. A gótica tinha sim um lado frágil, e precisava de proteção. Eu a protegeria, Tori pensou. E se assustou. Não podia, Jade jamais sentiria o mesmo. Então a morena se lembrou de sexta, de como aqueles olhos azuis esverdeados eram tão lindos, em como a gótica não a odiava, e em como cantarolava as musicas em seu carro... Não podia. Só então ela percebeu. Abriu os olhos rapidamente um pouco relutante.

— E aí Tori? – Robbie perguntou.

— Olhos – Disse rápida.

— Olhos?

— Sim, azuis esverdeados – Confessou, mesmo sabendo que o amigo não entenderia. Ela só precisava dizer.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não entendeu a referência igual ao Steve Rogers (ba dum tss) eu explico. Essa parte do Robbie falando o que pensa da Cat faz parte de uma musica que ele canta no episódio Esquadrão das Loiras (eu acho). hahahahahh
Enfim, obrigada por lerem e gostaria muito de saber o que vocês estão pensando até agora. xo



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